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Capítulo 17
Boggart




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O coração de Scorpius estava acelerado. A adrenalina em suas veias tinha um nível tão alto que a quantidade de degraus que costumavam ser grande pareceu ter diminuído repentinamente. Em poucos segundos ele estava no andar superior e Albus bem atrás dele, estando ambos com as varinhas na mão.

"Rose!" Ele gritou, tentando ganhar algum sinal de qual lado ela estaria, mas Albus já estava correndo para a direita.

"Vá para esquerda! Não podemos perder tempo. " gritou

Apenas com um breve aceno de cabelo, o Malfoy correu na direção oposta do amigo. Se algo acontecesse a ela, nunca se perdoaria.

"Rose!"

"Para! Você não... Vá embora!" Ela gritava não muito distante.

"Rose!" Gritou novamente, mas quando finalmente a encontrou, ela estava saindo de seu quarto com o rosto pálido e ainda olhando fixamente para dentro.

"Vá embora! Você não é real!"

"Ro..." Scorpius congelou quando viu um homem loiro sair de dentro do quarto, mas não era um simples homem loiro. Era ele próprio.

"Porque o espanto? Eu só estou dizendo o que está bem de baixo de seus olhos." Ele se aproximava da ruiva em uma postura ameaçadora. "Eu sou quem você estava procurando todo esse tempo..."

"Não, Scorpius! Você não é! Você está morto. Tudo isso só é um pesadelo..."

Imediatamente ele compreendeu. Não queria aceitar aquilo, mas era real... Ele havia se tornado o bicho-papão dela. E agora a criatura assombrosa estava se alimentando dela e se tornando mais forte.

"Ei, bonitão! Aqui!" Scorpius se jogou na frente de Rose, sem pensar duas vezes, atraindo a atenção daquele ser que começava a se transformar.

"Nem pensar, colega." Albus apareceu repentinamente em sua frente, impedindo o bicho-papão de assumir a forma que dava tanto medo em Scorpius e deixando-o se transformar nele próprio.

"Ainda o mesmo?" Scorpius perguntou vendo o amigo com varinha empunhada olhando para o outro Albus que sorria sinistramente.

"Nunca deixei de ser inseguro, pensei que soubesse disso." Ele deu uma piscadela para o amigo e então disse o feitiço. "Riddikulus." No mesmo momento, o Albus-Papão apareceu vestido com uma peruca azul e uma roupa particularmente excêntrica que fez Albus gargalhar, principalmente quando começou a dançar.

"Rose..." Sussurrou o loiro tentando se aproximar da ruiva.

"Não!" Ela exclamou. “Não encosta em mim!”

“Rose, eu...”

“Não!” Gritou ela dando um passo para trás.

“Eu só...”

“Eu nem mesmo sei quem você é...”

“Eu sou...” Havia uma dor no coração de Scorpius. Era o momento da verdade. O pior medo dela havia sido demonstrado pelo Bicho-Papão. Talvez se ele contasse a verdade, ela não teria tanto medo dele.

“Corram!” A voz de Oswin ecoou pelo corredor. “Eles estão aqui! Corram!”

“O que...?” Perguntou Albus distraído quando o homem passou por ele e arrastou Rose consigo.

“O que foi isso?” Scorpius estava paralisado.

“Acho que ele disse que os comensais estão...” De repente um feitiço passou por eles. “Aqui!”

“Vai na frente! Vou despista-los.”

“O que? Vai bancar de herói de novo, Scorpius?” O moreno levantou uma de suas sobrancelhas, meio incrédulo. “Eu vou ficar aqui. Você corre. Eles querem a você.”

“Você pode morrer...”

“E você também.”

“Você é meu melhor amigo. Tem uma esposa maravilhosa e um filho.”

“Tudo isso porque você e Rose me ajudaram com ela... Eu não iria conseguir sem um empurrãozinho.” Confessou. “Você é meu melhor amigo. Lembra o que eu te disse quando você disse que iria conhecer o tio Ron?”

“Não coma as coxas de frango dele?” O loiro perguntou meio confuso sobre onde o amigo queria chegar.

“Não! Quero dizer, também... Na verdade, foi que se você morresse eu iria deixar a Rose casar com o Krumzinho.”

“Não, ele não!” Scorpius riu, fingindo nojo.

“Cara, você tem a esposa perfeita. Ela sempre foi a garota de seus sonhos... E ela ficou dez anos sem você. Eu fiquei dez anos sem você. Não vou deixar meu amigo morrer sem antes abraçar os filhos uma única vez na vida. Isso não é coisa que amigos fazem.”

“Como Hermione e Ron nunca deixaram Harry.”

“Nós três somos uma equipe.”

Outro feitiço quase atingiu os dois, sendo desviado por Albus.

“Um por todos.”

“Todos por um.” Disse a voz de Rose, logo atrás deles.

“V-você?”

“Oswin é um covarde.” Ela bufou. “Além do mais, você tem um plano.”

“Eu...”

“Não fale comigo agora.” Ela ordenou, empunhando a varinha. “Agora, tentem não morrer.”

Não demorou mais do que trinta segundos até os vultos se transformarem em três personagens cujo rosto era coberto por máscaras. Três contra três. A batalha começou. Juntos eles tentavam se defender e atacar ao mesmo tempo. Eram muito habilidosos, mas não estavam tendo muito efeito. Se continuassem daquela maneira, iriam ficar ali até um deles falharem ou até cansarem.

“É melhor nos separarmos!” Sussurrou Rose para que eles ouvissem e todos concordaram, virando-se rapidamente com um feitiço de proteção e correndo. Quando chegaram as escadas, eles se separaram, mas nenhum deles esperava o que iria acontecer a seguir.

Depois de correrem por alguns minutos, Rose e Albus perceberam que estavam sozinhos no momento que bateram de frente um com o outro. O ruído dos corpos se trombando e a dor imediata, fez eles notarem que não havia ninguém os perseguindo.

“Como...?”

“Eles não são burros.” Disse Rose se levantando. “Eu deveria saber.”

“Rose!” Albus se levantou e olhou pela janela do corredor. “Scorpius está indo para o labirinto!”

“Labirinto? Por que diabos eles tem um labirinto no Jardim?”

“É um labirinto mágico. Como sistema de defesa deles caso fossem atacados...”

“Isso é ruim?” Ela perguntou, um pouco apreensiva.

“Os comensais já estiveram aqui antes. Não me surpreenderia se eles pegasse Scorpius do outro lado.”

“Acha que levaram ele para lá propositalmente?”

“Estão fazendo ele acreditar que está tudo no controle dele, provavelmente...”

“Atraindo ele sem que ele perceba.” Ela compreendeu. “Espera... Aquele é o Oswin correndo pelo lado direito do Labirinto?”

“O que aconteceu com vocês?”

“Ele estava me puxando rápido demais... Disse que precisava me esconder para me proteger. Eu... Bom, eu meio que atingi ele e ele fugiu logo depois.”

“Não era sobre isso...”

“Então era sobre o que?”

“Seu bicho-papão.” Comentou Albus. “Era Scorpius?”

“Não costumava ser. Me lembro que eram aranhas.”

“Acrômantulas.” Corrigiu o primo. “Eu lembro disso... Estávamos ajudando vovó a limpar a casa.”

“Não fale esse nome...”

“Mas por que ele?”

“Eu... Tive um sonho com ele. E... Ele sumiu por dez anos... A idade dos meus filhos... E aquele quadro no quarto dele...”

“Que quadro?” Albus perguntou.

“Eu e ele. Sétimo ano, pelo visto.”

“Se beijando...”

“Você sabe de alguma coisa não é?”

“Não é hora de discutirmos sobre isso.” Albus informou, começando a correr. “Temos que ajuda-lo.”


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Notas finais do capítulo

Eu realmente não tinha ideia de gifs para este capítulo... E perdão novamente pela demora, fiquei entre duas opções para esse capítulo.