The Only Exception escrita por Jenny


Capítulo 4
Pessoas ajudam pessoas!


Notas iniciais do capítulo

Heeey people! Como estão nessa linda (sqn) segunda- feira? Estou de volta com mais um cap.
Boa leitura :*



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Pov's Katniss

Sabe aquele dia que você chega a conclusão que não deveria ter saído da cama? Então, essa é minha situação atual. Depois de acordar atrasada, derramar café na minha blusa branca e conseguir rasgar a manga do meu jaleco na droga da fechadura da porta do hospital, ainda fui obrigada a ficar ouvindo bronca do meu "amado" chefe que acordou de mal humor e decidiu descontar no mundo todo. No final do dia eu estava exausta. Precisava com toda minha força de paz e calma. Voltei para casa e depois de um banho rápido, prendi meus cabelos em uma trança de lado, coloquei um simples e confortável vestido verde, minha cor preferida, e fui para o parque que havia perto da minha casa. Como não era longe, fui andando mesmo, aproveitando para passar em um Starbucks e comprar um café. Sentei em um banco próximo a uma árvore, observando as muitas pessoas que passavam por ali. Estava tão absorta em pensamentos que mal senti a presença de alguém sentando-se ao meu lado.

— Eu adoro esse parque. - A pessoa ao meu lado falou, me fazendo virar para olhá-la.

— Peeta! - Exclamei surpresa e sorri, estranhamente feliz por sua presença.

— Katniss! - Ele devolve no mesmo tom, levantando uma sobrancelha, questionando o motivo de tamanha surpresa da minha parte.

— Ér, eu não esperava te encontrar aqui. E, bem, estava perdida em pensamentos. - Esclareço e ele sorri.

— Percebi! No que pensava? - Pergunta, curioso.

— Nada específico. Só estava observando as pessoas. Principalmente as crianças! - Respondo, tomando mais um gole do café.

— Gosta de crianças? - Ele olha rapidamente em minha direção, depois volta seu olhar para dois menininhos que brincavam ali perto de nós, sorrindo em seguida.

— Eu adoro crianças! Sou pediatra, inclusive. - Sorrio.

— Sério? Legal! Bem, eu também gosto bastante de crianças, apesar de não ter muito contato com nenhuma. - Peeta dá um sorriso torto me fazendo desejar beija-lo. Apenas sorrio, sem conseguir pensar em algo a dizer.

— O que faz aqui sozinha? - O loiro quebra o silêncio com mais uma pergunta.

— Gosto daqui! De sentar pra observar as pessoas e ficar aqui nessa tranquilidade, com esse vento fresco. Moro perto, então venho com frequência! E você? - Respondo, voltando a olhar em sua direção.

— Eu não moro tão perto, mas precisava sair um pouco de casa para me acalmar. Acabei aqui! - Mais outro sorriso. oh, céus!

— E o que te deixou nervoso? Aposto que foi o Haymitch!! Ele é bem desprezível quando quer. - Comento e ele ri.

— Deus sabe o quanto eu sei disso! Mas não, não foi ele. Problemas pessoais. - Ele transforma sua expressão divertida do começo da frase pra uma mais dura no fim dela, enquanto encara um ponto fixo no chão, como se estivesse pensando no motivo pelo qual estava ali.

— Oh sim! Desculpe a inconveniência, eu não deveria ter perguntado! - Me desculpo, um tanto envergonhada pela minha curiosidade.

— Não, tudo bem. Eu não me incomodo! É só que eu não tenho o melhor relacionamento do mundo com meu pai, e a gente acaba se desentendendo com frequência. - Ele dá de ombros.

— Ah, sim! Bom, eu não posso dizer que entendo, já que as únicas pessoas da minha família que eu ainda tenho são Haymitch e Effie. E eles nem são minha família de sangue! - Franzo o nariz por pensar nisso. - De qualquer forma, você não deveria perder tempo brigando com seu pai. Não sei o que há entre vocês, mas nenhum motivo é suficiente para um mal relacionamento com a família. Talvez você só perceba isso quando não o tiver mais por perto, e a saudade for maior do que seu próprio coração. - Eu provavelmente não deveria opinar. Nem sei o que aconteceu com ele e o pai, ou acontece. Mas eu realmente não concordo com nenhum tipo de discórdia familiar. Afinal a família é a coisa mais importante da nossa vida. São as pessoas que estarão com você para sempre, independente das circunstâncias. E a dor da perda dessas pessoas é a pior que existe. Digo po experiência própria. Não que eu não tivesse um relacionamento bom com meus pais. A gente tinha uma ótima relação. Mas agora, que não os tenho mais por perto, me arrependo de cada discussão boba que sempre acontece.

— É, acho que você tem razão! Quer dizer, apesar dele não estar na certo em relação a situação, eu sei que ele só quer o meu bem. Mas é difícil não perder o controle. - Ele responde pensativo.

— É, sei disso! - Concordo e ele volta a me encarar.

— Bem, de qualquer forma você está absolutamente certa. Obrigado! - Ele agradece e sorri. - Sinto muito por sua família. - Ele termina.

— Obrigada! - Sorrio também, olhando em seu conjunto de orbes azuis feito o mar. Eu estava pronta a espera de que ele me beijasse, coisa que estava prestes a acontecer, quando logo atrás do loiro a minha frente avistei algo que não gostaria de ter visto em mil anos. Ou melhor, alguém!

— Eu... eu tenho que ir! - Falo já me levantando para sair dali antes que "ele" me veja.

— Mas já? Quer que eu te acompanhe até em casa? Já está escurecendo e... - Peeta começa, mas eu o corto.

— Não, tudo bem. Minha casa é logo ali, não é necessário! Mas eu preciso mesmo ir agora. A gente se vê. - respondo e saio correndo antes que ele possa responder. E mais uma coisa para estragar meu dia! Cheguei em casa e me joguei no sofá, me derramando em lágrimas. Sentei no canto do móvel, abraçando meus joelhos e descansando meu queixo neles. Fiquei nessa posição nem sei por quanto tempo! Eu só queria chorar, chorar e chorar. Queria poder sumir. Ou ao menos voltar na época em que eu era apenas uma garotinha de 6 anos brincando no balanço de casa junto com meus pais, sem me preocupar com nada. Porquê eu não consigo me livrar desses fantasmas que me perseguem? Ah se eu pudesse voltar no tempo... Mais tarde, quando finalmente consegui me controlar, decidi sair um pouco, para me acalmar. Essa havia sido a vez em que estive mais perto de voltar com minhas antigas e assustadoras crises. Provavelmente por tê-lo visto tão de perto, como não havia visto em anos. Afinal, lembrar de tudo é aterrorizante, mas vê-lo ali, tão próximo, é inevitável não pensar e imaginar todo o terror acontecendo novamente. Quando dei por mim, já estava estacionando em frente a uma boate qualquer...

***

Pov's Peeta

Não chegamos nem a ficar 5 minutos conversando e ela já saiu correndo. Por que? Será que ela se arrependeu do que fizemos na casa de Effie? Odeio não ter respostas para minhas perguntas. De qualquer forma, mesmo se quisesse não seria uma boa companhia. Estou irritado demais para conversar com alguém, até mesmo com ela. Depois que Katniss se foi, ainda fiquei mais um tempo no parque, mas quando o sol havia desaparecido por completo, não tive escolha a não ser voltar.

— Ah, finalmente! Achei que ficaria fora o resto da noite. - Meu pai fala, assim que coloco os pés dentro de casa.

— Essa era minha vontade, mas essa é minha casa, não teria onde dormir! - Respondo, sem olhar para ele.

— Ótimo, porque precisamos terminar nossa conversa. - Ele diz, levantando-se e se aproximando de mim.

— Onde está minha mãe? - Pergunto, vendo que ela não estava na cozinha.

— Ela estava com dor de cabeça, já foi dormir. E não fuja do assunto! - Ele me responde com seu jeito áspero de sempre.

— Não tenho mais nada para falar sobre esse assunto, eu já disse! - Digo, tentando manter a paciência.

— Você está sendo infantil, Peeta! - O homem diz, claramente irritado.

— Infantil? Por não querer o que você quer? Pai, faça-me o favor! Eu não sou mais nenhuma criança, e sei bem o que é melhor para mim. E eu não vou fazer o que você quer só para te agradar. É minha vida, minhas escolhas! E independente da sua aprovação, eu continuarei fazendo o que eu gosto. - Falo o mais calmo possível, ainda com a fala de Katniss na minha cabeça.

— Você quer perder a oportunidade da sua vida! A oportunidade de ser muito bem sucedido e rico, além de honrar o nome da família. Como pode recusar isso? - Ele fala indignado.

— Eu sou muito bem sucedido! Talvez você pense ao contrário por não valorizar ou dar importância a arte. Mas saiba que existe muitas pessoas que dão. E quanto ao dinheiro, bom, não é o que mais importa na minha vida. Achei que já soubesse disso! Eu recebo uma quantia alta, já que nossa galeria é muito famosa e nosso trabalho de muita qualidade. Mas não trabalho lá por dinheiro, e sim porque eu amo o que faço! Porque você não pode aceitar isso? Não quero que goste, mas apenas aceite e respeite, por mim que sou seu filho, no mínimo. - Não gritar, não me irritar, manter a calma! Manter a calma!

— Isso é ridículo! Você está perdendo tempo, e talvez quando acordar vai ser tarde demais. Eu não sei qual é o problema com você. - Ele revira os olhos, esgotando minha paciência.

— Foda-se o que você acha sobre isso! Não importa o que você diga, eu não vou mudar de opinião, então desiste dessa história e pare de falar sobre isso, já que vai ser em vão, sabe disso. Eu só quero ter a visita dos meus pais que eu fico sem ver meses, sem que isso se torne um inferno, será que você consegue? - Dessa vez falo engrossando a voz e totalmente sem paciência. Estava cansado desse assunto, e ele precisa entender de uma vez que eu não mudarei de opinião. Subi as escadas e fui para meu quarto, sem dar tempo para uma resposta. Nem sei por quanto tempo fiquei sentado apenas tentando me acalmar e pensando sobre o que a morena me falou mais cedo. Eu amo meu pai, mas definitivamente eu precisava dar um basta. Quem sabe ele desiste de uma vez e isso até melhore nossa relação... Fui desperto dos meus pensamentos pelo toque do meu celular que indicava uma chamada da Katniss. Mas o quê? Porque ela está me ligando às 23h00? Só pode ser alguma alucinação. Ignorei o toque, ate que parou. Porém, logo voltou a tocar. Peguei o aparelho ainda incerto se não era nenhum sonho ou sei lá.

— Alô? - Pergunto ainda surpreso pela ligação.

— É o Peeta? - Uma voz masculina desconhecida soa do outro lado da linha.

— Sim. Quem é? - Porque raios um homem está me ligando do celular da Katniss? Será que a morena tinha algum namorado ciumento que descobriu sobre nós? (Ta, não existe um nós, exatamente. Mas teve aquela coisa na casa da Effie). Bom, acho pouco provável, já que se ela tivesse alguém provavelmente não teria me beijado daquela forma. Bem, eu acho, nunca se sabe!

— Senhor, aqui é o segurança John! Trabalho na Pop dance club. Uma moça, Katniss, está aqui na boate e acabou exagerando na bebida, e agora não é capaz nem mesmo de ir para casa sozinha. Será que você pode vir buscá-la? Ela disse que vocês são amigos, e foi o único nome que ela se lembrou para poder ajuda-la. - O homem identificado como John pede, calmamente. Katniss bêbada? Não pode ser! Eu realmente não imaginei que ela fosse dessas que ficam caindo de bêbada e depois dando trabalho. Parece que eu estava muito equivocado. Juro que cogitei a hipótese de dizer que não ia, para ele ligar ao Haymitch. Mas acabei pensando naqueles olhos cinzas que sempre me hipnotizam, e em quanto ela deve estar mal para pedir que alguém vá ajuda-la. E, mesmo que pareça egoísta e errado, confesso que gostava da ideia de tê-la em meus braços, de poder cuidar dela. E imaginá-la pedindo ao segurança para me ligar porque fui o único que ela se lembrou, que poderia fazer isso, me deixou estranhamente feliz.

— Certo, chego aí em 10 minutos! - Digo ao segurança, antes de desligar...

 

 


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Notas finais do capítulo

Heey novamente! O que acharam do cap? Ele foi mais para mostrar um pouquinho da briga entre Peeta e o pai. E também mostrar um pouco sobre o trauma da Katniss! E agora se preparem para uma Everdeen bêbada. Hahaha! Espero que tenham gostado.
Beijocas e até o próximo ♥



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