The Only Exception escrita por Jenny


Capítulo 6
"Você é uma grande provocadora, chère!"


Notas iniciais do capítulo

Heeey guys! Já estamos no capítulo 6, e cada dia mais perto de vocês descobrirem a historinha trágica da Kat. Aproveitem o cap.
Boa leitura e até lá em baixo!



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Pov’s Katniss

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça insuportável! Graças a Deus que hoje era minha folga, porque eu não conseguiria trabalhar de jeito nenhum. Flashes da noite passada inundavam minha cabeça, e eu me sentia a maior imbecil do mundo. Que merda eu estava pensando quando decidi encher a cara ontem? E porquê minha mente bêbada e louca pediu a aquele pobre segurança que ligasse ao Peeta? Céus, ele deve estar achando que eu sou louca! Eu deveria ter ligado para Johanna, pelo menos. Mas não! E agora eu estou morrendo de vergonha de ter que encarar o loiro após o provável showzinho que dei ontem, inconsciente. Mas eu preciso me desculpar! Que ótimo. Parabéns, Katniss! Você merece o prêmio de idiota do ano!

Depois de muita dificuldade, consegui me levantar, lavar o rosto e escovar os dentes. Mesmo assim eu ainda parecia horrível! Tomei um remédio para acabar com a dor de cabeça e decidi tomar um banho para tentar tirar essa “inhaca” do corpo. Acho que fiquei uma meia hora no banho, mas finalmente me sentia melhor. Bem, ao menos conseguia andar sem parecer que o mundo estava girando. Vesti um simples vestido azul claro, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e passei uma leve maquiagem para melhorar minha cara de ressaca. Pensei em ir direto para a galeria, mas por fim decidi que seria melhor ir quase ao final do expediente, assim eu não precisaria ficar lá por muito mais tempo. Passei a tarde na livraria, comprando vários livros que há tempos eu queria, e aproveitando para ler alguns, já que não tenho muito tempo para leitura no dia a dia. Quando olhei no relógio já eram 16h35, então rumei para Haymitch’s gallery.

— Oi Effie! – Cumprimentei assim que entrei no local.

— Oi minha flor! – Ela vem me abraçar toda sorridente como sempre.

— Onde está o Hay? – Pergunto, notando a falta do loiro que sempre fica na recepção perto do horário de ir embora para ajudar Effie com as entregas do dia.

— Ele teve que sair mais cedo. Foi no banco! – Ela responde, abrindo a porta para um cliente que acabara de chegar.

— Ah sim! Peeta está? Queria falar com ele. – Pergunto e sinto minhas bochechas queimarem por causa do olhar que a loira me lança.

— Está na sala dele, meu bem! Pode ir lá. – Ela responde me lançando uma piscadela. Bati na porta uma vez antes de abri-la.

— Hey! – Chamo sua atenção enquanto entro e fecho a porta atrás de mim.

— Hey! – Ele desvia a atenção do quadro que pintava e dá um de seus lindos sorrisos brilhantes.

— Que lindo! É pra entregar hoje ainda? – Pergunto, me aproximando mais para ver melhor a pintura.

— Não, esse é pra amanhã! O cliente vem buscar cedo, então tenho que terminar hoje. – Ele explica agora completamente focado no trabalho. Fico alguns instantes o observando. Ele fica ainda mais lindo concentrado dessa forma. Ah, céus. O que esse loiro maravilhoso está fazendo comigo?

— Eu realmente gostaria de saber desenhar assim! O máximo que consigo fazer são pessoas em forma de palito. É bem frustrante! – Faço uma careta e ele ri.

— Eu sinto muito, chère, mas o talento é pra poucos! – O loiro fala de forma convencida.

— Convencido! – Dou de ombros fazendo-o soltar uma risadinha. – E, por acaso você é francês? – Pergunto atraindo novamente sua atenção para mim.

— Francês? Não, por quê? – Ele franze a sobrancelha.

— Chère é uma palavra francesa, que eu saiba. – Explico.

— Sim, e significa “querida”. Mas o que tem isso? Não gosta? – Ele pareceu sem graça pelo apelido que decidiu me por. Oh Peeta, claro que eu gosto! Adoro o idioma francês e dito por ele fica ainda mais sexy.

— Não, não é isso! Eu não me incomodo. É só que você tem uma pronúncia tão correta, até um pouco de sotaque! Eu com certeza acreditaria se você dissesse que é francês. – Trato de deixar claro que não me incomodo que ele me chame assim! Bem, na verdade esse deus grego pode me chamar do que quiser que eu não me importaria.

— Eu morei na França por um tempo, quando era criança ainda! Então aprendi bem a língua deles e acabei adquirindo um pouco de sotaque. – Ele sorri.

— Claro! – Sorrio também. – Hã, bem, eu vim aqui porque quero me desculpar. – Começo meu discurso de desculpas que passei a tarde toda ensaiando e tomando coragem para falar.

— Desculpar pelo o quê? – Ele parece realmente confuso.

— Por ontem! Sabe, eu não faço aquilo com frequência, não quero que pense isso! Na verdade, eu nem bebo. Mas ontem, não foi um bom dia, eu estava péssima e não sei o que me deu, acabei indo para aquela maldita boate e... Bom, eu não deveria ter pedido ao segurança que te ligasse! E você nem deveria ter aparecido lá... Enfim, desculpa! – Solto a respiração que até então nem havia notado que prendia e abaixo o rosto, um tanto envergonhada. Ele larga o pincel e toca delicadamente em meu queixo me fazendo olhar em seus olhos.

— Não tem motivos para se desculpar, Katniss! Bem, essas coisas acontecem as vezes, e você precisava de ajuda! Eu não me incomodei de ficar com você ontem a noite, na verdade fico feliz que você confiou em mim o suficiente para te ajudar, de qualquer forma. – Ele sorri lindamente. Sorrio também.

— Obrigada! Mesmo assim, desculpa pelo trabalho, espero não ter dito nenhuma besteira ontem, porque eu não me lembro de muita coisa. – Faço uma das minhas costumeiras caretas e ele ri.

— Não, até que você se comportou muito bem pra alguém que quase entrou em coma alcoólico! Exceto quando você vomitou em mim, aquilo não foi legal. – Dessa vez ele quem faz careta. Agora que Peeta disse, me lembrei vagamente desse fato, me envergonhando ainda mais.

— Oh, que droga! Eu sinto muito. – Me desculpo novamente.

— Tudo bem, mas você me deve uma camisa! – Ele brinca e sou eu quem rio agora.

— Pode deixar! – Dou uma piscadela, mas antes que ele diga algo, Effie bate na porta e logo coloca sua cabeça loira para dentro da sala.

— Crianças, eu já estou indo! Peeta, você tranca tudo? – Ela fala me fazendo congelar. Ela não pode ir, não pode me deixar aqui sozinha com ele! Não me responsabilizo pelos meus atos se isso acontecer.

— Claro, eu vou terminar aqui e já vou também! – Ele responde e ela assente com a cabeça.

— Certo, então tchauzinho meus amores! Juízo! – A loira lança um sorriso malicioso me fazendo ficar vermelha igual um pimentão e vai embora. Peeta me olha com um sorriso divertido.

— Já disse que você fica ainda mais linda corada? – Ele levanta uma sobrancelha ainda sustentando aquele sorriso.

— Já disse que você me deixa sem graça? – Devolvo com outra pergunta.

— Sabia que não é adequado responder uma pergunta com outra? – Ele ri do fato de ter feito o que acabou de julgar ser errado.

— Acho que você não sabe! – Dou de ombros e rio também.

— Você vai ficar para ver o mestre das pinturas aqui terminar isso? – Ele pergunta se gabando.

— Por acaso você ta me expulsando, senhor mestre das pinturas? – Implico.

— De forma nenhuma. Sua companhia até que é razoável, sabe! Melhor que a do Haymitch, pelo menos. – Peeta responde. Espera, ele disse que minha companhia é razoável? RAZOÁVEL? Então vamos ver.

— Ah, então minha companhia é razoável? – Digo, me aproximando dele e paro a pouquíssimos centímetros de suas costas largas. Posso notar que ele sente minha respiração em sua nunca, quando se arrepia. Tudo bem, eu não deveria começar com isso, né? Absolutamente não!

— Você quer mesmo ficar com esse joguinho de perguntas? – Ele se vira em minha direção e agora nossos rostos que estão perigosamente próximos. Ainda dá tempo de se afastar, Katniss, vamos lá!

— Claro que não! Acho que existem alguns outros jogos mais interessantes, você não acha, meu bem? – Dou um sorriso malicioso e mordo o lábio inferior, notando seus olhos acompanhando meus movimentos. Ele volta a olhar em meus olhos e se aproxima ainda mais do meu corpo, deixando o espaço entre nós praticamente nulo. Que merda eu estou fazendo? Saí já daí, sua imbecil.

— Ah é? E qual seria? – Ele provoca, mas hoje eu estava disposta a entrar no joguinho de provocações dele, então não ataquei aqueles deliciosos lábios. Ainda... Ou não, né querida! SE AFASTE AGORA, EVERDEEN!

— Eu realmente achei que você pudesse me mostrar! – Movo pela primeira vez minhas mãos, levando-as até seu peitoral definido e descendo até a barra da camiseta que ele usava, levantando-a levemente apenas para posicionar minhas mãos debaixo do pano, acariciando sua barriga que por algum motivo é como um imã para minhas mãos. Senti ele contrair o abdome e logo em seguida morder o lábio inferior. Oh, Deus! Tudo bem, já chega, deu por hoje. Você ainda pode correr, Katzinha.

— Você é uma grande provocadora, chère! Tem certeza que não tem medo das consequências? – Ele fala fechando os olhos, apreciando o carinho. Porque precisa de toda essa beleza, criatura? Não podia ser mais feinho pelo menos?

— Me beija! – Ordeno em um sussurro próximo ao seu ouvido. É isso aí, FODA-SE VOCÊ, CONCIÊNCIA! Não preciso falar duas vezes, e ele prontamente atende meu pedido, me beijando ferozmente, com todo desejo que ambos sentíamos. Estava ainda mais intenso do que a vez na casa da Effie. Peeta levou as duas mãos até minhas coxas nuas debaixo do vestido, puxando-as para cima, consequentemente me fazendo entrelaça-las ao redor de sua cintura. Agora eu estava sentada em uma mesa vazia que havia na sala. Nos beijávamos com tanta força que eu sabia que nossos lábios estariam inchados quando acabasse. Mas ainda não parecia o suficiente! Ele apertava minha cintura, me puxando para mais perto enquanto eu puxava sua nuca numa tentativa de colar ainda mais nossas bocas, mesmo que não fosse possível. Eu sentia que nossos corpos seriam fundidos a qualquer momento, e gostava dessa sensação. Quando o ar se fez necessário, Peeta dedicou sua atenção ao meu pescoço. Ele beijava cada parte exposta dessa região e dava alguns chupões que deixariam belas marcas mais tarde. Esse loiro infeliz estava me deixando louca! Eu o queria imediatamente! E sabia muito bem que não conseguiria resistir se isso continuasse. Mas ai “ele” mais uma vez invadiu minha mente. Meu passado e todo o horror que passei. Meu corpo paralisou e eu senti o já tão conhecido desespero, como todas as vezes. Estava prestes a mais uma sessão de choro e horrores com lembranças, e definitivamente não queria que isso acontece aqui, na frente dele. Então juntei forças e empurrei gentilmente Peeta para trás, mesmo com os protestos do meu corpo. Desci da mesa em seguida e arrumei rapidamente minha roupa, o melhor que pude.

— É melhor eu ir embora! Até logo. – Disse rápido, sem conseguir encarar o olhar do loiro a minha frente que provavelmente ficara confuso outra vez. Saí correndo da galeria antes que ele pudesse dizer alguma coisa. Assim que entrei no carro, senti as lágrimas escorrendo. A velha sensação de medo, as conhecidas lembranças mais uma vez estavam ali me assombrando. Mas dessa vez parecia pior. Não era apenas mais uma pré-crise. Junto estava o sentimento de culpa por ter deixado Peeta daquele jeito, novamente, sem nenhuma explicação. Droga! Eu sou uma covarde mesmo...


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Notas finais do capítulo

Hey de novo! Katniss adora provocar e fugir, né? Eita eita! Tadinho do Peeta, a cabeça vai explodir se tentar entender o que acontece. Hahaha! Comentem e digam o que acharam. Me deixem felizes.
Beijocas e até o próximo!♥



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