A loira tinha os olhos marejados. Tinha absoluta certeza que seria a ultima vez que veria a filha. A primeira filha. Já faziam algumas horas desde o parto e começava a duvidar sobre a ideia de dá-la. Sentiu uma mão grossa e calejada enxugar seu rosto e trazê-la em direção ao peito enquanto afagava em cabelo com a outra mão.

— Qual o problema QB?

— Eu não sei... Talvez eu sinta falta dela. – Alisou o vidro que os separava da pequena. O moreno passou a mão por sob suas costelas até o lado esquerdo do seu corpo. Beijou-lhe uma têmpora e virou lentamente seu rosto para ele, obrigando-a a encará-lo, mesmo que momentaneamente.

— Ainda podemos ficar ela se quiser... – Quinn acenou negativamente com a cabeça sorrindo.

— Tenho que saber quem eu sou antes de ter uma criança pra cuidar.

— É um convite pra depois? – Quinn finalmente sorriu depois do trabalho de parto.

— Pare de ser tão estúpido! – Olharam juntos para o bebê, agora acordado. Era impressionante que até em momentos como esse Puck conseguia tirá-la do serio.

A pequena movia os pesinhos como se estivesse em uma escalada. Bocejou e coçou os olhos. O garoto bateu de leve no vidro mirando fixamente a filha e sem querer atraiu a atenção dela para si. Seus orbes eram verdes, o meio tom entre os dele e os de Quinn. Único.

— Ela tem os seus olhos. – Puck passou o braço pelos ombros finos da garota guiando-a até seu quarto. Agora saberia discernir sua filha dos outros bebes. O mais importante no momento era levar a mãe da sua filha para o quarto. Não daria a ela o luxo de vê-lo chorando, mesmo que fosse por sua filha.