Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 14
Capitulo 14 - Quadribol


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas!
Aqui está um novo capitulo para vocês, espero que gostem!!
Obrigada as lindas da Ellryn, da Rainha da Noite e da Princesa Mestiça pelos comentários no cap. anterior, voces são demais meninas, obrigada por tudo!

Boa leitura a todos!



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Passava por um corredor escuro, tão negro que não conseguia nem ver os próprios pés. Sentia-se preso, enclausurado, como se as paredes se fechassem a sua volta, o corredor se tornando cada vez mais e mais estreito.

Tentou pedir socorro, gritar por ajuda, mas sua voz parecia ter sumido, se perdido no caminho até sua garganta. Tateou as vestes a procura de sua varinha, mas não conseguia encontra-la em lugar algum, talvez a tivesse perdido pelo caminho, não tinha como voltar para procura-la.

Seu coração batia acelerado, o medo invadindo sua mente como uma sombra, escurecendo casa espaço que pode encontrar. Continuou caminhando, mas parecia que não saia do lugar, que todos os lugares eram os mesmos...provavelmente andava em círculos.

Ao longe ouviu uma voz chama-lo, parecendo estar muito, muito distante, aproximando-se rápido como um sopro: - Continue Almofadinhas! Continue! Você não pode desistir, está muito perto agora! Prometo a você que não vou deix-lo sozinho! Nós vamos conseguir, apenas continue caminhando! – Sirius estacou, tamanho fora o susto que levara. Era James! Era a voz de Pontas que o incentivava a continuar! Tinha que continuar caminhando, não ia desistir.

Recomeçou a andar, movido pelas palavras de seu amigo. Continuava sem saber aonde ia, mas sabia que Pontas lhe mostraria o caminho, confiava no amigo. De repente, uma dor excruciante atingiu-lhe a cabeça e ele tombou no chão, urrando de dor. Uma voz fria e bem semelhante a um gincho invadiu sua mente: - Você é um fraco Sirius! Nunca serviu para nada mesmo, uma vergonha para a família e para os amigos! Nem para perceber que havia sido enganado você prestou não é mesmo? Que decepção....e ainda diziam que era um dos melhores alunos. Você não conseguiu fazer nada direito não é mesmo? Nem criar seu afilhado você pode!

Sirius infelizmente conhecia muito bem aquela voz, era Rabicho que o perturbava. – Sai da minha cabeça, seu verme imundo! – respondeu o maroto, reunindo toda a raiva que a dor lhe permitia conjurar. Apesar disso, não pode ouvir a resposta daquele que um dia julgara ser seu amigo, apenas a risada seca e histérica de Pedro Pettigrew ecoou por sua mente antes que ele despertasse com o coração ribombando como trovões de uma noite chuvosa.

Sentia-se mal e cansado, seu corpo todo doía e sua cabeça latejava. Outro pesadelo. Aquilo já não era mais uma eventualidade, tratava-se de uma ocorrência quase diária, que o impedia de dormir o tanto que gostaria.

Levantou-se e correu os olhos pelo aposento, procurando o resto da comida que sobrara da noite anterior, um pouco de pão que roubara e cerveja amanteigada que Bichento roubara para  ele. Um gato chamava menos atenção que um grande cão negro. Encontrando a comida, fez sua primeira (e talvez única) refeição do dia, pensando no que faria.

Tinha combinado com Bichento que ele só iria aparecer na casa dos gritos alguns dias na semana, para evitar que fossem descobertos, e aquele não era um dia que teria a presença do gato para lhe fazer companhia.

Também não iria tentar arquitetar nenhum tipo de plano mirabolante para tentar por as mãos em Rabicho. Bichento havia lhe contado que o traidor estava escondido no dormitório da grifinória, e que já não saia mais para as demais dependências; assim, ficou decidido que o gato tentaria entrar e capturar o rato imundo. Se em alguns dias ele não tivesse êxito, Sirius pensaria em como pegar aquele rato imundo.

Já que não tinha lugar para ir ou algo que precisasse fazer, decidiu que tiraria aquele dia para suas lembranças, iria apenas caminhar pelos terrenos de Hogwarts, carregado por suas memorias...

Saiu da casa dos gritos, sendo de imediato atingido por um vento frio e cortante. Não pela primeira vez desde que retornara para a escola, desejou estar no interior do castelo, aquecido pelo fogo de alguma lareira. Naquele dia, no entanto, teria de se contentar com o ar livre mesmo.

Sem se dar conta do caminho que percorria, Sirius acabou chegando ao campo de quadribol, seu coração se enchendo de saudade no instante em que entrou. Vivera muita coisa ali, algumas de suas melhores recordações vinham daquele lugar...e algumas das piores e mais doloridas também.

Flashback on

Sirius estava nervoso. Seu estomago se contraia, fazendo-o sentir como se um balaço o tivesse atingido na barriga. Sentado no vestiário, já pronto para o jogo que logo teria inicio, o maroto parecia terrivelmente perdido em seus próprios pensamentos...

— Ei! – chamou James, atingindo-o na cabeça com uma toalha. – o que você tem?? Está parecendo a Trelawney com esse olhar perdido e confuso. Oque está acontecendo? – indagou o maroto, sentando-se ao lado do amigo. Pontas conhecia bem demais o amigo para saber que havia alguma coisa errada.

— Nada....só estou com um pressentimento ruim, si lá. – respondeu o outro, ainda ligeiramente fora de órbita.

— Pressentimento? Desculpe Almofadinhas, mas pressentimento pressupõe que a pessoa sentindo alguma coisa, uma sensação ruim, e pelo que eu sei você não sente nada, tem um coração de pedra! – zombou James, tentando fazer com que a piada despertasse seu amigo (os marotos sempre brincavam dizendo que Sirius era alguém sem coração).

— Não enche Pontas! – resmungou o amigo, uma sombra de sorriso perpassando seu rosto. – realmente tô preocupado, to com uma sensação ruim. E é justamente por isso ser raro que estou preocupado.

— Calma Almofadinhas! Você deve estar assim por causa da ameaça do Ranhoso, mas ele não vai fazer nada! Não tem como ele nos atingir enquanto estivermos voando, além do mais, todos os professores estarão lá, se ele fizer alguma coisa será punido com certeza. – apesar desta fala, James sabia muito bem que o estado de espirito de seu amigo provavelmente não tinha nada a ver com a ameaça de Severus Snape. Provavelmente fora por conta de a relação com sua família parecer ter se degringolado de vez com o ultimo berrador enviado pela mãe dele....Sirius se fazia de forte, mas o amigo o conhecia bem demais para saber que aquela historia o atingira fundo.

Como Almofadinhas nada respondeu, James continuou: - Ei, tenta ficar calmo ta bem? Vai dar tudo certo, eu garanto. – neste momento, o restante do time começou a parecer, prontos para o jogo. James se levantou e chamou o amigo, finalmente conseguindo arranca-lo de seu torpor: - Anda Almofadinhas, vamos pro jogo. Depois a gente resolve o resto. – Apenas assentindo para o amigo, Sirius o seguiu, juntamente com restante do time, para fora do vestiário, sendo recepcionado por muitas palmas e assovios, e também algumas vaias do lado verde e prata da arquibancada.

Logo em seguida, o time da casa de Salazar adentrou o campo, sendo igualmente recepcionado pelos espectadores. O apito foi ouvido, e teve inicio a partida dos leões X as cobras.

Assim que levantou vôo, o maroto correu o olhar por todo o campo, procurando algo fora do lugar, algo que explicasse aquela estranha sensação. Por mais que o procurasse, não encontrou nada fora dos eixos, e decidiu deixar essa preocupação de lado. Deveria ser apenas uma sensação, nada com que devesse realmente se preocupar.

Tudo aconteceu muito rápido, tão rápido quanto um giro de vassoura. Em um instante a partida corria normalmente, caminhando para o seu fim com uma vitória grfinória, que batia a sonseriana  com um placar de 90X70 (40 destes pontos tendo sido autoria de Sirius, que voava feito uma flecha, a goles novamente em sua mão). James estava um pouco abaixo do amigo, parecendo ter finalmente encontrado a bendita bolinha dourada, que estivera sumida aquele momento.

Um balaço passou voando muito perto da orelha esquerda de Black, fazendo-o com que ele momentaneamente se desequilibrasse da vassoura. Lutando para manter o equilíbrio, o maroto acabou deixar que a goles caísse, mergulhando logo em seguida para tentar recupera-la. Foi então que ele viu. No meio da torcida verde e prata, Snape apontava a varinha para James de forma quase imperceptível, que provavelmente Sirius não teria percebido se não estivesse tão perto da torcida verde e prata.

O maroto olhou de Snape para James, que continuava completamente focado na busca pelo pomo de ouro, sem ter a menor noção da ameaça iminente que o cercava.

Sirius viu quando Snape proferiu o feitiço, a luz avermelhada que se formou na ponta da varinha por ele empunhada e entendeu. Ranhoso pretendia estuporar James e faze-lo cair da vassoura. Sem precisar parar para pensar, Sirius voou direto de encontro ao feitiço, a luz vermelha o atingindo de frente, e naquele momento a luz se tornou breu. Embora estivesse em queda livre, não sentia mais nada, havia sido nocauteado.

Quando abriu os olhos algum tempo depois, Sirius viu-se encarando um teto branco, a claridade ferindo seus olhos. “Mas que merda está acontecendo?” pensou o maroto, reconhecendo a ala hospitalar. Estava completamente sozinho, excerto por James, que pulou da cadeira ao ver que o amigo estava acordado. Ao encara-lo, Almofadinhas percebeu que o amigo tinha um ar de preocupação, seus olhos estavam inchados e vermelhos.

— Finalmente você acordou!! – disse Ponta, aproximando-se da maca de Sirius. – Como está se sentindo?

— Péssimo. – respondeu o outro, o que era absolutamente verdade. Agora que recuperava a consciência, sentia que seu corpo todo doía, parecia que tinha levado uma bela de uma surra. – o que diabos aconteceu?

— Ranhoso aconteceu. – começou James, sua voz ganhando um tom de raiva e desprezo. – ele pretendia me estuporar, mas pelo que entendi você entrou na frente e levou todo o impacto do feitiço. Caiu da vassoura e se estatelou no chão. Pensei que aquele idiota tivesse te matado.

— humpf. Não se iluda Pontas, vocês não vão se livrar de mim tão facilmente. Além do mais, eu não podia deixar Ranhoso te acertar com um feitiço! Íamos acabar perdendo o jogo, e ninguém pode te lançar feitiços, a não ser eu quando você é irritante e idiota, ou quando fica atrás da Evans feito um cachorrinho. – respondeu Sirius, abrindo um grande sorriso para o amigo.

— Obrigado irmão! – foi a resposta de James, que logo em seguida acrescentou: - Não se preocupe, vamos fazer o Ranhoso pagar pelo que fez a você, pode ter certeza disso!

— Com certeza que vamos! – desta vez quem respondeu foi Aluado, que acabara de entrar na ala hospitalar. – Como se sente Almofadinhas? Você nos deu um grande susto sabia? James ai ficou resmungando que se você moresse ele ia matar o Snape, e o pior de tudo, é que dessa vez tive que concordar com ele! – continuou Remo, aproximando-se da maca que Sirius ocupava.

— Estou péssimo Aluado, mas nada que um bom chocolate não cure! – respondeu Sirius (que tinha uma incontrolável compulsão por chocolate), continuando em seguida: - e quanto a Ranhoso, nós daremos um jeito nele logo que eu sair daqui....aliás, onde está Rabicho?

— Se empanturrando de comida no salão principal, disse que quando terminar o café ele vem pra cá. – respondeu Remo, que tirou do bolso uma grande barra de chocolate, entregando-a ao amigo adoentado. – Divirta-se. – emendou, ao ver a alegria nos olhos do amigo quando este viu o chocolate.

— Por quanto tempo eu apaguei?

— Quase dois dias. – respondeu Aluado. – Nós não arredamos o pé daqui, só saímos quando a Madame Pomfrey nos expulsou...bem, quase todos nós pelo menos. Ponta ficou o tempo todo aqui, usando a capa. Queria que alguém estivesse aqui quando você acordasse.

— Obrigado por isso Pontas! Você sabe o quanto detesto esse lugar! – disse Sirius, dirigindo-se ao amigo com carinho.

— Não tem de que cachorro! – respondeu o outro, um sorriso maroto brincando em seus lábios. Estava muito feliz de ver que seu melhor amigo estava bem.

Flashback off

Sirius permaneceu perdido em seus pensamentos por um longo tempo, sendo despertado pelo som de vozes que se aproximando rapidamente. Levantou os olhos e se viu encarando um amontado de vestes vermelhas que caminhavam para o centro do campo. O time da grifinória! E Harry fazia estava entre eles!

O maroto quase não conseguiu conter sua alegria ao ver o afilhado entre os jogadores do time de sua casa. Um imenso orgulho estufou o peito de Almofadinhas. Ele e James haviam feito parte do time da grifinória, e era muito bom saber que Harry também gostava de jogar! Em que posição será que ele jogava? (em seu intimo torceu para que fosse na de apanhador, como fora Pontas).

O treino logo teve inicio, e para satisfação do maroto, seu afilhado realmente jogava na posição de apanhador. “Que ótimo! Queria que James estivesse aqui para ver isso! Harry joga tão bem quanto o pai!”, pensou Sirius, sentindo um imenso orgulho e uma onda de afeição por seu afilhado. Harry herdara muito do pai, e vê-lo jogar fazia com que o maroto retornasse aos seus próprios tempos de jogador....aquele dia estava saindo bem melhor do que ele havia esperado quando saíra da casa dos gritos.  


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam??
Espero que tenham gostado!!
Logo,logo tem mais!!
Não esqueçam de comentar!!
Bijokas!!