When The Men Loves a Woman escrita por Gabriel Lucena, Caçadora Literaria


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, tudo bom? É o Gabriel quem está postando mais um capítulo fresquinho... O nome da música do capítulo é Velha Infância, dos tribalistas.

Boa leitura!



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POV Lucas Carter

Acordo no dia seguinte coçando os olhos e sorrio levemente ao lembrar que tenho um encontro com Megg mais tarde. Me levanto e vou tomar um banho. Depois de alguns minutos, saio vestindo uma calça jeans preta, camisa cinza e jaqueta de couro com meu all star. Vou pra cozinha e começo a preparar ovos com bacon pra fazer meu café da manhã. Assim que termino após um tempo, sento no sofá e fico pensando em como seria o jantar. Então pego meu celular e mando mensagem pra Megg:

Mensagem on:

Lucas on

Lucas: Oi Megg, tá acordada?

Megan: Oi Lucas, estou sim porque?

Lucas: Queria te convidar para um passeio no shopping.

Megan: Adoraria passear no shopping com você! (emoji de carinha feliz sorrindo)

Lucas: Ok então, se arruma que passo aí em vinte minutos (emoji sorrindo)

Megan: Ok!!! Mal posso esperar, bye bjs (emoji de beijo)

Lucas: Beijos (emoji de beijo)

Mensagem off

Assim que saio do chat, pego a chave e a carteira saindo de casa. Passo pela portaria e cumprimento o porteiro. Caminho calmamente até a casa de Megg torcendo para não encontrar Skyler ou Elliot. Exatamente vinte minutos depois, chego e respiro fundo me preparando para o caso deles aparecerem e toco a campainha.

—Oi Lucas! Pedi para ninguém atender a porta até eu sair - fala Megg saindo da casa fechando a porta, ela usava um salto anabela e um macacão jeans e uma bolsa branca com detalhes prata e uma leve maquiagem.

—Oi Megg, que bom, não queria encontrar sua amiga ou seu irmão aqui. - falo pegando a mão dela - Você está muito bonita viu?

—Obrigada...e eles não estão em casa - diz ela corando segurando em minha mão.

—Ah sim… E como anda sua vida? Seus pais te receberam bem? Ainda te tratam como antes? - pergunto caminhando com ela.

—Bom, como eu voltei ontem todos me trataram super bem, até o Elli e isso me deixou muito feliz - diz ela sorrindo caminhando.

—Que bom, espero que eles continuem assim. - falo sorrindo fraco por saber que em breve ela voltará para o estágio e ficará longe de mim novamente. Depois de alguns minutos chegamos no shopping.

—O que quer fazer primeiro? - sorrio ela me olhando.

—Tava pensando em irmos naquele lugar que fomos no nosso primeiro encontro. - sorrio a olhando.

—Aquele restaurante legal? Ah sim! Ia ser muito divertido relembrar nosso primeiro encontro. - sorri ela me olhando de volta.

—Pois é, aquele dia foi tão maravilhoso. - sorrio indo para o restaurante.

—Quando você me mandou mensagem convidando achei que estava brincando com a minha cara - diz ela entrando comigo.

—Eu também achei que você não aceitaria meu convite. - falo entrando com ela e escolhendo uma mesa.

—Eu não tinha nada a perder, então eu vim - ri ela sentando na mesa.

—Eu sei, e depois nos aproximamos bastante. - rio me sentando.

—Você me elogiou nesse dia e você me beijou também, foi um dia cheio de emoções - fala ela colocando a bolsa na cadeira.

—Foi mesmo, emoções que adorei sentir. - sorrio levemente lembrando.

—Você não me beijou naquele dia pelo motivo certo mas, eu não ligo mais - fala ela pegando o cardápio.

—Senti sua falta Megg. - falo pegando o cardápio a olhando.

—Eu também senti a sua, muito mesmo… - diz ela suspirando.

—O que foi? - pergunto pelo seu suspiro.

—É nada não - diz ela sorrindo fraco voltando a olhar o cardápio.

—Mesmo? Você não pareceu feliz agora. - falo a olhando sério.

—É que eu sei que o que eu sinto por você não é recíproco e isso dói - fala ela me olhando.

—Mas mesmo assim,  não sei se poderíamos ficar juntos, pois você terá que voltar para Milão. - falo a olhando.

—Mas se você me amasse eu ia ter motivos para voltar mais vezes - diz ela.

—Mas Megg, como não percebeu nada? - a olho.

—Como assim não percebi nada? - diz ela me olhando confusa.

—Todas as nossas conversas por mensagens enquanto estava na casa da Lena. Ontem no aeroporto, quando nos encontramos. Aquele não foi um abraço normal. E quando eu chorei por você não acreditar em mim? Se eu te enxergasse só como amiga eu não teria feito nada disso.

—Então...você gosta de mim? - ela me olha meio incrédula.

—Gosto sim… Você é a garota que eu tô gostando, mas parece que você não acredita. - suspiro.

—É que eu estou esperando você dizer isso faz tanto tempo que parece mais um sonho… - diz ela chocada.

—Ah sim entendo… - sorrio fraco.

—Acho que vou chorar - sorri ela largo.

—Eu vou chorar quando você voltar pra Itália.

—Eu posso não voltar para Itália - ela me olha.

—Por quê não? O seu chefe não está tirando umas férias? - a olho.

—Na verdade ele foi para uma semana de moda em uma cidade, ele não está de férias - suspira.

—Então, só temos uma semana juntos, acho que precisamos aproveitar bastante. - falo vendo o garçom chegar.

—Sim...vamos aproveitar - ela faz os pedidos.

Em pouco tempo os pedidos chegam e começamos a comer. Eu estava com saudade daquela comida daquele restaurante, mas ficou ainda melhor com Megg ali comigo. Enquanto comíamos, procurei não tocar no assunto sobre gostarmos um do outro, pois não queria mencionar ela ter que voltar logo. Algum tempo depois, terminamos de comer.

—Adoro a comida daqui. - falo limpando a boca.

—Sim, muito boa, senti falta daqui - sorri ela limpando a boca.

—Também senti. - sorrio.

—Aonde quer ir depois daqui? - pergunta ela.

—Não sei, onde podemos ir?

—Eu não me lembro muito bem daqui, mas ainda vamos ter o jantar? - pergunta ela levantando.

—Claro que vamos, sem dúvida. - falo me levantando também.

—Então quero comprar um vestido novo, um que você ache ideal para mim - sorri ela animada.

—Então vamos, vou te ajudar a escolher. - sorrio pra ela.

—Escolha uma loja ok? - sorri ela.

—Não entendo muito dessas coisas, mas escolho sim. - rio.

—Eu fala se a que você escolher for boa - ri ela saindo comigo após pagar.

—Tá bom então. - sorrio pegando sua mão saindo.

Assim que saímos do restaurante vamos até umas três lojas de roupas, mas somente na última eu encontrei uns vestidos na vitrine que eram a cara dela. Quando entramos na loja, torço pra que ela goste do vestido que vai experimentar. Escolho um vestido verde-abacate com paetê no contorno do busto, um rosa rodado e um azul marinho a entregando. Logo ela entra no provador e sai com o vestido verde-abacate mas ela diz que não gostou porque apaga o seu tom de pele, depois ela sai com o rosa rodado que a agrada um pouco mas está um pouco largo e por fim o azul que era mais justo ao corpo e fica perfeito nela, sorrio assentindo para o vestido e ela sorri de volta para o provador onde sai com sua roupa normal e vai pagar pelo seu vestido e saímos da loja.

—Que bom que encontramos o vestido ideal pra você. - sorrio pra ela.

—Sim, desculpa a demora para achar - ri ela caminhando comigo.

—Não tem problema… - sorrio caminhando com ela.

—Sério mesmo? Você deve ter ficado entediado - fala ela pegando minha mão. 

—Não tem como ficar entediado com você.- falo segurando sua mão e ela sorri corando e escuto uma voz parecida com a da Lena.

—Essa voz parece com a da Lena não? - diz Megg olhando em volta.

—Parece mesmo. - falo olhando em volta e logo vejo a mesma se aproximar com David.

—Oi Lucas, oi Megg. - sorri David.

—Oi Luca e Megg! Que coincidência não? - fala Lena sorrindo.

—Oi David e Lena, concordo plenamente - sorri Megg.

—Muita coincidência! - sorrio - O que vieram fazer aqui?

—Vim ajudar o D a comprar um terno para renovação, se lembra dela Luca? - diz Lena me olhando.

—Ah sim, eu lembro, mas acho que não poderei ir com vocês. - falo a olhando.

—Por quê não? - pergunta David.

—É que eu combinei de hoje à noite jantar com a Megg.

—Tudo bem, se divirtam casal! - sorri Lena e Megg cora.

—Até mais casal! - sorri David acenando e saindo com Lena e eu aceno de volta.

—Megg, será que podemos repetir aquele beijo que aconteceu lá na sorveteria?

—Você quer recriar aquele encontro? - ela me olha.

—Sim, acho que é uma boa forma de matar a saudade e tal…

—Pode ser então - ela sorri indo comigo para sorveteria. Sorrio indo com ela e assim que chegamos peço meu sorvete e ela o dela. Assim que sentamos na nossa mesa e tomamos nosso sorvete olho em volta lembrando daquele dia.

—O sorvete daqui continua muito bom - sorri ela.

—Continua mesmo, o que lembra mais ainda daquele encontro. - sorrio lembrando.

—Eu lembro que nesse dia eu percebi que você era muito legal e que seria um ótimo amigo - diz Megg tomando o sorvete dela.

—Eu percebi a mesma coisa de você. - falo tomando meu sorvete.

—Sério? Eu me abri com você né? - sorri ela.

—Sim, mas eu também me abri com você. - sorrio.

—Foi um dos melhores primeiros encontros que já tive - sorrio comendo o sorvete.

—Que bom, eu não me arrependo de ter te chamado. - sorrio tomando o sorvete.

—E eu não me arrependo de ter aceitado - sorri ela terminando o sorvete.

—Que bom. Tá faltando uma coisa né? - pergunto terminando o sorvete.

—Não quero que faça isso por obrigação - fala ela me olhando.

—Eu não te pediria se achasse que ia fazer por obrigação. - falo a olhando.

—Então faça… - ela me olha.

—Certo… - falo a olhando e toco seu rosto selando nossos lábios em um beijo. Aquele não era um lugar romântico pra beijar, mas a saudade era tanta que eu senti necessidade de beijá-la ali mesmo. Senti ela acariciar meus cabelos e eu seu rosto, ela também parecia estar com saudade dos meus lábios assim como eu dos dela. Quando o ar se faz necessário, depois de alguns minutos, separamos nossos lábios e a encaro.

—Eu estava com saudade do seu beijo. - falo acariciando seu rosto devagar.

—Acho que esse foi um dos melhores - sorri ela corando acariciando minha mão em seu rosto.

—Também acho, depois de tanto tempo. - sorrio fraco.

—Estou muito feliz, mas um pouco culpada por ser o motivo de você não acompanhar a Lena e o D - diz ela.

—Mas eu não ligo, ficar com você é mais divertido que com eles.  

—Porque? Eles não são seus amigos? - ela me olha confusa.

—Sim, são meus amigos, mas eles podem se divertir sem mim. Faz tempo que não fico com você e eu fiquei com eles há muito mais tempo. - a olho pegando suas mãos.

—Ok, é que eu queria ter certeza que não estava atrapalhando - fala ela me olhando.

—Não está não, eu juro. - falo.

—Que bom, o que vamos fazer agora? - sorri ela.

—Não sei, quem sabe patinar no gelo ou ir em algum fliperama esperar a hora passar?

—Não podemos demorar muito porque tenho que me arrumar - fala Megg levantando.

—Então vamos patinar mesmo porque nos fliperamas eu me empolgo. - rio.

—Ok, vamos então patinar no gelo - diz ela rindo.

—Ok, mas sinceramente, você está linda assim. - rio indo pra pista de patinação com ela.

—Eu não estou arrumada para um jantar, e você não gostaria que eu usasse o vestido que comprei hoje? - pergunta ela indo comigo.

—Sim, ele ficou ótimo em você. - sorrio indo com ela e poucos minutos depois chegamos e colocamos os patins.

Assim que começamos a patinar, seguro em sua mão para ajudá-la a se equilibrar, já que ela ainda estava aprendendo, deslizamos de um lado para o outro, andamos por todo o lugar que podíamos com os patins. Passou-se algum tempo até que paramos pra descansar.

—Foi divertido. - sorrio com ela.

—Sim, tirando minha falta de habilidade foi - ri ela.

—Esquece isso ok? Vamos aproveitar agora para o nosso jantar. - sorrio.

—Tenho que ir me arrumar, me leva para casa? - sorri ela.

—Levo sim. - sorrio.

—Obrigada - sorri ela beijando minha bochecha enquanto tira o patins. Aproveito e tiro o meu também pegando sua mão indo pra casa dela. Assim que chegamos  e entramos na casa de Megg, sento no sofá enquanto ela se arruma. Depois de alguns minutos ela volta usando o vestido azul, uma fina corrente, pulseira, o cabelo estava metade presa por grampos e um salto fino de tiras preto e uma bolsa de mão e usava uma maquiagem leve nos olhos e batom vermelho.

—Megg, você está deslumbrante. - falo sorrindo me levantando do sofá.

—Obrigada, quis ficar maravilhosa para você - diz ela sorrindo.

—E conseguiu. Vamos? - sorrio pegando sua mão e ela assente indo comigo. 

Assim que saímos da casa dela, vamos em direção ao mesmo restaurante que almocei com os pais de Lena e David, porém, ela não sabia disso e eu não ia contar. Aquele era o restaurante mais chique da cidade, senão o mais caro. Por isso essa foi minha escolha. Quando chegamos puxo uma cadeira para ela sentar e ela faz uma mesura sentando e eu sento na outra cadeira pegando o cardápio.

—Já veio nesse restaurante antes? - pergunto olhando o cardápio.

—Não, nunca vim aqui, meus pais não tem tempo de sair comigo e minhas amigas não saberiam se portar aqui - diz Megg também olhando o cardápio.

—Entendo, eu já comi uma vez aqui, aposto que vai adorar a comida. - falo fazendo meu pedido para o garçom.

—Aqui deve custar os olhos da cara - fala Megg fazendo seu pedido.

—Não se preocupe, só tem aparência de ser. - sorrio a olhando esperando o pedido.

—Quando percebeu que gostava de mim? - pergunta ela me olhando.

—Quando eu estava de férias, vi uma foto sua com o Jeff no Instagram e senti um pouco de ciúmes. Aí comecei a pensar no que foi aquele ciúme e depois de um tempo, percebi que era amor. - falo olhando em seus olhos.

—Acho que era aniversário dele, por isso postei a foto - diz ela sorrindo.

—E o que dizia a foto? Estava em italiano.

—Quer mesmo saber? - ela me olha.

—Quero. - a olho.

—Eu estava desejando parabéns e tudo de bom e melhor na vida dele, e o agradecendo por ser meu melhor amigo e instrutor lá em Milão - diz ela.

—Ah sim. - assinto.

—Gosto muito dele, até cogitei dar uma chance a ele. - ela me olha me deixando surpreso.

—E ele deve ter percebido, porque te trata tão bem, pelo que parecia no telefone. - a olho.

—Quando você notou isso? - ela me olha confusa.

—Quando te liguei pra desejar parabéns pelo telefone, ele foi tão ríspido comigo e quase desligou na minha cara.

—Ele não me disse isso… - suspira ela.

—Claro, não queria te causar má impressão.

—Mas ele sabe que eu te amo - diz ela pegando minha mão.

—Mas ele deve sentir ciúmes por isso. - acaricio sua mão.

—Porque? Ele é apenas um amigo - fala ela.

—Eu sei que é, mas depois da minha conversa com ele pelo telefone, eu acho que sente ciúmes. Mas não quero falar disso, quero aproveitar cada segundo com você.

—Sobre o que quer falar? - sorri ela me olhando.

—Ah, sobre mim não tem muita coisa, mas você deve ter né? Acabou de chegar de viagem, deve ter visto muitas coisas legais lá em Milão. - sorrio a olhando.

—Como foi suas férias com o D e a Lena? - pergunta ela me olhando com os olhos brilhando.

—Foram ótimas, ficamos numa casa de praia muito linda e grande, conhecemos uma vila muito bonita lá, conhecemos dois amigos da Lena que ensinaram a gente a surfar, duas amigas meio que mais malucas até que a Lena numa festa, aproveitamos bastante. - sorrio lembrando a olhando.

—Me parece bem divertido, sabe de algum avanço do D em relação a ela? - sorri ela.

—Estão cada dia mais próximos, mas ainda não namoram… Mas parecem estar perto. - sorrio

—E nós? O que somos? - ela me olha.

—Amigos que se amam? - a olho.

—Amigos...que se amam...humm ok - fala ela vendo os pratos chegando. Suspiro me servindo e começo a comer. A comida estava deliciosa assim como a última vez que fui almoçar lá. O clima ficou meio tenso, vi que ela não gostou de ser chamada de “amiga” mas eu não queria ter um namoro sério com ela agora para depois ela voltar para Milão e ficarmos sofrendo por não podermos nos ver. Sei que é injusto, mas eu acho que é o melhor. Ou não?

—Gostou da comida? - pergunto ao acabar de comer limpando a boca tentando quebrar o gelo.

—Sim, estava uma delícia - sorri fraco ela.

—Que bom, sabia que ia gostar. - sorrio fraco também.

—Não tem como não gostar, tanto da companhia quanto da comida né Lucas? - diz ela.

—Tem razão. - assinto levantando e indo ao caixa pra pagar. Depois volto até ela e pego sua mão para irmos - Vamos indo?

—Vamos sim - diz ela.

Então, caminhamos juntos até a casa dela, o caminho foi todo em silêncio, tinha acabado de estragar tudo, eu não devia ter falado aquilo, agora minha cabeça estava completamente confusa, pois eu achava que havia feito o certo mas ao mesmo tempo o errado. Como sabia que ela estava magoada, assim que chegamos em sua casa, sorrio para ela.

—Boa noite Megg, adorei o dia de hoje. - sorrio acariciando seu rosto.

—Boa noite Lucas, també adorei - sorri ela de lado me olhando.

Sorrio mais e aproximo nossos lábios selando em mais um beijo. Eu a amo muito, então tinha que mostrar para ela isso, além da saudade do seu beijo que estava me deixando agoniado. Pouco tempo depois do beijo, paramos para respirar e me afasto sorrindo lentamente enquanto ela entra em casa. Chego em casa e depois de tomar banho, me deito e fico pensando nela, será que havia falado a coisa certa pra ela? É capaz dela levar a chance do Jeff à sério e eu perdê-la pra sempre. Será? Acabo dormindo com esses pensamentos.

  

P.O.V Silena Vanderbill

 Havia passado a manhã toda com D no shopping tinha sido muito divertido além da gente poder ver Megg e Luca juntos, talvez com isso eu consiga coragem de seguir com meus sentimentos, mas isso era pensamento para outro momento, agora tinha que ir para onde minha “mãe” está se arrumando e ser uma ótima filha e se arrumar lá também. Chego lá as 19 horas da noite já com uma maquiagem leve e os cabelos ondulados do jeito que a Dona Louisa instruiu as moças do salão e sigo para o quarto onde ela estava.

—Cheguei, meu vestido está aqui? - pergunto a ela que estava já vestida sendo maquiada com os cabelos meio arrumados.

—Está sim, obrigada por vir antes, gostaria de conversar com você antes de tudo - diz ela enquanto uma outra mulher me entrega o vestido no cabide.

—Deixa eu só colocar o vestido e o salto que já conversamos - falo meio a contragosto estranhando o comportamento dela e entro no banheiro e visto o vestido azul claro de alça, que era justo e curto com uma fita preta na cintura e calço um salto alto prata e saio do banheiro e sento na cama a olhando em pé, pronta e de frente para o espelho.

—Silena, filha...eu gostaria que não brigássemos hoje, pelo seu pai, nem é por mim, porque eu sei que você mal me suporta e eu não suporto você não me escutar, mas só hoje podemos parecer que estamos bem? - diz ela finalmente me olhando, ela parecia sincera, afinal ela gostava muito do papai.

—Ok, por ele serei uma boa filha e não causarei briga - falo a olhando nos olhos e ela sorri e saio do quarto e pego meu celular na bolsa e sento no sofá da sala do lugar e mando uma mensagem para D.

 Mensagem on

 Lena: D? Está aí?

David: Sim Lena, estou.

Lena: Já está pronto? Daqui a pouco é a renovação (emoji de dançarina)

David: Estou sim, já coloquei os sapatos, já posso ir aí?

Lena: Daqui a pouco, eu estou com a “mãe querida” então acho melhor não.

David: Ok, me avisa quando eu puder ir.

Lena: Estou curiosa para te ver de terno, acho que nunca te vi assim (emoji de carinha pensante)

David: Bom, eu nunca vesti um terno antes, mas acho que fiquei bonito (emoji de carinha rindo)

Lena: Olha ele se achando! (emoji de carinha rindo) Ah você viu o Luca com a Megg né?

David: Vi sim, pareciam bem próximos.

Lena: Acha que ele gosta dela? Tipo muito?

David: Gosta sim, ontem à noite ele me disse que pretendia falar a verdade pra ela, talvez vá pedir em namoro.

Lena: Então agora só você gosta de mim?

David: É o que parece né? Felizmente.

Lena: Tenho que ir agora D, venha daqui a uma hora, tchau. 

David: Pode deixar, até mais, tchau (emoji de beijo)

Lena off

David off

Mensagem off

Guardo o celular, não queria tocar naquele assunto, precisava evitar ele o máximo, não estou pronta para ter algo sério novamente, vejo a Dona Louisa sair acompanhada de meu tio e seu amigo com suas esposas e eles vão em um carro na frente e eu com ela, o trajeto foi demorado pois ela tinha que chegar atrasada, estava torcendo para D já estar lá quando eu chegar, não queria ficar sozinha lá.

Chegamos na igreja uns minutos depois da hora marcada e saio com ela e pego a caixinha com as alianças e vejo vovô na porta sorridente para entrar com a minha “mãe”, assim que eles entram entro atrás mas não vejo D por ter que ficar na frente, e o resto segue conforme o planejado e vamos para o local da festa e chegando lá caminho procurando D mas não o acho.

—Oi Lena. - diz ele atrás de mim me assustando por estar distraída.

—Aí menino! Faz isso mais não - viro dando um tapa de leve no ombro dele..

—Foi mal não imaginei que estivesse distraída. - rio - E foi mal a demora também.

—Demora para nos encontrarmos? - eu o olho analisando ele discretamente.

—Sim, é que eu estava evitando ficar na visão da Dona Louisa. - ele ri.

—Ainda bem que foi esperto, e você fica ótimo de terno - digo rindo.

—Obrigado, e você ficou ótima nesse vestido. - sorri ele.

—Eu sei, até que a megera foi gentil comigo na escolha do vestido - sorrio olhando minha roupa.

—Ela tem bom gosto apesar de tudo. - sorri ele ajeitando a gravata.

—Você gostou mesmo do vestido - rio.

—Claro que gostei. - sorri ele.

—O que quer fazer primeiramente? - o olho.

—Não sei, o que se faz numa festa dessas? - ele ri olhando em volta.

—Bom, podemos comer e beber porque essa música tá muito deprimente e conversar - rio indo para um sofá que tinha alí.

—Vou pegar uma batida para nós, que tal? - ri ele.

—Pode pegar, estarei te esperando aqui - falo já sentada.

—Tá bom, já volto - ele diz e some no meio da multidão, pouco depois ele volta com um copo e senta do meu lado sorrindo. - É muito boa essa batida.

—Já provou? Que rapído - rio bebendo um pouco, e realmente estava muito boa.

—Já sim, não ia perder essa né? - ri ele bebendo outro gole.

—O que achou da cerimônia? - o olho bebendo um pouco.

—Achei bonita, a decoração, o ambiente, tudo lindo. - sorri ele.

—Está sorridente, já fez efeito a batida? - rio bebendo um pouco.

—Lena, eu pedi batida sem álcool. - ri ele bebendo.

—A minha também é? Ah sem graça, preciso estar louca para aguentar essa festa deprimente - falo bebendo.

—Eu quero te ajudar a se divertir sem precisar beber, não que eu não queira que você beba e fique louca, mas não acho que precise beber pra se divertir. - ele me olha.

—Ok, ok esquece o que eu disse - falo terminando a batida.

—Vou pegar mais uma, vamos? - fala ele terminando a batida.

—Não quero agora, te espero aqui ok? - o olho.

—Tá bom então. - diz ele se levantando indo pegar mais uma batida enquanto penso em uma forma de me divertir sem estragar o dia da megera.

— Voltei, sobre o quê mais quer conversar? - diz D.

—Não faço a minima ideia - rio sem graça.

—Nem eu mesmo. - ri ele me entregando a batida e sinto cheiro de álcool.

—D, eu disse que não queria agora - falo devolvendo para ele.

—Tudo bem. - diz ele colocando a batida na mesa de centro e bebendo a dele e suspiro pelo clima estranho que tinha se instalado ali.. - Seu pai parece feliz.

—Ele está, a megera o ama e ele ama ela, eu sou a única coisa errada na relação - rio irônica vendo meu pai sorrindo e abraçando a megera.

—Não fale assim Lena, você não é um erro. - diz ele pegando minha mão.

—Claro que sou, eu não devia ser quem eu sou, devia ser Megan, ela com certeza seria a filha perfeita para eles - falo puxando minha mão da dele.

—Será que a Megg aceitaria trocar de mãe? - fala ele bebendo.

—Tenho que respirar - levanto do sofá me afastando dele e da festa.

—Lena, espera… - diz ele me seguindo.

—Vai aproveitar a festa David - falo andando mais rápido.

—Eu vim à essa festa por causa de você. - suspira ele.

—Eu não sei se você percebeu, mas eu não estou em clima de festa - bufo irritada com tudo e ele apenas assente ficando parado ali mesmo. Depois de um tempo decido falar algo me virando para D. - Eu preciso daquela batida ou de uma garrafa de bebida para essa loucura que quero fazer.

—Eu posso fazer essa loucura com você? - pergunta ele me olhando.

—Se você quiser andar por aí só de roupa de baixo, sim você pode, por aí eu quero dizer na rua. - falo o olhando.

—Nossa, uma loucura dessas vai te animar? - diz ele me olhando surpreso.

—Não sei, mas preciso sair daqui antes que eu estrague essa festa toda - respiro fundo voltando para festa em busca de algo forte.

—Então vamos, faz tempo que não fazemos uma loucura. - sorri ele me seguindo.

Chego na festa e pego alguma bebida forte no bar e coloco em um copo e tomo tudo de uma vez fazendo D tomar o mesmo só que mais fraca e o puxo para os fundo daquele lugar onde iríamos começar a loucura.

 

P.O.V David Krupp

Foi difícil entrar na festa sem ser visto pela Dona Louisa, na certa, ela me expulsaria de lá se me visse, mas por sorte, ela não me viu e pude conversar com Lena à vontade na festa. Tudo foi legal tirando a hora que um clima tenso ficou entre eu e Lena, uma discussão rápida, mas acho que o melhor jeito de me desculpar pela briga era fazendo a loucura com ela. Então, assim que bebemos algo forte, vamos para os fundos do salão onde ninguém nos veria.

—E agora? - pergunto já longe da festa.

—Fazemos isso - diz ela tirando o vestido e depois o salto.

—Então espera um pouco porque tirar terno é meio complicado. - falo tirando o paletó e a gravata enquanto olho seu corpo seminu.

—Meu Deus, como você é lerdo - fala ela desabotoando minha camisa para me ajudar.

—Desculpe, mas nunca usei terno antes. - falo tirando a camisa com a ajuda dela.

—A calça eu não ajudo - diz ela indo abrir a porta dos fundos do salão.

—Nem precisa, é fácil. - falo tirando os sapatos e depois a calça deixando tudo num canto e vou até ela.

—Preparado? - ela me olha abrindo a porta.

—Estou. - assinto com a cabeça.

—Ok, então vamos lá - diz ela saindo pela porta.

Respiro fundo e saio pela porta também, eu não tinha certeza se estava preparado, mas eu queria fazer aquela loucura por ela.

—Ainda bem que não está frio. - falo andando com ela. 

—Mesmo se estivesse eu faria isso - diz ela andando na minha frente.

—Corajosa. - rio olhando ela na minha frente.

—Covarde isso sim - fala ela suspirando.

—Por quê? - falo confuso.

—Eu to fazendo isso para fugir de ter que mentir que tenho uma relação ótima com eles -fala ela.

—Desculpa se não estou te apoiando como você queria. - falo suspirando.

—Você não tem nada haver com isso relaxa - para ela me olhando.

—Tá bom, quanto tempo vai durar essa loucura? - a olho depois de pararmos. 

—Não quer fazer essa loucura? - ela me olha.

—Eu quero, só fiquei curioso para saber. - a olho.

—Não sei, e não estamos fazendo nada demais, tá se sentindo incomodado? - ela me olha arqueando uma sobrancelha.

—De jeito nenhum, eu gosto de fazer loucuras, só tô preocupado com a polícia nos pegar aqui na rua. - confesso.

—Se algo desse tipo acontecer confie em mim que eu dou um jeito - ela olha e pisca pra mim voltando a andar.

—Tudo bem então. - falo assentindo e voltando a andar com ela. Caminhamos algumas quadras iluminadas com postes, o frio agora já não era mais problema, mas sim a polícia aparecer por lá, eu sei que ela daria um jeito, mas eu tenho medo dessas coisas, nunca estive numa delegacia antes, mas é melhor pensar que vai dar tudo certo.

E deu, até chegarmos num certo ponto da cidade, eu já não sabia mais se olhava a rua ou se olhava as curvas do corpo de Lena. E aquela conversa que tivemos por mensagem antes da cerimônia me deixou confuso, por quê ela parou a conversa bem na hora do ponto alto do assunto?

—Tá legal a loucura né? - pergunto tentando quebrar o gelo.

—Sim, e pra você tá legal me secar com os olhos? - ri ela ainda caminhando. 

—Sim, é uma bela vista. - falo ainda olhando seu corpo.

—Ainda bem que não mente na cara dura falando que não está olhando - diz ela parando para andar do meu lado.

—E por quê eu mentiria pra você? - paro a olhando nos olhos finalmente.

—Por vergonha de olhar meu corpo descaradamente - diz ela me olhando nos olhos também.

—É que quando você fica com a roupa de baixo fica difícil não olhar, então eu olho mas não te falo, vai que você se sente incomodada. - falo firme.

—Primeiramente essa é a primeira vez que fico só de roupa de baixo perto de você e em segundo é como biquíni e em terceiro eu sinto seu olhar - diz ela se aproximando.

—Primeira vez não, lá na casa de praia durante as férias você ficou de biquíni perto de mim. E eu percebi que você sente, mas não sei se você gosta que eu te olhe. - falo a vendo se aproximar.

—Biquíni não é roupa de baixo bobinho e se eu nunca reclamei o que acha? - pergunta ela me encarando.

—Não sabia que tinha diferença. - rio - Que bom que não se importa. - falo a encarando.

—Claro que tem diferença, ninguém usa biquíni transparente ou de renda - ri ela me olhando.

—Posso ficar olhando então? - rio.

—Olhar não tira pedaço, então seja discreto e não fica olhando muito - diz ela se afastando.

—Tá, pode deixar. - assinto a vendo se afastar e voltar a caminhar. Mais alguns minutos se passaram quando voltamos a andar. Mesmo tentando ser discreto, a tentação era muito grande, e eu sendo fraco comigo mesmo, acabo não aguentando. Assim que chegamos de frente para uma praça deserta, paro de andar. - Lena?

—Oi D, porque parou? - pergunta ela parando e se virando para mim.

—Vou fazer uma coisa, mas espero que não me bata depois. - falo me aproximando e puxo sua cintura lhe beijando. Acaricio suas costas e seguro firme em sua cintura matando minha vontade. Naquele mísero um segundo em que beijamos, ouço uma voz grave nos chamar.

—O que está acontecendo aqui? - pergunta a voz e eu gelo no lugar.

—Oi, senhor policial, ainda bem que te encontramos - diz Lena calma se afastando.

—Por quê ainda bem? - pergunta o policial e eu encaro Lena confuso.

—Eu e o meu namorado fomos assaltados saindo da festa de casamento dos meus pais para tomar um ar e ficamos sem roupa, então caminhamos pelas ruas em busca de ajuda, então eu estava muito mal por não poder voltar para festa, meu namorado estava me consolando quando o senhor chegou - fala ela parecendo abalada e eu me surpreendo.

—Por isso estavam se agarrando? - pergunta ele meio desconfiado.

—Sim… estou muito sensível, me desculpa - fala Lena chorando.

—Isso é verdade rapaz? - pergunta o policial me olhando e eu assinto - Então venham comigo, precisam dar depoimento e eu poderei dar umas roupas para vocês. - ele diz nos conduzindo para a viatura e entramos.

—Muito obrigada Senhor - fala Lena secando as lágrimas e deitando a cabeça no meu ombro.

—Obrigado senhor policial. - falo visivelmente abalado e acaricio os cabelos de Lena, me sentia culpado por isso.

Assim que chegamos na delegacia, ele nos conduz para sua sala e nos entrega umas roupas.

—Como era esse bandido? - pergunta ele.

—Não sabemos, ele tava de máscara, mas era alto e magro de pele parda. - falo a primeira coisa que me vem na cabeça.

—Verdade senhor - afirma Lena terminando de calçar a bota.

—Ok, faremos o possível para achá-lo, preciso do telefone de um de vocês para ligar para seus responsáveis. - diz ele.

—Eu dou o meu. - falo acabando de me vestir e dou o número. Logo, ele fala com minha mãe e nos libera para esperar minha mãe chegar.

—Ufa, ainda bem que tudo deu certo - diz Lena aliviada quando saímos da delegacia e esperamos minha mãe.

—Você atua muito bem. - rio fraco.

—Obrigada, o seu beijo me inspirou - diz ela sorrindo para mim.

—Mas também nos meteu nisso, desculpa. - suspiro olhando ela.

—Foi uma das melhores loucuras que já me aconteceu! Não precisa pedir desculpas - diz ela me olhando sorrindo.

—Ufa, que bom. - sorrio e logo minha mãe chega.

—Filho, você está bem? Te machucaram? - pergunta ela desesperada.

—Não mãe, eu tô bem. - falo e logo ela se vira pra Lena.

—E você? Está bem? - pergunta ela.

—Sim, eu  estou bem - diz Lena meio sem graça.

—Vamos irei levar vocês pra casa. - diz ela se levantando.

—D… pede para ela nos deixar no fundo do local da festa - fala ela baixo perto de mim. 

—Mãe, não nos leva pra casa, nos leva pros fundos da festa.  - peço e ela assente nos deixando lá. - Obrigado mãe.

—Obrigada Sra. Krupp - fala Lena saindo do carro.

Acenamos pra ela e pegamos nossas roupas vestindo.

—E agora? O que faremos? - pergunto a olhando.

—Devem ter partido o bolo, vamos comer estou morta de fome - fala ela terminando de se ajeitar.

—Vamos entrar então. - falo me vestindo e entrando dentro do salão.

—Sua mãe me parece uma pessoa muito legal - fala Lena depois de buscar bolo para mim e pra ela.

—Ela é sim, que bom que se deram bem. - falo comendo o bolo.

—D...a gente mal se falou, não sei se me dei bem com ela - diz Lena comendo o bolo.

—Mas ela se preocupou com você, já é alguma coisa. - falo comendo mais.

—Esse bolo está muito bom - fala ela comendo.

—Está mesmo, quem fez? - falo comendo.

—Não sei, não participei das decisões do casamento - fala ela com a boca suja de glacê.

—Ok então. - rio limpando o canto da boca. 

—Eu devo estar suja também né? - ri ela me olhando.

—Tá sim, bem aqui - rio apontando a boca dela e lembro do beijo.

—Ah obrigada - sorri ela pegando um guardanapo e limpando.

—De nada. - sorrio pra ela.

—Espero que não tenham notado meu sumiço - diz ela pegando o celular e usando como espelho para retocar o leve batom que ela usava.

—Eu também espero... nossa, que aventura. - sorrio.

—Acho que não vai querer me ver por um bom tempo - ri ela.

—Não, pelo contrário. - sorrio.

—Não está bravo comigo? - ela me olha surpresa.

—Claro que não, de jeito nenhum. - sorrio a olhando.

—Fico feliz com isso - sorri ela me olhando.

—Eu também. - sorrio mais e ela desvia o olhar. Logo voltamos a nos sentar na mesma poltrona de antes e conversamos até a festa acabar. Assim que a festa acaba Lena se despede dos pais que agora irão para a lua de mel e seguimos juntos para o condomínio com o motorista de Lena. Ao chegarmos lá, entramos no elevador.

—Lena? - chamo.

—Sim D - ela me olha,

—A gente nem falou de nós na festa. - a olho.

—Esse elevador é lento… - fala ela.

—Então podemos conversar sobre isso agora? - falo.

—Esse salto machuca muito sabia? - diz ela.

—Quer que eu o segure pra você?

—Não precisa, obrigada - diz ela voltando ao silêncio.

—Ok… - falo e respiro fundo - Lembra da nossa conversa por telefone?

—Foram tantas...de qual em particular? - pergunta ela.

—De algumas horas atrás, quando perguntou do Lucas e Megg.

—Eles são fofos né? - sorri ela.

—São mesmo, por isso acho que o caminho está aberto pra nós. - sorrio.

—Caminho aberto para sairmos com eles né? - fala ela rindo forçado 

—Não… Quer dizer, sim, mas não era bem isso que eu quis dizer.

—Então o que quis dizer? - ela olha o visor que mostra os andar.

—Sobre nós, temos o caminho livre agora. - a olho.

—Eu continuo não entendendo aonde quer chegar… - diz ela.

—O Lucas não gosta mais de você como eu gosto, por quê está fugindo do assunto? Desistiu de mim também? - suspiro, havia perdido a paciência.

—Claro que não desisti de você! É que...para mim esse assunto é muito difícil de se tratar - diz ela saindo quando o elevado abre a porta.

—E por quê é tão difícil assim? - saio atrás dela.

—Porque eu saí de um relacionamento complicado faz pouco tempo - diz ela se apressando para ir até o apartamento dela.

—Eu sei disso, mas você sabe que eu não sou como ele. - digo a seguindo.

—É eu sei, mas eu não estou pronta para namorar...droga cadê a porcaria da chave - bufa Lena vasculhando a bolsa.

—Ah, era só ter me falado desde o início. - suspiro.

—Você não entende! - diz ela suspirando sem achar a chave.

—Eu não vou insistir Lena, só queria que você tivesse me dito desde o começo.

—Eu prefiro fugir dos meus problemas do quer ser direta e magoar quem gosto - bufa ela desistindo da chave.

—Você não ia me magoar, acabei de falar que não vou insistir em você. - suspiro.

—Você vai parar de gostar de mim? - ela me olha.

—Lógico que não, mas não vou ficar falando da gente namorar enquanto você não estiver pronta. - falo pegando minha chave.

—Acho que perdi a chave de casa - fala ela suspirando.

—Quer dormir em casa? Amanhã procuramos, você deve ter esquecido no salão. - falo me aproximando.

—Eu deixei na bolsa da megera, amanhã eu falo com o Jayme e ele resolve para mim, tenho uma extra lá dentro. - diz ela me olhando.

—Tá bom então. - falo a olhando.

—Posso mesmo ficar no seu apartamento hoje? - ela me olha.

—Se quiser ficar pode…

—É melhor que dormir no corredor - ri ela sem graça.

—Então vamos entrar. - falo abrindo a porta do meu apartamento.

—Licença… - fala ela entrando.

—Fique à vontade. - falo deixando ela entrar.

—Você pode me arranjar uma coberta e eu me ajeito no sofá - fala ela comigo.

—Ah, claro… Se quiser toma um banho enquanto eu pego. - falo indo pro quarto.

—Onde posso pegar uma toalha? - diz ela me esperando na sala.

—No banheiro tem. - falo pegando uma coberta.

—Ok, obrigada - diz ela indo para o banheiro e fechando a porta. Enquanto ela toma banho, puxo uma alavanca transformando o sofá numa cama e coloco um travesseiro, cobertas e lençóis limpos. Quando termino, vou até a poltrona e sento a esperando.- Não sabia que era um sofá cama - diz ela com o salto na mão descalça com o vestido e cabelo preso.

—Eu também não, fui descobrir há pouco tempo - rio fraco - Se quiser dormir só com a roupa de baixo para ficar mais confortável, você pode. Eu não ligo.

—Acho melhor não, pode não ser seguro - diz ela sentando no sofá cama - Obrigada D...

—Seguro é, mas você que sabe… De nada Lena, boa noite. - falo beijando sua testa.

—D...você pode ficar um pouco aqui comigo? E eu não fechei o vestido, tá confortável - ri ela.

—Tá, eu fico até você dormir… - sorrio fraco ficando ao seu lado.

—Obrigada … boa noite D - diz ela me dando um rápido selinho e virando de costas para mim já deitada.

—Boa noite Lena… - falo retribuindo o selinho mesmo surpreso e deito para o outro lado pensando por um longo tempo nossa conversa, suas palavras não saíam da minha cabeça. O que eu faço agora? Com o tempo, o cansaço me domina e o sono vem junto, fazendo eu adormecer ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo!



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