When The Men Loves a Woman escrita por Gabriel Lucena, Caçadora Literaria


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi oi meus amores! Desculpa a demora, acabou havendo uns imprevistos e não pudemos postar final de semana passado, mas prometo que serão recompensados! Nesse capítulo vamos apresentar a família da Lena!



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P.O.V Silena Vanderbill

Acordo no dia seguinte com o barulho do aspirador e abro os olhos vendo Lucy a empregada que ia limpar minha casa todo mês a comando do meu pai e da Dona Louisa, crio coragem e levanto indo para o meu quarto e quando chego lá vejo megera sentada na minha cama.

—O que está fazendo na minha casa? - olho ela cruzando os braços.

—Vim visitar a minha filha, dar uma olhada na sua casa e te trazer uma roupa para usar no nosso almoço obrigatório de uma vez ao mês- diz ela sorrindo colocando uma sacola da Sacs na minha cama.

—Louisa, não adianta me dar essas roupas caras que não tem nada haver comigo, eu não vou usar- falo suspirando..

—Silena, filha, eu não quero que você vá vestida assim como uma garota revoltada, e nada de retrucar, vai se comportar com classe- diz ela seria me olhando.

—Você não vai me obrigar a ser quem eu não sou durante esse almoço rídiculo que você usa como desculpa para parecer uma boa mãe quando na verdade não é!- falo extremamente irritada com ela.

—Silena não use esse tom de voz comigo. você vai nesse almoço usando a roupa que eu comprei com um sorriso no rosto e ai de você se reclamar, se isso acontecer eu vou contar para ele aquele nosso segredinho, vou até querer ver ele gostar de você novamente-fala ela sorrindo vitoriosa saindo do meu quarto me deixando estática.

Eu a odiava tanto aquela mulher, que me recuso a ser associada a ela, por isso só tenho o sobrenome do meu pai, fiquei trancada no quarto escutando música até ela ir embora. Depois de ter tomado banho pego da sacola um vestido azul claro curto e meio rodado, um scarpin nude e suspiro vestindo aquilo e me arrumo passando um batom rosa claro e pego uma bolsa e saio do apartamento fechando a porta e desço de elevador para a portaria, o elevador chega e eu desço do elevador e aceno para o porteiro indo para praça, onde sento em um banco e fico olhando o céu.

P.O.V David Krupp

Depois que me despeço de Silena após passarmos a noite na praia, trato de tomar um banho para tirar o excesso de areia do corpo, enquanto deixo a água escorrer pelo meu corpo, fico pensando em tudo que havia acontecido. O selinho que demos não saía da minha cabeça. Até que Lena não era tão chata como parecia, isso era claro, mas eu não sei o que estava acontecendo comigo. Eu me preocupava muito com ela, me sentia bem perto dela, queria saber como eu podia estar me sentindo assim em tão pouco tempo. Assim que termino o banho, visto uma roupa qualquer e fico ouvindo uma música, “Paradise” do Coldplay para tentar espantar aqueles pensamentos estranhos. Como eu adoro essa banda, queria tanto um dia poder ir num show deles. Depois que a música acaba, me levanto e vou até a janela. Lembro que Silena havia perguntado sobre o andar de Lucas, com certeza ela deve estar querendo sair com ele assim como fez comigo. Bom, desde que eles não encontrem o Elliot, por mim estava tudo tranquilo, pois ele jamais irá gostar dela de verdade e Lucas nunca deixará ele fazer mal pra ela. Quando canso de ficar na janela, pego um filme e vou assistir. Era o filme “Ouija”, um filme que eu sempre gostei de ver, mas minha mãe nunca deixava, pois era de terror e segundo ela, eu morria de medo de coisas assustadoras, pois nos halloweens, sempre ficava com medo das fantasias de monstros, mas agora eu cresci e tenho coragem. Além de que agora era dia, eu podia muito bem assistir. Então faço um misto-quente e um suco enquanto ponho o filme e fico assistindo. Quando o filme acaba, percebo que ele não é tão assustador assim, não dá medo, apenas uns sustos de leve. Então eu decido aproveitar que não tem aula e fico em casa mesmo, não havia nada pra fazer, então decidi jogar um pouco de Resident Evil no meu XBOX, ainda tinha coisas para serem concluídas. O jogo conseguiu me distrair por algum tempo, eu havia esquecido de tudo que estava pensando há pouco tempo atrás, mas logo assim que acabou, lembro de Silena e Lucas. Vejo meu celular na cama e o fito.
— Será que ligo para eles? - falo pra mim mesmo enquanto fito o celular. Mas logo mudo de ideia, eles têm que se divertir também. Ontem havia sido a minha vez, agora é a do Lucas.
Após muito tempo, decido que já está na hora de sair de lá e vou até uma loja de videogame. Todos os dias eu jogava os mesmos jogos e já estava precisando de um novo.

— Olá David. - diz o cara do caixa. Sim, ele já me conhece faz tempo, desde que a loja abriu.

—Olá. Chegou algum jogo novo? - pergunto me aproximando da bancada.

—Chegou sim, aqui está.

Era um jogo chamado FIFA 2016, um jogo de futebol. Nunca tive um jogo de futebol, mas eu adoro jogar e assistir. Como eu gosto do jogo, acabo comprando. Depois de comprar, saio da loja indo em direção ao condomínio, Lucas já deve com certeza ter voltado do passeio com Lena, eu precisava mostrar o jogo pra ele. No meio do caminho, passo pela praça e logo o vejo ele do outro lado da rua.

—Ei Lucas! - chamo acenando.

—Fala David. - diz ele vindo na minha direção.

—Tudo beleza?

—Beleza, o que é isso na sua mão?

—Jogo novo pra gente jogar.

—Sério? Que jogo é?

—FIFA 2016, é de futebol.

—Legal, gostei. Parece um bom jogo de futebol.

—Vamos jogar? Acabei de comprar e preciso testar.

—Vamos sim, bora lá.

Passamos pela praça quando vemos uma garota loira que estava sentada no banco da praça e parecia esperar por alguém.

—Olha que gatinha, será que é nova? - pergunta Lucas.

—Talvez, mas ela me parece familiar. - respondo.

—Pra mim também, que estranho, vamos lá ver?

—Vamos.

Chegamos mais perto e logo encaramos a garota, que nos olhou confusa e ao mesmo tempo, furiosa. Só podia ser a Lena.

—O que tão encarando? Nunca viram uma garota furiosa de vestido e salto alto?- ela diz nervosa.

—Lena? É você mesma? - pergunta Lucas.

—Não, imagina, eu sou o Papai Noel, feliz natal - ela revira os olhos falando.

—O que deu em você? Por quê está vestida assim? - pergunto a olhando.

—O que deu em mim? A Dona Louisa que deu em mim, aquela megera… ai que raiva- diz ela bufando.

—Ela te obrigou a usar essas roupas? - pergunta Lucas.

—Ela me ameaçou… mas isso não vem ao caso eu só quero discutir com ela no bendito almoço obrigatório -fala ela ainda nervosa.

—Caramba, bem que eu sabia que ela não prestava. Mas agora, ameaçar… - diz Lucas, se sentando do lado dela.

—Tem algo que podemos ajudar? - falo me sentado do seu lado também.

—Querem ir no maldito almoço comigo? Se não eu vou voar na cara da megera - diz ela nos olhando.

—Por mim tudo bem, você quer que a gente te segure? É isso? - pergunto.

—Vocês me mantém calma, com mais gente tenho que só trocar farpas com ela e não partir para a luta - suspira ela falando.

—Tá bom, então vamos todos nós juntos, se bem que eu acho que não estamos vestidos adequadamente para um almoço. - suspira Lucas.

—Vistam qualquer coisa que acharem adequada e voltem para praça, tô esperando o motorista- sorri ela de lado.

—Tá bom, que horas ele chega aqui? - pergunto.

—Daqui a pouco, andem seus molengas, não tenho o dia todo - ela ri.

—Tá, vamos David. - diz Lucas se levantando e eu me levanto também indo correndo pro condomínio. Assim que chegamos lá, tomo um banho rápido e visto uma camisa pólo branca, um casaco de moletom verde escuro, calça jeans preta e um tênis. Assim que saio do apartamento, vejo Lucas no elevador.

—Esse elevador devia ser mais rápido né? - resmunga ele, usava uma camisa azul clara, um casaco de manga curta preto, calça jeans e tênis. Vou até ele e assinto.

—Devia mesmo, vamos reclamar com o síndico depois. - falo esperando o elevador chegar. Quando ele chega, saio do elevador com Lucas e logo vamos rapidamente pra praça.

—Finalmente vocês chegaram, achei que ia criar teia de aranha aqui!- fala ela na porta de um conversível preto com um chofer a esperando entrar.

—Uau, que carrão. - fala Lucas, arregalando os olhos.

—Também achei. - digo entrando no carro.

Logo depois que entro Silena entra revirando os olhos e resmungando algo sobre os saltos estarem machucando seus pés.

—Quando estivermos no restaurante, você tira os saltos. - aconselha Lucas.

—A megera vai me acusar de ser sem classe, e que damas não fazem isso e que pareço uma mendiga - diz Silena como se já imaginasse a cena

—Calma, a gente dá um jeito. - digo tentando acalmar ela

—Isso é porque vocês não a conhecem, só vão me entender quando chegarmos lá.- fala ela suspirando..

—E acha que eu não tô com medo de encarar ela? - diz Lucas.

—É. Olha o meu coração como tá disparado. - falo botando a mão no peito.

—Não é medo que vocês tem que ter, e sim ódio, repúdio entre outras coisas ruins - fala ela como se fosse normal.

—Minha mãe sempre me disse que não é bom guardar ódio e rancor. - digo.

—É, nem repúdio, isso traz coisas ruins pra vida da gente. - diz Lucas.

—Coisas pior que ela? Duvido muito que exista algo pior que a megera- fala ela vendo que estamos chegando

—Mas ainda assim, eu não acho que devamos ser rancorosos, mesmo que ela nos despreze. - diz Lucas.

—Com certeza não. Ela pode me humilhar na frente de todos, mas eu não vou odiar ela. - falo pra eles.

—Isso é porque não a conhecem e chegamos, bem vindos ao pior almoço da vida de vocês- fala ela arrumando os cabelos loiros.

—Tá bom, vamos lá. - fala Lucas, se levantando e saindo do carro e eu faço o mesmo.

Saímos todos do carro e o motorista se despede com uma buzina e seguimos Silena restaurante adentro até um jardim dos fundos onde uma mulher parecida com Lena, de cabelos castanhos estava sentada do de um homem muito elegante que quando nos vê, sorri.

—Olá filha, que bom que chegou, eu já estava preocupado com a demora. - sorri ele.

—Que bom que chegou filha, já estava pensando em te ligar- sorri a mulher analisando Silena de cima a baixo sem nos notar.

—Oi pai, desculpa a demora, estava esperando meus amigos chegarem, se importa de eu tê-los trazido? - diz Silena ao seu pai ignorando sua mãe.

—Claro que não filha, é um prazer conhecê-los. - diz ele sorrindo e nos chamando pra sentar. - Como se chamam?

—Eu sou Lucas. - diz Lucas..

—Eu me chamo David, prazer. - digo estendendo a mão para o homem.

—Prazer em conhecê-los. - ele diz apertando a mão de David depois a minha sorrindo.

—Não cumprimenta sua mãe mais não Silena? - diz a mulher.

—Eu não tô vendo mãe nenhuma aqui só você mesmo Dona Louisa- sorri Lena se sentando de frente ao pai dela.

—Cadê o respeito que te ensinei garota, me respeite- diz a Senhora Louisa- Vai falar nada não Gavin?

—Filha, eu sei o que está pensando, mas por favor, olha as pessoas em volta. Olha seus amigos, não vai querer passar vergonha na frente deles né? - ele diz olhando pra Silena enquanto Lucas e eu olhamos pra eles.

—Desculpa pai, é que ela me tira do sério, prometo tentar me controlar e Dona Louisa cadê a educação com os convidados?

—Você que tem que ser educada, me tirou toda a paciência com esse seu comportamento tolo e olá rapazes - ela sorri para nós.

—Olá Dona Louisa. - Lucas e eu dissemos em uníssono.

—Não me chamem de dona, só Louisa já está bom, dona parece que sou velha - diz ela e eu seguro pra não rir - Como se chamam?

—Lá vem o interrogatório - murmura Silena.

—David Krupp, muito prazer. - falo segurando o riso e pegando na mão dela beijando.

—E eu Lucas Carter, muito prazer Louisa. - diz ele sorrindo e imitando o meu gesto. 

—Então qual é a renda média da família de vocês? - pergunta ela, me deixando assustado com a pergunta disparada.

—Meus pais juntos ganham dez mil por mês. - respondo.

—Os meus ganham juntos trinta mil. Quase não param em casa. - diz Lucas olhando ela.

—Lucas querido, seus pais trabalham com o que? Talvez os conheça- ela sorri para ele ignorando todos.

—Minha mãe é uma arquiteta e meu pai empresário e deve ser famoso.

—Seu sobrenome me é familiar mesmo, é um imenso prazer conhecê-lo, com certeza é o parceiro ideal para minha filha - ela diz sorrindo.

—Desculpa D,ela é interesseira mesmo - diz Lena olhando pra mim.

—Eu percebi Lena, relaxa. - falo a olhando.

—O prazer é todo meu Louisa. - diz Lucas forçando um sorriso.

—Vamos mudar de assunto não, afinal eles são só meus amigos…- fala Silena que parecia meio sem graça.

—Porque não querida? Esse assunto te apetece tanto quanto qualquer outro- diz Louisa enquanto Lena olha para o pai como um pedido de socorro.

—Sério filha? - ele diz olhando Silena - Nenhum de vocês namora minha filha mesmo?

—Sério mesmo pai, os meninos podem até confirmar não é mesmo? - ela nos olha e nós assentimos juntos os olhando.

—Bom a minha opinião eu já dei e já deixo bem claro a minha preferência - diz Louisa quando a comida chega.

—E sua opinião nunca contou nada para mim mesmo - fala Lena bebendo o suco.

—Chega, vamos comer em paz. - diz o pai dela num tom mais alto que até assustou a mim e Lucas também, mas logo nos recompomos e nos servimos.

—Desculpa, vou comer calada - fala Silena se servindo parecendo meio chateada e logo depois Louisa se serve falando algo baixo com o Gavin que assente e sorri.

A partir dali, resolvo ficar na minha, como calado esperando que ela me perguntasse algo, o que obviamente não aconteceu porque ela me odiou. Claro que eu não estava detestando o Lucas porque ele terá mais facilidade em conquistar Silena já que a mãe dela o aprova, mas realmente eu não ligo para isso. Como eu tinha dito anteriormente, o importante era eu mostrar o quão educado eu sou, além de que o pai da Lena parecia ter gostado de mim, pois ele me olhou com o mesmo olhar que Louisa olhou para Lucas quando estava o questionando. Mas eu ainda não entendia porquê estava pensando aquilo de Silena, mesmo que a mãe dela não tenha gostado de mim, eu sentia aquela mesma sensação de querer ela perto de mim, acho que Lucas também deve ter sentido isso, porque ficou meio constrangido, mas parecia feliz com a aprovação. Enquanto como, torço pra que tudo dê certo no resto do almoço.

—Filha aquelas coisas que você chama de amiga deixaram 3 ingressos para o show do Coldplay comigo, falaram para você levar quem quiser depois te entrego - diz Louisa enquanto Lena sorri animada.

—E elas são ótimas para o seu governo Dona Louisa- fala Silena sorrindo.

—Pense bem em quem vai levar depois te entregamos os ingressos. - diz o pai dela.

Lucas e eu nos entreolhamos.

—Não sei quem lá da prisão gosta de Coldplay!- ela diz.

—Prisão não filha é colégio - diz Louisa bebendo o vinho.

—Nós dois gostamos. - digo apontando pra mim e pra Lucas

—Ah, então vamos nós três, está decidido - ela sorri comendo a sobremesa.

—Vamos sim. - sorrio animado e Lucas assente sorrindo.

—Que bom filha, espero que se divirtam. - diz o pai dela, sorrindo.

—E que tomem cuidado, não sei que tipo de gentinha frequenta esses eventos - diz Louisa

—A gente sabe se cuidar. - digo.

—Eu cuido deles relaxem! - fala Silena.

—A minha maior preocupação é você mesmo Silena, como relaxar!- diz Louisa.

—A gente cuida dela. - falo  mesmo sabendo que seria ignorado.

—Eu acredito em vocês David, se divirtam. - diz Gavin o olhando sorrindo.

—Ótimo, agora Dona Louisa, estou segura, e eu sei me defender- diz Silena terminando a sobremesa.

Disfarcei bebendo um pouco da bebida e Lucas dando uma garfada no prato.

P.O.V Lucas Carter

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça terrível, a noite passada eu havia bebido mais do que o costume, ainda bem que eu não estava dirigindo, senão poderia estar morto ou ferido numa cama de hospital à essa hora. Quando lembro da noite passada, eu e Silena bebendo bastante, me levanto lentamente e vou tomar um remédio pra dor de cabeça. Eu precisava tomar mais cuidado na hora de pensar bem naquela aposta. Nem sei porque aceitei aquela que a Silena propôs, acho que eu queria dar uma de bonzão ou sei lá, mas eu não faço mais isso. Depois que tomo o remédio, deito na cama novamente e volto a fechar os olhos, esperando o efeito acontecer. Assim que a dor de cabeça passa, me levanto e faço meu café. Enquanto como, me lembro de um detalhe que havia esquecido: o beijo. Céus, como eu pude esquecer? Os lábios de Silena foram colados nos meus por um curto tempo, mas eu acho que devo ter gostado, não lembro de muita coisa, só lembro de ter beijado ela depois de ter caído de tanto beber. Será que ela ainda pensa no beijo também? Será que ela tá chateada e quer se afastar por ter beijado ela? Espero que não. Termino o café e me levanto indo tomar um banho. Ao sair, chego no quarto e visto uma camisa azul e uma calça, ponho meus tênis e saio de casa indo dar uma volta, até que ouço uma voz.

—Ei Lucas! - chama David acenando.

—Fala David. - digo indo em sua direção.

—Tudo beleza?

—Beleza, o que é isso na sua mão?

—Jogo novo pra gente jogar.

—Sério? Que jogo é?

—FIFA 2016, é de futebol.

—Legal, gostei. Parece um bom jogo de futebol.

—Vamos jogar? Acabei de comprar e preciso testar.

—Vamos sim, bora lá.

Passamos pela praça quando vemos uma garota loira que estava sentada no banco da praça e parecia nervosa e impaciente.

—Olha que gatinha, será que é nova? - pergunto pra David..

—Talvez, mas ela me parece familiar. - responde ele.

—Pra mim também, que estranho, vamos lá ver?

—Vamos.

Quando chegamos perto o suficiente, vimos a garota melhor, que nos olhou confusa e ao mesmo tempo, furiosa. Só podia ser a Lena.

—O que tão encarando? Nunca viram uma garota furiosa de vestido e salto alto?- ela diz nervosa.

—Lena? É você mesma? - pergunto.

—Não, imagina, eu sou o Papai Noel, feliz natal - ela revira os olhos.

—O que deu em você? Por quê está vestida assim? - pergunta David a olhando.

—O que deu em mim? A Dona Louisa que deu em mim, aquela megera… ai que raiva- diz ela bufando.

A tal Dona Louisa era mesmo uma megera, não por ter obrigado Lena a vestir aquelas roupas que ela vestia porque ela estava muito bonita, embora muito diferente do que estamos acostumados a ver, mas sim pelo que Lena nos contou sobre o que ela falou. Como a gente sabia que ela não aguentaria esse almoço sozinha, nos oferecemos para ajudar e ela logo disse que seria bom se fôssemos ao almoço com ela. Então, David e eu fomos de volta para o condomínio para nos vestirmos mais “adequadamente” e eu vesti um casaco de moletom, camisa e calça, era um pouco simples, mas bem formal e adequado para um almoço. Depois que encontro David na portaria, vou com ele de volta para a praça e Lena nos levou à uma limousine. Cara, eu nunca havia andado dentro de uma limousine antes, aquele foi um momento muito especial e inesquecível pra mim, a primeira vez que andei numa limousine. Incrível e grande por dentro. Saímos todos do carro e o motorista se despede com uma buzina e seguimos Silena restaurante adentro até um jardim dos fundos onde uma mulher parecida com Lena, de cabelos castanhos estava sentada do de um homem muito elegante que tinha o mesmo sorriso e olhos dela que quando a vê abre um sorriso assim como a mãe.

—Olá filha, que bom que chegou, eu já estava preocupado com a demora. - sorri ele.

—Que bom que chegou filha, já estava pensando em te ligar- sorri ela analisando Silena de cima a baixo sem nos notar.

—Oi pai, desculpa a demora, estava esperando meus amigos chegarem, se importa de eu ter-los trazido? - diz Silena ignorando sua mãe.

—Claro que não filha, é um prazer conhecê-los. - diz ele sorrindo e nos chamando pra sentar. - Como se chamam?

—Eu sou Lucas. - digo.

—Eu me chamo David, prazer. - diz David estendendo a mão pra ele.

—Prazer em conhecê-los. - ele diz apertando a minha mão e depois a do David sorrindo.

—Não cumprimenta sua mãe mais não Silena? - diz ela.

—Eu não tô vendo mãe nenhuma aqui só você mesmo Dona Louisa- sorri Lena se sentando de frente ao pai dela.

—Cadê o respeito que te ensinei garota, me respeite- diz a Senhora Louisa- Vai falar nada não Gavin?

—Filha, eu sei o que está pensando, mas por favor, olha as pessoas em volta. Olha seus amigos, não vai querer passar vergonha na frente deles né? - ele diz olhando Silena enquanto eu e David olhamos pra eles.

—Desculpa pai, é que ela me tira do sério, prometo tentar me controlar e Dona Louisa cadê a educação com os convidados?

—Você que tem que ser educada, me tirou toda a paciência com esse seu comportamento tolo e olá rapazes - ela sorri para nós.

—Olá Dona Louisa. - David e eu dissemos em uníssono.

—Não me chamem de dona, só Louisa já está bom, dona parece que sou velha - diz ela me fazendo segurar o riso - Como se chamam?

—Lá vem o interrogatório - murmura Silena.

—David Krupp, muito prazer. - fala David o riso e pegando na mão dela beijando.

—E eu Lucas Carter, muito prazer Louisa. -digo sorrindo e imitando o gesto de David.

—Então qual é a renda média da família de vocês? - pergunta ela.

—Meus pais juntos ganham dez mil por mês. - diz David.

—Os meus ganham juntos trinta mil. Quase não param em casa. - digo.

—Lucas querido, seus pais trabalham com o que? Talvez os conheça- ela sorri para mim ignorando David completamente.

—Minha mãe é uma arquiteta e meu pai empresário e deve ser famoso.

—Seu sobrenome me é familiar mesmo, é um imenso prazer conhecê-lo, com certeza é o parceiro ideal para minha filha - ela diz sorrindo.

—Desculpa D,ela é interesseira mesmo - diz Lena olhando David.

—Eu percebi Lena, relaxa. - fala ele a olhando.

—O prazer é todo meu Louisa. - digo forçando um sorriso constrangido, por mais que eu estivesse feliz com sua educação, não queria me sentir o melhor na frente dos meus amigos.

—Vamos mudar de assunto não, afinal eles são só meus amigos…- fala Silena que parecia meio sem graça.

—Porque não querida? Esse assunto te apetece tanto quanto qualquer outro- diz Louisa enquanto Lena olha para o pai como um pedido de socorro.

—Sério filha? - ele diz olhando Silena - Nenhum de vocês namora minha filha mesmo?

—Sério mesmo pai, os meninos podem até confirmar não é mesmo? - ela nos olha e assentimos juntos os olhando.

—Bom a minha opinião eu já dei e já deixo bem claro a minha preferência - diz Louisa quando a comida chega.

—E sua opinião nunca contou nada para mim mesmo - fala Lena bebendo o suco.

—Chega, vamos comer em paz. - diz o pai dela num tom mais alto que até me assustou , mas logo me recomponho assim como David e nos servimos.

—Desculpa, vou comer calada - fala Silena se servindo parecendo meio chateada e logo depois Louisa se serve falando algo baixo com o Gavin que assente e sorri.

Então, eu decidi comer calado também, achei muita falta de honestidade e de educação a Dona Louisa me tratar com tanto carinho por causa da renda familiar que eu tinha. Mesmo que eu gostasse da Lena, eu não admitia que ela aprovasse nosso namoro só por causa do meu dinheiro, parecia que ela não gostava da minha personalidade, da pessoa que eu sou. Acho que ter uma mulher dessa como sogra, não é legal.

—Filha aquelas coisas que você chama de amiga deixaram 3 ingressos para o show do Coldplay comigo, falaram para você levar quem quiser depois te entrego - diz Louisa enquanto Lena sorri animada.

—E elas são ótimas para o seu governo Dona Louisa- fala Silena sorrindo.

—Pense bem em quem vai levar depois te entregamos os ingressos. - diz o pai dela.

David e eu nos entreolhamos.

—Não sei quem lá da prisão gosta de Coldplay!- ela diz.

—Prisão não filha é colégio - diz Louisa bebendo o vinho.

—Nós dois gostamos. - digo apontando pra mim e pra David.

—Ah, então vamos nós três, está decidido - ela sorri comendo a sobremesa.

—Vamos sim. - sorri David animado e eu assinto sorrindo.

—Que bom filha, espero que se divirtam. - diz o pai dela, sorrindo.

—E que tomem cuidado, não sei que tipo de gentinha frequenta esses eventos - diz Louisa

—A gente sabe se cuidar. - digo..

—Eu cuido deles relaxem! - fala Silena.

—A minha maior preocupação é você mesmo Silena, como relaxar!- diz Louisa.

—A gente cuida dela. - fala David mesmo sabendo que seria ignorado.

—Eu acredito em vocês David, se divirtam. - diz Gavin o olhando sorrindo.

—Ótimo, agora Dona Louisa, estou segura, e eu sei me defender- diz Silena terminando a sobremesa.

Até que a comida daquele restaurante, além de caríssima, era deliciosa, todos comeram com uma expressão de satisfação. Até eu também havia adorado aquela comida. Após o fim do almoço, Gavin e Louisa se levantam..

—Bom, já estamos indo meninos, foi um prazer conhecê-los, desculpa qualquer coisa. - disse ele, que logo depois se despediu da filha e saiu com Louisa.

—Prazer foi nosso. - David e eu falamos juntos.

—E agora? O que vamos fazer? - pergunta Silena.

—Bom, eu vou pra casa, quero jogar logo o novo game que comprei. - diz David.

—Verdade, agora podemos jogar. - falo o olhando.

—Sim, claro. Você vem Lena?

—Não, obrigada, não curto esse tipo de jogela.

—Beleza, então vamos pra casa. - diz David se levantando e fizemos o mesmo.

—Desculpem pela Dona Louisa, ela só quer saber de dinheiro mesmo. - diz Silena quando já estávamos perto do condomínio.

—Ora, que isso, não foi nada. - digo.

Então, levamos Lena até o apartamento dela. Assim que chegamos, ela deu um abraço duplo em nós, sorrio ao sentir seu abraço e logo ela sai andando depressa para seu apartamento querendo tirar aquela roupa. Assim, chego com David no seu apartamento e logo começamos o jogo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acham da Dona Louisa? Espero que tenham gostado! Comentem!

Bjs da Caçadora!



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