Era meia noite, e o “Viajante do Ocidente” navegava tranqüilamente nas águas que estavam calmas, e eu observava o oceano.

- Parece que não sou só eu que está sem sono – disse Rachel, subindo ao convés superior, ela estava usando um pijama de ursinhos, tive que segurar o riso:

- Eu raramente durmo bem, sabe quando se é tão velho, as lembranças vivem aparecendo nos sonhos. – eu disse olhando vagamente para o oceano.

- Se quiser compartilhar suas lembranças, sou toda ouvidos. – ela tentou soar indiferente mais eu vi a curiosidade crescer em seu rosto.

- Ok, vou lhe contar uma história que não conto a praticamente ninguém a séculos. – eu disse suspirando lhe oferecendo lugar para sentar.

- Essa é a historia de como e porque, eu me tornei imortal. – eu disse, e isso aprendeu a atenção dela.

“Eu não lembro exatamente de que qual foi a cidade de nascimento, porque minha mãe gostava muito de mudar, e desde criança já sabia ser um semideus, então tive uma infância cheia de monstros, mas fiz grandes feitos, derrotando grandes feras, até que conheci uma garota, Melany era seu nome, era filha de Atena, foi uma das poucas garotas que eu realmente amei, começamos a namorar, e quando eu tinha 16 anos, ela morreu derrotada por um monstro, eu jurei trazer ela de volta do mundo inferior....”

- E falhou, certo? – Raquel me interrompeu.

- Errado. – eu disse voltando a minha história.

“ Falhei em todas nas minhas tentativas, uma vez pedi um conselho a Héstia, que era minha deusa preferida, ela me disse para nem tentar pois nenhum mortal podia fazer isso, então eu tive a idéia, pedi a imortalidade a Héstia, eu havia matado muitos monstros poderosos então ela não negou, e ela disse que enquanto eu fosse fiel ao Olimpo eu poderia viver. Eu consegui tirar Melany do mundo inferior, mas morri na fuga. Como sou imortal, um mês depois meu corpo se recompôs e eu voltei a vida, e quando fui procurar Melany, ela estava com outro cara, e disse que agradecia o que eu tinha feito, mas ela não poderia ficar comigo, porque ela era mortal, e não queria ficar com um garoto de 16 anos para sempre, e aqui estou eu agora, sozinho arcando com as conseqüências da minha escolha, ajudei muitos heróis, mas eu vi que não importava como, eu sempre acabava sozinho.”

- Uau. – disse Rachel.

- Vá dormir Rachel, e conte essa historia a seus amigos, quem sabe isso não os faz ficarem comovidos e param de me encher de perguntas? – eu disse e dei uma piscadela.

Ela riu me desejou boa noite, e eu fiquei pensando, talvez compartilhar lembranças fazia eu me sentir melhor.