Parallel escrita por Escrever Sonhar Viver


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Voooltei!
Espero que gostem do capítulo.



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Segundos depois, Hermione se viu em um beco escuro, que levava a uma rua extremamente movimentada. Ela suspirou aliviada ao perceber que as pessoas na rua conversavam em búlgaro. Após constatar que já era mais de uma hora da madrugada no lugar, decidiu contrariada que procuraria um hotel para dormir. Não queria adiar a busca nem mais um minuto, mas, mesmo que encontrasse Viktor naquela mesma noite, ele provavelmente já estaria dormindo.

Andou até a frente de um hotel trouxa que ficava no centro da grande avenida na qual desaparatara, e dirigiu-se à entrada. Ela tinha muito lev búlgaro -o dinheiro usado no país- então não preocupou-se com o preço da hospedagem, contanto que pudesse começar cedo com a sua busca. Hermione sabia perfeitamente que não seria tão fácil quanto parecia. Krum poderia estar em qualquer parte da Bulgária, e ela tinha quase certeza de que o hotel em que estava hospedada ficava na capital do país.

Chegou à recepção, na qual um rapaz com cabelos loiros que batiam em seus ombros e enormes e esbugalhados olhos castanhos a atendeu sorridente.

— Boa noite senhorita! –ele disse, na língua de seu país. Hermione franziu a testa. Não havia entendido uma palavra do que o rapaz dissera, mas supôs que fosse um cumprimento.

— Boa noite. –A grifinória sorriu.- Você fala inglês?

O rapaz se empolgou ao ouvir a castanha falando em inglês e abriu um sorriso admirado, os olhos brilhando.

— Sim, mas é claro que falo! Você veio da Inglaterra? Seja bem vinda! –O sotaque forte do garoto ao falar a língua inglesa causou em Hermione uma sensação de nostalgia ao lembrar-se claramente do modo de conversar de Krum.- Meu nome é Boris Kristeva. Do que precisa, senhorita?

— Um quarto simples, por favor.

Ele acenou com a cabeça e começou a digitar. Alguns minutos depois informou á grifinória o número do quarto no qual ela se hospedaria.

— Eu preciso do seu nome para registro, senhorita.

— Claro, como pude me esquecer? Peço desculpas pela minha distração. Meu nome é Hermione Granger.

Boris parou de se movimentar no mesmo momento e abriu a boca em um perfeito “o”, encarando Hermione com os olhos esbugalhados.

— He-Hermione Gra-Granger? –Hermione assentiu- Amiga de Harry Potter? Lutou na Guerra Bruxa? É você mesmo? –Ela confirmou.- Eu não posso acreditar! Eu sei que a senhorita deve ouvir muito isso, mas eu sou seu fã!

Ela riu.                                                                      

— Não, eu não costumo ouvir isso. Você é um bruxo?

— Sim. Eu me formei em Durmstrang recentemente. Sabia que me inspirando em você eu consegui tirar as melhores notas da escola? Estou trabalhando aqui á noite enquanto estudo de dia para virar um medi-bruxo.

— Que ótimo Boris! –Hermione não imaginava que aquele garoto alegre fosse um bruxo. Ao pensar um pouco mais sobre o assunto, uma chama de esperança se acendeu em seu peito. Talvez Boris pudesse ajudá-la a encontrar Viktor.- Escute, você poderia me ajudar a encontrar uma pessoa?

— Sem problemas senhorita. E quem seria essa pessoa?

— Pode me chamar de Hermione. A pessoa a quem procuro é Viktor Krum.

Boris pareceu intrigado.

— Então é mesmo verdade? Vocês dois namoraram quando ele foi à Hogwarts para o Torneio Tribuxo? Eu sabia!

Hermione sorriu amarelo.

— Quase isso. Quer saber a história? –Ele fez que sim com a cabeça e ela se sentou em um sofá juntamente com o garoto, logo começando a contar tudo, desde o quarto ano até o motivo pelo qual estava ali. Ao final, Boris estava impressionado.

— Olhe Hermione, tudo o que eu sei sobre ele é que ainda joga na Seleção da Bulgária. Claro, um grande jogador como Viktor Krum não estaria em outro lugar.

— Pode me ajudar a procurá-lo? Eu não conheço o país e não vou conseguir sozinha.

— Seria uma honra ajudá-la bela senhorita Granger. O que acha de começarmos amanhã? Já é tarde e você deve estar se sentindo cansada.

— Tudo bem, eu vou subir para o meu quarto agora. –A grifinória disse, pegando a chave das mãos do garoto.- Boa noite, Boris. E muito obrigada.

Hermione se dirigiu para o elevador e suspirou ansiosa. Ela queria tanto vê-lo, matar a saudade e finalmente terminar o que tinham começado nos jardins de Hogwarts. Foi com esse pensamento que ela adormeceu e, claro, sonhou com Krum.

~#~

A luz forte do Sol adentrou pelo quarto e bateu diretamente nos olhos de Hermione, que resmungou. A mulher abriu os olhos preguiçosamente e já estava virando para o outro lado e fechando novamente os olhos quando notou algo diferente. Não, ela não estava em casa. Ela sorriu com o pensamento. Estava no país de Viktor, prestes a encontrá-lo.

Hermione se levantou e tomou um banho, totalmente disposta. Depois de trancar o quarto, desceu até o restaurante do hotel e serviu o café da manhã, sentando-se numa das mesas.

— E então, ansiosa? –Boris a surpreendeu, se jogando na cadeira á frente da moça, que quase derramou o café extremamente quente com o susto. Hermione gargalhou com o brilho nos olhos do garoto.- Bom dia senhorita!

— Bom dia Boris. É claro que estou! Já sabe por onde vamos começar a procurar?

— Eu consegui um endereço que dizem ser dele. Acho que podemos tentar por lá.

A grifinória sorriu.

— Tudo bem. Quando estiver pronto para sair, é só me chamar.

Quinze minutos depois os dois se encontravam na caminhonete de Boris, seguindo em alta velocidade para fora da cidade enquanto cantarolavam ao som de Livin’ On A Prayer, de uma banda trouxa chamada Bon Jovi. A garota estava surpresa com a facilidade com que ela e Boris criaram intimidade. Os dois conversavam como se fossem velhos amigos e ela estava extremamente grata pela ajuda do garoto. Sem os contatos dele e o seu búlgaro perfeito ela nunca teria chances de encontrar Viktor.

Hermione sentia um frio na barriga e não podia deixar de imaginar como tudo seria. Estar perto dele de novo era o que ela mais desejava.

O endereço conseguido por Boris era de uma cidadezinha pequena, que ficava perto da capital. O apartamento em que supostamente Viktor morava ficava bem no centro, e foi para lá que eles se dirigiram.

Boris havia lhe dito que a cor do prédio era azul, e Hermione passava os olhos atenciosamente por todas as ruas procurando pela construção, agarrando-se cada vez mais à janela enquanto o carro diminuía velocidade.

— Ali. –Ela disse, no momento em que avistou um prédio com as mesmas discrições que Boris dissera. Era uma construção magnífica, com aproximadamente 10 andares de altura e provavelmente ali só residiam pessoas de alta renda.

Assim que o carro parou no acostamento, Hermione ficou estática dentro do veículo. Será que ele estaria ali? Estava mesmo preparada para revê-lo? E se ele estivesse casado, com dois lindos filhos e tivesse uma modelo como esposa?

— Você só vai saber como está a vida dele se encontra-lo, Hermione. –Boris disse, praticamente lendo os pensamentos da garota.

— Como você...?

— É um novo feitiço que permite aos bruxos lerem a mente dos outros. Você sabe, a velha e boa magia negra.

A castanha arregalou os olhos, começando a se desesperar.

— O quê? Você é louco?

A gargalhada que Boris soltou foi tão alta que daria para ser ouvida por toda a cidade, visto o silêncio do local.

—Fique calma Srta. Granger. Eu estava brincando! Quase dava para ler na sua testa que você estava preocupada com como ele está.

— Idiota, você me assustou! –Ela riu.

— Vamos subir logo, assim sua ansiedade passa.

Eles pegaram o elevador até o último andar e Hermione parecia estar dando um ataque de nervos. Passava as mãos pelo cabelo, prendendo a franja atrás da orelha e soltando-a cinco segundos depois, arrumava o vestido vermelho com uma certa brutalidade, e mexia nos brincos como que verificando se ainda estavam na sua orelha.

— Não se esqueça de respirar Hermione. –O loiro brincou, vendo o desespero da garota ao lado.

Saindo do elevador, os dois andaram alguns passos até chegarem á porta do apartamento, que parecia cobrir o andar inteiro. Boris olhou para a grifinória.

— Não vai tocar a campainha? –Sem receber resposta da garota, ele levantou a mão e apertou o botão, que fez um barulho engraçado.

— Oh Merlin. Você também está ouvindo passos? É ele. O que eu faço? O que eu falo?

Boris segurou firmemente o braço de Hermione.

— Você vai ficar aqui, bem ao meu lado. Se correr eu te mato. Você veio aqui para isso Hermione, não perca a coragem agora.

Hermione fechou os olhos e respirou fundo, no mesmo momento em que o barulho da tranca foi ouvido e a porta foi aberta bem devagar.


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Notas finais do capítulo

Deixem suas opiniões! Se forem boas ou ruins, eu quero saber!

Beijos



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