A Testemunha escrita por Dimitri Alves


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

As investigações sobre o assassinato de Jéssica continuam e as primeiras provas contra Jordan vão começar a aparecer...



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Derik e Kirsten subiram de andar em andar pelas escadas, como as câmeras de seguranças foram roubadas, ficava difícil para eles capturarem alguma característica do grupo. Sem essa arma na mão, eles partiram para o trabalho mais “manual”, perguntar para cada morador se havia visto algo de estranho durante a semana, qualquer coisa que tivesse saído da rotina. Os dois se encontravam no quarto andar, já tocando a campainha.

                A porta se abriu e dela surgiu uma mulher baixa e gordinha. Tinha os seus olhos espremidos tentando enxergar algo, virou-se e colou seus óculos. Seus cabelos eram claros e se encontravam rebeldes. Alguém acaba de acordar, pensou Kirsten ao olhar o estado da mulher.

                - Boa noite, senhora, meu nome é Kirsten e somos da criminalística – disse ela com a voz controlada, porém profissional – Gostaríamos de fazer algumas perguntas a respeito do assassinato de Jéssica.

                - Sim, que coisa horrível... Via movimentação da policia pela janela – falou ela com olhar nervoso – aceitam um café? – perguntou tentando ser gentil e descontrair a tensão instalada entre eles três.

                - Não, muito obrigada, Senhora... Seremos breves. Sabe me dizer se durante a semana a senhora percebeu alguma movimentação estranha ao redor do prédio ou da rua? Algum carro, pessoa estranha... Algo fora do cotidiano? – perguntou Kirsten no mesmo tom quando se apresentou.

                A senhora ficou alguns em silencio, refletindo sobre a sua pergunta. Passando-se alguns instantes ela respondeu:

                - Não minha querida... Nada. Tudo igual como todos os dias. Transito infernal dessa rua, moradores fazendo mau uso do elevador, Jéssica brigando com um morador, as encomendas que sempre mandam errados para mim...

                - Só um minuto... “Jéssica brigando com um morador” – repetiu Derik – Isso quer dizer que ela todo dia brigava com alguém? – perguntou curioso.

                - Bom... – começou ela nervosa – Não sabemos quem começava a briga, mas ambos não se deram bem dês do primeiro contato. Isso era notório, mesmo que eles tentassem disfarçar. Às vezes eles eram pegos no flagra em pequenas discussões. À medida que o tempo foi passando, as brigas se tornaram mais feias e violentas.

                - Violentas? – questionou.

                - Sim, sim... As brigas estavam chegando ao nível de um xingar o outro do escalão mais baixo que houvesse e, nessas alturas, eles não se importavam em discutir sem ou com a presença de algum morador. O ápice foi uma briga que eles tiveram dentro do elevador com dois condôminos presentes.

                - Sabe o nome desse morador?

                - Sim, o nome dele é Jordan. Ele é médico. Uma pessoa maravilhosa, mas perto dela, parece outra – comentou por fim.

                - Qual o andar dele? – perguntou Kirsten.

                - No sétimo andar, querida.

                Agradecendo e se despedindo desejando boa noite, Derik e Kirsten afastaram-se dali rumo as escadas de emergência, mas dessa vez com um destino certo: sétimo andar.


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