Lágrimas de Maroto - 1ª temporada escrita por JM


Capítulo 12
Capitulo 12 - O hipogrifo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!

Aqui estou eu novamente com um capitulo novo procês!
Antes de mais nada, quero agradecer aos comentários das queridas da Ellryn, da Princesa Mestiça e da Rainha da Noite! obrigaaada meninas, voces que me dão animo para continuar!

Sobre o capitulo: é diferente, e de certa forma alegre. espero que voces gostem!!
Boa Leitura!!



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Sirius estava a tanto tempo andando de um lado para o outro sem sair do lugar que não seria surpresa se o chão de madeira cedesse a este atrito incessante. O maroto, no entanto, não parecia se importar com isso. Não mostrava sinais de nem mesmo se dar conta do que fazia. Toda aquela agitação se devia a um único motivo: estava entediado. Não sabia o que fazer nem como agir, sentia-se inútil.

Desde que saíra de Azkaban, tudo que o maroto mais queria era chegar a Hogwarts e por as mãos no traidor imundo que lhe roubara a vida, mas agora que estava ali, sentia-se perdido. Não sabia como faria para cumprir seu objetivo, e esta falta de planos parecia-lhe uma tortura.

Sempre fora uma pessoa criativa, capaz dos planos mais malucos, mas daquela vez, sua imaginação parecia ter se esvaído com o vento. Como faria para encontrar Pettigrew? Não podia simplesmente andar pelo castelo em sua forma animaga, muito menos entrar na torre da grifinória....e se sua forma canina não era uma opção, a humana era menos ainda. No instante em que fosse visto seria delatado tão rápido quanto um aceno de varinha.

Resolveu sair para dar uma volta, nem que fosse apenas na orla da Floresta Proibida, precisava de ar puro, precisava andar. Era começo de tarde e o tempo estava fresco.

O majestoso cão negro caminhava com desenvoltura e graça, percorrendo um caminho já há muito conhecido. Sem prestar muita atenção aonde ia, Sirius acabou se aproximando da cabana de seu velho amigo, o guarda-caça de Hogwarts, Rubeo Hagrid.

Para sua alegria, o mais novo professor de Trato das Criaturas Mágicas estava prestes a começar uma aula, e com a turma do terceiro ano da Grifinória. Ótimo, ao menos Sirius teria alguma coisa com o que se distrair, tinha certeza de que iria gostar da aula e de quebra teria a oportunidade de estar um pouco mais perto de Harry.

Ele seguiu o grupo a uma certa distancia enquanto eles se embrenhavam mais a fundo na floresta. “O que será que Hagrid está planejando para esta aula?” pensou Almofadinhas, a curiosidade aumentando quando mais eles andavam.

Ele não era o único. Todos os alunos, tanto da Grifinória quanto da Sonserina (que infelizmente fazia dupla com os leões naquela matéria) estavam agitados, extremamente curiosos para saber o que os aguardava. Mesmo de longe, Sirius conseguia ouvi-los se perguntado que tipo de aula seria aquela.

Por fim chegaram a uma grande clareira. A um canto, havia um grande cercado, e dentro dele, quatro magníficos animais. Hipogrifos. Sirius já conhecia aquelas criaturas magníficas, mas apenas pelo que vira em livros. Nunca os vira ao vivo, e eram realmente impressionantes, belíssimos.

Assim como o maroto, os alunos também estavam impressionados com o porte imponente daqueles animais. Todos estavam extasiados, como que hipnotizados. Hagrid por outro lado, parecia radiante, sabia que os alunos iriam gostar, os hipogrifos eram animais fascinantes para se estudar.

— E então, o que acham? Eles são realmente umas belezas não são? – perguntou Hagrid, soando extremamente animado.

— Hagrid, o que exatamente eles são? – a voz da garota morena de cabelos fartos que estava ao lado de Harry chegou aos ouvidos de Sirius, soando impressionada e ligeiramente temerosa.

— Estes Hermione, são Hipogrifos adultos. – respondeu Hagrid, olhando com carinho para a garota. – e a primeira coisa que devem saber sobre eles é que são extremamente geniosos e sensíveis. Nunca insulte um hipogrifo, pode ser a ultima coisa que farão na vida. – continuou o professor.

A esta fala, a maioria dos alunos assumiu uma postura mais cautelosa, aguardando ansiosos o que viria a seguir, mas nem todos eles. Um garoto loiro e de olhos cinzentos (horrivelmente parecido com Lucius Malfoy) ostentava uma carranca de superioridade e desprezo, como se achasse que fosse bom demais para estar ali.

— que garoto mais esnobe. Aposto que é parente daquele metido do Malfoy...só falta ser filho da minha prima Narcisa, o mundo não precisava de uma combinação do ego daqueles dois...- pensou o maroto, logo depois voltando a se concentrar na aula. Não eram só os alunos que queriam saber o que iria acontecer.

Hagrid andou até o cercado e soltou a primeira corrente, fazendo com que o hipogrifo o seguisse até o local onde os alunos esperavam. – Este pessoal, é o Bicuço! Ele tem mais ou menos cinco anos, e foi o primeiro que criamos aqui na Escola. – apresentou o animal a turma, que estava cada vez mais animada (e um pouquinho assustada também).

— Agora, o que amos fazer hoje é o primeiro contato de vocês com eles, está bem? Vou primeiro demonstrar como deve ser feito, e depois vocês tentam, o que acham? – ninguém respondeu, e o guarda-caça entendeu o silencio como um sinal de concordância.

— Muito bem, muito bem...- recomeçou a falar, soltando a mão da corrente presa ao pescoço do hipogrifo cinzento. – a primeira coisa a se fazer é uma reverencia (e dizendo isso ele se curvou, levantando os olhos para estar atento as reações do animal) e ver se ele irá retribuir. Se o hipogrifo retribuir a reverencia ótimo, vocês poderão prosseguir. Se ele não retribuir, bem...disso podemos falar mais tarde. – aquela frase, Sirius pensou que não desejava saber o que aconteceria se o animal não retribuísse. Para a sua sorte, assim  que Hagrid endireitou o corpo, Bicuço curvou-se, mantendo os olhos pregados no professor.

— Se o hipogrifo retribui a reverencia, significa que você pode se aproximar dele. Faça isso devagar, vá até uma curta distancia, e deixe que ele complete o caminho. – Hagrid continuou a explicação enquanto executava suas palavras. Ele parou a uma curta distancia, e Bicuço a completou. Sem que precisasse esticar muito o braço, Hagrid tocou na cabeça do animal, fazendo-lhe um carinho. – Viram? Não é difícil. Quem gostaria de ser o primeiro a tentar?

Como era de se esperar, todos os alunos deram um passo para tras, recuando. Todos menos um. Harry continuou parado onde estava, com um olhar distraído.

— Esse é meu garoto! – pensou Sirius, orgulhoso com a atitude corajosa de seu afilhado, não esperava outra coisa do filho de James. Harry por sua vez, não se sentia assim tão corajoso. Demorara um segundo para entender o que estava acontecendo, o que fora suficiente para ser deixado sozinho a frente da turma e ter que ser o primeiro a se aventurar com o hipogrifo.

— Excelente Harry! Excelente! – disse Hagrid, fazendo sinal para que o garoto se aproxima-se. Temeroso, Harry cobriu a distancia que os separava. – Agora Harry, faça uma reverencia e veja se Bicuço retribui. O garoto fez o que lhe era pedido, abrindo um largo sorriso ao ver que o hipogrifo retribuíra quase que imediatamente.

— muito bom Harry! – elogiou-o Hagrid, parecendo estar ainda mais feliz que o garoto pelo sucesso obtido. – Agora se aproxime dele, mas vá devagar. Harry deu alguns passos em direção ao animal, sentindo seu coração acelerar a cada um deles, e estacou a pouca distancia como o professor instruíra. Todos prenderam a respiração. O tempo pareceu para naquele momento, também esperando pela reação do animal.  

Após um doloroso instante de apreensão, no qual Sirius realmente considerou se interpor entre Bicuço e seu afilhado, o hipogrifo se moveu, aproximando-se do garoto. Harry tocou a cabeça do animal, sentindo a maciez de sua plumagem, e a parte grifinória da turma irrompeu em aplausos e vivas, acompanhada por um silencio ensurdecedor da parte sonserina.

Sirius soltou o ar que estava preso em seus pulmões, aliviado por ter dado tudo certo.

— Parabéns Harry! – exclamou Hagrid, abrindo um grande sorriso. – Acho até que ele te deixaria montar nele, o que acha? – Oque?? – exclamou o garoto, exprimindo em palavras o pensamento de seu padrinho. “Como assim Hagrid queria que Harry montasse aquela coisa? Isso é perigoso!” juntamente com a preocupação com a segurança do afilhado, outro pensamento tomou a mente de Sirius: - Se em que deve ser bem divertido, tanto quanto montar em uma vassoura... aposto que ele vai adorar, eu também iria gostar se estivesse em seu lugar. – pensou, sorrindo para si mesmo. Intimamente, tinha certeza de que Harry se daria muito bem montado no hipogrifo, teve certeza de que o garoto iria se divertir.

Enquanto Sirius estava perdido em seus pensamentos, Hagrid conduziu um Harry assustado até a lateral do hipogrifo, ajudando-o a subir no dorso do animal.

O professor estapeou Bicuço, que imediatamente começou a correr, ganhando velocidade e impulso. Antes que qualquer um ali pudesse terminar de dizer “Quadribol” o hipogrifo já alçara voo, ganhando cada vez mais altura.

Se pensar no que estava fazendo, ou se preocupar com alguma coisa, Sirius desatou a correr o mais rápido que conseguia, acompanhando de perto a ave e o menino que ganhavam o céu. Sentia-se livre como não se sentia há muito tempo. Livre e feliz, com uma sensação de que tudo daria certo, tudo iria se resolver. Como se a cada passo que dava, ele se livrasse de uma corrente que o prendia. Não conseguiu acompanhar Bicuço por muito tempo. Logo os perdeu de vista, mas não se importou. Sabia que estariam bem, e se divertindo.  

O enorme cão negro continuou a correr pela floresta, só parando quando se viu novamente na casa dos gritos. Estava exausto, mas sentia-se bem. Mais leve. Ver seu afilhado havia-lhe reanimado as energias.

Subiu os degraus de dois até chegar ao quarto principal, sem se importar com os rangidos de reclamação da escada velha. Voltou a sua forma humana (já fazia alguns dias que se dava a este luxo quando estava na casa dos gritos. Não corria riscos ali, nunca ninguém ia lá, julgavam-na mal assombrada). Foi quando se virou para a cama de dossel, pensando em deitar-se um pouco (tivera outra noite mal dormida, povoadas de pesadelos) que se deu conta de que não estava sozinho.


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Notas finais do capítulo

E então, que acharam???
Espero que tenham gostado!!
Estou a espera de comentarios!! estou mega ansiosa para saber o que vocês acharam!

Beijokas e até a proxima!!