Contra o Tempo escrita por LohRo


Capítulo 11
Cuidados




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Catherine desistiu de tentar contato com Grissom quando suas chamadas foram todas direcionadas para a caixa de mensagem. Ela entrou na sala praticamente sem fôlego.

Nick, Warrick e Greg se assustaram com suas condições.

—O que aconteceu, Cath ? Não encontrou o Grissom ?

Ela ouviu alguém perguntar, mas em seu desespero não soube precisar qual dos meninos. Sem pronunciar uma única palavra, ligou o gravador e todos ouviram estarrecidos a mensagem dirigida ao supervisor.

O silêncio tomou conta da sala depois do término da gravação.

—Não há dúvidas de que Grissom foi até eles ... - Catherine começou, sua voz saturada de medo e preocupação. _Eu não encontrei esta foto que tem o endereço do lugar, é provável que ele a levou. Agora são dois de nós desaparecidos, mas ... Deus queira que ele tenha chegado a tempo ...

—Esse ... esse ... desgraçado ... eu vou matá-lo se ele fizer qualquer coisa para ela!

—Não é a hora de perder a cabeça, Nick. - Warrick interveio, sensato. _Precisamos continuar sendo objetivos, Sara e agora o Grissom estão nas mãos de um psicopata, eles dependem de nós!

—Ele está certo, vamos manter o nosso foco! - Cath suspirou tentando de alguma forma se acalmar como se fosse apenas mais um caso, sem conflito de interesse. Mas sentiu-se péssima pensando daquela maneira. _Tentei o celular do Grissom, está desligado ou fora da área, eu preciso avisar o Jim, acho que ele ainda está no laboratório. Não vamos conseguir ir a lugar algum enquanto esta tempestade não melhorar, então vocês por favor, repassem por tudo que trouxemos da casa desse bastardo, podemos ter deixado passar alguma pista sobre onde ele levou Sara. Eu já volto!

~♥~

A tempestade que caía na cidade tendia a se alastrar por horas, a força dos ventos balançavam o telhado do galpão. A estrutura antiga parecia não suportar tamanha fúria da natureza, as lâmpadas começaram a piscar.

—Grissom!!!

Imediatamente ele sentiu o ardor em seu ombro e perdeu a força. A frente de sua camisa se tornou úmida e o cheiro característico de ferro ganhou suas narinas em segundos.

Peter aproveitou o momento e desferiu um soco em seu rosto, derrubando-o. Sua arma continuava em punho, se ele quisesse acabar com a sua vida naquele momento, ele nada poderia fazer para se defender.

—Seu imbecil, eu vou matá-lo agora mesmo!

—Não! Por favor, Peter ... eu faço o que você quiser ... mas ... mas não atire ... não o mate ... - Sara implorou, se arrastou até onde Grissom havia caído e o abraçou o mais forte que conseguiu. Ela chorava copiosamente.

Peter se aproximou e segurou seu queixo, obrigando-a a olhar em seus olhos. Realmente não seria nada divertido acabar com aquele jogo assim de uma maneira tão rápida. Não quando ele tinha planos memoráveis para aqueles dois.

—Por você, Sara ... por você ...

Ele saiu deixando-os sozinhos novamente. Eles se encaravam enquanto ouviam a porta ser trancada, outra vez.

—Você está bem ? - Grissom tocou seu rosto manchado de lágrimas, tentando ignorar a dor em seu ferimento.

Sara assentiu quando novas lágrimas caíam de seus olhos ainda bastante assustados.

—Você se machucou ainda mais, não é ?

—Não se preocupe comigo. Deus, Grissom ... você foi baleado!

Havia um rasgo em sua jaqueta e ele conseguiu tirar a peça com a sua ajuda. Depois ela desabotoou os primeiros botões de sua camisa, seus dedos tremiam. Ele segurou suas mãos e a tranquilizou.

—Foi só de raspão.

Mas ela não se acalmaria enquanto não avaliasse seu ferimento. Expôs seu ombro e após checá-lo, suspirou aliviada concordando com ele.

—Graças a Deus! Ainda assim o corte é profundo, precisa ser estancado.

As lâmpadas piscaram novamente, talvez muito em breve ficariam no escuro.

—Não aqui, vamos sair do chão primeiro!

Lentamente eles conseguiram voltar para a cama, Sara conseguiu rasgar um pedaço do lençol e o pressionou contra o ferimento.

Um pequeno gemido escapou da garganta de Grissom com a picada. Ele a encarou, estavam tão próximos que podia sentir a respiração dela.

Sara descartou o pano ensanguentado e repetiu todo o processo novamente. Sentindo seus olhos sobre ela, criou coragem e o encarou também.

—Obrigada por não deixá-lo ... - Sua voz sumiu ao pensar no que poderia ter-lhe acontecido.

—Ele não vai tocar em você, eu não vou permitir isso!

­_Foi arriscado o que fez!

—Você vale a pena o risco!

Ela viu a sinceridade em seus olhos e conseguiu dar um pequeno sorriso, quase imperceptível e então voltou para a sua tarefa. O sangue havia sido estancado, ela rasgou um novo pedaço do lençol e com muito cuidado amarrou em seu ombro, protegendo o ferimento. Depois abotoou novamente sua camisa.

Um forte trovão aconteceu e as lâmpadas falharam por não mais que dois segundos.

—Não é muito, mas isso vai fazer por agora.

—Obrigado! Sara, quero que saiba que eu sempre ...

A porta foi aberta de repente, assustando-os. Não esperavam Peter tão rápido e pelas feições dele, boa coisa não seria.


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