Little Liars, Big Secrets escrita por Duas pandacórnias


Capítulo 26
26: Reyna - Quase no final do jogo.


Notas iniciais do capítulo

heyyyy de novo!
espero q gostem!
— Gló
Desculpa pela demora, mas adivinhem... ENTRAMOS EM SEMANA DE PROVA, mês passado e ela vai durar até o meio desde mês então vamos mudar o nome para MÊS DE PROVAS UHUUUUU
—--Lena



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P.O.V: Reyna: No Money 

   Acordei super cansada, pois ontem fiquei até umas 4:00 da manhã tentando decifrar as mensagens daquele maldito diário junto com Annie. Eu só queria dormir mais, mas infelizmente eu tinha que ir para a escola. Arghhhh!

   Levantei de mau humor resmungando de todas as formas possíveis. Me troquei rapidamente pegando a primeira roupa que vi no armário, dei um jeito no meu cabelo (que mais parecia um ninho de rato), e desci as escadas sem a mínima vontade.

   - Você está horrível. – falou Annie. Sentei-me à mesa dando de ombros.

   - Você também mana – respondi – então não pode falar nada.

   Ela riu da nossa péssima situação e me passou a jarra de café. Comi um sanduíche e logo após terminar fui escovar os dentes e pegar minha mochila. Annabeth me esperava no seu carro, pronta para começar a dirigir.

   - Tomou café suficiente? – perguntei – Não quero morrer da forma mais comum possível.

   - Pode ficar tranquila porque eu tomei exatos 1,5 litros de café – disse ela rindo, me fazendo a acompanhar – Vamos?

   Assenti com a cabeça e ela pisou no acelerador. Me encostei no banco e fechei os olhos, tentando inutilmente dormir, nem que fosse por mais cinco minutos.

   Esperei Annabeth estacionar para falar com ela. Olhei para ela tristemente e falei:

   - Temos mesmo que ir para lá?

   - Obviamente que sim né Reyna Arellano! Afinal temos... – disse ela checando o cronograma de aulas e conteúdos dessa semana – prova de Matemática.

   “Ai. Meus. Deuses. Isso não esta acontecendo! Como ela fala nessa normalidade? Não estudamos nada!”

   - NÓS NÃO ESTUDAMOS NADA ANNABETH ARELLANO CHASE! VAMOS NOS FERRAR FEIO NESSA PROVA! – eu estava mais desesperada que o normal. Por quê raios eu tinha que ficar até as 4:00 da manhã assistindo HTGAWM e lendo aquele diário?

   - EU SEI! Mas o que podemos fazer? Aceite Reyna, vamos tirar quatro – ela deu uma pausa e continuou – se tivermos sorte, é claro. Agora vamos para o matadouro.

   Ri de seu comentário e a acompanhei. Entramos na sala de Filosofia e nos sentamos ao fundo. Afinal, qual o melhor lugar para dormir sem ser totalmente notada pelo professor senão o fundo?

   Ficamos esperando o professor chegar tranquilamente até eu ouvir uma voz conhecida na porta. Era o Leo. Eu não o via desde o desfile, onde aconteceu nosso primeiro beijo. Fiquei tão morta de vergonha que nem falei mais com ele depois disso, nem mesmo nas únicas aulas que temos juntos. E agora ele provavelmente resolveria falar comigo justo no dia que eu resolvi relaxar com tudo: aparência, lições de casa, estudo para Matemática...

   “Merda! A partir de agora, eu ODEIO Filosofia!”

   Me escondi embaixo da carteira para que o mesmo não pudesse me ver. Tudo menos ele me perguntando o porquê de eu e Annabeth estarmos parecendo duas pessoas que tomaram todas ontem e hoje estão com “A Ressaca”.

   - Nem adianta se esconder Rey, porque ele te viu e está vindo para cá.

   - Quem? – perguntei me fazendo de desentendida.

   - O Leo! Por quê? Ou você tem uma queda ops, eu quis dizer, penhasco por mais alguém além dele? – sorriu ela diabolicamente.

   - Annie! Seja uma boa irmã e cale a boca! – disse me sentando.

   - Ei garotas! – falou Leo se sentando à minha frente – Caramba, vocês estão horríveis!

   O fuzilei com o olhar.

   “Jura Leo? Só percebi isso agora!”

   - N-não que vocês sejam horríveis, mas é que... Ah, vocês entenderam.

   Rimos dele, que nos acompanhou.

   - Okay, mas... Por que estão assim? Quero dizer, com essas olheiras terríveis?

   - Longa história garoto em chamas – falou Annie, o chamando pelo antigo apelido que demos a ele – sabe como é, séries até as 4:00 da manhã.

   - Que série? – perguntou ele, como se quisesse nos pegar em uma mentira.

   Não que isso fosse de fato uma mentira, era só... Uma verdade com detalhes ocultados.

   - How to Get Away With Murder. – Sorri. Annie só me olhou com um olhar cúmplice.

   - Ah... Claro – sorriu ele, como se acreditasse na gente. Dizendo isso ele se virou para frente, me permitindo dormir um pouco.

   O resto da aula foi SUPER chato, tanto que o que eu esperava ser só cinco minutos de sono foi os cinquenta minutos da aula inteira. E pelo visto eu não fui a única, já que Annie acabava de se espreguiçar ao meu lado.

   - Qual é a próxima aula? – falei sonolenta.

   - Matemática, infelizmente.

   - Merda.

   Nos sentamos em nossos devidos lugares e esperamos o professor chegar. Recebi a prova e a fiz. Graças aos deuses estava fácil.

   Fiquei dormindo até o sinal bater e Annie me chamar. A acompanhei e fomos nos encontrar com as meninas no refeitório.

   - Meus Deuses! – falou Clarisse— O que aconteceu com vocês para estarem horríveis desse jeito?

   - Valeu pela parte que nos toca, Clari – disse Annie por nós duas. Sorri ironicamente.

   - Querem uma base? – ofereceu Pips— Não vai fazer milagres, mas vai ajudar um pouquinho.

   Olhei para ela indignada.

   - Está tão horrível assim? – perguntei.

   - Bem... – começou Thalia— de horrível, só a cara de vocês duas mesmo. Agora sobre o resto, só estão meio relaxadas mesmo.

   Pelo menos eram só as olheiras. Peguei um espelho da Clarisse e uma das diversas bases da Pips e passei no meu rosto, logo após emprestando pra Annie dar um jeito na sua cara também.

   - Mas e aí meninas, por que ficaram assim? – perguntou Hazel.

   - O diário. – comecei – E é claro, séries.

   Elas assentiram em concordância.

   - Então gente, hoje eu vou falar com a Sil, mas alguém vai querer ir comigo?

  - Não poderemos ir, mas fala pra ela que eu mandei um oi – falou Clarisse, fazendo as outras concordarem com ela.

   É, dessa vez seria só eu e minhas habilidades dedutivas.

   Acabei o meu período escolar de hoje com 4 bilhetes de não ter feito as tarefas, 5 bilhetes de advertências e 2 de ter dormido na aula ou conversado.

   “Como se eu fosse mostrar aos meus pais. Eles não estão nem aí mesmo.”

   Bufei de raiva e entrei no carro de Annie.

   - Me deixe adivinhar – falou ela rindo – bilhetes? Porque se for isso, eu recebi 12.

   - Merda – falei rindo com ela – um a mais que eu. 11 bilhetes.

   Rimos mais ainda e só paramos quando ela ligou o carro. Chegamos em casa e cada uma foi a fazer o que tinha que fazer. Dei um jeito na minha aparência, dando exclusividade as minhas olheiras.

   Peguei o diário e fui até onde Silena estava escondida. Era hoje que eu descobriria algo sobre ele.

   Quando cheguei ao hotel, estacionei meu carro e fui até a recepcionista.

   - Oi... - chamei a recepcionista, enquanto olhava ao redor para ver se não havia ninguém que me lembrasse S. Por sorte, não havia ninguém. – eu queria saber onde fica o quarto de Blair Scarlett.

   - Ah claro... Reyna?— me virei para a recepcionista. Eu não acredito!

   - Allison Argent? Quanto tempo! – falei sorrindo – Não sabia que estava trabalhando aqui!

   - É que faz pouco tempo – falou ela – estou aqui junto com a Lydia e o Isaac.

   - Ah, que bom! – falei – Mas... Mudando de assunto, qual o quarto da Blair Scarlett?

   - Você quer dizer o quarto que a Sil está? – disse ela sorrindo. Mas, como ela sabia? – Nono andar, quarto 4213.

   - Como sabe?

   - Qual é Reyna – falou ela – eu conheci vocês por causa da Sil, já que ela foi a primeira amiga que fiz quando me mudei para cá. E de todo jeito, ela pediu minha ajuda para ficar aqui sem que ninguém soubesse sua verdadeira identidade.

   - A Lydia e o Isaac sabem disso também? – perguntei.

   - Sim! – falou ela me entregando a chave – Até mais!

   Me despedi dela e fui até o elevador. Esperei chegar ao nono andar com aquela música irritante tocando. Quando finalmente o elevador abriu, me dirigi rapidamente ao quarto 4213 e bati na porta.

   - Quem é? – perguntou ela.

   - Sua melhor amiga Blair! – falei sorrindo, esperando a mesma abrir.

   Ela abriu a porta, sem aparecer à minha frente. Até porque, todo cuidado é pouco quando se está à mira de S. Entrei no local e o analisei. Silena fechou e porta e veio me abraçar. Retribuí o gesto, alegre.

   - E aí Rey – falou ela – o que veio perguntar? Ou só veio dar uma visitinha inesperada?

   - Eu vim te perguntar sobre o seu diário. – falei.

   - Que... diário? – perguntou ela confusa.

   Mas quem está confusa agora sou eu.

   - Como assim, que diário? – falei irritada. – O seu diário! O que tem aquelas histórias estranhas e mórbidas sobre assassinatos!

   Peguei o diário que estava na minha bolsa e mostrei a ela.

   - Desculpe Reyna, mas é sério. Eu nunca tive um diário. E muito menos já gostei de escrever histórias, nunca fui muito boa nisso – disse ela – mesmo que eu seja boa com mentiras.

   Bom, ela estava certa.

   - Então de quem é esse diário? – perguntei – Thalia o achou no seu quarto!

   - Não sei! – falou ela – pode ser uma das coisas que minha mãe escondia de mim.

   - Como assim?

   - Minha mãe sempre teve muitos segredos, isso você já sabe. Desde relacionamentos infiéis até segredos mais obscuros, dos quais eu não faço a mínima ideia de quais sejam. Um dia, eu até achei um esconderijo no piso do meu quarto. Não me surpreenderia esse diário ser dela.

   - Caramba – suspirei – pelo menos estamos chegando a algum lugar. Mas me parecia ser seu, já que a letra é idêntica a sua. Olhe.

   Mostrei o diário a ela, que o olhou surpresa.

   - Realmente, a letra é idêntica, mas não é minha.

   - Tudo bem. Bom, tenho que falar com outras sobre o que eu descobri.

   - Até.

   Saí do quarto e fui até o meu carro. Quando entrei nele pronta para o ligar, recebi uma mensagem de S. Abri para ver do que se tratava.

“Hey Reyna! Como está?

Te espero ansiosamente no baile! Mal posso esperar para descobrir qual será a sua fantasia! Estarei de Cisne Negro! Vejo vocês lá!

Até mais vadia!

Beijos,

— S”

   Bufei de raiva e fui para minha casa. Quando cheguei, tomei um banho gelado e dormi por um tempo até ouvir pedras na minha janela. Fui ver quem era o desgraçado que estava fazendo isso. Era obviamente o idiota do Leo.

   - E aí Reyna! Pode vir até aqui embaixo?

   - Não. – falei curta e grossa.

   - Doeu na minha alma. – falou ele com um sorriso descarado no rosto – Bom então vou ter que ir aí!

   - Okay, okay! – bufei de raiva – Estou indo até aí!

   Desci batendo os pés até chegar onde ele se encontrava. Olhei para ele irritada e perguntei:

   - Qual é o motivo de ter atrapalhado meu precioso sono?

   - Antes de te chamar pra sair, devo dizer que você fica mais linda quando está irritada. – falou ele com a droga do seu típico sorriso, me fazendo corar fortemente – então Reyna Arellano Chase, quer sair comigo?

   - E o que te faz pensar que eu aceitaria? – falei fingindo não estar nem aí para ele.

   - A sua cara que diz que está louquinha para sair comigo. – sorriu.

   - Ah claro – falei ironicamente.

   - Te dou cinco minutos para se arrumar. – falou ele.

   - Mas eu nem aceitei! – falei.

   - Mas a sua cara sim.

   Bufei e fui me arrumar. Quando voltei ele sorriu para mim e fomos até seu carro. Esperei ele ligar o carro e começar a dirigir para perguntar algo a ele.

   - Para onde vamos?

   - Não sei. Onde você gostaria de ir?

   Ri de seu comentário.

   - Está me dizendo que não planejou nada para hoje?

   - Eu sabia que você faria essa pergunta então deixei que você escolhesse. – começou ele – E quando eu tento conquistar alguém, geralmente não faço mil planos para isso.

   Me segurei ao máximo para não ficar ruborizada.

   - E eu? Te conquistei? – falei sorrindo de modo brincalhão. Ele só olhou no meu rosto intensamente e disse:

   - Há muito tempo. Acho que desde quando nos conhecemos.

   Olhei rapidamente para a janela, tentando esconder minha cara mais vermelha que tomate de sua vista. Acho que não adiantou muito, pois foi só ele olhar novamente para mim que seu sorriso aumentou.

   Chegamos ao lugar que eu escolhi: o Monett’s coffee. É um lugar que eu, Annie e nossos irmãos sempre íamos quando éramos menores. É um dos meus lugares favoritos dessa cidade.

   Nos sentamos em uma das mesas e fizemos os nossos pedidos. Eu pedi o meu típico chocolate quente enquanto ele pediu uma bebida que eu não sabia o que era.

   - Você nunca vai abrir mão do chocolate quente, não é Rey? – perguntou ele olhando para mim.

   - Nunca. – sorri – Além do número 42, chocolate quente é a resposta para tudo.

   Ele riu da minha resposta e começou a puxar assunto. Conversamos até os nossos pedidos chegarem. Peguei o meu chocolate com o garçom, que me entregou um papel com seu número nele. Ri com o gesto.

   - O que está escrito? – perguntou ele curioso.

   - O número de telefone dele – falei sorrindo mais ainda quando percebi sua cara de irritado – O que foi? Ciúmes Valdez? Achei que você não era desse tipo.

   - Como não ficar com raiva? Ele não percebeu que você está acompanhada? – falou ele.

   - Não deveria. Afinal, nem somos namorados. – disse tomando um enorme gole do meu chocolate quente.

   - Não seja por isso. Reyna Arellano Chase quer namorar comigo?

   Quase cuspi meu chocolate nele.

   - O-o q-quê? – gaguejei surpresa. Ele só podia estar brincando – Leo, você está zoando com a minha cara, não é? Só fez esse pedido porque aquele garçom me deu seu número. Além do mais, somos melhores amigos!

   - Claro que não é por causa daquele idiota – argumentou ele – mas já que você ressaltou o fato de ainda não estarmos namorando, eu estou te pedindo em namoro agora.

   - Eu não sei o que dizer.

   - Só diz “sim” ou “não”. – falou ele olhando atentamente para mim.

   - É óbvio que eu quero ser sua namorada! – falei sorrindo – Mas, acho que eu não nasci pra essas...

Ele nem me deixou terminar e logo me beijou. Ele aprofundou o beijo e eu deixei. Só nos separamos quando a droga do ar fez falta. Sorri junto com ele, extremamente ruborizada.

   - Ah, que horas eu te pego para irmos ao baile? – perguntou ele com o seu sorriso descarado na cara.

   - Mas você nem me perguntou se eu queria ir ao baile contigo! – falei rindo. Ele não mudaria nunca.

   - E eu preciso? – riu ele descaradamente.

   Bati de leve em seu braço e o abracei. Tomei o meu chocolate quente e então ele me levou para casa. Quando chegamos, ele me deu um último beijo e se despediu de mim.

   - Até mais, Valdez – falei sorrindo. Fechei a porta do seu carro e fui até o meu quarto praticamente saltitando.

   - Nossa! – disse Annie – Para quê tanta alegria?

   - Eu estou namorando! – falei sorrindo.

   - Que ótimo! Aposto que é com o Leo! – falou ela, me fazendo assentir – Mas e aí, descobriu algo com a Silena?

   Suspirei.

   - Sim. – comecei – o diário não é dela.

   - Como assim?

   - Não é dela. Ela disse que poderia ser algo da Afrodite, já que ela escondia muitas coisas dela. Mas eu acho que não foi ela que escreveu, já que a letra dela é muito diferente da que está no diário.

   - Agora só temos que descobrir quem realmente escreveu ele e porque estava no quarto da Sil. – concluiu Annabeth.

   - É. Ah, e S estará fantasiada de cisne negro. Bem, agora vou para o meu quarto. Falo com você depois.

   - Okay.

   Entrei no meu quarto e me deparei com um bilhete na minha escrivaninha. Era de S.

“Você está quase conseguindo as respostas que precisa Reyna. E lembre-se, não confie em ninguém.

Acredite em mim, eu confiei.

— S”.

   Estranhei. S quase nunca nos ajudava, e quando fazia tal ato, era com segundas intenções. Eu realmente não sabia qual era o objetivo de S agora.

   E foi com esses pensamentos que eu tentei inutilmente prestar atenção nas minhas tarefas de casa.


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Notas finais do capítulo

O próx. será o penúltimo cap. contado por uma das meninas, e o último terá P.O.V narrador, okay?
até lá!
— Gló
Oi, então se não entenderem o número 42 na fala da Rey no Monett`s, pesquisem no Google. MUAHAHAHAHA
Espero que tenham gostado.
—--Lena



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