Contra o Tempo escrita por LohRo


Capítulo 17
Prefiro Morrer Com Você


Notas iniciais do capítulo

E lá vamos nós!
Eu nem tenho palavras para agradecer o carinho de vocês comigo. Muito obrigada pelos reviews maravilhosos! E claro, não posso deixar de mencionar as recomendações maravilhosas, duas de uma vez só! Acho que querem me matar do coração, quase não acreditei quando vi! Ingrid Andressa ER e Butterfly, minhas lindas eu simplesmente amei cada palavra. Com certeza me deram um gás novo e nada mais justo que dedicar este capítulo à vocês! Espero fazer jus aos presentes que me deram.
Aos meus leitores fiéis, obrigada pela companhia. Ficarei na torcida para que gostem do que eu aprontei nesta fic!
Boa leitura!



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Sara não fazia ideia de quanto tempo havia passado desde que Peter a deixou sozinha naquela situação. O fato era que todo o seu corpo estava dolorido, sua coluna queimava com o praticamente nada que conseguia de movimento. Já estava debilitada de antes, mas agora era pior, muito pior.

Ela se assustou com a entrada repentina de Peter e seu enorme sorriso.

—Meu rosto provavelmente é o último que você verá, Sara.

—Vá para o inferno!

Peter não segurou as muitas gargalhadas e balançou a cabeça. Ela não tinha mesmo jeito, mas no fundo ele admirava aquele seu temperamento.

—Meu, você sabe como ferir os sentimentos de alguém.

—Onde Grissom está ? - Estava preocupada, não tinha ideia se ele já havia acordado depois de ter sido drogado.

—Ele me fez a mesma pergunta a seu respeito e assim como você, ele está preso. Mais precisamente acorrentado. Se conseguir se soltar, sua próxima tarefa será desarmar esta belezinha que está a seus pés. Se ele fizer tudo isso em menos de dez minutos, vocês estão salvos. É simples assim. Herói ou assassino ? Qual a sua aposta, Sara ? E tenha modos, não me venha mandar para o inferno, outra vez! - Debochou.

Ela o ignorou. Ainda tentava processar tudo aquilo.

Será que havia alguma maneira deles escaparem da morte que parecia tão certa ? As chances eram infinitamente pequenas.

—Não tenha medo, Sara. Não vai doer nada! Aqui ... - Ele colocou próximo à bomba, um alicate. De onde ele havia tirado, ela não soube responder. _Se o seu amorzinho conseguir chegar até aqui, ele vai precisar disso. A inteligência é uma arma poderosa, vamos ver se um cientista renomado como ele, vai saber usá-la antes de cortar qualquer um destes fios.

Ela não havia entendido muito bem. O que aquilo tinha a ver com inteligência ? Era sorte, nada mais que isso. Teriam que apostar todas as suas fichas em uma cor. A cor que seria a salvação ou que ceifaria suas vidas.

Peter continuou.

—E agora ... - Ele se abaixou a seus pés e a olhando de baixo, sorriu mais uma vez. Mas nada se comparava ao sorriso quando finalmente programou a bomba. _É uma pena que tenhamos que nos despedir!

Assim que ouviu o disparo do dispositivo, Sara olhou para a bomba. De sua posição, os números estavam de cabeça para baixo, mas era capaz de enxergar perfeitamente a contagem decrescente.

00:10:00 ... 00:09:59 ... 00:09:58 ...

—Adeus, Sara! E não se preocupe, enviarei as minhas condolências aos seus amigos.

~♥~

No instante em que Peter o deixou sozinho, Grissom entrou em ação. Não poderia perder tempo. Alargou as duas pontas do grampo e as movimentou sucessivas vezes até que as rompesse. Com os dentes, ele fez uma leve inclinação na extremidade de uma das partes e repetiu o mesmo processo com a outra, desta vez com um grau de inclinação um pouco maior.

Ele podia sentir o suor começando a escorrer em seu rosto. Suas mãos tremiam, não era para menos. A carga de adrenalina que sentia ser injetada em suas veias, era assustadora. Seu coração doía com as batidas.

Ele tinha certeza que a uma hora dessa, Peter já tinha disparado a bomba. Tentou contar mentalmente o tempo que já havia gasto, mas percebeu ser impossível. Aquilo só o deixaria mais nervoso e ele sabia que era fundamental ter calma e paciência. Caso contrário, não iria a lugar algum. Ambos iriam morrer.

Ele introduziu a ponta de maior inclinação no cadeado e a pressionou para baixo. Em seguida, veio com a ponta menos curva, movimentando-a dentro do cadeado, tentando descer os pinos.

Deus, aquilo parecia uma eternidade. Tudo o que ele mais queria era ouvir o barulho dele cedendo.

~♥~

00:03:24 ... 00:03:23 ... 00:03:22 ...

Sara acompanhava a contagem segundo a segundo. O fim estava próximo.

—Vamos, Grissom ... por favor ... você consegue ... - Murmurou.

~♥~

O cadeado cedeu!

Imediatamente ele desenrolou a corrente de seu corpo e correu, o máximo que suas pernas permitira.

—Sara!!!

Ele a chamou, olhando em várias direções sem ter ideia de onde encontrá-la. O lugar era enorme, haviam muitas divisórias.

—Grissom, aqui!!!

A voz dela ecoava e parecia vir de todos os cantos, aumentando o seu desespero.

—Mantenha-se falando! - Gritou. _ Me guie pelo som da sua voz!

—Faltam menos de três minutos!

Foi questão de segundos para que ele apontasse na porta certa.

—Sara! - Ele correu até ela. _Fique calma, querida. Eu vou tirar você daqui!

—A bomba ...

Ele olhou para o temporizador e quase não soube o que fazer primeiro. Desamarrá-la ou tentar desarmar o explosivo.

00:02:37 ... 00:02:36 ... 00:02:35 ...

Escolheu a primeira opção.

Ele foi para trás do pilar. O nó estava muito justo, não queria machucá-la. A calma havia o abandonado completamente, estava perdendo muito tempo ali.

00:01:19 ... 00:01:18 ... 00:01:17 ...

—Saia daqui enquanto há tempo! Por favor, Grissom!

—Não! Eu não vou sair sem você!

Ela reprimiu um soluço.

—Não há nada que possa fazer! Se você ficar, vai morrer!

—Então eu prefiro morrer com você!


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