8 years escrita por UghFitz


Capítulo 1
Capítulo Único- 8 years


Notas iniciais do capítulo

Gente, escrevi essa fanfic porque eu sou apaixonada com a relação Skye- Coulson- May. E porque tinha prometido para as meninas do Agents of May. Então aqui está minha primeira fanfic Philinda.
Gente, 8 é um número de sorte na china, então eu quis meio que fazer essa referencia



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Dia dois de julho. Melinda sabia exatamente o que significava aquela data. Há oito anos atrás, ela viajava a Bahrein, totalmente alheira as coisas que poderiam dar errado naquela viagem. E algumas horas depois de pousar naquele pequeno aeroporto clandestino, ela se viu com Katya, uma garotinha inumana que não sabia lidar com seus próprios poderes, morta em seus nos braços e uma perda enorme de quem ela sabia que era.

As perdas não pararam por ali. A chinesa que tinha certeza que queria ser mãe, não conseguia afastar o sentimento que se tivesse um filho seria como aquela garotinha em Bahrein. Perturbado, por ter uma mãe mais desajustada ainda. Logo, ela já afastava o marido, desencorajando-o a tentar qualquer aproximação. Este desistiu, a deixando sozinha naquela imensa casa dois meses depois dela receber o nome de Cavalaria.

Oito anos depois ela ainda acordava com um peso no peito, idealizando como poderia ter salvado Katya dela mesma.

Depois de Bahrein, a única pessoa que permanecia ao seu lado era seu melhor amigo -agora marido. - Coulson. E quando ele pousou uma xícara de café fumegando em sua frente, sorriu para ela, que devolveu com desanimo .

—Dois de julho. Eu sei que está chegando.- ele a confortou, passando um braço em seus ombros. - Mas hoje não pode ser um dia triste. Eu vou te levar em um lugar especial.

Melinda o olhou desconfiada. Não fazia ideia do que ele estava aprontando.

—Phil... O que você está pensando em fazer? - ela perguntou, a voz refletindo a surpresa.

—Apenas fique pronta! - ele sorriu. - Roupa de civil, não de agente.

Melinda rolou os olhos e subiu a escada quando acabou a refeição. Vestiu uma saia de cintura alta é uma blusa simples de botão, sentindo falta do seu uniforme no ato. Desceu as escadas se equilibrando nos Scarpins e planejando em como fugir de qualquer coisa que Phil planejasse.

—Está linda, como sempre. - Coulson ofereceu o braço para ela e a arrastou até a garagem.

Mesmo com todos os protestos da morena, Phil tirou Lola da garagem e dirigiu até um lugar que Melinda conhecia muito bem: "Orfanato de Santa Agnes.". Ela frequentara o lugar anos antes, quando pensava em adotar uma criança com seu ex-marido.

—Philip, o que você tem em mente? - ela perguntou aterrorizada.

—Melinda. - ele suspirou antes de continuar, tomando coragem. - Já estamos juntos há mais de 6 anos. Casados ha mais de 4. Acho que estamos na hora de aumentar nossa família.

—Coulson, você está maluco? Você sabe muito bem como eu me sinto. Eu não vou adotar uma criança, eu não sirvo para ser mãe! - ela chorava quando ele estacionou o carro no estacionamento da instituição.

—May, por favor. Só vamos conhecer as crianças. Não precisamos tomar nenhuma decisão hoje. - Phil tomou seu rosto nas mãos, ela se sentiu mais calma.

—Apenas conhecer. - ela repetiu e acenou positivamente. - Então vamos.

Ambos saíram do carro, sendo recebidos por uma mulher de meia idade com um sorriso simpático.

—Olá. Meu nome é Eva e sejam bem vindos ao Santa Agnes. - ela abriu a porta, o encaminhando para um corredor. - Venham, as crianças sempre adoram as visitas.

Eles seguiram por um longo corredor até um pátio, que possuía alguns brinquedos espalhados e um simples playground. Melinda podia observar muitas crianças de várias idades, até algumas mais velhas com mais novas no colo ou brincando. O coração da morena pareceu derreter no peito e de repente ela queria levar todos eles para casa e cuida-los.

—Vocês têm preferências de idade, género... - Eva fazia perguntas para o casal e o Coulson as respondia com a mesma resposta.

—Qualquer criança que queira ter pais e que nos aceite. - Eva concordava com a resposta, mas parecia insatisfeita.

Melinda apenas fingia que escutava a conversa. Toda sua atenção estava concentrada em uma garotinha que brincava com um computador velho no fundo da sala. A menininha tinha os cabelos negros como os dela e os olhos levemente puxados. "Talvez metade asiática?" May se perguntava.

—Quem é aquela garota?. - ela apontou para o computador, cortando qualquer que fosse o assunto entre Coulson e a mulher.

—Aquela é Mary Sue. É uma garotinha que mora aqui desde que fora deixada na porta, ainda bebê.

—Ela nunca foi procurada? - Melinda parecia surpresa.

—Não. Ela chegou a ir para casas de possíveis pais, mas sempre foi devolvida. Ela é um pouco problemática, não costuma se relacionar com as outras crianças. - Eva revirou os olhos.

Coulson podia ver os olhos de Melinda brilhando ao olhar para a pequena, que estava totalmente alheia ao que estava acontecendo.

—Será que podemos falar com ela? -Coulson perguntou, recebendo um sorriso deslumbrante da mulher.

—Claro que sim. Talvez depois vocês queiram falar com a Patrícia, que é um pouco mais nova...

Melinda deixou a mulher sozinha e foi em direção a menina. Quando chegou perto se agachou para ficar ao nível dela, sentada na cadeira do computador.

—Olá! - a menina olhou com desconfiança. - Você é a Mary não é?

—Meu nome é Skye. - a pequena rolou os olhos. - Mary Sue Potts é um nome idiota que as freiras me deram. -Assim que terminou de falar, Skye colocou as mãozinhas na boca. - Me desculpe. Eu sei que idiota é uma palavra feia. Eva sempre fala que não posso dizer palavras feias, porque pessoas não vão querer ser meus papais.

Skye olhou para o chão. Melinda sorriu para a pequena, se vendo um pouco nela na sua própria infância.

—Skye. - Melinda levantou o rosto dela. - Esse é meu marido. - disse apontando para o Coulson. - Ele é um idiota. E não tem problema falar isso.

A menina riu baixinho da situação.

—Você quer dar um passeio com a gente? - Phil completou, antes que a mulher piorasse a imagem dele.

A menina confirmou que sim, saindo finalmente daquele computador. Eles começaram a andar no pátio, indo para um lugar mais afastado.

—Então Skye... - Melinda começou. -Quantos anos você tem?

—Eu tenho 7 anos. Mas amanhã eu completo 8. - ela disse, colocando as mãos com os dedinhos correspondentes. O coração de May deu um pulo. Skye nascera justamente no dia dos acontecimentos de Bahrein. Melinda ponderou um instante como duas coisas tão distintas poderiam ter acontecido: o nascimento de uma criança e a morte uma outra. A menina começava a estranhar a reação da chinesa. Coulson interviu.

—E você gosta de morar aqui?

—Ah, eu até gosto. Tenho alguns amigos, apesar deles serem mais velhos que eu. Mas gosto de verdade de jogar coisas no computador.- Skye pegou uma pequena margarida no jardim e deu a May, que estava calada - Para senhora, porque é tão bonita quanto essa flor.

Melinda sorriu. Passaram longas horas conversando com Skye até que a menina abriu a boca num pequeno "O".

—Hora de dormir... - Melinda disse, pegando a menina no colo. Ela deitou no ombro da mulher mas rapidamente levantou.

—Se eu dormir vocês vão ir embora. Não quero ir dormir. - ela fez o maior esforço para reprimir o próximo bocejo.

—Amanhã nós vamos voltar. - Melinda disse. Levou ela até o quarto que ela apontou sendo o dela e a deitou na cama. -Agora você vai dormir para amanhã chegar mais rápido.

Melinda beijou a testa da garota antes de sair do quarto. Coulson esperava ela no corredor.

—Eva disse que se quisermos sair com ela do orfanato pela manhã amanhã temos permissão. Ela pode passar a noite. Mas ela pediu para deixarmos claro para a criança que é apenas um passeio e que não estamos a levando para casa. - Melinda assentiu.

—Então vamos, temos que achar um presente de aniversário.

Nas lojas abertas 24 horas, May não achou nada que lhe agradasse para dar a Skye. Desistiu e foi para casa, pensando que pela manhã faria melhor.

Mal dormiu a noite tentando pensar como tornar o dia da pequena amiga o mais inesquecível possível. As sete da manhã, quando Phil acordou, Melinda estava na cozinha.

—Acho que podemos levá-la ao parque. - ela disse, assim que ele a beijou a dando bom dia. - ela não deve ter ido a um parque.

—Ótima ideia, Mel. - ele concordou.

Assim, as nove eles estavam prontos e com o presente de Skye no porta malas. A menina esperava por eles na porta do Orfanato com sua melhor roupinha: uma saia plissada preta e uma blusa com a foto do Capitão América. Depois de Skye dar um grande abraço em May, ela se aproximou de Coulson que pegou a menina no colo.

—Sabe que eu já conheci o capitão América?

—Sério? - os olhinhos da menina brilhavam. - Eu gosto tanto dele, ele é um supeeeeer-heroi. - a menina puxou o e para enfatizar o que dizia.

—Eu sei que ele é um super herói! - Coulson repetiu, prendendo a menina no acento que eles compraram pela manhã. Quando entrou no carro, ajeitou o espelho retrovisor para conseguir ver a menina. -Pronta para ter diversão?

Skye acenou que sim.

E assim como prometeram a menina se divertiu. Ela pode ir em todos os brinquedos que quis -e tinha idade é altura para poder entrar - e ela sempre escolhia os mais radicais. Melinda a acompanhava em todos enquanto Coulson, em solo, segurava os gigantes bichinhos de pelúcia que ela ganhara ao ter dois agentes da Shield jogando tiro ao alvo para ela.

Quando ela já tinha aproveitado todos os brinquedos e comido todo tipo de porcaria disponível no local, a prenderam novamente no carro.

—Agora vamos para nossa casa. -May começou a explicar. - Eu vou te dar um banho e depois vamos entregar seu presente de aniversário.

—Presente? Mas eu achei que esse passeio e o Fitz eram meus presentes. - ela abraçou o macaco de pelúcia que ela dera o nome. Coulson tinha certeza que tinha algum agente da Divisão de Tecnologia e Ciência que se chamava assim.

—Não, Skye. - Melinda sorriu. - Temos mais uma coisa.

Assim Melinda deu banho e alimentou a menina quando chegaram em casa. Skye fez uma mega bagunça no banheiro, tentando molhar a mulher. Mas por fim ela terminou vestida e com uma linda trança no sofá enquanto Coulson trazia uma caixa quadrada embrulhada em papel rosa.

Skye destruiu o papel de presente e quando entendeu o que era soltou um gritinho agudo.

—É UM COMPUTADOR! Só meu? - Melinda e Coulson afirmaram que sim, a menina abriu um sorriso deslumbrante para o casal. -OBRIGADA OBRIGADA! - ela abraçou os dois agentes ao mesmo tempo.

Skye aproveitou com todo o gosto o presente que acabara de ganhar, até a hora de dormir. Melinda foi na frente para arrumar o quarto de hóspedes e ajeitar a cama enquanto Coulson levava a menina no colo, brincando de carregá-la como se ela fosse um avião. Coulson a deitou na cama, a cobrindo com os cobertores disponíveis. May saiu do quarto para buscar mais alguns.

—Senhor Coulson...

—Já falei pra me chamar apenas de Phil.

—Okay... Phil... Vocês vão ser meus novos pais? - O coração do homem gelou com a pergunta. Ele não queria magoar a menina. Mas não sabia como Melinda estava lidando com isso e dar esperanças a garota seria injusto .

—Olha, Skye, eu e a Melinda temos alguns problemas... -O brilho presentes nos olhos da menina o dia todo se apagaram. - E eu não sei se...

—Sim, Skye, nós vamos ser seus novos país. - May entrou no quarto. Skye sorriu de novo e Coulson também. -Agora nós seremos uma família.

—Eu vou poder chamar você de mamãe? - ela perguntou, Melinda riu.

—Claro. E o Phil de papai. - ela deu um beijo no rosto da menina. Ajeitou as cobertas e Coulson repetiu a ação. -Mas agora é hora de dormir. Boa noite Skye.

—Boa noite papai e mamãe. -Skye abraçou o Fitz e fechou os olhinhos .

Ambos saíram do quarto, apagando a luz e encostando a porta. Melinda olhou para seu marido, com um grande sorriso. Pelo primeiro momento ela pensou que dia era. Dia dois de julho. Mas de repente a primeira coisa que ela pensava não era em Bahrein. E sim que aquela data era o aniversário da sua filha.

—É ela! Ela é nossa filha!- Phil beijou a mulher sentindo que ela finalmente estava de volta. Depois de 8 anos perdida.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam? Comentem por favor?