Parallel escrita por Escrever Sonhar Viver
Notas iniciais do capítulo
Me desculpem, minha vida está uma correria. Trabalho em dois lugares e estudo à noite, tô ficando doida!!!
Espero que gostem
Hermione foi à frente, se dirigindo à escada. Seu corpo todo tremia tanto que ela tinha medo de cair se o visse abrindo a porta para ela. Devagar, eles subiram a escada de madeira e cada ranger dos degraus era uma imagem dela e de Viktor juntos que passava por sua cabeça.
As cortinas estavam todas fechadas e não se ouvia nenhum barulho vindo de dentro. Boris a puxou pelo braço e sussurrou algo em seu ouvido.
— Se ele não estiver em casa, vamos nos sentar nos degraus e esperar até que chegue, entendeu? Eu não vou deixar que você use a ausência dele como uma desculpa para desistir.
Assim que o homem terminou a frase, Hermione se virou para ele, os olhos cheios de confiança brilhavam.
— Eu não vou desistir. Amarelar não é uma opção, Boris. Agora que estou tão perto, eu tenho de encontra-lo, ou não me chamo Hermione Jean Granger.
— É assim que se fala futura Mrs. Krum.
E então, num só movimento, a mulher se virou para a porta e esticou o braço direito, tocando a campainha. Um toque harmonioso foi ouvido e a casa permaneceu em silencio absoluto por dez segundos que pareceram eternos para a grifinória.
O coração da mulher quase saltou para fora de seu peito no momento em que ela ouviu passos dentro da mansão. De repente os passos cessaram e a pessoa girou a maçaneta, abrindo a porta e revelando à Hermione quem se encontrava ali. Ao constatar que a mulher de cabelos pretos e olhos azuis obviamente não era Krum, toda a determinação e esperança se esvaíram de seu corpo. Hermione apoiou o braço no batente da porta, tentando a todo custo sustentar seu corpo, e ouviu a mulher perguntar algo em búlgaro.
— Boris Kristeva e Hermione Granger. –foi a resposta do amigo.
Hermione levantou os olhos ao ouvir seu nome, apenas para ver a mulher apontar o braço para si e dizer, em seu búlgaro embolado:
— Sou Kalina Krum.
~#~
“O sol brilhava, lindo, porém ameaçador, queimando a pele dos que ousavam ficar tempo demais debaixo dele. Duas crianças corriam pela areia, bem próximo ao encontro com o mar. Brincavam de fugir das ondas. Se a água encostava-se a seus pequenos pés, se fingiam de mortas e cinco segundos depois se levantavam a recomeçavam a brincadeira. A menina, de cabelos loiros quase platinados, brigava com o menino de cabelos ruivos, seu irmão. Ele estava empurrando-a em direção aos resquícios de onda.
Hermione estava deitada em uma cadeira de praia, a sombrinha tampando o sol de seus olhos. Ela observava as crianças, preocupada. O feitiço que as protegia do sol já estava se desfazendo e elas teriam queimaduras solares se ela não renovasse-o. Mas por que toda aquela preocupação? Porque o instinto materno? Nem filhos ela tinha.
– Mamãe! Mamãe! Bill não para de me empurrar. –Hermione escutou as vozes das crianças se aproximarem.
Sentia pena da mãe deles, que precisava lidar com todas aquelas confusões. Seus olhos curiosos procuravam a mulher para quem eles corriam. E então ela sentiu um puxão em seu braço. Olhou para o lado e se deparou com os olhos irritados da garotinha e o sorriso maroto do menino atrás dela. A menina tinha seus 4 anos e o menino aproximadamente 7.
– Mamãe, diz para o Bill ficar longe de mim. Ele está me fazendo morrer nas ondas. –Disse a menina, apertando o braço de Hermione.
– Mãe? E-eu... como assim? –Gaguejou a grifinória, assustada. Um arrepio percorreu todo o seu corpo.
– A Louise é muito medrosa! Não sabe brincar de nada. Você pode me dar um irmãozinho, mamãe? Para a gente brincar de Quadribol.
– Ei! Eu sei brincar de Quadribol!
– Saber você até sabe, mas é muito fraca. –Respondeu o menino, fazendo língua para a irmã.
“Como assim são meus filhos? Com quem eu me casei? Viktor?” Hermione se perguntava, desnorteada.
– Mione! Eu não achei o seu suco de graviola. Por favor não me mate. Eu trouxe uma água de coco para compensar. –Ao ouvir a voz chamando-a, ela sentiu o estômago embrulhar. O sotaque de Krum não estava ali, e a voz tinha um som extremamente irritante. Virando-se para o dono da voz, sentiu-se tonta. Ron Weasley vinha em sua direção, com um coco e dois canudinhos em mão.
– Porque você está aqui? Quem são essas crianças que estão me chamando de mãe?
– Como assim Mione? São nossos filhos. Eu sabia que eram muitos hormônios no seu corpo na gravidez mas não sabia que causavam perda de memória.
– Gravidez?
– Do nosso terceiro filho! Ainda faltam mais 7 para completarmos nossa família. Como nós sempre sonhamos.
– Ronald eu... preciso de um tempo para pensar ok? Vou caminhar um pouco. Cuide das crianças. –Hermione estava atordoada. Como tudo aquilo aconteceu e ela nem notou? Filhos? Casamento? Ela se casou com Ronald? Como ela pôde fazer isso, ser tão burra a esse ponto? Ele é o mesmo homem que bateu nela quando namoravam. Algo estava muito errado.
A mulher avistou ao longe uma trilha envolta por vegetação praiana que se encontrava com a areia. Era para lá que ela iria. Ao entrar na trilha, começou a fazer o caminho, se perdendo em pensamentos, tentando se lembrar dos momentos importantes que pareciam ter acontecido em sua vida.
De repente, alguém a puxou para trás de um alto arbusto. Ela se debateu, tentando gritar, mas uma mão forte e pálida cobria sua boca.
– Shh... Sou eu. Fica quieta ou você vai atrair o Weasley, calma. –Uma voz sedosa falou em seu ouvido, e ela se acalmou no mesmo momento. Somente uma pessoa que ela conhecia tinha aquela voz. O homem a soltou e ela se virou devagar, somente para confirmar suas suspeitas. Era mais um de seus ex-namorados.
– Draco? O que você tá fazendo aqui? Me ajuda, eu não estou entendendo nada! O Ronald disse que tenho filhos com ele, e tenho até uma aliança de casada. –Ela falou, desesperada, mostrando empurrando o dedo com a aliança em direção ao rosto do sonserino.
– O que que deu em você? Você está casada com o Weasley sim! E tem um filho com ele.
– Um? Mas e a menininha e o bebê do qual estou grávida?
Draco riu alto. Hermione sentiu raiva. Ele só estava deixando tudo ainda mais complicado.
– A menina e o bebê na sua barriga são meus. Quer dizer, nossos. –Ele falou, puxando-a para um selinho rápido. Hermione nem mesmo contestou, ela estava extremamente atordoada. Como assim ela teve filhos com Draco também?
– O... o quê? Nós dois... voltamos a ficar juntos? Mesmo depois de casada com o Ronald? Que confusão é essa? Porque eu não me separei dele? E Viktor Krum? –Desesperada, ela despejava perguntas em cima do homem.
– De onde você tirou esse cara? Há anos ele morreu em um acidente jogando Quadribol. Caiu da vassoura e bateu a cabeça. Vocês estavam namorando, depois de você ter ido atrás dele na Bulgária. Então Ronald te amparou, tão desolada que estava, vocês se casaram, tiveram o primeiro filho, e você me encontrou. Você não amava o cabeça de cenoura, mas precisava do dinheiro dele, por ter parado de trabalhar, e eu estou pobre, perdi toda a fortuna. Então nós temos um caso desde então, e dois filhos, que Ronald acredita serem dele. Este é o resumo de tudo. Como você não se lembra de nada disso?
– Eu... acho que bati a cabeça.
– Então vamos a um hospital meu amor, pode ser perigoso! –Draco se alarmou, abraçando a mulher protetoramente.
– Malfoy, eu... preciso voltar. As crianças podem estar precisando de algo. Tchau.
Hermione se desvencilhou rapidamente dos braços do homem e se afastou, antes que ele pudesse segurá-la. Os olhos dela, assustados, olhavam para as ondas e foi para lá que as pernas a levaram. A grifinória entrou no mar gelado e nadou até onde seus pés não alcançavam mais o chão. Ela podia ouvir Ronald gritando seu nome ao longe, e viu Draco olhando-a assustado da praia. Mas nenhum deles tentou salvá-la.
E então, quando ela se preparou para nadar para mais longe da praia, uma onda enorme a engoliu e jogou para baixo. A água tomou seus pulmões, e ela já não conseguia respirar ou nadar. Hermione foi jogada para baixo com tamanha força que sua cabeça bateu uma pedra cravada na areia. Seu corpo desfaleceu e ela sentiu a força da água puxá-la para baixo, enquanto sua visão escurecia e ela ouvia Draco e Ron chamando-a, suas vozes estranhamente ficando cada vez mais audíveis.”
– Hermione, acorda. Mione, por favor.
Devagar, pelo estímulo da voz, ela abriu os olhos. Era Boris. Hermione estava deitada em um sofá, enquanto seu amigo e a mulher da casa a encaravam, preocupados. Foi então que ela se lembrou da identidade da mulher. Kalina Krum. Ela provavelmente desmaiara de nervosismo e precisava ir embora dali antes que Viktor aparecesse e ela fosse ainda mais humilhada.
– Boris, eu vou embora. –Ela disse, ja se levantando.- Por favor, não venha atrás de mim.
–Mas... –Hermione não esperou nem mesmo que Boris completasse a frase. Correu à parte externa da casa, aonde ninguém a veria, e desaparatou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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