Yui Komori.

Estava caminhando pelo jardim, era um final de tarde agradável o cheiro das rosas estava especialmente doce hoje. Parei em frente ao canteiro de rosas brancas, passei levemente a mão pelas pétalas da rosa que mais me chamou a atenção, a menor que ainda não havia florescido por completo. Faltava provavelmente umas duas horas até o jantar.

— Então você preferência por coisas incompletas Yui-san ?

Olhei para lado e era Kanato, um frio percorreu por minha espinha. Desde que Asuza havia jogado Teddy no fogo eu não havia ficado as sós com ele ainda. Engoli em seco, eu estava ressentida por Kanato sabia o quanto Teddy era especial para ele, mas eu não podia fazer nada, eu tinha que dar um jeito de despistá-lo e sair dali.

— Oi, Kanato-kun. - Falei sorrindo.

— Responda a minha pergunta Yui-san. -Ele disse em um tom exigente.

— Gosto das coisas como elas são. -Disse. - Cada coisa é de um jeito.

— Não foi isso que eu perguntei. - Ele disse.

Kanato levou a mão ao meu rosto e seus olhos fitaram os meus, sempre tinha medo quando Kanato me encarava diretamente.

— Kanato-kun… - Falei, gaguejando de início.

— Eu não gosto de coisas incompletas Yui-san. - Contou ele com uma voz mansa. - Prefiro coisas completas para poder…

Ele tombou o pescoço para o lado de forma abrupta enquanto mantinha seus olhos fixos nos meus não me permitindo desviá-los.

— Quebrá-las. - Disse ele lentamente continuando a frase.

— Kanato-kun. - Falei sem perceber, afinal estava tão assustada e na defensiva que não tinha palavras.

Ele deslizou a mão por meu rosto e adentrou a mão em meus cabelos, e logo puxou a mão para o lado deixando que meu cabelos lentamente se libertasse de seus dedos.

— Agora que paro pensar. - Falou ele calmo. - Você é igual a mim, também gosta de quebrar coisas. Afinal você quebrou o Teddy.

— Eu não… - Comecei a falar mas ele me interrompeu.

— Quebrou o Teddy! - Gritou ele repetidas vezes de forma desesperada.

Kanato levou a mão ao meu pescoço e apertou, levei as mão acima da mão dele tentando tirá-la de lá, eu ainda estava respirando mas sabia que era uma questão de tempo até não estar mais. Ele me puxou para perto, senti a respiração dele perto do meu ouvido.

— Você, quebrou o Teddy. - Ele disse sussurrou lentamente dando ênfase no “você.” - Agora vou quebrar você.

Senti  a mão dele se fechar mais, o ar já não estava mais passando por minhas vias respiratórias, me senti tonta. Tentei com todas as minhas forças puxar a mão dele mas não consegui.

— Kanato-kun não estou conseguindo respirar. - Disse com dificuldade.

— Kanato! Pare. - Ouvi a voz de Subaru. - Será um problema se não pudermos mas beber o sangue dela.

Kanato apertou meu pescoço mais forte e me ergueu um pouco do chão, minha visão estava ficando turva, meu corpo estava formigando por inteiro e minha garganta queimava.

— Reiko voltou. - Kanato Disse. - Não ficaremos sem sangue.

— Se você vai dividi la conosco, não ligo que mate a Yui. - Falou Subaru indiferente.

Kanato abriu a sua mão e eu caí no chão, levei minha mão ao meu pescoço estava ofegante respirando o máximo que podia recuperando o ar.

— Reiko é apenas meu brinquedinho. - Gritou Kanato. - Ela só precisa de mim. Não vou dividi la!

Antes que Subaru pudesse respondê-lo ele não estava mais lá. Olhei para o chão e logo vi uma mão a minha frente, segurei a mão de Subaru e ele me ajudou a se levantar.

— Obrigada. - Disse agradecida.

— Quando eu disse antes que você acabaria morrendo aqui nessa mansão você pareceu não acreditar. - Ele disse. - Acredita agora ?

— Eu havia acreditado. - Contei. - Mas eu precisava descobrir algo.

— Descobriu. - Indagou ele. - Valeu a pena ?

—Não sei dizer. - Contei cabisbaixa.- Não sei ainda se descobrir.

— Tsc… - Emitiu ele. - Como você pode ser uma mulher tão vaga ?!

Olhei para ele, ele parecia irritado. Ele levou de forma abrupta uma mão ao meu ombro e outra a minha cintura me puxando para perto, fechei os olhos e comprimi os lábios para me prevenir de gritar.

Pelo menos aprendeu uma coisa. - Falou ele. - Obediência.

A resposta dele me gerou uma lembrança, eu queria aprender, saber mais sobre Reiko. Abri os olhos, a respiração de Subaru estava perto do meu pescoço então tinha perguntar logo antes que ele me mordesse.

— Onde é o quarto da Reiko ? -Indaguei.

— O que é isso tão de repente ? - Perguntou ele,vendo que não daria resposta ele continuou a falar. - O seu quarto.

Levei um susto. Então ela dormiria comigo ? Após analisar a minha expressão ele soltou um suspiro.

— O antigo quarto dela, era o seu. - Contou ele. - Então é provável que Reiji tenha colocado o quarto dela a frente do seu.

Assenti com a cabeça.  Fazia sentido.

— Subaru-kun. - Disse. - Será que ela não vai estar ressentida comigo por tomar o quarto dela ?

— Quem se importa. - Ele gritou furioso. - Você já me encheu com esse assunto.

Levei um susto e senti minha frequência cardíaca se elevar, Subaru me puxou contra ele e cravou rapidamente suas presas de forma abrupta em minha pele, na curvatura entre meu pescoço e ombro soltei um gemido de dor.