Um Girassol da Cor do Seu Cabelo escrita por Kundaime


Capítulo 1
Um girassol da cor dos seus cabelos.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704114/chapter/1

Por mais enrolados e estranhos que fossem os Byers, era uma família educada e bondosa. De bondosa quase toda a cidade sabia que era devido ao incidente com Will. 

Jonathan era considerado por muitos o mais bondoso, inúmeras vezes que havia se arriscado para salvar seu querido irmão que tanto amava, e Nancy reconhecia isso.

Talvez aquela câmera não fosse um prêmio pela bondade e sim pela coragem, coisa que Jonathan esbanjava.

Jonathan era bondoso, e com toda a certeza iria retribuir aquele simples presente que tanto lhe trouxe felicidade.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

— Naaancy, venha tomar o café da manhã, querida!

 Nancy se olhava no espelho, analisando seu visual. Usava uma camiseta preta, um casaco marrom de crochê e mais um casaco azul por cima. Usava uma calça jeans meio rasgada e uma bota marrom. Seu cabelo não estava muito arrumado, não lhe importava muito.

— Já vou mãe!

A mesma soltou um suspiro de leve e levou suas mãos a bolsa preta que estava em cima da cama, colocou-a sobre o ombro e se dirigiu a escada, descendo com passos rápidos.

— Bom dia mãe, bom dia pai, bom dia Mike. - Disse a mesma, puxando uma cadeira e se sentando ao lado de Mike.

— Bom dia querida! - Disse Karen, a "dona Wheeler".

Logo após Nancy se sentar, sua mãe colocou um prato a sua frente com 3 panquecas e mel. 

— Steve passou por aqui. - Disse o pai de Nancy após a mesma pegar o primeiro pedaço das panquecas. Nancy o olhou rapidamente.

— Ah, é? O que ele disse? 

— Veio aqui para combinar de "estudar" a noite. - Disse Mike enquanto pegava um pedaço da panqueca. Nancy lhe deu um tapa no braço depois de lhe olhar com cara feia e voltar a olhar para seu pai. - Ei!

— Ele disse que queria falar com você. Eu até o convidei pra entrar, mas ele disse que era para te avisar para você ir a noite na casa dele.

— Viu? Estudar! - Disse Mike, novamente.

— Mike! - Nancy lhe deu mais um tapa.

— Ei! Chega vocês dois! - Karen logo interviu.

Nancy continuou sua panqueca até que seu pai disse:

— O que você quis dizer com "estudar"?

Nancy revirou os olhos, soltou bruscamente seu garfo e faca, pegou sua bolsa e caminhou em direção a porta.

— Nancy! Aonde vai? - Indagou alto a Sra. Wheeler.

— Estudar. - E com isso Nancy saiu.

Obviamente ela não iria transar com Steve e sim iria para a escola, lugar aonde Mike não estaria tão cedo.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

"- Barbara. - Citou Eleven flutuando sobre a água.

— Barbara? O que tem ela? Ela está bem? Aonde ela está?

— Morta. Morta. Ela está morta! Morta!

Nancy colocou a mão sobre a boca, prestes a chorar.

Nancy abriu os olhos, estava em um vazio. Completo vazio.

Nancy estava assustada. Achou inicialmente que estava no mesmo lugar que El, mas não estava flutuando e não havia água no lugar, tinha certeza.

A garota começou a andar pelo local, mas não tinha rumo nem direção.

— Olá? Tem alguém ai?

Sem resposta alguma. Ela continuou andando e olhando ao redor.

— El? Barbara? Barbara, você está ai? - Até que uma mão tocou seu ombro. Nancy soltou um gritinho e se virou, vendo Barbara. - Barbara, pelo amor de Deus! Temos que sair daqui!

Até que Barbara começou a morrer, e, no final acabou como Eleven viu. Nancy viu aquilo, e começou a soar um "Não" repetidamente, até que, ao Barbara estar morta e vegetando por completo, Nancy berrou:

— NÃO!"

Nancy abriu os olhos, assustada, com piscadas rápidas. Estava sentada em um banco com a cabeça encostada na parede, sua bolsa estava em seu colo. Estava com algumas gotas de suor atrás da orelha.

Os corredores já estavam um pouco mais cheios desde quando havia chegado, com pessoas conversando.

Maldito pesadelo.

A mesma se levantou, botou a bolsa sobre o ombro e caminhou em direção a sua sala. Chegando lá, ela deixou a bolsa sobre sua mesa e saiu da sala, dando de cara com Jonathan.

— Jonathan, oh, me desculpe, eu...

— Não, tudo bem. - O jovem Byers sorriu. - Eu não estava prestando atenção. E ai, como foi o dia até agora?

Ambos saíram da sala, Jonathan ainda estava com a sua mochila.

— Chatinho, pra ser sincera. Mike já sabe que Steve entra no meu quarto pela janela e quase falou isso para minha mãe.

— Coisa de irmão. - Jonathan sorriu. - Eu e Will nos adoramos, mas ferrar o outro faz parte.

— É, só que Mike é complicado. - Tentando entrar na brincadeira, Nancy sorriu. - E ai, curtindo a câmera?

— É muito boa Nancy, obrigado. - Jonathan olhou para a mesma que estava pendurada em seu pescoço. - Olha, me desculpa não retribuir, não pensei que você compraria uma.

— Jonathan, não se preocupa! - Nancy sorriu olhando agora para Jonathan e tocou no braço longo do mesmo. - Foi de livre e espontânea vontad...

E foi interrompida por um beijo.

Jonathan havia lhe beijado.

Nancy não estava preparada, estava assustada, surpresa. Não conseguia descrever o que sentia além de felicidade, ou pelo menos era o que parecia. 

Jonathan logo havia se separado, e encarou Nancy.

— Nancy, olha... Eu precisava retribuir.

Nancy ainda estava com os olhos fechados.

— Foi incrível.

— O que? 

— Sério, foi... - Nancy mexia a boca como se fosse falar algo, mas não saia. Ainda estava impressionada.

Ela abriu os olhos.

— Foi demais! Sério, obrigado. - Nancy logo abraçou Jonathan, que sorriu e retribuiu o abraço.

— Ah, mas não é só esse a retribuição. - Jonathan se separou rapidamente e levou a mão a mochila, e puxou um plástico com um girassol de pétalas um pouco mais escuras dentro. - Achei pra comprar. 1$.

Nancy analisou a flor. Parecia estar estragada, mas não se sentiu ofendida. Era de coração, tanto quanto a câmera.

— Jonathan, mas o girassol está... estragado.

— Você não reparou? - Jonathan sorriu e encostou a flor no meio do peito de Nancy, e logo elevou a mão direita a uma parte do cabelo e o ajustou atrás da orelha. - Da cor do seu cabelo.

Nancy, ao analisar novamente a flor, notou. A cor era igual ao seu cabelo, realmente. Ela abriu um grande sorriso.

— Jonathan, essa flor é...

— Linda. Igual você. - Jonathan se esticou, deu um beijo na bochecha de Nancy e começou a caminhar pela direção direita. Olhou para Nancy e lhe acenou, fazendo a mesma retribuir o ato.

E ela notou também, que seu cabelo tinha a mesma cor do cabelo de Jonathan.

Um girassol da cor dos seus cabelos.

Ela abraçou a flor, e prometeu pela vida dela que iria cuidar daquilo com todo o carinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eeeeentão povo, na minha cabeça isso ficou fofo demais.

Reviews?

Obrigado por ler! :3