Parallel escrita por Escrever Sonhar Viver


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem, minha vida está uma correria. Trabalho em dois lugares e estudo à noite, tô ficando doida!!!

Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/708588/chapter/5

Hermione foi à frente, se dirigindo à escada. Seu corpo todo tremia tanto que ela tinha medo de cair se o visse abrindo a porta para ela. Devagar, eles subiram a escada de madeira e cada ranger dos degraus era uma imagem dela e de Viktor juntos que passava por sua cabeça.

As cortinas estavam todas fechadas e não se ouvia nenhum barulho vindo de dentro. Boris a puxou pelo braço e sussurrou algo em seu ouvido.

— Se ele não estiver em casa, vamos nos sentar nos degraus e esperar até que chegue, entendeu? Eu não vou deixar que você use a ausência dele como uma desculpa para desistir.

Assim que o homem terminou a frase, Hermione se virou para ele, os olhos cheios de confiança brilhavam.

— Eu não vou desistir. Amarelar não é uma opção, Boris. Agora que estou tão perto, eu tenho de encontra-lo, ou não me chamo Hermione Jean Granger.

— É assim que se fala futura Mrs. Krum.

E então, num só movimento, a mulher se virou para a porta e esticou o braço direito, tocando a campainha. Um toque harmonioso foi ouvido e a casa permaneceu em silencio absoluto por dez segundos que pareceram eternos para a grifinória.

O coração da mulher quase saltou para fora de seu peito no momento em que ela ouviu passos dentro da mansão. De repente os passos cessaram e a pessoa girou a maçaneta, abrindo a porta e revelando à Hermione quem se encontrava ali. Ao constatar que a mulher de cabelos pretos e olhos azuis obviamente não era Krum, toda a determinação e esperança se esvaíram de seu corpo. Hermione apoiou o braço no batente da porta, tentando a todo custo sustentar seu corpo, e ouviu a mulher perguntar algo em búlgaro.

— Boris Kristeva e Hermione Granger. –foi a resposta do amigo.

Hermione levantou os olhos ao ouvir seu nome, apenas para ver a mulher apontar o braço para si e dizer, em seu búlgaro embolado:

— Sou Kalina Krum.

~#~

“O sol brilhava, lindo, porém ameaçador, queimando a pele dos que ousavam ficar tempo demais debaixo dele. Duas crianças corriam pela areia, bem próximo ao encontro com o mar. Brincavam de fugir das ondas. Se a água encostava-se a seus pequenos pés, se fingiam de mortas e cinco segundos depois se levantavam a recomeçavam a brincadeira. A menina, de cabelos loiros quase platinados, brigava com o menino de cabelos ruivos, seu irmão. Ele estava empurrando-a em direção aos resquícios de onda.

Hermione estava deitada em uma cadeira de praia, a sombrinha tampando o sol de seus olhos. Ela observava as crianças, preocupada. O feitiço que as protegia do sol já estava se desfazendo e elas teriam queimaduras solares se ela não renovasse-o. Mas por que toda aquela preocupação? Porque o instinto materno? Nem filhos ela tinha.

– Mamãe! Mamãe! Bill não para de me empurrar. –Hermione escutou as vozes das crianças se aproximarem.

Sentia pena da mãe deles, que precisava lidar com todas aquelas confusões. Seus olhos curiosos procuravam a mulher para quem eles corriam. E então ela sentiu um puxão em seu braço. Olhou para o lado e se deparou com os olhos irritados da garotinha e o sorriso maroto do menino atrás dela. A menina tinha seus 4 anos e o menino aproximadamente 7.

– Mamãe, diz para o Bill ficar longe de mim. Ele está me fazendo morrer nas ondas. –Disse a menina, apertando o braço de Hermione.

– Mãe? E-eu... como assim? –Gaguejou a grifinória, assustada. Um arrepio percorreu todo o seu corpo.

– A Louise é muito medrosa! Não sabe brincar de nada. Você pode me dar um irmãozinho, mamãe? Para a gente brincar de Quadribol.

– Ei! Eu sei brincar de Quadribol!

– Saber você até sabe, mas é muito fraca. –Respondeu o menino, fazendo língua para a irmã.

“Como assim são meus filhos? Com quem eu me casei? Viktor?” Hermione se perguntava, desnorteada.

– Mione! Eu não achei o seu suco de graviola. Por favor não me mate. Eu trouxe uma água de coco para compensar. –Ao ouvir a voz chamando-a, ela sentiu o estômago embrulhar. O sotaque de Krum não estava ali, e a voz tinha um som extremamente irritante. Virando-se para o dono da voz, sentiu-se tonta. Ron Weasley vinha em sua direção, com um coco e dois canudinhos em mão.

– Porque você está aqui? Quem são essas crianças que estão me chamando de mãe?

– Como assim Mione? São nossos filhos. Eu sabia que eram muitos hormônios no seu corpo na gravidez mas não sabia que causavam perda de memória.

– Gravidez?

– Do nosso terceiro filho! Ainda faltam mais 7 para completarmos nossa família. Como nós sempre sonhamos.

– Ronald eu... preciso de um tempo para pensar ok? Vou caminhar um pouco. Cuide das crianças. –Hermione estava atordoada. Como tudo aquilo aconteceu e ela nem notou? Filhos? Casamento? Ela se casou com Ronald? Como ela pôde fazer isso, ser tão burra a esse ponto? Ele é o mesmo homem que bateu nela quando namoravam. Algo estava muito errado.

A mulher avistou ao longe uma trilha envolta por vegetação praiana que se encontrava com a areia. Era para lá que ela iria. Ao entrar na trilha, começou a fazer o caminho, se perdendo em pensamentos, tentando se lembrar dos momentos importantes que pareciam ter acontecido em sua vida.

De repente, alguém a puxou para trás de um alto arbusto. Ela se debateu, tentando gritar, mas uma mão forte e pálida cobria sua boca.

– Shh... Sou eu. Fica quieta ou você vai atrair o Weasley, calma. –Uma voz sedosa falou em seu ouvido, e ela se acalmou no mesmo momento. Somente uma pessoa que ela conhecia tinha aquela voz. O homem a soltou e ela se virou devagar, somente para confirmar suas suspeitas. Era mais um de seus ex-namorados.

– Draco? O que você tá fazendo aqui? Me ajuda, eu não estou entendendo nada! O Ronald disse que tenho filhos com ele, e tenho até uma aliança de casada. –Ela falou, desesperada, mostrando empurrando o dedo com a aliança em direção ao rosto do sonserino.

– O que que deu em você? Você está casada com o Weasley sim! E tem um filho com ele.

– Um? Mas e a menininha e o bebê do qual estou grávida?

Draco riu alto. Hermione sentiu raiva. Ele só estava deixando tudo ainda mais complicado.

– A menina e o bebê na sua barriga são meus. Quer dizer, nossos. –Ele falou, puxando-a para um selinho rápido. Hermione nem mesmo contestou, ela estava extremamente atordoada. Como assim ela teve filhos com Draco também?

– O... o quê? Nós dois... voltamos a ficar juntos? Mesmo depois de casada com o Ronald? Que confusão é essa? Porque eu não me separei dele? E Viktor Krum? –Desesperada, ela despejava perguntas em cima do homem.

– De onde você tirou esse cara? Há anos ele morreu em um acidente jogando Quadribol. Caiu da vassoura e bateu a cabeça. Vocês estavam namorando, depois de você ter ido atrás dele na Bulgária. Então Ronald te amparou, tão desolada que estava, vocês se casaram, tiveram o primeiro filho, e você me encontrou. Você não amava o cabeça de cenoura, mas precisava do dinheiro dele, por ter parado de trabalhar, e eu estou pobre, perdi toda a fortuna. Então nós temos um caso desde então, e dois filhos, que Ronald acredita serem dele. Este é o resumo de tudo. Como você não se lembra de nada disso?

– Eu... acho que bati a cabeça.

– Então vamos a um hospital meu amor, pode ser perigoso! –Draco se alarmou, abraçando a mulher protetoramente.

– Malfoy, eu... preciso voltar. As crianças podem estar precisando de algo. Tchau.

Hermione se desvencilhou rapidamente dos braços do homem e se afastou, antes que ele pudesse segurá-la. Os olhos dela, assustados, olhavam para as ondas e foi para lá que as pernas a levaram. A grifinória entrou no mar gelado e nadou até onde seus pés não alcançavam mais o chão. Ela podia ouvir Ronald gritando seu nome ao longe, e viu Draco olhando-a assustado da praia. Mas nenhum deles tentou salvá-la.

E então, quando ela se preparou para nadar para mais longe da praia, uma onda enorme a engoliu e jogou para baixo. A água tomou seus pulmões, e ela já não conseguia respirar ou nadar. Hermione foi jogada para baixo com tamanha força que sua cabeça bateu uma pedra cravada na areia. Seu corpo desfaleceu e ela sentiu a força da água puxá-la para baixo, enquanto sua visão escurecia e ela ouvia Draco e Ron chamando-a, suas vozes estranhamente ficando cada vez mais audíveis.”

– Hermione, acorda. Mione, por favor.

Devagar, pelo estímulo da voz, ela abriu os olhos. Era Boris. Hermione estava deitada em um sofá, enquanto seu amigo e a mulher da casa a encaravam, preocupados. Foi então que ela se lembrou da identidade da mulher. Kalina Krum. Ela provavelmente desmaiara de nervosismo e precisava ir embora dali antes que Viktor aparecesse e ela fosse ainda mais humilhada.

– Boris, eu vou embora. –Ela disse, ja se levantando.- Por favor, não venha atrás de mim.

–Mas... –Hermione não esperou nem mesmo que Boris completasse a frase. Correu à parte externa da casa, aonde ninguém a veria, e desaparatou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!! Deixem suas opiniões



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Parallel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.