A nossa história de amor escrita por baby girl


Capítulo 2
Eu tenho minha própria essência.


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam gostando. Por favor, comentem. Se tem algo doido aí, sei lá HAUSHAUHS
boa leitura e ignorem os erros, a formatação e tal, ele foi escrito pelo celular, leimores (q)



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Eu estava sentada sobre o velho palco de madeira enquanto esperava os demais participantes do teatro aparecerem. Olho ao redor e vejo minha professora Nathalia arrumando a grande cortina cor de vinho. Eu estava pedindo aos céus para Regina não vir, ela faria o verdadeiro horror naquela aula.

Depois de um tempo que já havíamos começado e estávamos treinando as emoções que colocaríamos em cena, ouço a porta se abrindo de um jeito brutal, e sendo fechada com força, fazendo um eco na sala silenciosa.

Olho para trás e vejo uma Regina com roupas pretas (preto era a cor dela). Ela sorria debochadamente, tanto que pensei que sua cabeça poderia explodir e sair confetes.

— Olá, professora. – Regina se aproximou de Nathalia e apoiou o braço em seu ombro.– Vejo que já começaram sem mim. Mas tudo bem, a verdadeira atriz chegou. -mandou um beijinho para nós.

Sempre que eu assistia Glee, lembrava de nossa turma do teatro. Éramos perdedores que buscavam algum lugar na escola. Queríamos ser especiais aos olhos dos outros, sabe?

Eu não era a rata de biblioteca da escola, mas também não era uma Regina George da vida. Eu não queria ser notada pelos outros, ficar sozinha era aconchegante. Pois mesmo no meio de muitas pessoas, você pode se sentir solitário. Ficar no meu canto lendo algum livro era tudo que eu poderia querer. Ler poesias brasileiras também eram minha paixão, eu tinha um certo interesse pela cultura deles, eles eram variados.

Uns dos meus sonhos é algum dia viajar para o Brasil, conhecer esse país deve ser maravilhoso.

Sou tirada de meus devaneios pela professora que dava as boas-vindas para Regina.

Haviam 5 alunos no grupo, nenhum deles se pronunciou, preferiram ficar quietos como eu.

Nathalia estava planejando uma peça relacionada aos contos de fadas. De início eu achei bem infantil. Qual é, como eu poderia imaginar Regina sendo a Branca de Neve e conversando alegremente com pássaros? Mas depois eu comecei a gostar. Não seriam os contos clássicos, ela mudaria o rótulo de que "uma princesa precisa de um príncipe". Fizemos uma lista de personagens e na próxima aula, que seria daqui 3 dias, faremos um teste.

—-

Levantei-me e fui pedir um canudo para beber meu suco, a cozinheira da escola me dá e eu sorrio em forma de agradecimento, que foi retribuído. Viro-me e encaro ao grande refeitório, cheio de alunos que eu não conhecia, por não querer conhecer ou não ter tido a oportunidade. Quando começo a andar, distraidamente, não percebo que alguém estava na minha frente e esbarro com força. Só vejo os cabelos morenos virarem e dou com uma Regina com uma expressão brava. Ela invade meu espaço pessoal e olha intensamente para os meus olhos.

— Será que você não olha por onde anda, senhorita esquisita? – ela pragueja.

— Me desculpe, Regina, eu estava distraída... – tento desculpar-me.

— Você é uma tonta mesmo! Eu mereço. Vê se procura alguma resposta sobre como deixar de ser a estranha da escola e olhar por onde anda. Eu não gasto meu precioso dinheiro com lanche para eles serem arremessados no chão. – nesse momento da conversa ela já estava berrando na minha cara. Agora eu me pergunto, isso realmente foi necessário? Sua família é a mais rica da cidade, um lanche à menos não iria fazer mal.

Reviro meus olhos e ela sai de cena, indo de encontro com suas “amiguinhas”, que só seguiam ela para conseguir fama. Eu tinha dó de Regina. Talvez a solidão tivesse deixado-a assim, e de alguma forma ela queria ser notada. Talvez ela seja carente. Mas isso não é uma explicação racional para tudo que ela já fez, todas as pessoas que ela já magoou com simples palavras. Eu queria conhecer um pouco mais sobre Regina Mills, saber o que fez ela ser assim me parecia interessante. Mas, voltando...

Repito em minha mente incontáveis vezes que eu tinha minha própria essência e não era nada do que Regina havia falado. Eu não era tonta, eu não era estranha. Eu não devia dar ouvidos ao que aquela garota falava. Depois de tantas vezes, eu até acreditava que era verdade e, por pouco, as lágrimas não escorreram de meus olhos.

—-

Hoje era a aula que escolheríamos nossos papéis. Em momento algum eu cruzei meu olhar com o de Regina. Ela estava fazendo coisas inúteis, como zombar dos outros e fazer piadinhas sem graças.

Eu fiz o teste de filha da Branca de Neve. Pelo o que li, ela teria um relacionamento lindo com a Rainha Má. As duas teriam uma espécie de amizade, na qual uma ajudaria a outra. A Rainha aprenderia a como perdoar seus inimigos, e a Salvadora –a chamavam assim por causa de ter lutado em várias batalhas e raramente ter perco- a se abrir mais, deixar o amor entrar novamente em sua vida.

Eu desconfiei que houvesse algo mais na relação delas, por terem feito tudo para serem amigas, ignorado os obstáculos, inclusive a Salvadora, por seus pais serem inimigos da Rainha Má. Mesmo assim, eu gostei muito.

Os outros personagens seriam, respectivamente, Capitão Gancho, Príncipe Encantado e Branca de Neve.

Um tempo depois, a professora Nathalia comunicou-me que consegui o papel! Eu fiquei tão feliz.

Mas sabem o que estragou essa felicidade? Regina ter conseguido o papel de Rainha Má.

—-

“Mas chegará o instante em que me darás a mão,

não mais por solidão, mas como eu agora:

por amor.

—Clarice Lispector”


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Notas finais do capítulo

COMENTEM COMENTEM E COMENTEM! e ah, me desculpem pelos capitulos serem pequenos, prometo tentar deixa-los maiores.

me sigam no tt: @TrouxianeSwen/ @babygirlwriter

lembrando que essa fic tb está sendo postada no nyah e wattpad.



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