Classe dos Guerreiros - O Ressurgimento escrita por Milady Sara


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá queridinhooooos!! Sim eu sumi de novo, sorry.
Tive que em dedicar a faculdade e meio que também acabei me desanimando um pouco com essa história.
Estou nela há muito tempo e mesmo ainda a amando, vou tentar terminá-la logo pra partir pra outros projetos.
Quem quer que esteja lendo, espero que goste desse capítulo ~



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Caleb abriu levemente a porta da enfermaria e se deparou com uma cena um tanto estranha. Carter e Melanie sentados numa maca, apenas de roupas intimas enquanto Drica passava lâminas de orbes sobre eles e coletavam amostras de pele.

— Tudo bem por aqui? – perguntou receoso o moreno.

— Somos os novos brinquedinhos dela. – falou Melanie enquanto a ruiva abria mais seu olho enquanto lhe apontava uma lanterna.

— Okay... – disse ele observando a moça se movendo depressa, como se tivesse pouco tempo para descobrir tudo sobre os ressuscitados. – Algum de vocês viu a Mia?

— Olha no Salão. – indicou Carter. - Aquele lugar tem atraído muito a gente.

— Obrigado, boa sorte. – disse o rapaz fechando a porta.

Drica não pareceu perceber quando Caleb foi embora, na verdade não pareceu sequer perceber que em algum momento ele esteve ali. Algumas notações depois ela se deu por satisfeita e mandou os dois se vestirem.

— Com tanto papel você já pode fazer um livro sobre a gente. – disse Melanie passando a blusa pela cabeça.

— Na verdade essa meio que é a intenção. – disse a ruiva. – Vocês fogem ao que os próprios livros de ressurreição falam, eu preciso registrar! Cara, se esses Noctem não fossem tão maus eu podia ficar horas conversando sobre como eles fizeram isso exatamente. Mas a Li deve ter algo a acrescentar depois de ver isso tudo aqui.

— Onde ela tá por sinal?

— Com os mestres.

— Tá, - falou Carter mudando de assunto. – mas o que eu quero saber é: o que mais você descobriu?

— Bom, - começou Drica mostrando as imagens de diversos tipos que tinha conseguido com as lâminas. – a técnica que os livros descrevem é como a Li disse, é tipo fazer zumbis. Nada muito além de usar magia pra ir reativando pouco a pouco cada célula do corpo, o que mesmo que não exija muito poder, precisa de muita técnica, mas sem aura, mente ou alma, o corpo vira só um monstro guiado de instintos e informações fixadas no cérebro.

— Okay, não somos zumbis. – disse a morena. – Então o que eles fizeram?

— Eles usaram magia não só pra reativar cada célula do corpo, mas curá-las. Meio que... Antes de ligar eles consertaram. Fora muito bons, a magia da parede é inesgotável já que pega energia do Fluxo, e foi isso que alimentou o feitiço da poção, aproveitaram que a parede funcionar como um corpo e conseguiram chegar a vários ao mesmo tempo. Além disso, eles usaram essa magia pra recuperar a alma e a mente de vocês.

— Se eles tinham um estoque bom de magia pra trazer a gente de volta direitinho, porque não trazer a aura junto?

— Questão de controle talvez... – disse Drica pensativa olhando uma imagem que mostrava a magia percorrendo o corpo de Melanie. – Também não reativaram a produção de sangue, na verdade quase nenhum processo de metabolismo foi reativado... Eles querem marionetes, não mais alguns soldados pra alimentar e dar prejuízo.

— Então quando tudo isso acabar nós vamos morrer de novo. – sentenciou Carter.

— Eu sinto muito... – falou a ruiva.

— Não sinta. – disse Melanie com um sorriso.

— Morrer não é tão ruim quanto parece. – finalizou o maior.

~*~

Marin colocou “As Lendas de Verdade – Esclarecendo Mitos” aberto em cima da mesa onde um desenho de uma criatura alada e flamejante estava.

— Uma página. – disse Seth. – Com nada do que já não soubéssemos antes.

— O mapa é mais importante. – disse a mestra levando Li até sua mesa. – Sabe apontar para nós onde fica a Caverna das Lembranças ou a casa de Michaela? – a estrela travou ao ouvir aquelas palavras.

— Onde ouviu esses nomes, senhora?  - perguntou franzindo o cenho.

— Osíris. – ela apontou para o gato que se esfregava em seu tapete. – Leto disse para ele que devemos ir para lá, que ela pode nos ajudar, até mesmo Fox a conhece. Achamos que você podia conhecer também.

— Sim, fomos lá há muito tempo... Eu e os três aprendizes... – falou ela acariciando o mapa. – Fox foi conosco, Michaela quem fez o colar dela...

— Fox não está conosco desde a Primeira Geração... Está? – perguntou a mulher de cabelos brancos, confusa.

— Não... Eles já não eram tão novos, não me lembro muito bem de quando foi isso. A senhora sabe que perco facilmente a noção do tempo. De qualquer modo, - ela pegou um lápis e traçou um caminho que saia um pouco da linha reta que Marin havia feito, marcou um X no final e um círculo um pouco antes dele. – Este é o caminho, aqui é a Caverna das Lembranças e aqui a casa da bruxa. Eles queriam entregar algo para ela, mas não me lembro exatamente o que... Apenas lembro de Giebra dizer que ela guardaria melhor do que nós.

— Obrigado . –disse Seth observando o caminho que ela fizera. – Mas o que é essa Caverna afinal?

— Eu... – a estrela pensou por alguns segundos. – Não me lembro bem, só me lembro de ter me sentido em casa, quando estive lá.

~*~

Os ferimentos de Charles se curaram mais uma vez enquanto ele ofegava. Cassandra parecia ter desmaiado na cadeira, mas seus olhos estavam muito abertos, as lágrimas prateadas enfeitavam seu rosto.

— Isso não está dando resultado. – disse Mínima, num suspiro. Cassandra levantou a cabeça, esperançosa, finalmente. – Médio, por favor, faça Jed entrar. – tirando entediadamente os olhos do pequeno livro que lia, o homem acenou e o mestre de Charles e Marin entrou no cômodo.

Jed deixou sua besta do lado da porta e andou até estar ao lado de Cassandra. Sendo comandado, ele não parecia estar vivo. Mínima colocou uma cadeira atrás dele e logo estava preso do mesmo modo que Cassandra.

— Acorde-o. – pediu a de tranças e o outro obedeceu. – Olá Jed. – o ressuscitado se assustou enquanto olhava para os lados confuso. – Eu estava brincando aqui com Cassandra e Charles, mas vai ser mais divertido agora com você aqui. – ele tentou se soltar, respirando rapidamente. – Cassandra aguentou bastante, mas quanto será que você consegue? – e abriu um leve sorriso, apenas com seus lábios.

~*~

Mia realmente estava no Salão dos Genus, observando os mortos com um olhar intrigado, sentada no chão. Caleb foi silencioso ao entrar, mas sabia que ela o tinha ouvido e sentou ao seu lado.

— Oi. – disse ela com um sorriso.

— Oi. – era incrível como ela parecia ao mesmo tempo a mesma Mia de sempre, como uma totalmente diferente. – Você nunca foi muito chegada à esse lugar.

— Não, mas agora eu tenho uma ligação com ele. Como se eu ainda devesse estar ali . – e apontou para seu cubículo.

— Sinceramente, prefiro você aqui fora, eu tinha que ficar te imaginando em outras posições pra poder desenhar, e ficar lembrando do sorriso e tudo mais. – ela riu.

— Quer dizer que eu tive que morrer pra ter um espacinho nesse seu caderno de desenhos, campeão?

— Desculpa, eu... – gaguejou enrubescido.

— Ei, calma. – ela sorriu. – É só brincadeira. Relaxa.

— Não é brincadeira, é verdade. – respondeu melancólico. – Infelizmente.

— Sério, campeão, tá tudo bem. – tranquilizou-o. – Não é como se eu quisesse estar no seu caderninho com os seus outros rabiscos. – mentiu dando-lhe um soco no braço, em resposta ele riu.

— Queria que você tivesse visto, eu superei a paixonite pela Lena.

— Agora sim, tô orgulhosa.

— É, mas acabei trocando por uma paixonite por outra menina.

— Tá, retiro o meu orgulho, você é muito otário.

— Sou mesmo, ela tava muito mais inacessível do que a Lena.

— A Lena nunca foi inacessível. – falou como se ele tivesse falado um ultraje. – Você que sempre vacilava.

— Pois é, não vou vacilar agora que a garota inacessível voltou a estar acessível. – e olhou fundo nos olhos prateados de Mia. O sorriso da cigana se desmanchou, sentiu uma sensação quente em seu pescoço enquanto o amigo a encarava. Não. Definitivamente não. Em um salto, ela se pôs de pé.

— O que foi? – perguntou ele.

— Eu...  – ela passou a mão pelo lenço, preso em seu pulso. – Preciso encontrar a Drica, ela disse que queria estudar os reflexos da gente então... Tchau. – e correu dali.

Não, aquilo não estava acontecendo. Ela estava morta e tinha de se lembrar disso. Não era natural ela ter voltado, não pertencia mais aquele mundo, não devia voltar a se prender a ele.


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Notas finais do capítulo

Estou trabalhando agora nos próximos três capítulos, ainda decidindo se os posto assim que terminar ou se termino a história toda e posto todos os capítulos de uma vez. Fiquem atentos ~



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