Now escrita por Marshimellow ambulante


Capítulo 1
1 – Pequena tortura chinesa


Notas iniciais do capítulo

Primeiramrnte, quero desejar as boas vindas.
Essa fanfic é especial para mim, foi na verdade um desafio proposto por uma amiga, mas acabou se tornando uma história.

Eu espero que gostem e boa leitura :)



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És a questão: irei sobreviver esse ano neste lugar praiano? Naquela casa cheia de velharias e com meus avós regulando até mesmo o ar que entra em meus pulmões? Se você disse não, bem meu amigo, você está totalmente certo.

Hoje cedo peguei o vôo para Califórnia, meu mais novo caminho. Faz exatamente duas horas que estou dentro de um avião, sentada olhando para o nada, enquanto a pessoa do meu lado chora pelo recém término de namoro. Ela chora e me "aconselha"(?) assuntos sobre sexo oposto. Conta que o passatempo favorito dos homens são nos fazer sofrer, são gentis e verdadeiros príncipes para depois despedaçar seu coração sem dó nem piedade. Eu apenas ouvia em silêncio, tentando a todo custo não escutar o que a moça ao lado falava.

- Olá Senhorita, deseja alguma bebida?- pergunta uma aeromoça, sorrindo. Por que elas sempre sorriem?

- Você pode sumir com ela?- pergunto apontando discretamente para moça ao meu lado.

- Não senhorita, não há mais lugares vagos - responde formalmente.

- Tem calmantes? Talvez se eu tomar uns vinte consigo morrer - brinco e riu ao ver os olhos arregalados da aeromoça. Provavelmente ela deve estar pensando que eu sou depressiva suicida - É, acho que você também não tem isso. Somente uma Coca.

Ela me entrega a lata um pouco receosa e por fim um copo na mesinha onde se coloca a comida e tal... Ótimo, mais uma que me acha louca. Bem talvez eu fosse mesmo, mas quem se importa? Ninguém eu garanto.

- Isso não é justo sabe? Não são cinco meses, são cinco anos - fala para logo em seguida soltar um soluço. Lá estava ela chorando novamente...

Bebo um gole de Coca, sentindo a bebida gelada descer pela minha garganta. É, em algumas horas eu chegaria no meu inferno particular, graças a minha adorável mãe...

...

Não sabia se agradecia ou reclamava quando o avião pousou. Acho que os dois, talvez. Eu agradeceria pela maluca do meu lado ter sumido, não estava mais aguentando ouvir choros, mas também reclamaria por ter chegado a cidade de meus avós.

Bem, talvez eu goste deles. Lá no fundo, tipo bem no fundo mesmo, mas não me agrada a ideia de passar um ano na minha aqui. Talvez se fosse somente o verão, talvez eu aguentaria, mas o ano todo? Não, sem chances.

Pego minhas malas da esteira prateada. Eu sempre tive a vontade de subir ali e correr, como naquelas esteiras de acadêmia que minha mãe frequenta. Isso, sem sombra de dúvidas seria muito divertido, embora todos fossem me achar maluca, mas eu não me importo, de verdade.

Depois que as pego, caminho no meio das pessoas tentando achar eles. Depois de alguns minutos os encontro, não tinha nem mesmo como errar, estavam segurando uma mediana placa com meu nome escrito em linhas pretas. Ando até lá e vejo uam careta se formar no rosto de vovó, como sempre conservadora demais...

- Ah... E aí - digo assim que paro na frente deles. Vovô abriu um sorriso, sincero, enquanto vovó continuava com a típica careta.

- Katniss querida, como cresceu - fiz vovô pegando-me pelos ombros e mr puxando para um abraço - Está diferente...

- O tempo também passa pra mim, vovô - digo me soltando de seu abraço - Oi pra você também, vó.

- Olá, Katniss. Clara nos disse o motivo de sua vinda -comentou

- Ah, então vocês sabem...bem, não me importa muito, pelo menos vou me livrar daquela escola chata.

- Pensei que estivesse gostando, suas notas aumentaram nesse ano, estavam quase perfeitas.

- Eu fiquei pensando e cheguei a solução de que se eu não melhorasse minhas notas, passariam mais tempo naquele inferno. Eu não quero isso.

- Vai ser um prazer tê-la aqui, querida.

- É...obrigada vovô.

- Vamos, ainda temos que colocar a ração de Buttercup - diz vovó nos apressando.

- Buttercup?- pergunto

- É o gato de sua avó - responde vovô. Argh eu odeio gatos!

Caminhamos um pouco até chegar em uma 4x4 prata, típico daqueles carros que usam para lugares lamacentos. Coloco minhas coisas no porta malas, entro no banco de trás e praticamente me deito.

- Katniss, sente-se direito menina, você não é mais uma criança e sim uma moça - repreende vovó, mas eu não lhe dou ouvidos.

- Deixe a menina, Sara.

- Você sempre passa a mão por cima da cabeça delas, Stefan. Porém não faça isso com Katniss, já basta Clara...

- Eu ainda estou aqui sabia vovó?

- Sim.

Retiro meu pequeno caderno do bolso da jaqueta. É uma das única coisas que me fazem lembrar meu pai, assim sempre que vou aos lugares ando com ele. Neles há algumas músicas, escritas por ele e por mim depois de sua morte, lógico que nem todas são boas, mas é como uma terapia para mim. Bem, foi isso que Paylor me falou na sessão da semana passada, disse que faz bem me ocupar com algo que eu goste de verdade.

- O que é esse caderninho? - pergunta vovó olhando pelo retrovisor.

- Sabe, vó, eu andei pensando em quais formas de morte são mais eficazes e menos dolorosas. Algumas pessoas falam que afogamento é meio...sufocante, alguns dizem que o modo mais indolor é comprimidos, mas também tem enforcamento. Se a senhora fosse escolher das três, quais seriam?- pergunto brincando. Não demora para que eu veja o rosto assutado de vovó, que chama vovô - Relaxe, eu estava brincando. Agora que estou no meu augi, a ideia de morte não me agrada.

- Não se faz esse tipo de brincadeira, Katniss - repreende vovó.

- Vocês são muito preocupados...me digam um motivo para que eu possa mr matar?

- Não sei, você é cheia de problemas.

- É porque não existe motivo. Sua filha costuma dizer que eu sou o problema em pessoa...

- Ela não está errada.

- É, eu sei.

O carro para em frente à uma casa, como aquelas de filmes. Paredes em um tom pastel, com um pequeno jardim incrivelmente verde e uma cadeira que balança na varanda. Eu já tinha me esquecido dessa casa, na verdade eu nem mesmo me lembro quantos anos eu tinha quando morei aqui. Pego minhas malas e subo o pequeno lance se escadas, abrindo a porta. Vovô explica onde é meu quarto e eu sigo para ele. Quando abro a porta, encontro um mediano cômodo, com as paredes em um tom turquesa suave e alguns quadros coloridos, há uma cama de solteiro e uma mesa no canto esquerdo, também tem duas portas, suponho ser banheiro e closet. Coloco minhas malas em um canto, retiro minha jaqueta (já estava começando a fazer calor) e rumo de volta a sala. Eu preciso assistir tevê para me distrair.

- Onde está os canais dessa tevê?- pergunto quando noto que não há mais canais que não sejam de notícias ou novela.

- Não usamos então cancelamos - explicou

- Como eu vou assistir meus filmes, séries, desenhos?- pergunto olhando para seus olhos azuis, incrivelmente iguais aos de Clara.

- Temos a praia praticamente do lado, Katniss. Você terá escola e terá que estudar, não haverá tempo para televisão...

- Como conseguem sobreviver?

- Sobrevivendo. A senhora Mellark nos convidou para jantar, em comemoração a sua chegada. Você tem duas hora para estar pronta e procure vestir algo menos delinquente...

- Jantar com desconhecidos? Nem morta vou jantar com seus amigos caretas.

- São amigos da família, Katniss. Você adorava a casa deles quando era criança e os Mellark's tem filhos da sua idade que podem te ajudar a se adaptar na cidade.

- Ok, que comece a minha pequena tortura chinesa. Obrigada mãe - grito enquanto caminho para meu quarto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Espero que tenham gostado do primeiro capítulo. Logo eu posto o segundo, prometo. Ah próximo capítulo ten personagens novos...

Comentem o que acharam...



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