Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 28
Have you ever seen the rain? (part two)


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo do ano... Mas tudo bem em janeiro tem mais, eu não sou do tipo que tira férias kkkk finalizo o ano com esse capítulo aqui, ele ficou bem interessante, espero que gostem... Vou receber feliz ano novo de vcs? Será? Não sei kkkk bom, só leiam ele e nas notas finais eu faço o drama de fim de ano, beijinhos...



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Povs Sam:

— O que fez de bom pela manhã? - inicio um assunto com o Freddie enquanto ele dirige o carro.

— Gibby e eu fomos comprar umas coisas... - ele para como se estivesse escolhendo as palavras- Ele comprou um colar para a Carly, com um C e com um G. Na verdade ele mandou fazer.

— E o que mais? - eu pergunto referente a ele.

— Comprei uma coisa para você. - ele me diz e tenho um alívio instantâneo- O Gibby me ajudou a escolher, não sei se você vai gostar.

— Se eu não gostar, vou ser educada e mentir. - dou o sorriso mais idiota do mundo.

— Bem, talvez você vá pensar que um deles é exagero, mas você sempre me surpreende, então não sei como vai ser sua reação. - ele guia o carro em direção aos bosques de Londres.

— Então são dois presentes? - eu pergunto ficando muito curiosa.

— Um eu já devia ter lhe dado e o outro é o meu ego falando mais alto, mas foi uma intenção vinda do fundo do meu coração, eu espero que goste. - ele me olha de relance.

— Para onde vamos?

— Wimbledon Common, Sw19 5NR. - ele diz o nome e o endereço de um parque.

— Mas ele está fechado, só é aberto até às 5 da tarde.

— Eu sei, por isso estamos indo para lá. - ele solta um assobio e dirige o carro pela cidade.

Um trovão anuncia a chuva que está por vir. Em questão de minutos os pingos se chocam contra o para-brisa do carro e o Freddie liga o limpador.

Freddie tira uma mão do volante para alisar minha perna e sorri para mim, seguro sua mão com carinho e ele parece mais relaxado pelo toque afetuoso.

— Eu escutei uma música na rádio hoje. Lembrei-me de você. - digo em um tom baixo.

— Que música? - ele tira os olhos da estrada por um minuto.

— Running Away. - respondo e espero sua reação.

Ele sorri lindamente e parece emocionado.

— Eu gosto dessa música. - ele tira a mão da minha perna para trocar de marcha.

— Eu me perguntei se eu ainda sou aquela mesma garota da escada incêndio.

Freddie franze a testa, ele quer negar, mas sabe que mudei muito desde então, porém ele vai dizer algo surpreendente como de costume.

— Todos nós mudamos Sam. Mas em parte eu ainda te enxergo como aquela garota agressiva que me batia só por eu não saber as horas, ainda enxergo você como a garota que teve o primeiro beijo comigo. Não te pedi um beijo naquele dia porque eu nunca tinha beijado ninguém, eu também te pedi porque eu queria saber como seria beijar você. - ele me conta sorrindo- Você sempre vai ser aquela garota para mim Sam, com alguns adicionais é claro, mas foi isso que me fez se apaixonar por você.

Fico um pouco sem jeito e observo a chuva pela janela.

— Nunca me arrependi de ter feito aquilo.

— Eu também não. - ele soa sincero.

Aproveitando que a rua próxima ao parque está vazia, Freddie acelera o carro para pegar um pouco de velocidade. O motor se sobressai sobre o barulho da chuva, o V8 ruge enquanto sou lançada para trás com a velocidade rápida que ele pega em poucos segundos.

 - Uhuuuuuuul!- eu grito feito uma criança.

O carro começa a derrapar na pista e Freddie diminui a velocidade aos poucos.

— Melhor testarmos a velocidade dele em um dia de sol. - ele vira o carro em uma estrada de terra e adentra na vegetação da floresta- Podemos contornar o Puget Sound inteiro em poucos minutos.

Assusto-me com seu comentário.

— Por que levaríamos esse carro para Seattle?

— Hmmm. - ele me da um sorriso de lado e acha um lugar da floresta para estacionar o carro, a chuva ainda cai sobre o teto com bem menos intensidade graça as árvores.

— Então... - eu tiro o cinto e ele desliga o carro.

— Eu tenho uma coisa para você. - ele tira o cinto e todo o clima do carro fica diferente, de repente sinto nossas respirações ficarem incontroláveis.

— Me mostra. - tento ficar mais perto dele.

— Abra aqui. - ele aponta para o compartimento atrás da marcha onde Carly tentou abrir antes.

— Tudo bem. - aperto a trava e o compartimento se abre.

Toda a cor do meu rosto se esvai. Meu coração dá uma guinada mais rápida que todos os cavalos que tem no motor desse carro. Uma caixinha roxa de veludo está ali. Eu a pego sem acreditar que isso está realmente acontecendo. Abro a caixinha e me deparo com um anel prateado, decorado com duas pedrinhas, uma azul e uma vermelha entrelaçadas por um arco dourado. O anel parece simples, mas sei que teve um valor inestimável.

— Você disse que queria um anel. - ele sussurra.

— Eu... Eu amei, cara é muito lindo! - retiro o anel da caixinha, mas Freddie segura minha mão.

Ele pega a caixa do anel e coloca no compartimento de novo, depois ele pega a minha mão direita e coloca o anel, eu acho que vou começar a pular aqui no banco a qualquer momento. Freddie beija o anel e minha mão, me lanço sobre ele e cubro seu rosto de beijos.

— Ficou perfeito em você. - ele fala e me dá um selinho- Eu te amo Sam e quero te amar...

— Até seu último suspiro. - completo para ele.

— Talvez até depois. - Freddie me dá outro beijo e me puxa para seu colo- Agora, o seu outro presente.

— Yep, fala ai. - me animo e dou carinho no seu rosto.

— Feliz aniversário. - ele sussurra e tira a chave do carro da ignição.

— Meu aniversário é dia 21. - fico sem entender.

— Mas fiquei ansioso e quis te dar seu presente hoje.

— Cadê?- olho em volta procurando.

— Está sentada nele. - Freddie ri e eu penso outra coisa.

— Mas eu já tenho você de presente. - faço biquinho.

— Sim, isso é verdade, mas não sou eu Sam. - ele coloca a chave do carro na minha mão - O carro é seu presente.

— Porra!- eu grito pegando a chave, o que tem os garotos ricos e suas manias de darem carros para as namoradas ou noivas?

— Gostou? - ele pergunta e eu ainda estou tentando processar a informação.

— Freddie isso é um carro e eu não posso aceitar.

— Sim você pode. - ele reclama comigo- O Austin te deu um carro, eu também posso te dar. - ele diz "posso" com orgulho.

— É diferente, ele me deu um carro. Você está me dando uma máquina poderosa, automobilística ambulante, que deve ter custado os olhos da cara.

— Sam, eu sou rico e posso te dar o carro, você vai ficar com ele. - Freddie dá sua última palavra.

— Cara, eu não posso... - começo a dizer, mas ele coloca o indicador sobre os meus lábios.

— Sabe que posso fazer você mudar de ideia. - ele ri sombriamente e me empurra para o banco do passageiro, eu caio deitada e minhas pernas ficam sobre as suas. Ele se joga em cima de mim com rapidez, sua boca silencia a minha e ele coloca minhas pernas em volta do seu quadril.

Seguro seus ombros, mas não para empurra-lo e sim para mantê-lo perto de mim. Contorno o formato dos seus lábios com a minha língua e ele me aperta contra o banco. Sua mão começa a tentar subir a minha camisa, ele puxa para cima e um trovão faz com que nós dois se assuste, Freddie mete a cabeça no teto do carro. Nós acabamos por rir dessa situação.

Lembro-me de não poder aceitar o carro, porque isso francamente é realmente muito exagero da parte dele. Mexo-me para se sentar no seu colo, ele me abraça e depois de alguns minutos em silêncio, ele ri contra meu pescoço.

— Você vai ficar com o carro. - ele diz fingindo estar bravo.

— Shhh, quietinho. - eu fecho os olhos, quero explicar a ele que não posso, mas eu não sei como negar – Sim... Eu vou ficar com o carro.

— Que bom. - ele beija meu pescoço.

— Sim. É bom... – estou quase tendo um ataque de pânico. Eu tenho um Mustang meu Deus!

— Eu queria saber, se você já viu a chuva em um dia ensolarado? - ele pergunta respirando lentamente.

— Estou vendo agora. – observo pelo vidro os raios de sol lutar contra as nuvens pesadas de chuva.

— Eu vi essa música no seu celular - ele abaixa o braço e vasculha meus bolsos da calça, enfim acha meu celular e vai no leitor de áudio, dou risada do que ele planeja fazer.

— Você vai deixar tocando? – começo a rir baixinho.

— Sim. – ele seleciona a música e a melodia preenche o carro.

— Você mudou de ideia sobre o e-mail... – lembro a ele.

— Acho que sim – ele fica tenso.

— Eu amei cada palavra. Eu também quero tudo o que você disse. Estou pensando em imprimir ele e colocar em uma moldura.

— Minhas palavras tocaram seu coração Puckett?

— Sim Benson. – mordo seu pescoço.

— O que você mandou o Gibby fazer? – ele pergunta preocupado.

— O mandei devolver o Jimny ao Austin.

— Ah sim... Obrigado. – ele agradece.

— Não me agradeça, não foi um favor, eu já devia ter devolvido, mas tenho a mania de me apegar a coisas passadas.

— Claro... – ele resmunga e começa a cantar a música em um tom baixo.

Lembro-me de algo que me chamou a atenção no e-mail.

— Aaron? Eu sempre pensei em Freddward Júnior ou Sedward.

— O que é Sedward? – Freddie ri.

— É uma junção dos nossos nomes. – explico a ele.

— Deixa o nome das crianças comigo. – ele ergue o rosto e me beija nos lábios - Não quero voltar agora.

Olho para o seu rosto de menino.

— Então não vamos voltar – me aconchego ali e ficamos um tempo só apreciando a companhia um do outro.

I wanna know...— Freddie canta Have you ever seen the rain? animadamente, ele deixou na repetição, eu me empolgo e canto junto. Ele alisa minhas costas, e está com a respiração meio estranha. Eu sei muito bem o que ele está pensando.

— Vai se converter. – eu finjo indignação.

— Não fiz nada. – ele sussurra e passa a mão no cabelo.

— Seu cabelo está grande.

— Quer que eu corte? – ele ergue a sobrancelha.

— Não, eu gosto dele assim.

Freddie abaixa a cabeça e vejo que está se coçando para perguntar alguma coisa.

— Você acha que ele vai aceitar o carro de volta? – sua pergunta soa normal.

— Vai. O Austin sabe como funcionam as coisas, ele nunca foi de piorar uma situação. - eu respondo.

Agora noto sua cara de ideia.

— Quer tomar banho de chuva? – ele me tira cima dele, e eu volto para o banco do passageiro.

Freddie pega o meu celular e liga o som do carro.

— Como não posso fugir tudo bem. – concordo com a sua ideia.

— Ao som de Have you ever seen the rain? — ele sincroniza a música do meu celular com o som do carro.

— Só se for agora. – abro a minha porta e vou para a chuva que escorre pelos meus braços, dou um gritinho com o vento frio que sopra no anoitecer de Londres.

Freddie aumenta o som da música e sai do carro. Ele fecha a porta e vem me tomar em um abraço, depois me gira enquanto a chuva nos deixa totalmente ensopados e nossas roupas ficam pesadas.

— Sabe o que eu estou tentando fazer? – ele grita sobre o barulho da chuva e da música.

— Não! – eu grito de volta.

— Estou tentando fazer você se sentir bem aqui em Londres, pelos dias que lhe resta nessa cidade! Eu não deixaria você se sentir desconfortável aqui de nenhuma maneira, não posso te fazer esquecer o Austin, mas posso tentar fazer você se sentir em casa nem que seja só por um tempo! – ele dá carinho na minha face.

— Você já me fez esquece-lo, só não deixei de me importar com ele ainda. Não se preocupe Freddie, em breve não teremos que nos preocupar com mais nada. – eu me aconchego nos seus braços e inalo seu cheiro doce com a chuva.

— “Até a eternidade sempre será assim...” – ele fala contra meu cabelo os versos da música – “Através do círculo, rápido e devagar” – ele me gira lentamente – “ Eu sei” – sua voz é doce – “ Não pode parar, imagino”- e prosseguimos ali abraçados, até que última parte da música se repita novamente.

 

 

 

 

 

Povs Gibby:

Eu estaciono o carro na frente da padaria. Fico pensando no que dizer ao Austin. Não quero magoa-lo. Ele ferrou com a Sam, mas eu ainda o vejo só como um cara normal. Não sou do tipo que sai ferindo os sentimentos das pessoas. Na verdade eu até queria conversar com ele, eu queria pedir um favor para ser exato, dado a nossa amizade no passado, creio que ele não se importaria em fazer algo que também estaria beneficiando a ele mesmo.

Para a minha sorte, o Austin está saindo da padaria com uma caixa na mão e eu saio do carro. Noto a dificuldade dele em trancar a porta, então me ofereço para ajudar com a caixa.

— Deixa que eu seguro.

Ele se vira e se surpreende comigo.

— Gibby? – ele pergunta confuso.

— Gibbeeeeh – eu digo rindo e ele também ri comigo – Posso? – aponto para a caixa.

— Claro. – ele me dá a caixa e se vira para terminar de trancar a porta e fechar com uma grade.

— O que o traz aqui? – Austin me pergunta puxando a grande em horizontal.

— A Sam me pediu um favor.

Noto sua reação mudar na mesma hora. Ele se vira e me olha cheio de preocupação ao escutar o nome dela.

— Ela está bem?

— Sim, ela está ótima. – o acalmo de maneira sutil.

— Ah, menos mal – ele suspira e por fim termina de trancar a padaria – Mas então, o que ela pediu para você fazer?

Devolvo a caixa para o Austin e respiro fundo.

— Pediu para que eu te devolvesse o carro, ela sabe que o Freddie iria se chatear.

— Oh... – ele franze os lábios e observa o Jimny estacionado – Fiquei imaginando quando esse dia ia chegar.

— E chegou. – coloco a chave sobre a caixa dele.

— Tudo bem, eu não vou perguntar mais nada. – ele pega a chave e coloca no bolso.

— Ela vai transferir os documentos do carro para o seu nome um pouco antes de ir embora. – informo a ele que só acena com a cabeça.

— Ela parecia bem na última vez que eu a vi. – ele comenta perdendo o foco do assunto.

— É... Fiquei sabendo. – olho para o chão – Você ainda a ama muito, né cara?

— Sim e não pretendo parar de ama-la. – ele não se envergonha de falar a verdade.

— Mesmo sabendo que ela ama o Freddie?

— Sim, da mesma forma que ele está com ela, sabendo que ela ainda me ama. – Austin caminha para o carro com a caixa.

— Ela te disse isso? – eu pergunto confuso, ele faz que sim com a cabeça – Quando?

— Quando ela veio me ver na madrugada de quarta.

— Ela simplesmente chegou e disse que amava você? – abro a porta do carro para ele colocar a caixa dentro.

— Não. – ele ajeita a caixa no banco do passageiro e se vira para mim – Eu disse “eu amo você” e ela falou “ também amo você”, um pouco antes dela ir.

— Uau. – fico muito surpreso, então posso realmente pedir um favor a ele – Posso te pedir uma coisa?

— Depende. – ele estreita os olhos.

— Se ele a deixar... Você não viu como ela ficou quando você a abandonou, ela... – eu não consigo achar uma forma de pedir – Ela não pode ficar sozinha de novo.

Austin leva um tempo até compreender o que estou pedindo.

— Fizemos um acordo. Se ele a deixar, eu irei ficar com ela e dessa vez eu nunca vou abandona-la. – ele enfatiza o “nunca” de maneira dramática.

— Ele não vai deixa-la, sabe que isso não vai acontecer.

— Mas... Se acontecer?

Se acontecer, tem meu total apoio. Qualquer coisa para não a ver sofrer novamente. – dou um tapa leva no seu ombro – Se cuida cara.

— Se cuida também – Austin entra no carro e eu o observo ir embora.

Uma pergunta fica martelando na minha mente enquanto faço meu caminho de volta para o apartamento. Mas... Se acontecer?

 

 

 

 

 

Povs Sam:

Acordo-me com a luz fraca que se infiltra pela janela e com o toque do meu celular. Solto um palavrão e atendo sem ver quem é.

— Se for da polícia, este número não pertence mais a Samantha Joy Puckett. – murmuro rouca por estar sem voz.

Sempre amei seu nome do meio— uma voz familiar diz do outro da linha.

— Embryl? – me alegro.

Quem mais poderia ser?— ele ri alegremente.

— Saudades de você, e nem faz tanto tempo. – tenho que admitir.

Humrum tá— ele me corta – Você está no apartamento?

— O que? – fico mais confusa ainda.

No seu apartamento, você está ai? Eu estou aqui na frente.

— O que faz na frente do meu apartamento?

Eu vim te visitar, eu precisava falar com você. — ele explica sem rodeios – Pode abrir a porta, acho que vai começar a chover.

— A Carly, o Freddie ou o Gibby não estão ai para abrir? – tusso com força.

Se eles estivessem eu não estaria pedindo para você vir abrir, anda logo mana. — ele fala ansioso.

— Aguenta ai. – então me lembro da chave reserva – Tem uma chave de baixo do capacho, me espera na sala que estou descendo. – desligo o telefone.

 Meu corpo está meio grogue e sinto dor de garganta. A chuva de ontem não me fez bem. O banho quente que tomei quando cheguei, só agravou a situação. O Benson e as suas ideias. Saio da cama trajando o shorts de tecido curto que usei ontem a noite e minha camisa com um cogumelo do Mário Bros na frente.

Desço as escadas e me incomodo que o apartamento está quieto de mais. Freddie foi fazer umas comprinhas e trazer coisas da farmácia. Pergunto-me onde estão Carly e Gibby. Quase caio no último degrau e cambaleio pela sala, tropeço no tapete e caio nos braços do Embryl.

— Ai meu Deus, você já está bêbada a essa hora da manhã? – ele estapeia meu rosto de leve.

— Hein? – eu me seguro nos seus ombros – A gente tem que parar de se topar desse jeito.

— Verdade. – ele sopra o cabelo do meu rosto e nesse momento o Freddie abre a porta da sala.

— Que coisa é essa?! – ele pergunta ficando bravo.

— Oh. – Embryl me coloca de pé e eu tento me equilibrar – Não viaja Freddie.

— Não viaja você! – ele larga as compras no chão – Tira as mãos dela! – Freddie vem até nós e empurra o Embryl no sofá.

— Calma Freddie, não é isso que você pensa. – eu começo a tentar explicar, mas minha voz coloca acento em lugares estranhos.

— Não é o que eu penso? Ele estava agarrado com você! – Freddie começa a se alterar – E porque você não o empurrou?

— Ele estava me ajudando...

— Ela caiu e eu a segurei, eu jamais teria olhos para ela Freddie! – Embryl e se levanta e vem em minha defesa, porém ele se coloca perto de mim e Freddie parte para cima dele, eu estou fraca de mais, então eu me coloco na frente dos dois sem forças para empurrar alguém.

— Embryl tem razão, ele jamais teria olhos para mim. – falo com dificuldade por causa da garganta inflamada.

— Quer mesmo que eu acredite nisso? Então me dê um bom motivo. – Freddie rosna e suas mãos estão cerradas em punho.

— Por que... – olho para o Embryl pedindo ajuda.

— Porque ela é minha irmã Freddie. – ele conta a verdade e uma tosse me escapa deixando a cena mais estranha ainda.

— Sua... O quê? – Freddie fica em choque e sua boca se abre feito a de um peixinho.

— É verdade. Embryl é meu meio-irmão. – explico direito.

— Então você é filha do...

— Chega de informação por hora – Embryl interrompe e encosto-me a ele por causa da tontura – Ela não quer saber a verdade.

— Por que não? – Freddie me puxa para perto dele e eu rio sem nem saber por que.

— Sam não quer que a vida dela fique mais louca do que já é. – Embryl diz ao Freddie e dá um sorriso triste para mim – Agora, devem estar se perguntado por que eu vim aqui.

— Não, estou me perguntado: há quanto tempo vocês veem escondendo isso de mim? – Freddie me envolve com os braços.

Oh... Acho que isso acabou de se tornar um problema.

— Freddie, eu não quis contar por que... – minha mente fica enevoada – Eu nem sei por quê.

— Sam, você está queimando de febre. – Freddie coloca a mão no meu rosto.

— Eu estou é? – solto outra tosse e isso dói meu corpo todo.

— Embryl a coloque no sofá, eu vou pegar uma bacia d’água e um cobertor térmico. – Freddie corre para as compras.

— Quer dizer que agora posso encostar nela? – Embryl tem que fazer uma brincadeira e eu dou um tapa na minha testa.

— Sem gracinhas. – Freddie murmura e pega um termômetro.

Após me ajeitarem, Freddie me fez colocar meus pés numa bacia com água quente, me enrolar com um cobertor e beber um remédio horrível que eu cuspi na cara do Embryl quando Freddie deu tapinhas nas minhas costas. Acabei por passar a manhã toda no sofá vendo TV enquanto os garotos cuidavam de mim. Mas na verdade, por mais que eu ame muito os dois, eu queria estar com a Carly agora. Somente ela sabe cuidar de mim quando estou doente. Ela saiu com o Gibby para um passeio, e já ligaram para ela dizendo da minha atual situação, não acredito que ela voltaria por mim, talvez ela pense que é só birra. O Gibby deve ser mais importante para ela no momento.

Depois de trinta minutos, eu retiro tudo o que eu pensei.

— Cadê ela?! – Carly berra entrando na sala e corre até mim quando me vê toda enroladinha.

— Aqui. – faço uma voz fofa e estendo os braços para ela.

— O bebê da casa ficou doente. – Carly senta no sofá e me envolve com os braços – Pronto você vai melhorar.

— Ela precisa de repouso Carly. – Freddie intervém.

— Eu cuidei dela durante três anos, sei muito bem do que ela precisa. – Carly acaricia meus cabelos e eu espiro contra o ombro dela – Invenção de brincarem na chuva.

— Foi divertido. – eu sorrio para o meu noivo e uso o cabelo da Carly para esconder o rosto, a luz me incomoda.

— Que amiga linda, está sujando meu cabelo. – Carly murmura ainda me dando carinho.

— Meu Deus... – Freddie resmunga.

 – Embryl? – Carly pergunta.

Provavelmente ele está voltando da cozinha.

— Carly? – Embryl finge surpresa.

— Sam? – eu pergunto rindo.

— Fica quieta garota, você está doente – Carly faz papel de mãe – O que faz aqui?

— Eu vim visitar a Sam. – ele responde normalmente.

— Mas por quê? – ela não entende.

— Porque o Embryl é meio-irmão dela. – Freddie conta a verdade a todos.

— Que bomba. – tiro meu rosto do cabelo da Carly.

— Caramba! – Carly me olha de boca aberta – Sério mesmo? Não pode ser verdade.

— Olha bem. – Freddie vem se sentar perto dos meus pés.

— Humm – ela olha para mim e depois para o Embryl – Olhando bem, acho que vocês tem uma mínima semelhança nas maçãs do rosto.

Eu quero uma maçã – faço biquinho.

— Traz uma maçã para ela amor. – ela pede o Gibby.

— Claro. – Gibby se levanta, mas depois se vira e encara a gente com a mesma expressão da Carly – Quer dizer que o Barney é seu pai?

— O QUÊ?!- eu forço a voz e logo me arrependo – Quer dizer que o Barney é seu pai? – faço a mesma pergunta, mas ao Embryl.

— Você disse que não queria saber! – ele se defende.

— Tá, mas... – não sei explicar a ele – Mas eu não sabia que era alguém tão próximo.

— Isso explica muita coisa. – Freddie comenta.

— Que drama familiar gente. – Carly fica surpresa com tudo.

— E eu sempre... – fico sem palavras – Me traz a minha maçã. – é só o que eu digo.

— Ai meus rins. – Embryl cruza as pernas no outro sofá.

— Por essa eu não esperava. – minha melhor amiga continua sem acreditar – Tomei dois tiros na cara de uma vez, podia ter antes contado hein Sam.

— Desculpa. – me encolho.

— Te desculpo só porque você está doente. – ela me aperta com carinho.

— Adivinha quem começou a me seguir no twitter...  – Gibby volta com o celular na mão e com minha maçã.

— A Katy Perry? – Carly pergunta brincando e pega a maçã dele e dá para mim.

— Lana Gilbert. – ele anuncia e eu me surpreendo.

— Quem é ela? – Freddie está por fora.

— Uma garota que conhecemos aqui na city, ela era da Flórida, era sempre bom ter uma americana por perto. – Carly relembra do ano passado.

— Ela namorou o Austin depois que... – Gibby começa a dizer e Carly pigarreia e tosse.

— Quem está doente aqui sou eu. – murmuro rouca.

— Ah, tá. Deixa – Freddie desiste do assunto.

— Me deixa ver a foto. – Embryl pede e Gibby dar o celular para ele – Fiu-fiu – ele finge assobiar – Cabelo castanho, olhos azuis. E que azul perfeito. Melhor da block, a Carly não vai gostar de ter ela te seguindo.

— Palhaço. – Carly da de ombros e o celular dela apita, ela pega ele de cima da mesinha na frente do sofá e se surpreende também – Que estranho, ela também começou a me seguir.

Dessa vez meu celular apita. Pego ele no meu bolso e fico surpresa também.

— Que macumba é essa? Ela também me seguiu. – mostro para a Carly.

O celular do Freddie toca ao seu lado. Ele ri.

— É brincadeira né? – ele olha para a tela e me mostra – A garota também está me seguindo.

— É uma lenda urbana, o follow da Lana Gilbert – Embryl faz voz de fantasma e seu celular também recebeu uma notificação, ele engole em seco. Ele desbloqueia o celular e olha para todos nós – Ela também me seguiu...

— O que ela quer com todos nós? – eu pergunto, mas ninguém tem uma resposta para isso.

 

 

 

 

Povs geral:

A garota fita seus olhos azuis prussianos no espelho. Ela acaricia seus cabelos castanhos e o enrola nas pontas dos dedos como um tique nervoso. Ela pega a foto do irmão que achou na internet e observa o rosto dele. A garota coloca a foto ao lado do seu rosto e se observa no espelho mais uma vez, ela nota a semelhança e faz uma promessa a si mesma: que achará o irmão, nem que seja a última coisa que faça nesse mundo.

 

 

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Feliz 2017!!!


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Notas finais do capítulo

E assim eu encerro o ano, com mais um mistério não tão misterioso para vcs... Não vou fazer opções agora, vai ficar meio batido, quero voltar a postar em janeiro e quero ver vcs se surpreendendo com os acontecimentos que estão por vir.

Espero que terminem o ano de bem com vida, cheio de amor e harmonia e tals. Peço a Deus abençoe todos vcs que ficaram lendo a fic até aqui, encerramos o ano essa semana e mais um ano se começa no domingo né non? Uau 2017, inacreditável. Agradeço imensamente a vcs que estão com a fic desde o dia 3 de setembro deste ano, muito obrigado mesmo. Aos novos leitores milhões de beijos por estarem embarcando nessa aventura com a gente, às vezes eu mesma me surpreendo com as coisas malucas que acontecem, como eu não posso apertar a mão de cada um, eu gostaria que quem nunca comentou pedisse algo para a fic, ou pedisse algo para mim. Para os que comentam desde sempre, ou mandam mensagem privadas, e vcs do twitter tbm, que façam o mesmo, essa fic não existiria sem vcs dizendo oq está bom, oq está ruim, oq dá pra adicionar e tal. Fiquem a vontade para montarem ela comigo, não se sintam com vergonha de pedir qualquer coisa tá bom? Fico emocionada em escrever isso mas: Eu já considero muitos de vcs pessoas que eu posso contar quando as coisas derem errado. Não vou dizer nomes pq vai ficar muito grande, então eu deixo isso mais para frente.

Bem um FELIZ MEGA SUPER POWER ANO NOVO PARA VOCÊS!! COMECEM TUDO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL, SEJAM FELIZES, SEJAM ALEGRES E ACIMA DE TUDO: SEJAM VOCÊS MESMOS! Até ano que vem gente, em Janeiro a fic ta de volta, tipo depois do dia 2 eu posso postar a qualquer momento, menos no dia 4 que é o niver da minha mãe... Por esse ano é só, e mais uma coisa: para todos que pediram em mensagem privada, no twitter e tal aqui está meu número para me adicionarem no Whatsapp: (45) 998339284 é só me chamarem a qualquer hora do dia que vou responder, fiquem a vontade para fazer perguntas sobre a fic Fix You e sobre a famosa 42 que eu vivo comentando. Algumas pessoas queriam saber quem era a maluca que estava escrevendo essa fic, então agora vcs tem a oportunidade de me conhecer um pouco melhor e saber coisas sobre mim, uma boa conexão com os leitores vai fazer bem. Feliz ano novo mais uma vez e see you soon guys!!! ♥ ♥ ♥ ♥



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