Cap 5: Filhos de lobos, lobinhos são!

 

Jacob’s  Pov

O simples fato de descobrir algo novo, que nos deixe feliz, desperta em nós seres humanos, uma euforia e ansiedade tremenda.

 

 

A sensação de agora é indescritível.

 

 

Finalmente em casa. Depois de longos três anos.

 

 

A guerra contra os Volturi estava no papo. E eles acabaram fazendo um acordo com os Cullens de não os perturbarem mais.

 

 

Em minha opinião, Aro era um medroso. Mas eu sabia que ele tinha uma imagem a zelar. E não podia perder a guerra, porque aquilo indicava que a “realeza” vampira era fraca. E como bom camarada que o Carlisle é, ele aceitou o acordo com os Volturi do tanto que o mesmo não se metesse mais na vida das pessoas em Forks.

 

 

E eu estava muito feliz em voltar pra casa. Porque eu não podia negar que estava saudade da pacata La Push, mas principalmente do fato de existir alguém que me ama, e que eu tinha uma família.

 

 

Uma família minha mesmo.

 

 

Eu deixei escapar um sorriso besta. E a Bella olhou pra mim.

 

 

- Eu estava com saudade de te ver sorrindo assim. – Ela se aproximou de mim e envolveu seus braços frios por minha cintura.

 

 

- Nunca vou me acostumar com essa sua “frieza”. – Foi à vez de ela dar um sorriso, mas totalmente sem graça.

 

 

- Você não acha que é melhor levá-lo para nossa casa? – Bella perguntou enquanto olhava um Seth desacordado sobre uma maca de madeira improvisada.

 

 

- Não. – Eu respondi depois de um suspiro. – A Lee já vai querer me matar por ter estado tanto tempo fora. Imagina se ela sabe que o irmão dela se machucou e eu o levei pra casa dos “sanguessugas”.

 

 

- Ela é orgulhosa. – Edward que provavelmente ouvia a conversa e lia os meus pensamentos respondeu. – Mas concordo com o Jacob, é melhor o levarmos para casa. Ele só está cansado e se recupera rápido. Leah vai querer ter toda a família reunida.

 

 

E foi quando o meu coração disparou. Mais a frente, próximo da praia eu a vi, rindo como eu nunca tinha visto antes.

 

 

Nem mesmo pra mim.

 

 

Ela estava genuinamente perfeita: olhos brilhantes enquanto segurava as mãos de um garotinho e o rodava no ar. Sorriso de moleca enquanto ajeitava o vestido de uma menina.

 

 

Era a minha Leah, a mulher pra quem eu jurei voltar. E eu estava de volta. Querendo para sempre estar ao seu lado.

 

 

Mas a gravidade me traiu, e eu não consegui evitar olhar para a Nessie e me sentir “preso” ao sentimento que eu ainda nutria por ela. Um sentimento que, por enquanto ainda era apenas de proteção, e que eu esperava que continuasse assim para sempre.

 

 

Edward me encarou atônito.

 

 

E eu nem dei confiança.

 

 

Leah’s Pov

 

 

Ao longe eu pude ver a comitiva de vampiros chegando.

 

 

Todos os Cullens vinham carregando uma espécie de maca. Eu não conseguia identificar quem estava sobre ela. Mas meu coração disparou ao pensar que poderia ser o Seth ou o Jacob.

 

 

Não tive reação nenhuma, meus pés fincaram no chão.

 

 

Eu sempre sonhei com esse dia, vivi para esse dia. Mas, mais uma vez lembrei-me de toda a minha covardia.

 

 

Como o Jacob iria me querer se eu não era forte o suficiente? Aquela Leah durona, amargurada e insensível estava escondida agora. E eu não conseguiria mais fingir indiferença. Simplesmente porque eu já tinha entregado o meu coração ao Jake, antes mesmo dessa guerra.

 

 

Não eram novidade os riscos que eu estava correndo. Eu estava ciente de que ele poderia escolher a Nessie. A final era a ordem natural das coisas.

 

 

Eu sofreria mais do que com o Sam, mas agora eu tinha certeza de que ia sobreviver.

 

 

Sarah e Taylor precisavam do meu amor.

 

 

E eu seria eternamente grata ao Jake por ter me dado esse presente. Eu não seria capaz de privá-lo da felicidade, Nessie seria uma boa garota.

 

 

Sorri triste.

 

 

Eu não era mais a Leah Clearwater de sempre. A mudança em mim foi tão sutil que eu só me dava conta nesse momento. Eu havia me tornado uma pessoa esperançosa demais.

 

 

Eu acreditei que ele voltaria. E talvez, tenha me iludido pensando que seria só pra mim.

 

 

Mas o que eu podia fazer?  Se quando eu me deitava à noite, pensava no que ia fazer quando ele chegasse e como nossos filhos iam se acostumar com a presença dele. Eu faria questão de incluí-lo na vida das crianças, porque eu sempre tive a certeza que ele seria o melhor pai do mundo.

 

 

Eu mudei meu jeito de pensar. Porque mudar, às vezes, faz bem. E o meu modo de ver o mundo me fez ter forças pra entender que quando se tem sentimentos sinceros, a eternidade se torna mais fácil de viver.

 

 

Sarah olhou pra mim daquele jeito questionador. Veio em minha direção e pediu colo. Ela era assim mesmo. Conseguia tudo o que queria.

 

 

Inclinei-me um pouco e a peguei. E como se aquilo fosse o que me faltasse para ter coragem dei o primeiro passo. Levantei o olhar à procura de Taylor, mas ele já estava perto da comitiva de vampiros - do lado do Sam, do Paul e do Embry - há muito tempo.

 

 

- Mãmã. Quem é? Sarah perguntou enquanto brincava com meu cabelo.

 

 

- Você já vai saber, meu amor. – Depositei um beijo no topo da cabeça dela. E caminhei firme rumo ao futuro que me esperava.

 

*~*~*~*~

 

Não demorou muito tempo, e eu vi que os olhos do Taylor cruzaram-se com o do pai. E o menino, que sempre se mostrava desinibido, escondeu-se atrás das pernas do Embry. E naquele esconderijo ele olhou mais uma vez pro Jacob. Acanhado como eu nunca tinha visto antes.

 

 

Percebi que Nessie vinha correndo da praia, percebendo que seus “amados” familiares estavam de volta. Ela não perdeu tempo, e jogou-se nos braços do pai.

 

 

Taylor finalmente me lançou um olhar. E eu ri. Ele sabia quem era o pai. Com toda a certeza. Eu ouvia seu coração bater mais e mais rápido. Ele correu na minha direção.

 

 

Sarah pediu pra descer do meu colo e deu a mão para o irmão. Eu ainda não sabia explicar o porquê deles serem tão próximos. Eu imaginava que fossem coisas de gêmeos, pelo menos até o momento.

 

 

Taylor encarou mais uma vez o pai. E Jacob olhou-os com lágrimas já espalhadas pelo rosto.  Meus filhos encolheram-se atrás de mim quando perceberam que o pai se aproximava. Sim, eles sabiam que ele era o pai deles. Eu sempre mostrei as fotos dele.

 

 

Taylor agarrou a mão da irmã e deu um passo a frente, mas ela resistiu e continuou atrás de mim. Taylor olhou para Sarah, parecendo lhe perguntar o porquê dela ficar escondida. Ela apenas deu de ombros.

 

 

Isso era uma coisa que realmente me assustava. Eu não sabia explicar, mas eu sentia que esses dois se comunicavam entre si. Perto deles, eu a única loba da historia me sentia normal.

 

 

Taylor saiu decidido na direção do moreno que já se encontrava a menos de um passo de distancia de mim.

 

 

A minha vontade era correr e abraçá-lo, mas eu senti que aquele ainda não era o meu momento. E sim o do Taylor.

 

 

E se a Sarah, não estivesse tão encabulada poderia ser o dela também. Mas ela preferiu correr na direção do Embry e pedir colo dele.

 

 

O momento que se passou a seguir fez o meu coração disparar. Sim, a emoção tomou conta de mim. E acho que de todos os presentes. Todos pararam para ver o encontro de pai e filho.

 

 

- Ei garotão. – Jacob se abaixou para poder ver o rostinho do filho. – Aposto que cuidou bem da mamãe e de sua irmã.

 

 

Ainda encabulado, Tay apenas fez que sim com a cabeça.

 

 

- Você é tão grande filho. – Jacob o pegou no colo e começou a rodá-lo no ar. – Deve ser forte mesmo.

 

 

- Sim papai.

 

 

Quando ele disse isso eu não agüentei. Eu chorei como um bebê. O Taylor sempre fora esperto. Sempre doce. Eu sabia que ele tinha puxado isso do pai.

 

 

Não deu outra. Eu corri na direção deles.  E me lancei nos braços do Jake, que ainda estava com o Taylor no colo.

 

 

Dei um beijo rápido no Jake e peguei o Taylor no colo. Sarah ainda desconfiada estava sendo trazida pelo Embry.

 

 

- Pai, eu não quero ir lá. – Sarah disse pro Embry. É... Ela tinha essa mania de chamá-lo de pai, mas não era só ele quem ela chamava assim. Paul e Sam também.

Essa garota tinha o gênio difícil, igual ao meu. Ela era um “amor” também, mas só com queria.

 

 

Pude perceber a expressão de surpresa do Jake. Obviamente que não era legal ter uma filha que chamava outros caras de pai. Descobrir que ela se sentia bem com outras presenças masculinas.

 

 

- Não precisa forçá-la, Embry. – Jake disse enquanto via Sarah abrir o berreiro.

 

 

Aquele era um comportamento muito birrento. Essa garota tava ficando mimada demais. E a culpa era minha. Merda.

 

 

Embry a pôs no chão. Ela estava com aquele rostinho obstinado que eu tanto conhecia. Taylor desceu do meu colo e foi em direção da irmã.

 

 

Puxou a mão dela.

 

 

Ela começou a chorar descontroladamente.

 

 

E nada me preparou para aquele momento.

 

 

A minha garotinha mimada começou a tremer. Coisa que fez com que todo mundo arregalasse os olhos.

 

 

- Não. – Eu gritei não acreditando no que estava acontecendo.

 

 

O meu bebê era um filhote branco, como a neve, e peludo, como um ursinho. É, pode acreditar. Eu capotei.

 

 

Desmaiei mesmo.

 

 

 E nem vi que o meu outro bebê também se transformara num lobo, mas dessa vez  um marrom, exatamente como o pai.

 

 

 Fim do cap 5.

 

N/a: eu sei que o cap foi curtinho. Mas eu tinha que soltá-lo assim. Esse é o último cap dessa primeira fase da fic. A fase da guerra. Agora os problemas vão ser mesmo de relacionamento.

Como deu pra perceber, o Taylor é muito mais simpático e receptivo do que a irmã. E que a Sarah, tem um jeito peculiar. Digamos que ela sabe como conseguir as coisas que quer.

Vou dar uma dica pra vocês. Vai ser mt mais dificil pra Sarah aceitar a presença do Jake. Mas não se preocupem, ela não é má.

Vou responder todos os comentários de vocês depois de eu postar esse cap ^^

Estou tentando att todas as minhas fics... E isso é graças a vocês! Que não me deixam desistir! Brigadão

Bjos