Sentimentos Eternos escrita por karol_kinomoto


Capítulo 3
Sarah e Taylor


Notas iniciais do capítulo

E ai meninas... Esse cap promete muitas emoções. Desde o nascimento dos filhos da Lee e do Jake até a luta contra os vampiros. Espero que curtam
Bjos!



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Cap 3: Sarah e Taylor.



Eu sabia que a gestação seria diferente, eu e o Jake éramos lobos... Não demorou muito tempo e a minha barriga já estava enorme. Apesar de apenas quatro meses de gravidez, parecia que eu tinha engolido uma bola de basquete.

 

 

Eu fiquei com medo de não saber lidar com o que podia acontecer. Eu precisava que alguém me ajudasse, se ao menos o Doutor Carlile estivesse por aqui...

 

 

Emily me aconselhou a ir ao médico, mas como eu ia explicar as coisas que ocorriam no meu corpo?

 

 

Eu não era igual às outras mulheres... E não poderia por em risco o segredo dos Lobos.

 

 

- Você não tem escolha, Lee. Pode entrar doutor. – Emily abriu a porta do quarto em que eu estava e deu passagem a um homem alto, de cabelos um pouco grisalhos e profundo olhos verdes. Ele trajava uma blusa branca e calça jeans escura.

 

 

Não tinha como negar: o homem era um sonho.

 

 

 

Balancei a cabeça pra afastar tal pensamento. Eu amava o Jake, mas não era cega... O cara na minha frente era lindo demais. Encarei-o por um tempo, tentando ler suas expressões. Tentando entender quais eram as intenções da Emily.

 

 

- Doutor, eu espero sinceramente que não me decepcione. Porque eu vou lhe contar o segredo da minha família. – Ela fechou a porta e com a expressão mais séria do mundo e começou. – Essa é a garota de quem lhe falei, ela é a primeira em nossa história a se tornar uma loba!

 

 

- Emm, cala a boca. – Eu tentei impedi-la. Finalmente o homem me encarou. Olhamos-nos diretamente por alguns segundos. Não dava pra desviar. Ele sorriu e eu senti que o olhar dele era doce. Desarmei-me e nem liguei mais se a Emily ia ou não nos expor.

 

 

- Doutor, como o senhor pôde perceber, nós fazemos parte de uma reserva indígena, assim sendo, dentro de nosso povo, guardamos lendas e tradições que são passadas por todas as nossas gerações.

 

 

O médico prestava atenção em tudo o que ela dizia. E eu o analisava. Agora era uma boa hora pra ter um sugador que ler mentes. (n/a: saudades do Ed?)

 

 

Sem nem ao menos ser convidado ele se sentou em uma cadeira que havia perto da minha cama. – Vejo que passarei um bom tempo aqui! – E mais uma vez ele me encarou e riu.

 

 

Emily concordou.

 

 

- Doutor, como o senhor também já pôde perceber minha prima está grávida.

 

 

Ele confirmou.

 

 

- De quatro meses apenas.

 

 

Tadinho... Ele quase caiu da cadeira. Mas se recompôs. – Como assim? Nem mesmo se fossem gêmeos a barriga dela estaria desse tamanho.

 

 

- Me diga algo que eu não sei doutor. – Eu disse a ele com todo o sarcasmo que eu pude usar na voz.

 

 

- Eric... Pode me chamar de Eric. – Ele nem ligou para o meu tom.

 

 

Ele tirou de cima de mim o lençol que me cobria e começou a mexer no meu ventre. – Com licença. – Ele pediu, levantando a minha blusa e revelando uma saliência relativamente gigante. Ele deu um sorriso enorme, tanto para mim quanto para Emily.

 

 

"O cara gosta de sorrir, só porque tem esses dentes perfeitos. Exibido!"

 

 

- Depois de passar a mão que ele pede licença. – Eu tentei brincar. Emily fechou a cara pra mim, mas o doutor riu. Pelo menos alguém gostava das minhas piadas.

 

 

Merda. Esse negócio de gravidez deixa a gente tão carente...

 


Emily saiu do quarto assim que ouviu o choro de Peter, era hora de comer.

 

 

- E então doutor, o senhor quer descobrir sozinho o porquê de eu ter essa bola de basquete enorme na barriga ou quer economizar tempo? Eu perguntei quando o vi tirando agulhas para me espetar.

 

 

- Está com medo... Senhora?

 

 

- Clearwater. Leah Clearwater. E eu não estou com medo. – Eu não podia mostrar fraqueza.

 

 

- Conte-me então. – Ele não desistiu em tirar o meu sangue.

 

 

- Bem, eu pertenço a uma tribo cheia de lendas, as quais por muito tempo eu julguei serem apenas coisas pra entreter as crianças. Até que aconteceu comigo...

 

 

- Loba?

 

 

Eu assenti. Contei tudo a ele.

 

 

Não se da aonde a Emily arranjou um médico tão doido. Sério. Assim que eu terminei de contar todas as coisas que ele poderia saber. Ele me olhou por alguns segundos tentando ver algum sinal de contradição no meu rosto. E quando se deu por convencido que esse sinal não viria fez a última coisa que eu esperava. Ele riu, melhor: gargalhou!

 

 

Mais tarde, em meio as nossas inúmeras conversas eu descobri que ele era fã de Carlisle. Ou seja, essa cara nunca poderia ser considerado normal. Ele viera para La Push, simplesmente para trabalhar com o Doutor Vampiro. Disse-me o quanto tinha ouvido falar das coisas estranhas que aconteciam por aqui e só não imaginava que era tudo tão louco assim.

 

 

" Se ao menos ele soubesse que Carlisle era um vampiro... Será que eu poderia contar?"

 

 


 

Já fazia quase cinco meses desde que tanto os lobos quanto os Cullens tinham ido para a Guerra.

 

 

Meus bebês já estavam perto de nascer. Sim, são gêmeos. Dá pra acreditar nisso? Eu Leah Clearwater, que supostamente nunca poderia ter filho estou prestes a ter dois, de uma vez só.

 

 

Muito obrigada Jake.

 

 

Do fundo do meu coração eu espero que tudo esteja bem, porque os nossos filhos merecem conhecer você.

 

 

Devido à gestação eu evito me transformar em lobo, vai saber o que pode acontecer. "Supostamente" eu nunca poderia ter filhos, portanto, nada de riscos desnecessários.

 

 

Faz um tempo que eu não sinto o cheiro dos vampiros que nos cercavam, isso é bom. Eu não posso lutar nesse estado.

 

 

- Lee, eu vou deixar o meu cabelo ficar grande como o seu, para quando os meus pais vierem me buscar, eu poder ir embora e sempre lembrar de você. - Nessie disse enquanto eu a penteava, a cada dia ela crescia mais e mais. Era assustadoramente surpreendente. -Eles vão voltar, né?

 

 

Eu pensei por um tempo, não adiantaria enganá-la. Eu não sabia. Mas ponderei.

 

 

- Claro que sim, eu não sei quando, mas eles vão voltar sim. Nós só temos que ter paciência.

 

 

- Eu sinto saudades. - Ela deixou uma lágrima escapar.- Meu pai me disse uma vez, que eu não poderia estar em melhor lugar, do que ao seu lado.

 

 

Essa declaração me surpreendeu. Desde quando Edward Cullen ficava falando de mim?

 

 

- Guria, eu preciso de uma babá para os meus filhos, sorte a minha que você cresce rápido.

 

 

Nós rimos.

 

 

- Eles serão meus irmãos. - Ela sorriu.

 

 


 

****** Sarah e Taylor ******

 

 

Seis meses de gestação

 


De uns dias pra cá eu tive que me preocupar. Eu me sentia vigiada. Os sanguessugas não eram nada discretos. Eles passavam épocas deixando rastros e outras apenas desapareciam.

 

 

Era estranho demais, eles pareciam estar interessados no que acontecia conosco. Nunca fui à pessoa mais racional desse mundo, mas agora eu não poderia me arriscar. Meus filhos precisariam de mim. E eu não podia lutar em minha atual situação.

 

 

- Bem, você está muito bem. Eu arriscaria dizer que daqui a duas semanas seus bebês já estarão com vocês. - O meu médico sorriu enquanto passava o gel na minha barriga para o ultra-som. Eu gostava da sensação do gelado sobre a minha pele. Fazia cócegas. E o Eric sabia disso.

 

 

Eu já passei por tanta coisa na minha vida, que chegou um tempo que eu não gostava mais de acreditar nas pessoas, mesmo as que estavam perto de mim, foi difícil confiar em alguém. Mas ai o Jake apareceu, e tudo mudou. Agora eu até ganhei um amigo. Eric é isso pra mim. Um amigo mais que especial, é alguém que se preocupa comigo e com os meus filhos.

 

 

Os gritinhos agudos de todas as mulheres presentes me fez gargalhar. E eu perdia a linha de raciocínio que eu estava tendo. Eu me senti por um dado momento "quase" completa. Só faltava o... Jake.

 

 

Emily, fora a primeira a falar algo coerente.

 

 

- Mas doutor, ela ainda não tem nem sete meses. Será que já está mesmo na hora?

 

 

- Poucas mulheres completam os nove meses, e as que carregam gêmeos geralmente os tem ainda mais cedo, você gostaria de saber o sexo dos bebês?"

 

 

Eu só confirmei com a cabeça.

 

 

E mais um gritinho animado. Kim dava pulinhos e batia palmas freneticamente. Enquanto exclamava: "eu sabia, eu sabia!"

 

 

Ela não errou mesmo. Era um casal.

 

 

Sarah Suzanne Black e Taylor Jacob Black.

 


Acho que todas nós nos mantemos unidas e fortes por causa deles.

 

 

Distraiamos-nos confeccionando roupinhas, arrumando o quarto de bebê e divagando sobre como eles seriam no futuro.

 

 

Chegamos a uma conclusão: seria uma mistura explosiva! Uma mistura de Leah e Jacob.

 

 

Eles seriam audaciosos como o pai. Destemidos como a mãe. Bondosos por excelência e corajosos por natureza.

 

 

Ok. Eu tenho que admitir. Eu já era uma mãe coruja desde muito antes de eles nascerem. E as meninas também eram assim.

 

 

Pra dizer a verdade todas as crianças da casa nos animavam. Seja Reneesme que crescia e se comportava como uma mocinha madura demais para a pouca idade.

 

 

Seja por Claire que tentava desesperadamente imitá-la, mesmo não conseguindo e vivendo como uma criança normal.

 

 

E seja por Peter que a cada dia que passava nos lembrava cada vez mais o Sam.

 

 

Vivemos uma época feliz, sem nos preocupar muito. Tendo esperança de que tudo ia dar certo.

 

 

E por um tempo deu...

 

 


FLASH BACK:

 


Enquanto isso, nos arredores da casa dos Clearwater.

 


"Eu não quero saber de desculpas dessa vez. Estamos aqui há muito tempo, já é hora de agir"

 


"A lobinha parece ser forte" Uma vampira de cabelos castanhos disparou.

 


"Mas é só uma."

 


"Eu a quero morta... Na verdade, eu quero todos mortos, antes de amanhecer.

 


FIM DO FLASHBACK.

 


POV Renata.

 


"Obviamente isso não ocorreu. Aro não permitiu. Principalmente depois que comentamos que a loba estava grávida. Ele achou o trunfo que precisava para mudar o curso da Guerra. Porque até então, os Cullens e seus aliados estavam em vantagem. A minha tarefa dentro dos Volturi sempre foi a de proteger Aro. Eu gostava disso. Eu morreria por ele."

 


Fui tirada de meus pensamentos por Demetri que trazia noticias da Guerra.

 


"Estamos perdendo. Aro manda dizer que a hora de agir se aproxima"

 


Eu soltei a minha gargalhada mais gostosa. Aquela mesmo, que assusta as criancinhas. Estava em minhas mãos. E eu não ia falhar.

 


A intenção de Aro era bem clara. Ele queria os dois lobinhos que estavam na barriga de Leah. Trunfo contra os lobos.

 

 

Ele queria Reneesme. Trunfo contra os Cullens.

 

 

Eu só não entendia uma coisa: como Edward Cullen ainda não tinha percebido nada.

 


Talvez os poderes de sua mulher o impedissem de ler os pensamentos de Aro.

 


E era por isso que eu o seguia. Veja a inteligência! Ele usou a arma do inimigo contra o próprio.

 


A intenção de Aro era que eu os levasse para o centro da Guerra. A partir daí as trocas "justas" seriam feitas. Edward, Alice, Bella por Reneesme. E as crianças pela rendição dos Lobos. Lógico que ele também ficaria com Reneesme e mataria todos os lobos, mas era necessária uma seqüência.

 


Apesar de eu não ser uma guerreira nata. Tinha meus truques para pegá-los. E eles dariam certo. Eu só precisava que os bebês nascessem logo e que a Loba não notasse a minha presença.

 



 

Minha Doce Criança
Ela tem um sorriso que parece e
Me faz lembrar de memórias da infância
De quando tudo era fresco como o brilhante céu azul

 


Sabe aquela dor necessária? Aquela que você sabe que tem um propósito maior? Pois bem, eu não entendia muito disso. E talvez nem saiba me expressar. Tudo o que eu sei é que eu quero conhecer os meus bebês. Eu daria tudo pra que meu pai estivesse aqui comigo. Seth. Ou ao menos minha mãe. Ela ficaria feliz por mim. Mais algumas lágrimas escorreram pelos meus olhos. E eu reparei na mão que as secava. Do meu lado esquerdo, Rachel, que vez ou outra acariciava meus cabelos. Ela sofria com cada contração que eu tinha e se assustava pelos gritos que eu tentava conter.

 

 

As duas bolas de basquete no meu ventre estavam querendo conhecer a mamãe.

 

 

O parto estava sendo realizado na minha casa. Eric não saia mais daqui. Acho que ele se mudou há umas três semanas. Emily estava cada vez mais apática e magra. Mais se segurava. Quando tudo acabasse eu descobriria o que estaria acontecendo com ela.

 

 

Ultimamente ela mantinha muitos segredos com Eric. Eles sempre estavam nos cantos conversando, sempre pensando que ninguém reparava.

 

 

Mais uma contração. Meus filhos são exigentes. E ciúmentos. Eu não posso nem pensar em alguém, senão eles... Crianças!

 

 

Agora então, quando vejo seu rosto
Ela me leva para aquele lugar especial
E se eu olhasse muito
Provavelmente perderia o controle e choraria

 


O parto foi tranqüilo. Primeiro aquela dor aguda. E depois o choro.

 

 

Taylor. Meu bebê gigante.

 

 

Ele tinha a pele morena como à do pai. E também era cabeludo. Eu não via o porquê de falarem que recém-nascidos tinham cara de joelho. O meu não tinha. E já fazia sucesso.

 

 

Eric cortou o cordão umbilical dele e o entregou a Rachel, que um pouco mais afastada de nós o limpava alegre. Kim se aproximou de Rach e suspirou. Viram? Meu filho é um arraso.

 

 

Sarah nasceu quatro minutos depois.

 

 

Adivinhem?

 

 

Ela também era grande. Não como Taylor, mas ainda assim parecia ter uns quatro meses.

 

 

Eu a peguei no colo assim que o cordão foi cortado, mesmo suja ela parecia uma princesa. Eu a ninava admirada. Era morena como o irmão, mas o tom era mais claro. Os olhos eram iguais aos meus. Mesmo semi-abertos eu podia ver que eram. Emily a pegou de mim, acho que para limpá-la.

 

 

Eu reclamei, mas não por muito tempo.

 

 

Trouxeram-me Taylor. E em seguida Sarah.

 

 

Oh, Oh, Oh
Minha doce criança
oh, oh, oh
Minha doce amada

 


Eu os segurei ao mesmo tempo. Um tanto desajeitada.

 

 

Admito.

 

 

Feliz como nunca.

 

 

Tay me olhava de um jeito engraçado. Parecia igual ao Seth quando queria algo, sabe aquele olhar pidão misturado de inocência e felicidade? Era assim mesmo. Algo me dizia que ele teria o que quisesse.

 

 

Sarah, no entanto era muito mais especifica. Ela agarrou o meu dedo indicador, encarou-o por um tempo, e em seguida levou-o a boca. Acho que não satisfeita com isso, abriu o berreiro.

 

 

Ela tem olhos do azul mais celestial
Como se eles pensassem na chuva
Eu odeio olhar naqueles olhos
E ver um traço de dor
Seus cabelos me lembram um lugar quente e seguro
Onde quando eu era criança eu me escondia
E rezava para o trovão
E para a chuva
Calmamente passarem por mim

 


- Fome! – Emily disse sentando ao meu lado.

 

 

Ela carregava Peter, que encarava meus filhos com olhinhos brilhando.

 

 

Ele estendeu a mão pra minha garotinha, e ela pegou na dele.

 

 

Gelei.

 

 

Eu mataria o guri se ele tivesse a "impressão" com o meu bebê.

 

 

Fato.

 

 

Como homem da família, Tay não gostou muito. Pelo menos era isso que a minha mente deturpada imaginava sobre toda aquela situação.

 

 

Ele botou a mãozinha em cima da deles.

 

 

Aquilo significava duas coisas para mim.

 

 

Uma: meu filho protegeria a irmã

 

 

Duas: esses três seriam inseparáveis.

 

 

Oh, Oh, Oh
Minha doce criança
Oh, Oh, Oh
Meu doce amor

 

 

As primeiras semanas com as minhas crianças foram relativamente tranqüilas. Eles choravam, comiam, choravam, dormiam. E de preferência não deixavam a mamãe dormir.

 

 

Devo admitir que estava exausta, mas todos na casa me ajudavam.

 

 

Reneesme inclusive estava se comportando como uma verdadeira babá. Ninava incessantemente os bebês, e eles já nutriam um carinho todo especial por ela.

 

 

Entretanto nem tudo era alegria. Eu pressentia que algo estava errado e tinha que ter uma conversa séria com as meninas. Kim, Rachel e Emily tinham o direito de saber o que estava acontecendo.

 

 


 

 

Naquela noite, exatamente três meses após o nascimento dos meus filhos, eu rodei o perímetro da reserva, como uma loba, e descobri que os vampiros estavam bem nos limites, prontos para atacar.

 

 

Obviamente que eram tolos e inexperientes, já que deixavam pistas amadoras pela floresta, recém-nascidos com certeza estavam entre eles. Ou seja, os problemas eram maiores do que eu podia supor.

 

 

Cheguei em casa certa do que ia fazer. Eu teria que mandá-las embora, precisava de um plano.

 

 

- Não adianta tentar nos despistar, Lee. – Rachel disse quando eu entrei pela porta da frente.

 

 

- Não é a intenção. Estamos com problemas. – Resolvi ser objetiva.

 

 

- Que tipo de problemas? – Kim perguntou.

 

 

- Vampiros.

 

 

- Mas o que eles querem? Foi a vez de Emily.

 

 

- A nossa morte. Somos o ponto fraco. – Respondi apreensiva.

 

 

- E o que nós vamos fazer?

 

 

- Eu tenho que proteger vocês até que consigam fugir.

 

 

- Consigam? – Kim me interrompeu. – E você?

 

 

- Eu... Não sei, mas eles não querem especificamente a mim, e sim as "impressões", então o importante é que vocês estejam seguras.

 

 

- Mas não podemos te deixar a mercê deles. - Rachel estava indignada. Mas eu continuei.

 

 

- São tempos de Guerra, temos que ajudar.

 

 

- Nós não vamos embora sem você. – Emily se pronunciou. – E acho que todas aqui concordam comigo. – Kim e Rachel confirmaram com um aceno de cabeça.

 

 

- Além do mais, se formos todas embora de uma vez, eles vão perceber a nossa movimentação. E ainda assim nos atacar. - Rachel reforçou as palavras de Emm.

 

 

- Então vamos começar a abastecer o sótão. Por que eles não demoram. - Foi tudo o que eu pude dizer.

 

 

Eu devia tê-las mandado embora...

 

********-----********

 

Tempos depois...

 

 

Aquele cheiro enjoativamente doce invadiu minhas narinas, como uma doença, causando espasmos em todo o meu corpo. Recolhi todos os que estavam no jardim, inclusive Sarah e Taylor que apesar de terem apenas seis meses já corriam e falavam como se tivessem dois anos.

 

 

Estavam todos perfeitamente alojados no sótão que ficava abaixo de minha casa. Apenas eu não entrei lá.

 

 

Pude ouvir os protestos de Emily, mas era melhor ignorar. Eu tinha que recepcionar os intrusos.

 

 

A freqüência com que eles agora se mostravam era o que mais me amedrontava. Mas eu estava disposta a lutar por eles: meus amigos e meus filhos. Nem que para isso eu tivesse que morrer. Eu sabia que essa era uma possibilidade bem real. Portanto, o sótão estava cheio de tudo que seria necessário. Telefones, água, alimentos, brinquedos e roupas.

 

 

Eu não tinha idéia de como protegê-los. Mas eu rezava para que todos fossem recém-nascidos desavisados. E principalmente que eles não soubessem que meu sangue era um veneno letal para eles.

 

 

Assim que saí do sótão, peguei todos os sprays possíveis para dissipar aquele cheiro de humanos. Eu sabia que não seria suficiente. Mas era a única coisa que eu podia fazer.

 

 

Cheguei à sala apressada, e ainda espalhando o spray com cheiro de terra. Sentei-me na varanda de casa, tentando conter as batidas descompassadas do meu coração.

 

 

Consegui.

 

 

Agora era só esperar a manifestação dos vampiros.

 

 

E que Deus me ajudasse.

 

 

Pouco tempo depois um vento gelado se aproximou.

 

 

Era à hora.

 

 

Um homem grande, com brilhantes olhos vermelhos, entrou em cena, parando nos degraus da minha casa e me encarando como a uma apetitosa refeição.

 

 

Não pude evitar um zombeteiro e sarcástico sorriso. Eu rezei para os que estavam chegando também pensassem assim.

 

 

- Boa noite! – eu o cumprimentei. Mas ele não queria conversa. Que mal-educado!

 


- Está sozinha? - perguntou apurando o nariz e sorriu. Eu sabia que os sprays não funcionariam. Merda.

 

 

- Sim, senhor. – Mesmo que eles me atacassem, eu jamais poderia entrar em fase. De outra maneira, eles não beberiam meu sangue.

 

 

- Você não é uma boa mentirosa. Eu consigo sentir o cheiro de outros humanos. Eu espero que você recepcione melhor os meus amigos, sem mentiras dessa vez.

 

 

Eu não tinha certeza se eles sabiam que não podiam me comer e que meu sangue era veneno para eles, eu só sei que não diria nada.

 

 

Se ele veio para isso, o que parecia muito provável, eu deixaria essa surpresa...

 

 

Após esse momento nada mais fez sentido...

 

 

Eu ainda consegui rasgar alguns membros e cortar algumas cabeças, mas no final perdi. No total, havia cinco vampiros me atacando... Eu podia ouvir a choradeira deles, a angústia. Eles tinham me mordido como eu desejara. Assim não me permiti gritar, mesmo que eles estivessem me despedaçando.

 

 

Um por um, eles foram caindo ao chão em agonia. Mas o estrago estava feito. Eles tinham me ferido demais, era um milagre estar consciente até agora.

 

 

Eles estavam a salvo, meus filhos e o resto que eu deveria proteger estavam bem.

 

 

Imagens de todos passavam em minha cabeça: Rachel, Kim, Claire, Nessie, Sam, Emily, Seth, Jacob... Eu já começava a imaginar o reencontro com meu pai... E então apareceram os rostinhos de Taylor e Sarah. E eu não soube dizer se eles estavam ali ou se era apenas uma ilusão.

 

 

A vista estava cada vez mais turva e tudo aos poucos ia desaparecendo, tudo ficando preto. Mas ainda assim eu senti quando alguém passou por mim.

 

 

Renata.

 


- Você caiu como uma patinha, lobinha. Muito obrigada por deixar as coisas fáceis pra mim. Recém-nascidos e essa sede incontrolável por sangue... Eu nem precisei sujar as mãos com você.

 

 

Ela aproximou o rosto do meu, mesmo com todo o desgosto ao sentir o meu cheiro.

 

 

- Cadê os filhotes? – Ela riu. – Vejo que já estão a caminho...

 

 

Ela levantou-se, deu um chute no meu rosto que me apagou completamente. Era o fim. Pelo menos pra mim.

 

 


n/a: voltei meninas, depois de anos-luz sem atualizar essa fic. Esse é o maior cap que eu já escrevi até então. E eu gostei de escrevê-lo, apesar de ele não ter saído do jeito que eu queria. Espero que vocês comentem, nem que seja pra dizer que está uma droga. Comentem ou a Leah morre! Spokspokspokspokspok! Que chantagista barata eu to me tornando oO...

 

Agora do fundo do meu coração, eu quero agradecer a todos os que estão lendo e acompanhando essa fic. Quero agradecer também a todos os que deixam reviews, vocês são demais...

 

Capitulo dedicado a:

 

Oraculo

Srt. Black

Isa Clearwater

Drik Phelton

Milena Black

Gabitcheen

Ty_black

SahBraz

Leah_Susan

A musica que tem no cap é Sweet child o' mine do Guns n' rose

Gente, não me abandonem. Façam essa autora baka feliz.

Xoxo


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