A cerimônia - Bellatrix escrita por DraDream


Capítulo 1
Bellatrix


Notas iniciais do capítulo

Feito antes de A cerimônia que mostra o lado de Narcisa. Essa história conta a narrativa na visão de Bellatrix Black, na época.



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A Cerimonia -  BB

Estava perfeita em meu vestido verde-musgo. Nome mais idiota para uma cor. Verde-musgo. Musgo. Uma plantinha que sequer é uma árvore, ou uma flor, ou dê frutos. É um musgo. De fato, pensando melhor, mais estúpida sou eu pensando no musgo. MUSGO. Palavrinha engraçada. Eu. Pessoa engraçada. Hoje é o casamento de minha irmã e eu estou pensando no... MUUSSSGO. Essa planta que geralmente nos atrapalha quando vamos a uma cachoeira. Nos derruba. Nos machuca. Chega de musgo por hora. Acredito que o ideal seja ver como Cisa está.

Saio do meu quarto e ando em direção ao quarto de Cisa. A casa está decorada com flores por todos os lados. Não com musgos. Flores. Paro em frente ao quarto de Andy. Sinto vontade de entrar. Não o faço. Brigamos noite passada. Ela quem está errada e deve se desculpar. Sigo para o quarto de Cisa. Entro. Danço com seu vestido. Seu tecido rendado tão delicadamente bordado. Rodo. Rodo. Rodolphus. Algum dia me casarei? Penso.

Em um golpe, Lucius entra. Escondo o vestido mais rápido possível. Não porque isso tivesse importância para mim, contudo tem para Cisa, e ela importa para mim. Lucius está com as feições atônitas. Certamente não pelo fato de Cisa estar apenas de roupas de baixo. Provavelmente o senhor Malfoy já havia visto minha irmã em trajes semelhantes. Em biquíni, prefiro me pensar. Ele olha para ela e nada fala. Filho da mãe, o que você fez? É o que penso. Meus pais entram. Seja o que for, é muito sério. Minha mãe grita em prantos. Ela grita, NÃO, NÃO. Cisa se desespera. Lucius tenta acalmá-la. Busco no silêncio de meu pai alguma resposta. Nada. Apenas gritos. Os olhos de Cygnus ficam marejados e ele finalmente fala: Sem cerimônia, querida, Andrômeda Sumiu.

Essa notícia faz crescer dentro de mim uma fúria que a tempos não sentia. Raiva. Ódio. Saí do quarto de Cisa. Fui para o meu.

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Bato a porta. Derrubo um arranjo de flores no chão. Atiro uma banqueta no espelho. Os cacos voam. Um deles corta meu rosto. Senoi o sangue escorrendo por minha bochecha. Pego um pedaço de espelho do chão. Analiso meu rosto maquilhado, cortado, sangrando. Pingos bordôs em meus cabelos negros. Sangue Puro. Entretanto, por quanto tempo a família permaneceria imaculada? Sirius bate à porta. Pergunta se estou bem. Estou. Penso comigo. Nada digo, apenas observo aquela gota cair. Cair. O musgo se torna marrom. Minha vida se torna cinza.

Sirius se agacha ao meu lado. Retira o fragmento de espelho de minha mão. Seca meu rosto com seu lenço. Não! Eu penso. Minha alma grita, NÃO, mais histericamente que minha mãe. Saio da imersão de dor que está minha alma. Olho para Sirius. Ele discursava alguma coisa. Nada ouvia. O beijei. Não me importava o que ele queria. Eu queria pensar. Sabia que ele fugiria ao meu toque. Sirius parou de falar. Ficou me olhando fixamente. Ótimo. Agora eu poderia pensar. Onde estava Andy? Alguma pista? Algo?

Rodolphus abriu a porta sem bater. Olhou para mim e Sirius sentados no chão. Parecia confuso. Disse que a polícia chegou para falar com a família. Levantei e saí. Enquanto andava no corredor ouvi Rodolphus falar ao meu primo que chamasse Narcisa, pois ele precisava cuidar de outros assuntos. Que assuntos? Ele saberia algo sobre Andy? Virei-me para perguntar o que ele sabia. Ele estava vindo em minha direção. Pegou meu braço e disse para irmos. Me soltei e desci as escadas sozinha.  Que petulância, tentar me controlar.

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Ao chegar no meio da escada, gargalhei. Uma risada que vinha da alma. Um bando de hipócrita chorando o fato de não poderem festejar à custa dos outros, de terem gastado com presentes, com roupas. Nenhum daqueles convidados sentia verdadeiramente por Andy ou por Cisa. Ninguém sentia o que sentíamos. O sentimento de impotência gerava tanta raiva. O desespero de ver quem você ama sofrendo. Nenhum convidado estava sofrendo o que eu estava sofrendo. Aquela sensação de que o fim chegou e você não estava preparado para ele. Aquele peso no peito. Aquele caroço na garganta. Aquele grito preso. Aquele desespero camuflado. Todos fingiam sentir. Aquela cena era cômica. Os abutres rodeando a carniça para descobrir o que aconteceria a seguir.Rodolphus passa a mão por minha cintura e me obriga a descer as escadas. Narcisa e Lucius descem em seguida. Pobre casal.

De que estou com pena? Eles pelo menos tem um ao outro. Eu sempre estive sozinha. Desde que eu me lembro, Andy sempre estragou tudo. Você terá uma companhia, Bella. Disse minha mãe quando estava grávida. O que aconteceu foi que perdi. Perdi a atenção dos meus pais para aquela criatura amável. Como todos a chamavam. Amável. Para os professores ela era, amável. Para a família ela era, amável. Para mim ela era, cruel. Não é assim que se faz, Bella. Está errado, Bella. Não faça isso, Bella. Eram as frases da perfeitamente amável Andrômeda Black. Eu particularmente não me importo que ela seja a filha perfeita e, claro, amável dos Black, desde que ela não fizesse com que me esquecessem.

Pode parecer ciúmes, contudo não o é. É mágoa. Com Cisa sempre foi diferente. Ela é bondosa com quem deve ser. Cisa sempre lembra de todos. Andy faz com que todos esqueçam, Cisa com que lembrem. Exagero? Não.

Dia de Natal. Eu tinha oito anos. A neve caia. Estava frio. Fomos esquiar. Andrômeda caiu e machucou os joelhos e as mãos. Nossos pais se apavoraram, pois ela gritava muito. Minha mãe aparatou com Andy. Nosso pai ficou responsável por mim e Cisa. Ele percebeu que sua esposa esqueceu todos os pertences e aparatou com Cisa para entrega-los. Fiquei só. Só no frio. Confusa. Ao perceber, tentei voltar para casa sozinha. Com meus pequenos esquis comecei a descer a montanha. Péssima ideia. Cai em uma fenda. Bati a cabeça. Quebrei uma perna. Desmaiei.

Acordei. Sem saber quanto tempo havia se passado. Estava apavorada. Não conseguia andar. Sentia muito frio. Minha cabeça sangrava. Comecei a me desesperar, eu iria morrer sozinha. Gritei. Gritei mais alto. Chorei. Estava só. Sentia meu corpo doer com o frio. Sentia a morte se aproximando. O tempo se arrastava. O frio aumentava. No apse do meu desespero avistei uma criatura no fundo da fenda. Pensei ser uma alucinação. Parecia lógico, estava com dor, frio, fome. A figura parecia muito com um Kappa, que vovó falava. Imaginei ser uma lembrança doce daquelas que temos antes de partir. Ele era real, no entanto, se aproximou. Eu tentei me curvar, como vovó sempre disse que deveríamos fazer. Ele repetiu. Olhei para ele desesperada clamando ajuda. Ele se compadeceu. Sentou-se ao meu lado e me curou. Perguntei como poderia sair. Ele riu. Sinalizou para que subisse em suas costas e me tirou da fenda.

Andei até a casa. Abri a porta crendo que estavam todos preocupados. Imaginava minha mãe correndo para me abraçar e mandando alguém avisar meu pai, que estaria a minha procura. Entrei. Minha mãe exclamou “Bella! Preciso que pegue os brinquedos de Andy que ficaram lá fora, rápido por favor “. Olhando o relógio, percebi que haviam se passado sete horas desde meu desaparecimento. Ninguém percebeu. Apenas Cisa. Ela veio correndo pelo corredor. Me olhou com seus olhos azuis e disse “ Bella, tava onde? ” Confesso eu nunca mais fui a mesma.

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 Era óbvio. Ninguém queria falar. Todos relutavam em acreditar. A policia disse. Ela não foi sequestrada. Roupas e pertences de caráter sentimental haviam sumido. Ela havia fugido. Eu supunha o motivo. A polícia também, por isso não iria mais investigar. Eu iria. Não suportaria ver Andrômeda arruinando tudo, como fez com minha infância. Sentia por Narcisa.

 Percebi que Sirius estava estranhamente calmo. Me aproximei. Ele não se afastou. Algo estava muito errado. Eu, que não sou a pessoa mais mentalmente correta dessa família, sentia um peso em meu peito. A agonia do desconhecido. Medo do futuro. Ele estava calmo. Escondendo um sorriso no olhar. Ele não me enganava. Ele estava satisfeito. Seja lá o que ele escondia de mim, eu iria descobrir. Como? Ficando ao seu lado. Analisando seu comportamento.

Regulus se aproximou para avisar que um dos criados havia visto um jovem com Andrômeda. Faziam meses, entretanto era uma pista. Eu lembrava daquele dia. Narcisa havia saído com Lucius. Nossos pais estavam dormindo. Eu estava chegando de uma reunião com Tom. Eu estava um pouco distraída, lembro-me, contudo, de vozes vindo do jardim interno. Andei em direção a elas. Andrômeda entrou pela porta dos fundos. Perguntou como havia sido minha noite.  Tá , respondi. Fui em direção a porta dos fundos e a abri. Não havia ninguém lá. Apenas... o lenço. Um lenço de tecido chinfrim, com um bordado mal feito. TT. Era o bordado daquele trapo de deixei no chão.

Gritei. TT. Eu vi um lenço bordado com TT, naquela noite. Olhei para Sirius. Seus olhos haviam perdido o brilho, estavam preocupados. Ótimo. Esse era o caminho correto. Papai resolveu pedir que todos os rapazes, que estivessem dispostos, deveriam ir em busca de todos os TT que Andrômeda pudesse ter encontrado.  Decidi que iria junto. Meu pai não queria. Argumentei que de nada seria útil eu ficar em casa. Eu iria e iria com Sirius. Ele não poderia ajudar seja lá quem for com quem Andy fugiu.

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A noite passou. Analisei cada atitude de Sirius. Nada encontramos. Nada encontrei. Muitos foram para casa descansar. Eu me neguei. Com Sirius cansado, a chance de deixar algo escapar aumentava. Tom chega ao meu lado. Para e sussurra. Rodolphus está incomodado com meu comportamento. Olho sorrindo para Tom e saio. Não tenho nenhum compromisso com Rodolphus. Certa vez, ele afirmou para Regulus que não poderia se relacionar comigo, pois eu não tinha um coração. Não é verdade. Sinto. Ódio. Raiva. Amor. Sinto o desprezo dos outros. Reajo ao que sinto. Ajo da forma que me convém. Se Rodolphus se incomodava com a proximidade entre mim e Sirius, talvez ele percebesse que tenho um coração. Um coração com muitas cicatrizes. Ferimentos sofridos por ter amado.

Seguimos a busca. Imersa em meus pensamento e mágoas, não percebo quando chega a notícia de Ted Tonks. Sirius se afasta. Olho para meu pai e pergunto o que ocorreu. Ele repete. Ted Tonks. O musgo nos derrubando na cachoeira. Um sangue-ruim arruinando uma família pura. Fico furiosa. Vou para casa. Entro em meu quarto. Grito. Choro. Idiota. Andy arruinou sua vida.

Tom me seguiu. Abre a porta e pergunta se pode ajudar. Digo que sim. Que ele vá embora. Ele sai. Me deito em minha cama e choro. Andy não havia facilitado minha vida. Estranhamente, no entanto, eu a amava. Senti por ela. Sabia que se não a recuperássemos rápido o suficiente, seria tarde de mais.

Chorava. Soluçava. Rodolphus entrou em meu quarto sem bater. Estava cansada demais para reclamar. Estava desistindo. Ele sentou em minha cama e colocou a mão sobre meus cabelos. Meus cabelos que estavam parcialmente arrumados para um casamento. Ele se aproxima e sussurra que encontraremos Andrômeda. Levanto e o olho nos olhos. Pergunto o porquê de ele se importar tanto. Ele responde que aquilo importava para mim e, então, para ele. Sorriria se não sentisse tanta dor. Senti uma lagrima caindo. O abracei. Ficamos abraçados alguns minutos. Sirius. Eu falo. Rodolphus se afasta e me olha incrédulo. Rio e completo minha frase. “Sirius sabe onde ela está. Acredito que ele a ajudou. Por isso o segui nas últimas horas. ” Ele sorri aliviado e completa que deveríamos falar com Tom. Ele sempre sabia o que fazer.

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Conversamos com Tom, que ficou revoltado com a deslealdade de Sirius. Trair sua família por um sangue-ruim, era inaceitável. O acordo foi que nós tiraríamos essa mancha da família. Saindo do quarto em que estávamos, encontrei Cisa. Ela disse que havia pistas importantes e desejava falar com todos.  Assim foi feito. Pensei que ela saberia de algo novo. Reunimos todos e Narcisa disse o que já sabíamos. Sirius nos traiu. Muitos de nossos amigos foram rever os locais em que Sirius havia procurado. Eu sabia que não havia nada. Eu, Rodolphus e Tom vamos à casa de amigos do Sirius. Recebemos ordens de não machucar Sirius, no entanto ninguém falou nada sobre Tonks.

Chegando as proximidades da casa em que minha irmã estaria, senti enjoo pela situação. Estava feliz por encontrá-la, com raiva por precisar procura-la, com medo de machucá-la, triste por saber que certamente o faria. Nunca planejamos deixar Tonks vivo. Quando o vi, contudo, matar não seria suficiente. Perguntei onde ele havia escondido a minha irmã. Ele desconversou. Eu o torturei. Ver a dor em seu corpo fez com que diminuísse a dor em minha alma. Eu não estava sofrendo sozinha. Ele não iria falar nada, eu sabia. Entretanto, eu precisava fazê-lo sentir a dor que eu sentia.

Subimos as escadas com Ted. Abrimos a porta do quarto e encontramos Andy. Tom sorriu, olhou para Ted, agradeceu a colaboração e o matou. Andy olhava incrédula para Ted. Não podia acreditar que ele a trairá. Quando o viu morreu, no entanto, se pôs a chorar. A olhei com carinho e convidei para voltarmos para casa. Ela gritou que estava grávida. Nos olhamos confusos sobre o que deveríamos fazer. Cygnus entrou no quarto e disse que havia ouvido e que tudo se resolveria.

Ainda atordoada, voltamos para casa. Andy foi presa no quarto. Narcisa se considerou culpada pela situação, porém seu casamento seria à noite e ela precisava se recompor. Cygnus e Druella subiram para a área da tapeçaria da família. Pelo vão da porta vi ambos se olharam com carinho e fazerem o que deveria ser feito. Os nomes de Sirius e Andrômeda foram queimados, excluídos, deixando em seu lugar uma mancha negra. Mancha que acompanharia a reputação da família.

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A cerimônia de casamento ocorreu como o esperado. Com comentários velados sobre o ocorrido. Cochichos. Fuxicos. Narcisa estava feliz, era o que me importava. Andy estava arrasada, contudo segura com sua família. Andei até o jardim. Eu me sentia estranha. Não por estar de preto em um casamento, por perceber que desde aquele dia na fenda de gelo eu não chorava. Eu não sentia que deveria. Mais uma ferida, pensei. Algum dia esse episódio seria esquecido nas memorias da família. Essa ferida seria uma cicatriz. Suspirei. Rodolphus se aproximou sorrateiramente de mim. Perguntou se estava sonhando com minhas núpcias. Ri. Respondi que não, até porque não poderia me casar, afinal não tinha um coração. Ele se constrangeu. Segurou minhas mãos. Olhou em meus olhos. Sorriu. Admitiu que estava errado. Me beijou.

O tempo passou. Andrômeda faleceu durante o parto. Eu fui a única pessoa que teve coragem de fazer o que deveria ser feito. A garotinha que havia trazido apenas dor e solidão deveria sentir o mesmo. O bebê que matou minha irmã deveria morrer da forma que eu sabia ser angustiante. Ela deveria morrer perdida em uma noite fria de inverno. Com autorização de todos, isso foi feito.  Deixei aquela criança mestiça ao relento. Não imaginava que sentiria a tristeza que senti. A dor de deixar parte de minha irmã para trás.  Matar a única coisa que restou de Andy. Respirei fundo. Estava matando a assassina de minha irmã, o mais correto a fazer. Essas palavras, no entanto, não me convenciam. Sentei-me no meio fio e chorei. Ouvi uma voz reconfortante me dizer, “era o melhor para todos, Sra Lestrange”. Era o melhor para todos, respondi ao meu marido.


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Notas finais do capítulo

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