Deixe-me te amar escrita por Nathália Francine


Capítulo 23
Vinte e três




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Caminhei pela rua de Amy sentindo o vento congelar meu nariz e pensando em Arly e seu sentimentos por Caleb.

Em como proteger Flerah.

Salvar Amy.

Descobrir quem estava assassinando os primeiros...

Um trovão cortou o céu escureceu as 17:00 horas da tarde.

“- Espero que eu não enlouqueça antes do mundo acabar.”

A influência do abandono dos Imateriais no mundo estava sendo sentida e eu podia sentir o gosto da destruição.

Subi as escadas do prédio e antes de entrar no apartamento pude ouvir a voz de Amy reclamando.

Abri a porta e segurei a gargalhada.

Ela estava sentada na cama enrolada na toalha com uma caixa de bandaid na sua frente.

— Rosas?

Ela bufou e continuou enrolando seu dedo.

Me sentei na sua frente e a ajudei. Quando terminamos, beijei seus dedos um a um e me deixei deliciar com o som da sua risada.

— Onde esteve?

— Caminhando.

Ela suspirou, mas não fez nenhuma outra pergunta.

— Então...para que são as rosas dessa vez?

— Um noivado. Eles querem uma estatua de rosas em forma do Cupido.

Eu a encarei tentando manter tranquilidade

— Cupido?

Ela me deitou ao seu lado e subiu no meu colo beijando meu pescoço:

— Sim...o casal...estuda mitologia...grega...

Seus lábios me desconcentravam e eu acabei aceitando a possibilidade de uma mera coincidência. Eu a agarrei pela cintura e a joguei na cama tirando sua toalha e perdendo o fôlego.

Pela Lua, ela era linda!

Sua pele chamava pelos meus beijos e seu cheiro me hipnotizava de uma forma sobrenatural. Cada curva do seu corpo se encaixava perfeitamente a minha. Ela suspirava enquanto eu beijava e mordiscava seu corpo inteiro e ao me deleitar com o calor de suas coxas, ela banhou o apartamento com o som do prazer. Eu a beijei inteira novamente e senti a eletricidade do seu prazer arranhar meu rosto. Suas pupilas dilatadas de prazer me prendiam e me deleitavam com a confirmação de que ela era minha e eu era dela.  Tirei minha roupa rapidamente e antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, ela me deitou e se encaixou em mim se movimentando lentamente apenas pelo prazer de me torturar.

Por fim, nossos gemidos e palavras de prazer foram abafadas pela forte chuva e a única coisa que sobrou foi o doce perfume do amor feito.

Ela se deitou em meu peito e suspirou.

Eu poderia passar o resto da minha existência ali.

— Você acha que ele existe?

— Ele quem?

— O Cupido.

Meu corpo se arrepiou:

— Por quê?

Ela se apoiou no cotovelo e me encarou:

— Seria interessante, não acha?  Se todos eles existissem. Os Deuses Gregos .

— Seria?

— Imagina só, conhecer o regente do Amor em pessoa! O Senhor dos Raios, O Rei do Submundo...

Eu ri e ela me bateu levantando da cama e indo para geladeira.

“- Conte!”

— O que você diria?

Ela me encarou por traz do copo de água gelada e levantou os ombros numa pergunta silenciosa.

— Se você conhecesse o Regente do Amor? O que você diria para ele?

Ela pensou uns segundos e depois respondeu:

— Que ele é um sacana.

Eu me sentei na cama e a encarei sorrindo.

— Por que ele é um sacana? Você não acredita no Amor?

Ela bufou e sua face se moldou ao desprezo e meu coração se corroeu:

— Como posso acreditar em um sentimento que me foi negado desde o meu nascimento?

Aquelas  palavras me correaram e eu questionei minha própria capacidade de fazer o que fui criado para fazer.

Ela tomou um banho de foi para o apartamento da Cristal ajuda-la com os preparativos do noivado. Eu segu meu caminho para minha casa decidido a encontrar uma resposta. O espelho estava seguindo seu curso normal e algumas das minhas filhas já observvam seu próximo alvo.

Fui para a sala de flechas e passei reto por Flerah e Arly que conversavam com outras.

— Apareça!

— Meu pai, o que procura?

— Apareça, agora!

Caminhei pelos corredores gritando e Arly e Flerah ao meu encalço Arly estava calada observando enquanto Flerah ltentanva entender o que estava acontecendo. Rodei por uma hora até que parei e as olhei:

— Chame todas. Eu quero saber quem flechou a mãe de Amy. Eu quero saber tudo sobre sua criação. Arly, chame mais duas e vá atrás de Vida.

Elas concordaram e saíram movimentando todas e em pouco tempo o céu foi banhado por pavões brancos apressados. A busca não deu em nenhum resultado Amy nunca foi flechada e sua mãe nunca amou.

Vida mandou um recado com a promessa de que procuraria saber sobre os pais de Amy e quando o Sol raiou o grito de Amy correu pelos corredores do meu lar.

Abri a Porta e atravessei o quarto chamando por Amy, mas ela não estava. O gato estava sentado na cama observando uma poça de sangue. Pingos caiam do teto vindo do quarto de cima. Corri pelas escadas e ao chegar na porta do apartamento de Cristal, a cena me chocou. Amy estava ajoelhada chorando e observando o corpo de Cristal na cama coberto por sangue e suspenso por uma corda amarrada ao pescoço estava o jovem Guilherme, o sobrinho da Sra. Naomi.

Os outros vizinhos vieram e retiraram Amy.

A levaram para a delegacia para pegar os detalhes e eu a acompanhei

Nora ficou ao seu lado todo o tempo e quando chegamos em casa, Amy encheu a banheira e chorou. Seus soluços encheram o prédio e Nora chorava silenciosamente enquanto tirava o lençol sujo de sangue e virava o colchão.

A noticia no dia seguinte foi de que Guilherme ficou enfurecido e assassinou a noiva e logo em seguida, se matou. O funeral foi lindo e o enterro demorado. A Sra. Noemi enterrou Cristal no mausoléu da família ao lado do sobrinho e sua mente vagava em uma única frase: “ele não se matou, ele não a matou.”


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