Destiny escrita por Vic Teani


Capítulo 8
Capitulo Oito: Lágrimas




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  O clima do lado de fora do motel estava calmo. Lá dentro, o clima era pesado.
  - Pronto – disse Castiel, terminando o que estava fazendo.
  O anjo havia amarrado o chicote de Verdandi nas pernas das nornas, para que elas não pudessem fugir.
  Quando a luta acabou, no teatro, o anjo transportou os sete para o quarto do motel onde estavam hospedados. Castiel apagou a memória de Lisa, a pedido de Dean, e a levou para sua casa, em segurança.
  - Muito bem – disse Dean, olhando para a cama mais distante de onde as nornas estavam, onde colocaram as armas que não foram destruídas na luta. Ali estavam um dos leques de Skuld, as duas argolas de Verdandi, e as dez espadas, as cinco utilizadas na primeira luta e as cinco douradas usadas por Urd. Dean pegou sua espada negra, como precaução caso as nornas tentassem algo – Podem explicar por que raios as três decidiram endoidar e mexer no tempo e... Ah, sim, e quase nos matar – ele falou, zombando.
  - Nós causamos esses fenômenos por que precisávamos de ajuda – disse Verdandi – Sabíamos que algum caçador ia vir investigar.
  - Só não contávamos que trouxessem isso – disse Urd, de cara feia, apontando para Castiel.
  - Qual o problema com o Cass? – perguntou Sam.
  - Está de brincadeira, não é? – falou Skuld – Ele é um anjo!
  - Certo, chega de papo – disse Dean – Então vocês queriam ajuda?
  - Sim – disse Verdandi.
  - E vocês, muito inteligentes, acham dois caçadores e um anjo que podem ajudar e tentam matá-los.
  - Você entendeu errado – disse Urd – Nós não queríamos matar vocês. Precisamos ver se eram mesmo capazes de ajudar. Se conseguissem nos vencer, teriam a força para nos ajudar.
  - E se não conseguíssemos? – perguntou Sam.
  - Provavelmente estariam mortos – disse Urd – E esperaríamos mais caçadores.
  - Então se não fossemos forte o bastante para ajudar vocês, vocês simplesmente nos matariam? – disse Castiel.
  - Nós não – disse Verdandi – E sim o que queremos derrotar.
  - E o que vocês... - começou Sam, mas foi interrompido pelo irmão.
  - Então... – falou Dean, o rosto abaixado, apertando o punho da espada – Tudo que vocês fizeram... Foi só para ver se nós conseguiríamos ajudar vocês...?
  - Sim – disse Urd.
  - E vocês... – ele falou, lágrimas escorrendo pelo rosto, os olhos demonstrando ódio – Vocês fizeram essas lutas cruéis... – ele disse, se referindo especialmente a sua primeira luta – Só para ver se podíamos ajudar vocês...
  - Sim – respondeu Skuld, novamente.
  - E vocês me fizeram lutar contra elas... – o Winchester disse, lembrando das cenas que tentava esquecer – Só para me testar...
  Ele fulminou as nornas com o olhar, e Urd engoliu em seco antes de responder.
  - Sim... – ela disse.
  Dean ficou calado por um minuto.
  - Desgraçadas... – ele murmurou – Desgraçadas!
  Ele levantou a espada e mirou no pescoço de Urd.
  - Vocês são mais desprezíveis que o quer que estejam tentando derrotar! – ele falou, se preparando para o golpe.
  - Dean! – disse Sam, e Castiel apareceu atrás do Winchester, segurando seus braços.
  - Me solta! – gritou Dean, tentando se soltar do anjo – Me solte agora! Ou você vai ser o primeiro...
  A mão de Sam atingiu o rosto de Dean em um soco que pegou o irmão de surpresa.
  - Se controle – ele disse, pegando a espada da mão dele.
  Dean respirou fundo, abaixando a cabeça, derrotado.
  - Me solta porra! – ele disse para Castiel, que ainda o segurava.
  O anjo o soltou.
  - Ótimo para vocês – ele disse para as nornas – Eu não estou nem um pouco afim de ajudar vocês.
  Ele andou até a porta do quarto e a abriu.
  - Sam, Cass, peguem as coisas, vamos embora – falou ele.
  Os dois não responderam.
  - Vão demorar? – disse Dean, olhando para eles.
  - Dean, eu acho que... – disse Sam, outra vez interrompido pelo irmão.
  - Ótimo – disse Dean – Façam o que quiserem. Eu não ajudo.
  Ele saiu do quarto, batendo a porta.
  - Devemos ir atrás dele? – perguntou Castiel.
  - Agora não – disse Sam, e se virou para as nornas – Vocês disseram que precisam de ajuda para derrotar alguém. Quem?
  - Loki – disse Verdandi.
  - Loki? – perguntou Sam – Acho que o Bobby nos falou dele uma vez...
  - Sim, sim – disse Urd – Quando acharam o Trickster pela primeira vez. Mas ele é só um idiota que se passa pelo Loki. O verdadeiro Loki está nessa cidade e causando alguns problemas.
  - O que ele está fazendo? – perguntou Sam.
  - Bom, vocês devem ter investigado as coisas estranhas antes de chegarem aqui – disse Skuld – Nós só mexemos nas coisas menores, todas as mortes que aconteceram foram por causa de Loki.
  - E vocês são três – disse Castiel – Não poderiam derrotar ele fácil?
  - Poderíamos – disse Urd – Mas ele trouxe os filhos. E também, nossa magia é menos influente nos deuses. Loki por si só já é bem poderoso, e seus filhos não ficam muito atrás.
  - Ele trouxe os três filhos? – perguntou Castiel.
  - Sim – disse Urd.
  - E por que vocês não saíram da cidade para procurar ajuda? – perguntou Sam.
  - Não podemos deixar Yggdrasil por muito tempo – disse Verdandi.
  Sam balançou a cabeça, lembrando que Yggdrasil dependia em grande parte das nornas.
  - E por que Loki está causando problemas? – perguntou Sam.
  As nornas riram.
  - Será por que ele é o deus da mentira? Será por que ele adora fazer brincadeiras de mau gosto? – disse Urd.
  - Mas ele vive fazendo isso, não é? – perguntou Castiel – O próprio Trickster faz mais ou menos isso.
  - Mas ele trouxe os filhos – explicou Urd – Ele está planejando algo grande dessa vez. Afinal, ele não teve o trabalho de trazer os três filhos aqui para nada.
  - E como vocês querem que a gente ajude? – disse Sam.
  - Precisamos descobrir o que Loki quer fazer e pará-lo – disse Urd – Nem que para isso tenhamos que matá-lo.
  - Mas o mais importante – disse Skuld – É que temos que tomar cuidado e agir rápido. Nenhum outro deus pode saber o que está acontecendo.
  - Por que? – perguntou Sam.
  - Esse detalhe eu não posso falar – ela disse.
  - Tem que dizer tudo que sabe para dar certo – disse Sam.
  - Não posso – disse Skuld – Os mistérios do futuro não devem ser revelados antes da hora. Mas o motivo não é importante agora.
  Sam resmungou qualquer coisa.
  - Não vejo motivo para não acreditarmos nelas – disse Castiel.
  - Claro – disse Sam – Nenhum além do fato que elas tentaram nos matar.
  Ele pensou por um instante.
  - Cass, vigie elas, eu vou tentar achar o Dean – ele disse, entregando a espada negra para o anjo e saindo.
   
  Sam chegou no estacionamento do motel. O Impala estava lá. Sam foi até o carro e encontrou Dean no banco do motorista.
  Entrou no Chevrolet e sentou ao lado do irmão.
  - Vai embora – disse Dean, sem nem olhar para a cara do mais novo.
  - Dean... – disse Sam – Eu não sei como foi sua luta mas... O que quer que tenha sido...
  - Não, Sam – disse o irmão – Não dá para perdoar aquelas vadias.
  - Olha, Dean, nós vamos precisar de você...
  - Não, não precisam – disse ele – Alias, nós devíamos ir embora daqui. Essas nornas não merecem que façamos nada por elas.
  - Dean, você tem que esquecer o que aconteceu lá... – disse o irmão, mas se calou ao ver o olhar do irmão. Ele gelou com aquele olhar, ódio puro emanava do irmão naquele momento. Porém, havia também uma tristeza sem igual ali.
  - Me diga – disse Dean – Se você tivesse que matar Jess e Madison com suas próprias mãos?
  - Dean, elas estão mortas... – ele disse.
  - E se você tivesse que matá-las? – disse Dean, interrompendo o irmão.
 - Dean, eu não... – Sam parou no meio da frase, entendendo o que havia sido a luta do irmão – Não me diga que...
 O mais velho ficou calado. Sam abaixou a cabeça, pensando em como havia sido a luta do irmão – e pensando na pergunta que ele havia lhe feito.


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