Bohemian Rhapsody fim ruim escrita por SpyroForever


Capítulo 1
CAPÍTULO ÚNICO




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...Disparei, acertando sua testa e o fazendo cair para trás, sem vida.
Seu sangue espirrou em mim e eu olhei minhas mãos cheias de sangue de um jovem de 16 anos. Deixei minha arma cair no chão. O que eu havia me tornado?! Num monstro pior que ele!
Sabia que era uma questão de tempo até que a polícia fosse atrás de mim, então me virei, olhos arregalados, o sangue em minhas patas e camiseta ficando frios.
Milhares de coisas passavam em minha cabeça. Eu nem piscava. Estava apavorado. Como falaria isso para minha queria mãe, que sempre me falou o que era certo e o que era errado?! O que eu fiz?!?!?!?!
Ao chegar na minha casa vi minha mãe lavando a louça, usando seu avental. Estava tão linda, tão calma...
Comecei a chorar no mesmo instante, me aproximando devagar até que falei: “Mamãe... Eu matei um homem... Coloquei minha arma em sua cabeça... puxei o gatilho. Agora.... Ele está morto...”. Falei em choque, lágrimas correndo pelo meu rosto.
Minha mãe se virou para mim, vendo o sangue em mim e se espantando, começando a chorar, se ajoelhando no chão.
“A vida tinha acabado de começar, mas agora... Já terminou! Joguei ela fora!” olhei para ela. “Mamãe... Nunca quis te fazer chorar!” Corri até ela, a abraçando forte, a beijando o rosto.
Senti ela acariciando minha nuca E me beijando a cabeça. Sabia quem eu tinha matado.
Nesse momento alguém bateu na porta. “Polícia.” Ouvi eles dizendo e abaixei a cabeça.
“Se eu não estiver de volta nessa hora amanhã... Continue. Continue como se nada realmente importasse. Eu te amo, mãe.” Essas foram minhas últimas palavras antes da polícia entrar e me tirar dos braços de minha querida mãe que chorava jogada no chão. A única coisa que eu levava era uma foto de meus pais comigo.
...
Fui condenado à morte. Anos se passaram. Se eu tinha alguma esperança de ver minha família e amigos novamente, era tarde demais. Minha hora chegou.
Os policiais me tiraram de minha cela no corredor da morte e começaram a me levar para a cadeira de madeira.
Arrepios corriam por todo meu corpo, que doía sem parar. Conforme eu lembrava da minha família e amigos, mais meu peito doía. Só queria falar adeus. Só isso. Mas eu precisava pagar pelos meus atos e encarar a realidade.
Quando vi a cadeira, engoli em seco. Eu era tão jovem. 18 anos indo para a cadeira elétrica.
Me prenderam contra ela, tapando meus olhos e colocando uma esponja molhada em cima de minha cabeça e um capacete de metal por cima.
“MAMÃE! EU NÃO QUERO MORRER!” Berrei, ouvindo a ordem do chefe de me eletrocutar. “ALGUMAS VEZES EU QUERIA NUNCA TER NASCIDO!”
Eu então, em meio as lágrimas que escorriam, senti a eletricidade passar por todo meu corpo, me eletrificando até a morte...
...
A morte. Algo assustador.
Logo que senti livre de meu corpo, vi um anjo vindo em minha direção do céu, me pegando pela mão e me levando para cima.
Luzes radiantes ofuscaram minha visão até que senti meus pés tocando o chão. Abri meus olhos e vi na minha frente os portões do paraíso sendo guardado por três santos. Atrás de mim 3 anjos.
Esses santos estavam com um olhar sério, me olhando.
“Ele é apenas um pobre menino de uma pobre família. Poupe sua alma dessa monstruosidade.” Ouvi os anjos dizerem para os santos.
“Bismillah, não! Nunca o deixaremos passar!” Disseram os santos.
Nisso um buraco se abriu bem atrás de mim. O inferno.
“Oh mãe...” Eu disse e então fui empurrado, caindo. Belzebu realmente foi colocado dentro de mim no momento que pensei na morte daquele menino...
Caí diretamente nas chamas ardentes do inferno, que começaram a queimar minha alma, me fazendo berrar de dor.
Por todos os lados que eu olhava eu só via dor e sofrimento, então decidi olhar para cima, vendo uma grande escadaria e uma porta... Aberta.
Aguentei a dor e corri para lá, sendo segurado por muitos demônios, que riam de minha dor, até que finalmente consegui sair de lá.
...
Eu estava de volta ao mundo que eu estava habituado, porém, ninguém me via. Logo há minha frente estava minha casa.
Me aproximei da janela e vi minha mãe chorando nos braços de meu pai, que também chorava muito, segurando uma foto minha. Tinham recebido a notícia da minha morte.
“Mãe, pai...” Por mais alto que eu gritasse e tentasse me comunicar, nada adiantava. Eu era apenas um espírito condenado.
Esse era o meu castigo. Nem paraíso, nem inferno, mas sim a terra, vendo quem eu amo sofrendo devido as escolhas que eu fiz em vida.
Não importa sua cor, raça, cultura, religião, sexualidade ou pensamento. Nada na vida importa. O que realmente importa são suas escolhas...


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