Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 61
Espetáculo


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, meus monstrinhos perfeitos! Como vocês estão?
Vim dar o ar de minha graça e atualizar nossa história.
Espero que gostem.



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Harley batia seu anel pontudo na lateral do copo de whisky, apesar de estar saboreando mais o desespero das pessoas do que sua própria bebida. Ela observava silenciosa Coringa posicionando duas cadeiras de metal, uma de frente para a outra, no centro da pista. Dois holofotes brancos iluminavam os assentos, enquanto o redor estava completamente escuro. Os únicos sons presentes eram emitidos pelas pessoas assustadas, que tampavam as próprias bocas para abafar os choros e gritos.

— Essa é uma noite incrível, vocês vão adorar! — Ele dizia gesticulando com a arma prateada, que brilhava na luz. — Preciso de dois voluntários.

Seus capangas escolheram um homem de meia idade, com roupas extravagantes, e uma mulher que não devia ser mais velha que Harley, com um cabelo preto raspado na nuca e dois piercings chamativos no rosto. Deixaram-nos sentados frente a frente.

Coringa sorrindo se posicionou entre os dois, colocou a própria arma no chão, e ainda ajoelhado, disse:

— O jogo é muito simples, o primeiro que pegar a arma deverá apontar para a pessoa a sua frente, e... — Ele fez um sinal de tiro na própria cabeça — Pow.. Esse é o melhor som da Terra!

Ele se ergueu, sorriu e fez uma reverencia, olhando para os comerciantes no camarote.

— Que comece o show!

Harley colocou seu copo na bancada e foi se aproximando para ver melhor o que estava para acontecer. Estava tudo escuro, havia somente os dois holofotes apontando para as duas pessoas, que apertavam as próprias mãos e se olhavam.

— Reconhecer a humanidade em seu inimigo pode te fazer hesitar, mas não garante que ele faria o mesmo por você. — Coringa diz de forma fantasmagórica, e pelo escuro não era possível identificar de onde a voz vinha.

— Não precisamos fazer isso. — A mulher afirma, suas unhas pintadas de preto e verde neon arranhavam a própria pele, seus olhos prendiam as lágrimas.

O homem a escuta, mexe a cabeça em afirmação e limpa as mãos suadas na calça. Ele se curva e pega a arma com cuidado, sem saber direito como segurar. A moça apenas nega com a cabeça e com os olhos pede para não fazer aquilo.

— Eu sinto muito, mas eu tenho três filhos e preciso voltar para eles hoje! — Ele aponta para a moça, sua mão treme — Sei que a culpa não é sua, e nem minha, mas a situação... Eu não vejo outra saída! Me perdoe, por fav...

Um disparo acontece.

O sangue jorra da cabeça do homem, que cai para trás. A moça grita e em seguida tampa a boca. O corpo completamente sem vida é arrastado pelos capangas para fora de lá.

— Eu odeio enrolações! — Coringa revira os olhos. — Tragam os próximos.

Dois homens são colocados novamente no centro da pista, a cadeira está escorrendo sangue. Coringa tira sua arma do corpo falecido e a posiciona no meio, entre as duas cadeiras. As pessoas estão facilmente tremendo e chorando agora, depois que viram que o que estava acontecendo era sério, real e eles eram os próximos a jogarem.

— Nossa, olha só esses rostos tristes, meu Deus! —  Os dentes de Coringa brilhavam na luz enquanto ele sorria —  Já pensaram em fazer terapia? Fez maravilhas por mim!

Harley solta uma gargalhada.

— Por favor, fiquem à vontade. — Ele volta para a escuridão.

Os dois homens se encaram, suam, choram, tudo em silêncio, cada segundo soa como uma eternidade. O que parece ser mais jovem passa a mão nos cabelos, pensativo. O outro não tira os olhos da arma, somente esperando o momento certo para apanha-la. Coringa ri, saboreando o desespero que causara.

Harley enrola uma de suas mechas de cabelo entre os dedos, ela já havia visto esse tipo de comportamento vindo de seu amor outras vezes. Ela começa a pensar sobre a teoria dele: todos são monstros, só precisam do incentivo correto para assumir. E um de seus maiores prazeres era trazer esse lado obscuro das pessoas à tona, ele sabia que quando a escolha é matar ou morrer, todos vão escolher matar — ou tentar. Ninguém está impune da loucura que existe dentro de si próprio, alguns só são melhores em esconde-la.

O mais jovem se curva rapidamente para pegar a arma, mas o outro já estava atento a ela e se abaixa primeiro, se erguendo e posicionando frente a cabeça dele.

— Eu não vou implorar. — Ele diz, apertando a mandíbula.

Uma explosão do andar de cima faz pedaços de vidro voarem e o chão tremer, Harley é jogada no chão pelo tremor e se arrasta para longe. As pessoas gritam em uníssono. Uma figura pula para o meio da luz, sua capa preta voa pelo impacto.

— Nem brinca. — Harley diz pausando as palavras.

Era o morcego!

Ele procurava com os olhos pelo escuro, a procura do único capaz de fazer tamanho espetáculo doentio.

— Atirem! — Coringa grita para os homens.

As pessoas começam a gritar e correr, seus capangas começam a atirar, as balas acertam o uniforme de Batman e são desviadas para longe. Pela ordem de Coringa, ele consegue saber onde o palhaço estava e corre direto para ele, tirando-o do escuro e lhe acertando o rosto em cheio. Assim que Coringa cai no chão pelo impacto da agressão, Batman se vira para os seus homens e joga uma sequência de lâminas desenhadas, que perfuram seus corpos.

Harley tenta se levantar sem ser percebida e pegar uma das armas do chão ao lado dos corpos, as pessoas continuavam gritando e procurando uma saída. Enquanto corriam no escuro, acabavam tropeçando em algum corpo e gritando ainda mais. As luzes falhavam e a poeira causada pela explosão deixava o ambiente sufocante. Porra de morcego e suas entradas exageradas! Ela praguejou.

Tateou o chão a procura de alguma arma, assim que sentiu a primeira, a levantou e deu um gritinho de empolgação.

— Agora só preciso aprender como usar! — Ela chacoalhou a arma pesada, colocou por cima do ombro e se virou.

Os dois holofotes brancos iluminavam o confronto entre os dois, enquanto ao redor tudo estava escuro. Sangue escorria do rosto dos dois homens, que naquela noite deixavam o ódio dominar seus corpos. Harley ficou imobilizada vendo aquilo.

Os dois derramando sangue, quebrando ossos, mordendo, arranhando e rasgando.

A própria loucura personificada, em seus dois estágios mais extremos.


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Notas finais do capítulo

Bom, só queria declarar (de forma pessoal) que essa humilde autora teve a infelicidade de pegar essa doença escrita com C. Fiquei duas semanas de cama e isolada da minha família. Então vocês me perguntam: ora ora, não respeitou a quarentena? SIM! Respeitei, fiz home office e só saí para o mercado. Querem saber como adquiri o vírus? Com delivery de comida (sim, isso mesmo que você leu), por estar muito tempo em casa, fiquei fazendo pedidos quase todos os dias, e no segundo mês de quarentena eu peguei, não pude confirmar pois não arrisquei ir para o hospital, mas tive todos os sintomas, foi bem pesado. Mas, agora estou perfeitamente bem, e saudável! Até brinquei que agora sou imune e se as pessoas virarem zumbis serei a cura. Então, pelo amor de Deus: higienizem TUDO que passar pela porta de vocês, se precisarem pagar algo no cartão (maquininha) limpem suas mãos e seu cartão, sejam os loucos(a) da limpeza, porque eu fui muito cuidadosa e mesmo assim fui contemplada.
Até o próximo ♥



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