Bakemono Sentai Halloweenger escrita por Maxirider


Capítulo 76
Night 26: Não há antídoto para poder feminino! Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Alguns chamaram de milagre, outros de ilusão, mas fato é que Halloweenger voltou. Bem, a "desculpa" dessa vez é que na realidade, esse capitulo foi complicado de ser feito por conta de justamente o assunto abordado. Minha intenção nunca foi de levantar qualquer bandeira com ele que não fosse a de igualdade e pra isso, desde fevereiro eu terminei de escrever, revisar, reescrever, buscar conversar com amigas minhas e tudo mais pra poder finalmente chegar num resultado que eu e minhas "fontes" julgaram como bom e dentro doq eu queria a principio passar. Dessa vez n foi por preguiça e vida n, tá, pelo contrario :v. Sendo assim, espero que apreciem esse capitulo novo e suas reflexões que serão o foco, mas saibam q a proxima parte ja esta em produção pra compensar e lá sim vai rolar porrada franca



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Bakemono Sentai Halloweenger

Night 26: Não há antídoto pra poder feminino! Parte 2

Kagami: Talvez não seja a melhor hora... Mas eu estou precisando de uma ajuda dos Halloweengers...

(Por quê? Como? Quando? Inúmeras perguntas inundavam as garotas quando Kagami Yoake surgiu num momento tão inoportuno. Não era a primeira vez, contudo, como elas poderiam ter cometido tamanho deslize nessa situação: revelarem suas identidades secretas. Naquele silencio, um novo problema parecia se instaurar, mas, passado o choque, era hora de enfrentá-lo de frente)

Madoka: O-Ola... K-Kagami-san, não era...? –se virando nervosa- E-Então... O quanto você v-... –Kurumu a corta.

Kurumu: Kagami-chan, que coincidência?! A gente tava indo numa convenção de anime e acabamos sendo pegas nessa confusão. Que chato, né? Mas olha, se quer ajuda dos Halloweengers a gente até pode chamá-los pra você, beneficio do fã-clube e tal... Só precisa nos dar uma licencinha, afinal, é confidencial, sacou?! Hehe! –disfarçando.

Cleo: Kurumu-chan, desuno? –estranhou.

Kagami: Ah! É a moça aranha daquela vez! Como vai? –acenou, ignorando Kurumu.

Widow: E aí?! –acenou tranquilamente.

Kurumu: Qual é?! Eu aqui tentando nos safar e você nem pra seguir a deixa! –frustrada, saindo do personagem.

Widow: Pra que? Não é a primeira vez que isso acontece, eu é que não ia passar essa vergonha.

Miko: “Desse jeito você só deixou mais óbvio, nyah.”

Kurumu: Como eu saberia?! Queria ver fazerem melhor! Alias, como ninguém nunca te percebe chegando, hein?! É uma ninja, por acaso?! –bravejou.

Kiriko: Tá legal, Kagami, é isso mesmo. Nós... Elas, são as Halloweengers.

Kagami: Puxa, então é verdade... –maravilhada.

Kiriko: Sei que é um pouco chocante, mas...

Kagami: Na verdade, eu suspeitava fazia um tempo, digo, vocês sempre estavam envolvidos em assuntos de monstros. Também não achei nada do fã-clube de vocês na internet. Sempre que eles apareciam à maioria sumia. –pontuou- Tive quase certeza a primeira vez que encontrei com a moça aranha e vocês disseram estar fantasiados, tava meio na cara, mas preferi não questionar por educação. Só parei de acreditar nisso ontem, quando vocês apareceram escondidos no corredor enquanto os Halloweengers estavam em ação. Foi algum truque? –cortou.

Todas: Essa garota não existe... –murmuraram, sem graças.

May: Nem eu senti essa chegando...

Kagami: Eu fico feliz de poder contar com vocês numa situação dessas! Tipo, muito mesmo! –radiante.

Madoka: Por sorte, foi justo você quem viu. –aliviada- Alias, de onde você veio?

Kagami: Bem... Eu estava em patrulha com Tsurugi-san e Kenzaki-san quando... O ataque começou e... Vocês sabem...

(Flashs dos últimos momentos dos dois antes de serem petrificados surgem em sua mente)

FLASHBACK ON

Kenzaki: “Aaaaaaaaaah! O que está havendo?!” –desesperado.

Tsurugi: “Não, garoto!” –preocupado- “Droga... Está em suas mãos... Mocinha...”

FLASHBACK OFF

Madoka: Sentimos muito... Mas como pode ver, nossos amigos estão no mesmo barco... –apontou as estatuas, com pesar.

Kagami: Esse é o Kiba-kun... Não é? –aproximando-se de BlueWolf.

Kiriko: Sim... Kiba-kun, meu irmão e todos os homens da cidade viraram pedra.

Cleo: E pior, desuno! As mulheres sofreram lavagem cerebral e vão se unir a Medusa, desuno!

Kurumu: Se deixarmos isso seguir vamos viver num mundo de mulheres odiadoras de homens até o fim do dia. Dá pra acreditar?!

Kagami: É terrível...

May: O-o-o maior dos desastres!

(Ela retira uma das flores de sua tiara e coloca entre as unhas da garra de Kiba, respira fundo, e recupera seu semblante alegre de sempre)

Kagami: Mas tenho certeza de que vocês darão um jeito nisso, certo?! –esperançosa- Afinal, vocês são as Halloweengers!

(Todas pareciam um pouco relutantes em abraçar o entusiasmo de Kagami, coisa que ela notou)

Kagami: Sei que estão pra baixo, mas tem muita coisa em jogo! –incentivou.

Kiriko: É que nós ainda não sabemos o que fazer... Desculpa te desapontar.

Kagami: Então vocês não tem um plano... Sem problemas, basta criarmos um!

Miko: “Mas tem muita coisa a ser considerada, nyah. E se deixarmos algo faltando, nyah...?”

Kagami: Caramba, você era uma gatinha fofa esse tempo todo?! E ainda por cima fala?! –surpresa.

Miko: “Presta atenção, nyah!” –retrucou.

Kagami: Hm... –analisando- O que eu to sentindo é preocupação demais no ar. Mas é justamente nessas horas que uma coisa é de suma importância. Isto é: União!

Madoka: Kagami, escuta...

Kagami: Nós todas temos um objetivo em comum, certo?! Já que fomos separados de nossa outra metade, em nome deles, devemos resistir!

Madoka: “O-outra metade”?! –envergonhada.

Kagami: Isso mesmo! Nosso mundo não é, nem deve, ser feito só de um gênero, independente de quem for, todos merecem viver nele. Nesse momento, eu quero salvar esses homens que são importantes pra mim! Juntas nada vai nos deter!

(Todas ficaram embasbacadas, era desse direcionamento que precisavam, desse incentivo. Em meio ao abalo de antes, nascia uma fagulha de esperança, agora, era hora da retomada. Todas ali, mesmo surpresas com o posicionamento de Kagami, não puderam deixar de aplaudi-la)

May: I-i-incrivel!

Widow: Falou bonito.

Miko: “Francamente, essa menina é uma caixinha de surpresas mesmo, nyah.”

Kurumu: Mas alguém realmente consegue ser tão otimista assim? –cochichou.

Cleo: Eu gostei, desuno.

Kiriko: Vai ver ela só é meio excêntrica...

Heather: Mas não dá pra dizer que ela está errada.

Gargoyle: De fato.

Kagami: Nossa, uma das estatuas, está falando! Talvez o feitiço esteja acabando! –empolgada.

Heather: Excêntrica, não é... –sem graça.

(Apesar de suas companheiras estarem se sentindo mais motivadas, Madoka estava dividida. Ainda estava preocupada, obviamente, entretanto, sentia sua responsabilidade cobrando: “Você quem deveria ter tomado uma atitude, não envolva civis nos seus problemas.” No final, ela deixa isso de lado, pois agora, todas, incluindo a própria, estavam dispostas a agir)

Widow: Me sinto melhor agora, vamo bota pra quebrar!

Madoka: S-sim...

Cleo: Meninos, esperem mais um pouco, já vamos salvá-los, desuno!

Kiriko: Devemos pensar no nosso plano de ação. Seria bom cobrir o máximo de áreas possíveis...

Kagami: Só que pra nos ajudar nisso, precisamos fazer uma coisa antes.

Kurumu: Que seria?

Kagami: Umaaaaa..... –dramática- Dinâmica de Grupo!!! –animada.

Todas: Hein? –confusas.

Kurumu: Tu é Coach também?! –perplexa.

...

(Medusa seguia com suas fiéis a tal “marcha da liberdade” por toda cidade, recrutando as que haviam caído no encanto de sua ferramenta mágica e “lidando” com as mulheres que ainda tivessem qualquer resistência em esquecerem-se dos homens. Ela se depara com uma mulher aos prantos, abraçada a uma estatua do que parecia ser uma criança entre seus 5 anos)

Mãe: Yamato... Por quê...?! –desesperada.

Medusa: Não se preocupe, irmã. Em breve, sua dor irá sumir junto com qualquer mal que estes homens trouxeram ao mundo. Até lá, junte-se a nós. –estendendo-lhe a mão.

Mãe: O que você está dizendo, seu monstro?! Ele é apenas uma criança! Nunca fez mal a ninguém, não merece isso!

Medusa: Que não tivesse nascido “amaldiçoado” então. –sínica.

Mãe: Não brinque comigo! Devolva meu filho! Devolva-o!

(Enfurecida, a mulher parte pra cima de Medusa sem temer as consequências, no entanto, fora facilmente espantada pelo chicote da górgona, acertando a mulher no rosto e derrubando-a. Feito isso, a Fear só colocou as mãos na cintura, desapontada, fez um sinal para suas seguidoras, então algumas vieram de prontidão apanhar a “rebelde”, puxando-a para algum lugar)

Mãe: Me soltem! Não percebem o que estão fazendo?! Yamato! Yamato!

(Necro e Doppel assistiam tudo de camarote. Já estavam incomodadas desde o que Medusa fez no castelo, mas agora, sentiam-se acorrentadas àquela situação maluca)

Necro: Sei que são humanos, mas... Até mesmo crianças... –cochichou.

Doppel: Ela definitivamente não bate bem... –cochichou.

Necro: Err... Medusa... Nee-sama... Pra onde a estão levando?

Medusa: Infelizmente, não são todas que conseguem se desapegar dos homens. Ainda levará um tempo pro poder do Third-Eye sobrepor suas emoções, então até lá, vou mantê-las num lugar privado para que “pensem” um pouco. Me dói tratar minhas irmãs assim, mas será temporário.

Doppel: Vai ver ninguém odeie tanto homens quanto você... –sem graça.

Medusa: Mas é claro! –bravejou, assustando Doppel por ter seu sarcástico comentário notado- Imaginem: uma donzela inocente vivendo sua tranqüila vida, até ser usada e culpada por um crime que não cometeu... Fui amaldiçoada, me tornei uma aberração para todos que me olhassem e sobrevivessem pra contar historia. Enquanto que o homem que tirou tudo de mim... Saiu impune só por ser quem era... Não há palavras pra descrever a repulsa que eu senti desse ato! Essa é minha vingança para com aquele traste e todos de sua laia por toda essa humilhação! –raivosa.

Necro: D-Desculpa! N-Não foi por mal! Olha o que você fez! –espantada.

Doppel: E-Eu não fazia idéia! M-Mil perdões, Medusa-nee-sama! –nervosa.

Medusa: Não se preocupem... –acalmando-se- Não descontarei em minhas irmãs. Lamento que tenham visto esse meu lado fraco, mas se compreenderam, nada mais importa além de conseguir nosso objetivo. Primeiro livraremos a superfície dos homens e a ofereceremos a Hyde-sama e ao Imperador. E depois... Todos os seres masculinos do Submundo... –séria.

Necro/Doppel: Do Submundo também?! –surpresas.

Medusa: Bem, ao menos uma parte me foi prometida por Hyde-sama se eu fizesse meu papel. Por hora, limpar a superfície é suficiente.

Doppel: É-é serio...? –perplexa.

Necro: M-Medusa-nee-sama, m-me permite mais uma pergunta?

Medusa: Vá em frente.

(Necro engoliu seco, pois, por mais que Medusa tivesse dado tal liberdade, sabia que era uma questão delicada, entretanto, sentia que um detalhe crucial não estava muito claro)

Necro: É que... O Imperador e Hyde-sama... Eles são homens, não são?

(Doppel mesmo ficara em choque com tal pergunta, sentia que Medusa não deixaria aquilo impune, principalmente depois de seu desabafo. No entanto, a górgona entrou num silencio pesado, deixando as duas ali cada vez mais tensas encarando sua superior. Com tom de seriedade, porém calma, Medusa corta o silencio)

Medusa: Realmente acham isso?

Necro/Doppel: O que?! –perplexas.

Medusa: É verdade que Hyde-sama, principalmente, se assemelha a um homem, entretanto... São mais “aquilo” do que “eles”.

(A bruxa e a espiã travaram, afinal, que outra reação teriam com aquela resposta nublada, mas notando isso, Medusa se colou a dissertar)

Medusa: Hyde-sama e o Imperador... Ambos são conceitos. Conceitos aterrorizantes. Quando fui recrutada, também encarei Hyde-sama como qualquer outro homem, mas foi então que me mostrou sua verdadeira natureza como algo além do conceito de gênero, pelo contrario, assim como eu, ele parecia estar sendo acorrentado por essa questão. É por isso que resolvi segui-lo, se seres desse patamar me deram a chance de realizar minha vingança, como eu poderia recusar?

Necro: “C-Conceitos”...

Doppel: M-Mas como assim...?

Medusa: Pensem em fenômenos da natureza. Não é algo que vale a pena contrariar, isso eu garanto. Ugh!

(Dado o aviso e deixando suas “irmãs” em choque, Medusa fraqueja repentinamente, ajoelhando-se e levando a mão a cabeça. Voltando a realidade, depois de tudo que fora discutido, rapidamente Necro e Doppel foram ajudá-la a se levantar)

Necro: O-O que houve?

Medusa: N-Não foi nada... Vamos apenas prosseguir com o plano... –se recuperando.

(Depois de finalmente entender a índole de Medusa e o grau da confusão que estavam metidas, as duas subordinadas se encararam e sinalizaram uma pra outra, como se tivessem pensado na mesma coisa)

Necro: Mudando de assunto... E quanto aquelas Halloweengers? Não é bom deixá-las a solta.

Medusa: Sem problemas. Apesar da resistência a hipnose, não estão em condições de me atacar, principalmente cercada de humanas. Uma cobra sabe a hora de dar o bote.

Doppel: Mas e se elas xeretarem por aí? Não seria bom manter alguém apto cuidando dessas prisões pras “rebeldes”? Se quiser, a gente dá conta.

Necro: Isso mesmo. Se segurarmos elas longe de você, deve dar tempo delas passarem pro seu lado, certo?

Medusa: Hmm... Não me parece má idéia.

Necro/Doppel: Não é?!

...

(As garotas não podiam perder mais tempo, graças ao incentivo de Kagami, elas optaram por começar averiguando os danos na cidade. Responsáveis por manterem as estatuas em segurança, Cleo, Kurumu e Widow, usavam seus artifícios –trapos, teias e telecinese- para moverem as pedras pra longe de qualquer risco, mesmo que a situação geral não estivesse tão boa. Em meio a uma ação ou outra, Kagami além de ajudar estava sempre próxima de alguém para promover sua “dinâmica de grupo”.)

Cleo: E pensar que as pirâmides foram construídas assim, desuno... –fazendo esforço.

Kurumu: Aiai... “Quem são exemplos pra mim”?

Kagami: Isso! Quero ouvir suas opiniões e quem inspira vocês.

Kurumu: É claro que eu vou começar apontando a Madoka-senpai. Ela pra mim é a definição de “inspiração” por ser incrível em tudo. Mas eu obviamente não deixaria de lado a Cleo-tan, digo, além de incrivelmente fofa ela é super responsável. –se aproxima de Cleo, apertando suas bochechas.

Cleo: Assim eu fico sem jeito, desuno. –envergonhada- Você também é demais, Kurumu-chan, o jeito como você é confiante e dedicada, desuno.

Kurumu: Você é mesmo um anjo, Cleo-tan! Mas fazer o que, com o meu charme nada é impossível. –mandando uma piscada.

Cleo: Se me acha responsável, realmente a Madoka-chan nem se fala, desuno. Apesar de que eu só sou assim por causa dela e dos meus pais, desuno.

Kurumu: Bem, vocês são realeza afinal.

Kagami: Puxa, é mesmo? –curiosa.

Cleo: É sim, desuno. Mama é responsável pela ordem no reino, ela é a “voz”, enquanto Papa é aquele que toma conta de tudo, ele é a “visão”, desuno. Eles são muito confiáveis e gentis, cuidam de todos com muita facilidade, por isso quero ser que nem eles algum dia, desuno. Apesar que, no caso da Mama, ela pode ser muito protetora às vezes, desuno. Sphinx-san também... Ela era uma mentora pra todos nós, desuno...

Kurumu: Confiáveis, não é? Já que você mencionou, acho que meu papai (Fubuki) também se encaixa nesse negocio de ser meio “coruja”. Apesar da cara fechada na maior parte do tempo, comigo ele sempre foi super atencioso. Já a mamãe... Bom, não dá pra dizer que ela não tenta bastante, só é exagerada às vezes por não estar familiarizada com essa coisa mais “maternal”, mas o jeito dela ser direta ao ponto me ajudou muitas vezes... Mas ainda acho que o Jack pra mim é a definição de “confiável”... O Junior... Ele tem seu jeito de mostrar interesse, por mais que me irrite... Ainda é meu idiota... –envergonhada.

Cleo: Mas é claro que o Kage-chan não perde nesse quesito, sempre posso contar com ele e com o pessoal, desuno.

Kurumu: Também não posso esquecer que o Ryo-kun me adora, sempre tão prestativo.

Cleo: Hein? –perplexa.

Kagami: Isso me faz lembrar do meu papai. Eu morei com ele a maior parte do tempo no interior! Ele era divertido e, ao mesmo tempo, sempre trabalhava duro, por mais que depois eu tivesse que cuidar dele, coitado. Haha!

Kurumu: E a sua mãe?

Kagami: Bem... Ela era uma grande sonhadora.

(As duas estranharam porque Kagami não se aprofundou tanto nesse tópico)

Kagami: Widow-chan, e quanto a você?

Widow: O Honey, é claro. Ele é o pacote completo.

Kagami: E quanto aos seus pais?

Widow: Nem sei se eu tive. Na verdade, acho que nunca tive contato com outros da minha espécie. Só o que sei que elas vivem em brigas idiotas de hierarquia e território, coisas bem fúteis, sabe?!

Kagami: Entendo... Mas nem seus amigos te inspiram?

Widow: B-bem... –ela fora pega desprevenida, assim ficou envergonhada- Não posso dizer que não os respeito, afinal, me ajudaram a ficar com o Honey.

Kurumu: Ara Ara! Ficou toda coradinha por algo além do Shiro-tan? Que honra! –brincou. Cleo riu em conjunto.

Widow: Eu te mato. –bravejou.

Kurumu: Calma, calma. Sabe, por mais que a gente se conheça há pouco tempo e você seja meio pavio curto, eu admiro essa sua fidelidade.

Cleo: De fato, a Widow-chan é muito honesta, desuno.

Widow: Vocês... –lisonjeada- Bem, não posso impedi-las de pensar isso, na verdade, vou dar mais motivos pra me respeitarem!

(Rapidamente Widow lançou grandes quantidades de teia em torno das estatuas)

Widow: Me elogiem a vontade! –orgulhosa.

Kurumu: Mandou bem. Parece “plástico-bolha”.

Cleo: Mas não exagerou na dose, desuno...?

Kagami: Se me dão licença, vou conversar com os outros agora.

(Todas acenam, assim Kagami parte pra falar com o próximo grupo, sentindo que já dera o primeiro passo. Seguindo ao próximo grupo, formado por Kiriko, Miko e May- responsáveis por despistar as mulheres hipnotizadas e ajudar as que ainda estavam sãs. Para isso, May sentia um “desastre” se aproximando- uma multidão raivosa- e alertava suas companheiras. Nesse momento, Miko projetava a imagem de um homem qualquer para atrair a atenção das agressoras, levando-as pra outro lugar, dando a chance de Kiriko e da Banshee assegurarem “sobreviventes” e mais estatuas por ali)

Miko: “Tsc, os números parecem estar aumentando, nyah. É outro ‘apocalipse zumbi’, nyah?!”

May: N-Não quero nem pensar nisso... Uuugh... —nervosa.

Kiriko: Elas já foram. Juntem o máximo de pessoas que conseguirem e escondam-se. Prometo que tudo se resolverá em breve, até lá, mantenham as estatuas e a si mesmas seguras.

Mulher: O-Obrigada... Eu só quero voltar pra casa com meu marido...

Jovem: E eu com meu namorado...

Kiriko: Por favor, sejam fortes por eles.

(Todas agradecem e se cumprimentam, seguindo assim as instruções dadas por Kiriko. Nesse instante, Kagami se aproximou esperando uma resposta a mesma pergunta de antes- fora a primeira dinâmica que propôs antes de começarem a agir)

Kagami: E então?

Kiriko: O Kazuya é meio desligado sobre qualquer coisa que não envolvesse monstros, por isso acabei assumindo o papel de “irmã responsável” e, sinceramente, agradeço por isso. –brincou- Ainda assim, eu o vejo como o mais velho, afinal, se eu sou o cérebro, ele é o coração de nós dois, o fato de sermos uma boa dupla me ajuda a lidar com qualquer coisa, ele é e sempre foi um grande pilar pra mim. O que ele seria sem mim e eu sem ele?

Kagami: Acho que todos pensam primeiro na família, não é?

Kiriko: E não é só ele... O mesmo podia ser dito de nossos pais.  Nosso pai (Victor) vivia trabalhando, era um homem misterioso, até tímido, mas, sempre que voltava pra casa era sinônimo de felicidade pra toda família. Mamãe (Kaguya) por sua vez sempre foi energética, até infantil às vezes, mas levantava a moral de todos e, se bobear, era mais estudiosa e “pirada” que o pai e Kazuya. Acho que vocês duas se dariam bem, Haha! Algum dia, quero poder abraçá-los novamente depois de lerem uma historia pra dormir...

Kagami: Do jeito que você fala...

Kiriko: Os dois desapareceram a 10 anos, numa investigação no Lago Ness...

Kagami: Eu sinto muito mesmo! –reverenciando.

Kiriko: Não ligue pra isso, é assunto meu... –sem graça.

Kagami: É ruim não é... Não ter a família completa.

Kiriko: Hm? –confusa.

Kagami: Sabe o que é? Eu acabei de comentar com as outras de como eu fui criada pelo meu papai... Mas foi só até eu ficar mais velha. Quando fiz 11 anos, fui morar com minha mãe. Eles se separaram quando eu ainda era novinha, minha mãe queria buscar oportunidades na cidade grande enquanto meu papai preferiu ficar no interior. Eu fiquei com ele, pois sabia que mamãe podia se virar, mas prometi que iria visitá-la quando mais velha. Bem, no final, não foi só visita. Hehe!

Kiriko: Poxa... Separação realmente é algo complicado pra uma criança lidar...

Kagami: Esqueça! –negando com a cabeça- Nem se compara ao que você passou, a escala é totalmente diferente! Afinal, de vez em quando minha mãe ia visitar e mantínhamos contato. Me desculpe se fui insensível... –arrependida.

Kiriko: Não tem porque se desculpar. Não estamos nos comparando aqui, todos tem seus problemas.

Kagami: Mesmo?

Kiriko: Sério, tá tudo bem. Na verdade, eu fico surpresa de você ser tão alto-astral mesmo sendo filha única e lidando com isso.

Kagami: É que... Ficar triste não me levaria a nada, sabe?! –levantando-se, sorridente.

(Naquele momento, elas sentiam que estavam começando a entender quem era Kagami Yoake, mas a garota por sua vez, preferia não focar em suas historias, mas sim, seguir sua dinâmica)

Kagami: Deixando isso de lado, e vocês duas?

Miko: “Já adianto que sou órfã, mas justamente por isso, tenho o Dracula-san e Yuuki como grandes inspirações e como minha família, nyah. Eles me acharam e cuidaram de mim desde filhote, nyah. Crescemos juntos, brincávamos juntos, arrumávamos confusão juntos, nyah.”

Kagami: Parece ter sido divertido!

Miko: “E foi, nyah... Só que ai o Yuuki começou a freqüentar a escola, passamos a brincar menos, e eu... comecei a me sentir solitária e ter ciúme dos amigos novos, achei que fossem me substituir, nyah. Eu era uma gata egoísta e mimada naquela época, nyah... Um dia tive a idéia de seguir o Yuuki na escola e acabei me descuidando e parando na superfície, nyah... Ai fiquei sozinha de vez, porém... Como um raio de esperança, eu consegui reencontrá-lo aqui em cima, e tudo voltou a ser como era, não, até melhor, nyah! Conhecê-los foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, nyah!”

Kiriko: Miko-san... –tocada.

Miko: “E que bom que os amigos novos dele não eram um bando de idiotas esquisitos, nyah. Que inveja, terem passado todo esse tempo com o Yuuki, nyah...”

Kiriko: E eu achando que agora ia... –sem graça.

Kagami: Que historia linda, com final feliz... –aplaudiu, emocionada.

Kiriko: Mas a verdade é que, o pessoal é realmente demais. Desde que os conheci aprendi coisas novas e tenho visto sua determinação e força de vontade em lutar pelo que é certo. Eles são verdadeiros heróis.

Miko: “Também não posso esquecer daquele tal Doutor, nyah. Ele também é um cara incrível, nyah.”

Kiriko: O Doutor Von Death, né? O pessoal respeita muito ele, e com razão, foi ele quem criou os Halloweengers, afinal. Apesar de eu não fazer idéia do que ele pensa, preciso concordar, ele é impressionante...

May: B-bem...

Kagami: Pode falar, May-chan.

May: M-M-MEU LORD E MINHAS IRMÃS!!! –berrou chorosa- Nenhum deles tinha medo do que o futuro reservava, por isso sempre me consolavam... E-Eles sabiam seguir em frente!

Kagami: E graças a eles e seus novos amigos, você aprendeu também, não foi? –agarrando os ombros de May

May: K-Kagwamiii-swannnn... —abraça-a, emocionada.

Kagami: Obrigado pelas respostas, já se preparem pra próxima rodada, hein?! –assim ela segue para o próximo grupo.

Miko: “Essa garota não parece, mas é durona, nyah. Acho que ela pode andar com o Yuuki, nyah.”

Kiriko: Que ótimo... –sem graça- Mas é verdade que ela é... Curiosa... –refletiu.

(O ultimo grupo era justamente da dupla de Madoka e Heather acompanhadas de Gargoyle. O mascote de pedra fazia o reconhecimento da área pelo chão, enquanto Heather fazia pelo céu. Madoka por sua vez, bancava a faz-tudo, tentando cumprir todas as funções ao mesmo tempo. Kagami se aproxima e acena para Heather que resolve descer um pouco para conversar)

Kagami: Vocês já tem suas respostas? –ansiosa.

Heather: Pensei um pouco a respeito, mas obviamente o único exemplo que surge na minha cabeça eram Madoka e Simbad.

Kagami: Conta mais... –vidrada.

Heather: Eu vivi por muito tempo num mundo pautado na sobrevivência. As cicatrizes da guerra foram profundas na minha espécie, então por mais que disso tenham surgido indivíduos formidáveis, fortes e protetoras, se não fosse por meus 2 parceiros, minha mente continuaria parada no tempo. Ambos me mostraram a importância da sensibilidade e da evolução, por isso, sou grata.

Kagami: Que reflexão maravilhosa, Heather-chan!

Heather: Q-Que isso... –sem graça.

Gargoyle: Quanto a mim, desde meus criadores até os Jovens Mestres, todos tem sido uma forte inspiração pra mim. Não pretendo desapontá-los!

Kagami: É assim que se fala!

(Em meio a conversa que fluía, por outro lado, Madoka estava mais tensa que o habitual. Ela tinha começado há evitar um pouco Kagami desde que ela levantou essa idéia de dinâmica. Infelizmente, o fatídico momento de dar sua resposta havia chegado)

Madoka: Não tem jeito... É muita coisa pra lidar. Só resta focar em derrotar a Medusa pra reverter logo essa situação. –cansada.

Kagami: Ma-do-ka-chan! Só falta você!

Madoka: P-Precisamos mesmo fazer isso? –envergonhada.

Kagami: Não seja tímida.

Madoka: B-Bem, se me perguntar... Meu pai é um cara legal apesar de desorganizado. Ele trabalha demais, mas sempre tira um tempo pra mim e pra minha mãe quando precisamos... Minha mãe é do tipo que prefere não se destacar muito, mas graças a isso, sou capaz de ver de perto o quão incrível e altruísta ela consegue ser. Eu me orgulho dos dois, assim como Heather e as outras também são importantes pra mim... Acho que é isso... –disfarçou após soltar a língua, visto que Kagami não largaria de seu pé tão fácil.

Kagami: Eu sempre respeitei muito meus pais por terem seguido atrás daquilo que acreditavam. Apesar da distancia, sabendo que ambos estavam felizes, já me deixava tranquila. Acho que é algo que temos em comum, apreciar a felicidade daqueles que nos cercam.

(Apesar da delicadeza daquele assunto, Madoka, por um breve momento, começou a sentir uma leve conexão com Kagami)

Kagami: Então, foram só esses mesmo? –pegando Madoka desprevenida.

Madoka: E-Então, v-veja bem... –logo, ela começa a ficar nervosa- E-Eu não... Tenho certeza...

(Heather e Gargoyle ficaram preocupados com tal reação, sabiam que faltava alguém pra Madoka citar. Vendo isso, Kagami decidiu que era hora de dar sua cartada)

Kagami: Pessoal, juntem-se aqui. –chamando a atenção de todas- Perceberam uma coisa?

Madoka: O que?

Kagami: Tudo que vocês refletiram até agora, todos em que pensaram... Não importa se são homens ou mulheres, monstros ou humanos, o importante é o que eles significam pra vocês.

(Todas ficaram boquiabertas com a conclusão dessa reflexão que levaram de forma leviana. Era nesse ponto que Kagami queria chegar e elas nem se deram conta)

Kurumu: É isso! Isso mesmo que eu tava tentando dizer desde o começo!

Cleo: É mesmo... Nem pensei nisso quando as pessoas vieram à minha mente, desuno.

Heather: Até faz parecer que tentar nos diferenciar seja só uma birra de criança.

Widow: Ou talvez, monstros que levam isso a sério demais.

Kiriko: Por mais clichê que isso soe, depende mesmo do “coração” de cada um. Julgar o que é importante pra você é algo bem mais profundo do que a parte “externa”.

Gargoyle: Eu sou suspeito pra falar, eu fui feito para apreciar todas as formas de vida.

Miko: “Então quer dizer que desde o começo você estava reforçando nossa vontade de lutar, não pelos rapazes, mas pelo que é precioso pra gente, nyah.”

Kagami: Isso mesmo. O sentimento de “querer proteger”, é algo que não deve ter preconceitos, é mais forte que qualquer ódio! E sei que aqueles que foram petrificados, sentiriam o mesmo em nosso lugar, eles lutariam com garra por aqueles que amam!

Miko: “Pode crer, é como se aquela cobra psicopata não nos afetasse mais, nyah.”

Heather: Saber o que está em jogo e como isso importa pra nós... Agora definitivamente sinto que não vamos perder!

Widow: Apesar de já estar pronta pra lutar pelo Honey... Acho que aprendi alguma coisa...

May: S-Sinto que entendi a real importância disso...

Kagami: Precisamos um do outro!

Todas: Isso!

(Enquanto todas estavam animadas, Madoka parecia apressada. Ela não apenas deixou de participar da dinâmica por vergonha, mas por pressão, queria que tudo se resolve-se logo, então julgou aquilo como perda de tempo, mas no final, ela acabara por se isolar do restante do time, deixando transparecer claramente para Kagami)

Kagami: Madoka-chan, conto com você também pra salvarmos os rapazes!

Madoka: Olha, Kagami, não é por mal, mas...

Kagami: Vamos bolar uma estratégia pra pegar a Medusa juntas! E isso pede...

Madoka: Kagami, espera. Não temos tempo pra mais nenhuma dinâmica. Tente se focar e levar isso mais a serio!

Kagami: Mas eu estou levando a serio...

Madoka: Então porque parece mais preocupada em se enturmar com a gente do que na nossa missão?

Kurumu: Que isso? Relaxa aí, senpai, estamos todas no mesmo time.

Miko: “Ela só ta dando um apoio moral pra gente, afinal, estávamos ancoradas antes dela aparecer, nyah.”

Kiriko: Madoka-chan, sei que ainda está afetada com a situação, mas perder a calma não vai ajudar em nada.

Heather: É como ela diz.

Madoka: Eu to quebrando minha cabeça com um monte de coisas, como me pediram! Agora eu to afetada?! –nervosa.

Widow: Só fica fria e deixa a menina quieta, tá legal?

Madoka: Fica longe, aranha! –bravejou.

(Esse ultimo surto fora a gota d’água pra todas. Ficaram boquiabertas com a atitude de Madoka, que tanto confiavam, perante a situação)

Widow: Francamente... Viu por que a Kagami tava fazendo tudo isso? Eu sei que você tem medo de mim e eu ajudei com isso, foi mal mesmo, mas como eu vou conseguir colaborar numa situação critica com alguém que não me passa confiança? Olha, eu sei como vocês me vêem, mas eu realmente comecei a refletir sobre como ajo e fiquei com vontade de me aproximar mais de vocês... Provar que podem contar comigo... Mas agora... Poxa! –frustrada.

May: Q-Que desastre...

Cleo: Madoka-chan... Tá difícil pra todo mundo... Se acalma, por favor, desuno. –preocupada.

Gargoyle: Madoka-dono...

Madoka: E-eu acho... Que me passei... Desculpa...

Kagami: Madoka-chan. –chamando a atenção com seu braço bem erguido- O motivo de eu querer conhecer melhor vocês, é porque eu queria aprender a como ser forte. O motivo de eu vir pra essa cidade tem haver com algo que aconteceu no meu passado. Com o aumento das ocorrências de monstros por aqui, achei que encontraria respostas.

Madoka: Seu passado?

Kagami: Sim, mas a verdade, foi que eu encontrei aqui pessoas fortes que tem me inspirado e protegido a todo momento. Kiba-kun, o Chefe e Kenzaki-kun, os Halloweengers... Eu acho todos vocês incríveis! E é por isso que eu quero ser alguém capaz de andar lado a lado com vocês, não quero só ser protegida. Lembra como eu não fiz nada quando encontramos aquela família e a monstra no beco durante o ataque zumbi? Pois então, eu quero ser capaz de proteger também!

(Foram palavras poderosas que abalaram os corações de todas ali, alias, não seria estranho dizer que o calor emitido pela determinação de Kagami, chegou até mesmo as estatuas em volta. O stress de segundos atrás se esvaiu num passe de mágica, e todas estavam 100% motivadas para dar um fim nos planos de Medusa ali e agora. Quer dizer, quase todas...)

(Em Madoka, a “movimentação” se deu de outra forma. Ela sentiu vergonha por suas atitudes não só de agora, mas como dos últimos dias. Sentiu-se como se tivesse voltado a ser uma garotinha indefesa. Sentiu o peso que jogara nos próprios ombros de uma só vez, quase a esmagando. Mas ainda assim, algo parecia faltar)

Madoka: Então você acha que eu sou forte... É...? –encarando o chão.

(De repente, ela dispara aparentemente sem rumo, passando por todas ali que ficaram confusas)

Kagami: F-Foi algo que eu disse? –preocupada.

Cleo: Madoka-chan, aonde você vai, desuno? –preocupada.

Madoka: Cuidem do plano que depois eu me situo! –fora a única coisa que disse antes de seguir seu rumo.

Miko: “O que deu nela, nyah?” –confusa.

Kurumu: Madoka-senpai, espera! –ela ameaça correr atrás, porem, Gargoyle entra na frente- Ei!

Gargoyle: Madoka-dono ainda precisa se resolver com si mesma. Talvez seu coração tenha chegado ao limite. Ver como Kagami-dono conseguiu cativá-las facilmente, deve ter feito ela se cobrar ainda mais. Pensem nisso, por favor.

Kiriko: Quer dizer que... Parte da culpa é nossa. Por fazê-la lidar com nossas inseguranças em primeiro lugar...

Heather: Nós vendo desesperadas, ela se preocuparia de qualquer jeito, mas... Nem pensamos em como ela se sentia...

May: D-Deve ser sufocante... E agora ela só deve querer gritar...

Heather: E eu acho que sei onde ela fará isso. Vou atrás dela!

(Sem pestanejar, ela alça vôo e deixa todas pra trás. Todas se sentiam culpadas, mas justamente por isso, não podiam deixar todo o esforço de Madoka em vão)

Cleo: Madoka-chan sempre foi assim, desuno... Ela sempre se preocupa pra que os outros não precisem... Mas é justamente pra isso que as amigas servem, desuno.

Widow: O que estamos esperando então? Vamos fazer nossa parte, vamos dar orgulho àquela medrosa metida a durona! Hora de ensinar uma boa lição praquela víbora peçonhenta! E eu vou gostar disso... –ansiosa.

Miko: “Idiota... Bancar a “difícil” ainda vai custar caro pra ela, nyah... Vamos nessa, cambada, nyah!”

Kurumu: É-é mesmo! A Madoka-senpai pediu pra gente um plano, então faremos o melhor de todos! E eu já tenho algo em mente... Já ouviram falar de “Idol Groups”...? –tramando.

Kiriko: Lá vem você... –preocupada- Vamos decidir algo juntas, pra voltarmos a estar todos unidos. Certo, Kagami?

Kagami: Claro!

(Nesse momento, elas revertiam a culpa em determinação, decididas a honrar Madoka e seus amigos petrificados, derrotando Medusa e salvando o cotidiano que conheciam)

Kagami: Kurumu-chan! Kurumu-chan! Vamos mesmo nos tornar Idols?! –empolgada.

Kurumu: Que bom que perguntou... –nisso, o restante dá uma quedinha pro lado, envergonhadas.

May: Que estranho...

Kurumu: Que foi, May-chan? Não gostou da idéia? Logo a vocalista...

May: É que... Eu sinto desastres chegando... Mas estou sentindo algo diferente... O-O QUE É AQUILO?!

(Seu devaneio foi cortado, pois uma Zombie estava se aproximando. Todas se preparam para o confronto, mas algo estava mesmo estranho)

...

(Madoka estava à frente da estatua de Yuuki com a mão no peito do herói. Cabisbaixa, ela começou a desabafar sabendo que estava apenas conversando consigo mesma)

Madoka: Olha, Yuuki, eu achei que deveria te pedir desculpa primeiro pela forma que estive te tratando recentemente. Desde que discutimos e você decidiu enfrentar a Jiang-Shi sozinho, eu... Decidi que focaria em nosso dever e mais nada, mas no final... Assim como agora, eu só estava fugindo da realidade...

(Uma brisa começou a passar pelo local, quase arrebatando o chapéu da bruxa, que o segurou firme no reflexo, mas, o usou posteriormente pra tapar o rosto)

Madoka: Ser tão “madura”, forte, dedicada... Eu mesma me impus isso muito cedo. Desde que perdi minha “vida normal”, não queria perder mais nada, então resolvi que bancaria a tal “garota de ação” pra proteger o máximo de coisas que eu pudesse... O problema que eu perdi o equilíbrio das coisas. Não achei que poderia voltar atrás com essa imagem que eu criei... Tô até parecendo a Kurumu...

(Por mais que num momento ela brincasse, no seguinte, ela se apoia na estatua de CondeRed cabisbaixa)

Madoka: Eu queria ser decidida como a Miko-san, talvez até como a... Widow... Mas ainda assim sendo uma boa companheira como a Cleo-chan, só que diferente delas, eu penso demais no que não fazer invés de tomar uma atitude que preste. Eu tento agir como se tudo estivesse sob controle como a Kiriko-chan e a Heather, mas eu simplesmente não consigo ser honesta comigo mesma. Poxa, até a May consegue colocar tudo pra fora mesmo sendo tão tímida e ansiosa, a Kurumu, por mais que eu odeie admitir, mais ainda. Me sinto patética... E eu não queria que me vissem assim... Sinto que não conseguiria proteger nada assim...

(Era como se o “turbilhão de emoções” que ela tanto guardava finalmente tivesse se soltado)

Madoka: Desde que nos conhecemos é assim. Você sempre me tratou como igual, vivia dizendo pra todos o quanto eu era “demais”... No começo achava que era por eu ter vivido entre os humanos, mas com o tempo notei que esse era você. Ainda assim, eu tentei me isolar, era como se eu segurasse um guarda-chuva sobre vocês enquanto ficava me molhando, fingindo que estava tudo bem, só que no fundo... Eu sei que você me aceita de qualquer jeito, e mesmo assim... Como eu pude ser tão idiota? –ela respira fundo- Por mais que eu tente negar, muitas vezes eu perco a compostura... Só de ver algo que eu não goste, ou meus amigos em perigo, você em perigo, eu fraquejo...

(Num surto repentino, ela apanha toda coragem que juntara em seu interior, agarra Yuuki pelos ombros e encara profundamente)

Madoka: É porque eu te...

(E do mesmo jeito que a coragem chegou, ela se foi. Madoka ficou muda enquanto começava a corar)

Madoka: Sei que não vou admitir isso! Sei que vou continuar sendo teimosa! Eu só não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós, por que eu já me sinto estranha por ter negado tanta coisa por tanto tempo. Podemos continuar sendo iguais mesmo comigo não sendo honesta?

(Ela rapidamente reverencia a estatua e passados alguns segundos abaixada, ela respira euforicamente, finalmente se sentindo aliviada)

Madoka: Isso foi... Refrescante... Só que essa Madoka Matoi Tsundere... Ela é um problema... Desgraça, me fazendo mais uma vez concordar com a Kurumu Yagami...

Heather: Também tem coisas que eu gosto nessa Madoka.

(De supetão, Heather surgiu após o desabafo da parceira quando julgou ser apropriado)

Madoka: H-Heather?! Como você...?

Heather: Intuição feminina, talvez. Fique tranquila, só ouvi a ultima parte. Não ia atrapalhar um momento tão importante.

Madoka: Que vergonha de parceira que você arranjou, hein?

Heather: Não diga isso. –séria- Foi justamente por você ser assim que eu me juntei a você. Mesmo com um sofrimento em comum, você pensou primeiro em mim. É realmente algo maravilhoso como você se dedica pra proteger aquilo que ama, só que... Você se preocupa demais com o que está em volta e ignora completamente seu interior. Pense em tudo o qual você já se privou por pensar demais só nos outros! Seus gostos, suas atitudes, seus sentimentos!

Madoka: Mas... Eu sinto que estaria sendo egoísta por querer que vocês compreendam o que sinto, se nem eu mesma entendo...

Heather: Pensando dessa forma, você estará machucando quem se importa com você e a si mesma! Também é egoísmo querer lidar com tudo sozinha. Seja honesta e deixe seus amigos te apoiarem. Seja o peso que for, não precisa ser só seu! Acha que eu não queria poder entender o que você está passando? Até quando vai se sacrificar?

Madoka: M-Mas...

Heather: Se isolar atrás de um muro não vai resolver nada. Sei que é difícil, mas, lembre-se... Você tem o direito de ser feliz também, sabia?!

(Mesmo numa situação tão degradante a que passavam- o ataque de Medusa, o destino de seus amigos por um fio, perder a fé em si mesma- Um alivio tremendo confortou Madoka naquele momento. Era como se no muro imaginário que ela criara entre si e o que sentia, uma porta dourada surgisse, abrindo-se para revelar que ela não estava sozinha na batalha que fosse. Ela poderia caminhar ao lado das pessoas que amava)

Madoka: Obrigada... Muito, muito obrigada...

Heather: Disponha, parceira.

Madoka: Eu vou... Me esforçar... Por mim também.

Heather: É assim que deve ser. Se tiver algo te preocupando, conte com a gente. Sem mais essa de Tsundere, ok?!

Madoka: C-Como você?!

Heather: Kurumu explicou.

Madoka: Era óbvio...

Heather: Mas francamente... Haha!

Madoka: Tá achando isso muito engraçado, né? –envergonhada.

Heather: Não é isso. É que vocês dois parecem que foram feitos um pro outro. Pensam sempre nos outros antes de si mesmos e, por mais alheios que sejam, se dão muito bem. Realmente, iguais.

Madoka: I-Isso n- notando o que estava prestes a fazer, ela para e reformula- A-Acha... Acha mesmo? –corada.

Heather: Viu? Não doeu nada. –se aproximando.

Madoka: Certo... Chega de drama, hora do plano. Espero que elas já tenham bolado algo.

Heather: Lembre-se: Estamos aqui pro que precisar.

Doppel: Estou contando com isso. –cochichou.

(A voz repentina da inimiga deixou as duas alertas, mas não tinham nem sinal dela por perto. Com sua visão apurada, Heather aos poucos conseguiu detectar vibrações em meio à paisagem enquanto um pedaço de papel dobrado flutuava no ar)

Doppel: Por que vocês foram se separar, hein? Que saco.

Heather: Está ali!

Madoka: Quando foi que...?!

Doppel: Acalmem-se e vejam. –murmurou.

(De longe, uma Zombie se aproximava, bem como aconteceu perto de suas amigas- apesar delas não saberem)

Doppel: Por hora, esqueçam os detalhes e apenas leiam isso. Nada em voz alta.

(Ela deixa o papel cair, assim ele vai planando até perto das duas. Madoka o apanha enquanto Heather ficava de guarda, abrindo a folha para conferir seu conteúdo. A mensagem dizia: “Derrotem as Zombies no caminho; Libertem as reféns; Medusa enfraquecida pela Ferramenta Mágica; Ajam naturalmente.”)

Madoka: O que isso significa? É uma armadilha?

Doppel: Já tive trabalho o bastante. Se eu quisesse já teria feito algo, não acham? Não entendam errado, só calhou que também não vamos com a cara daquela lunática. Quebrem esse galho, heroínas.–sussurrou.

(Do mesmo jeito que surgiu, ela se foi, deixando apenas aquelas instruções para suas, até então, arquiinimigas. Por mais que a desconfiança pairasse, de fato Doppel teve um ponto: Por que se dar o trabalho? E mais importante: Por que agir pelas costas de Medusa com tanta cautela? Só que antes disso, eis que chegaram correndo suas companheiras, animadas com o reencontro)

Cleo: Ooooooiiii!!! –acenou.

Miko: “Então estavam aí mesmo, nyah?!”

Kiriko: Bom trabalho rastreando elas, Gargoyle.

Gargoyle: Só fiz meu trabalho. –lisonjeado.

Madoka: Oi pessoal... –apesar de não demonstrar, ela estava bem contente em revê-las.

Kurumu: Senpai, tá tudo legal? –preocupada.

Madoka: Sim, eu voltei aos eixos. Desculpem por qualquer problema que eu tenha causado. –reverenciando.

Kiriko: Nós é que te devemos desculpas por te botar tanta pressão.

Miko: “Realmente não foi justo te colocar num pedestal sendo que todo mundo tava em pânico, nyah.”

Widow: Aí, bruxa! –apesar do leve susto, Madoka se manteve imóvel, o que agradou a Arachne- Depois temos que tratar essa sua fobia. Como vamos nos dar bem com você gritando só de me olhar na cara?

Madoka: Sim! –olhando pra outro lado.

Widow: Tá me estranhando?! –bravejou.

Kagami: Madoka-san... –aproximando-se, segurando as mãos dela- Eu sinto muito se eu fiz algo que te chateou de alguma forma, mas eu realmente preciso da sua força agora! Nós precisamos!

Madoka: Não. –balançando a cabeça- Eu quem te devo desculpas, você queria nos aproximar. Alias, não é da minha força que precisam, mas da força conjunta de todas aqui.

Kagami: Sim!

May: AAAAAINDAAAA BEM...!!! —chorosa- D-Desculpe...

Cleo: Madoka-chan! –abraçando-a- Vamos juntas, desuno?

(Com um sorriso terno no rosto, ela acena positivamente, em seguida, estica sua mão à frente. Nesse momento, todas já estavam em sincronia, colocaram suas mãos, uma de cada vez, sobre a de Madoka, selando a “aliança feminina” com firmeza)

Kurumu: Halloween Girls, unidas! –jogando as mãos pro alto.

Heather: Que história é essa?

Kiriko: Depois a gente explica... –sem graça.

Madoka: Falando nisso, bolaram um plano?

Kiriko: Na realidade, aconteceu uma coisa... Anormal, eu diria.

(Nesse momento, ela mostra outro bilhete, idêntico ao que Doppel deixou)

Heather: Vocês também?

Miko: “Já que estão sabendo, isso agiliza as coisas, nyah. Olha, nyah.”

(Ela indica que a Zombie que abordou Madoka e Heather começou a se mover, porém, de forma que parecesse esperar elas a seguirem)

Madoka: Então... Vamos segui-la?

Kurumu: Tá tudo sob controle. Estamos prontas pra lidar com qualquer gracinha delas e, principalmente, com aquela cascavel maldita.

Madoka: Então me contem os detalhes no caminho. Vamos nessa!

(Cheias de empolgação e determinação, elas partem em sua retomada do senso comum que Medusa havia deturpado. Hora de finalmente trazer os homens de volta)

Continua na parte 3


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Notas finais do capítulo

Espero de vdd que a demora tenha valido a pena e que e tenham gostado do capitulo. Eu dou essas tropeçadas e atrasos, mas garanto que vou continuar escrevendo essa historia até o final, não importa (pra mim pelo menos) quanto demore. Dito isso, lamento a falta de capa de novo e demora quase que de hiato XP. Aguardem a proxima parte que dessa vez sai msm



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