Las Noches escrita por Kori Hime
Notas iniciais do capítulo
Hime aconselha
Desmanchou-se em lágrimas. Mesmo longe de casa, mesmo com uma nova missão em sua vida. Continuava sendo a mesma Orihime, frágil sempre.
Ficou ali por um bom tempo, deitada no colchão, olhando o teto. Sem querer pensar em nada. Mas a saudade de casa era grande. Como poderia saciar essa falta que seus amigos faziam?
Ali era sozinha. Era somente ela, e um monte de gente estranha.
– Abra a porta! – A voz que soava pelo corredor la fora, ecoava e fazia parecer um grito mais alto.
– Vá embora, não quero ver ninguém. – Hime se virou na cama, tampando os ouvidos. Mas continuou ouvindo a voz grave de Ulquiorra.
– Se não abrir, eu irei. – Ele ameaçou, mas Orihime não acreditou que ele poderia mesmo fazer aquilo. Uma tolice, porque nada o impedia de ser um grosso. Então a porta se abriu, com a força bruta. Ela o olhou brava. Jogou o que podia nele, com raiva. Mas nada o acertou. – Aizen quer vê-la. Venha!
Ulquiorra ficou parado ao lado da parede, esperando ela se levantar. Orihime sabia que não havia outra alternativa, ele ficaria ali perturbando-a até não aguentar mais. Levantou-se e passou por cima da porta jogada no chão. Virando a cara para o Espada. Aquela imensa sala, aquela mesma escuridão, as poucas luzes clareavam um homem que parecia não ter saído da mesma posição, que da última vez vira.
– Então ele conseguiu lhe trazer. – Aizen estendeu a mão. – Venha até aqui. – Orihime caminhou lentamente, até se aproximar dele. O olhou desanimada, sem qualquer vontade de falar. – Eu estou entediado.
Hime o fitou, surpresa. A cada momento naquele lugar, se surpreendia
– Demo... porque não faz algo que o distraia? – Perguntou, com uma curiosidade infinita.
– Não há nada que me distraia. Eu nunca fico distraído. – Mexeu em seus cabelos, pensando em algo. – Esperar cansa, Inoue Orihime. Cansa e desanima.
– Demo... eu não entendo.
– O que não entende?
– Eu, o que eu tenho haver com isso.
– Chegamos num empasse. Eu só queria me distrair. – Aizen se levantou, ficando de frente para Hime. Aproximou seu rosto do dela, e continuou. – E você é parece ser perfeita para...
Antes que pudesse continuar a falar. Orihime lhe enfiou a mão no rosto perfeito de Aizen.
Ofendida, saiu correndo dali. Nem quis saber o que o dono de Las Noches queria falar, ou pedir. Mas algo bom não deveria ser.
Correu pelos extensos e infinitos corredores. Quando se deu conta de estar perdida, parou. Olhou para os dois lados. Não sabia para qual voltar. Encostou na parede e escorregou até o chão, encolhendo suas pernas e agarrando-as com os braços.
– Hime... – A voz lhe assustou. Orihime abriu os olhos. Mas não havia ninguém ali. Deveria estar ficando louca em ouvir aquele homem chamar por ela. E continuou ouvindo. – Volte! Eu não terminei de falar com você.
Ela tampou os ouvidos, e mais uma vez ouviu aquela voz lhe chamar. De onde vinha?
– Pare!!! Cale a boca!!! – Se levantou e correu. Antes que conseguisse alcançar uma porta, escorregou e caiu no chão. Seu corpo parecia cair em câmera lenta, mas não chegou a se machucar. Pois alguém lhe segurava pela cintura. – Me solta!!!
Gritou inutilmente, quando foi jogada nos ombros de quem a segurara.
– Yare!!! Cala a boca. Eu não sei porque ainda aceito esses trabalhos. – Enquanto caminhavam de volta pelo corredor, Hime ouvia aquele homem de cabelos azuis reclamar... reclamar... e reclamar de tudo. – Aqui esta a fujona, Aizen-sama. – Ele a largou no chão, esperando alguma nova ordem.
– É só, pode ir. – A mão no ar, ordenava o Espada a sair. – Você está dando trabalho, mas eu não me importo. Temos muito tempo até a hora certa chegar.
– Que... que hora certa? – ainda estava no chão, olhando o homem com um sorriso mínimo nos lábios.
– Não se preocupe, quando a hora chegar, você saberá. Agora, como eu ia dizendo... – Ele se levantou, e estendeu a mão para ajudá-la. – Estou entediado, e você é a única pessoa que não enjoei da cara. Fique aqui, fale algo, faça algo...
– Ha-hai! – Ela não sabia bem o que fazer, mas começou a contar sua vida...
Menos de meia hora, o dono de Las Noches já sentia um profundo sono.
Mas os dias seriam muitos, havia diversos assuntos importantes, várias perguntas a serem respondidas....
– Eu não sei o que é melhor. Mas acho que não é tão diferente assim. – Ela respondeu a pergunta cheia de dúvidas. – Bem, se fosse eu, escolheria essa aqui. É mais imponente. Tatsuki-chan sempre dizia que eu deveria me mostrar mais forte e firme. Ela escolheria esse mesmo.
– Não sei, eu prefiro esse aqui. Mas você me fez escolher dois. Nunca escolho dois, somente um. A indecisão é para fracos.
– Demo, não imagino que seja fraco só porque ficou indeciso entre os dois. Mostra que é um homem com visão ampla. – Ela balançava a cabeça afirmamente, com um sorriso nos lábios rosados. – Ahhhhh!!! Tive uma ideia! – Sobressaltou num pulo da escadaria, ficando de pé, com os olhos brilhantes. – Porque não usa os dois?
– Os dois? Eu deveria? – Levou a mão no queixo, pensativo. – Não seria muita extravagancia?
– Não. Extravagante é aquela mulher loira. – Ponderou, fechando os olhos. – Quem tem um lugar como esse dominado, e pessoas tão estranhas lhe servindo, pode fazer qualquer escolha.
– Certo! Está mais do que certa. Ulquiorra traga então as duas capas.
– Sugoi. – Hime bateu palmas animada. – Vai ficar perfeito, uma capa branca e outra preta.
– Agora me diga como usar as duas.
– Uhm...
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