Zootopia 2 - As regras de Nick Wilde escrita por Untitled blender


Capítulo 20
Alta


Notas iniciais do capítulo

ESSE CAPÍTULO É ESPECIALMENTE DESTINADO AOS DOIS INCRÍVEIS SERUMANINHOS QUE TIVERAM A CORAGEM DE RECOMENDAR A MINHA FIC,
Duka allen E Tony Carter is the Doctor Hyde,
VOCÊS SÃO DEMAIS (!!!!!!!!!!!!!x1000000000000000000000)

NÃO, não é o fim da história.
é, eu sei que parece, mas não é!
vejo vocês lá embaixo, boa leitura!



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Judy recebeu alta no dia seguinte. Ela saiu do hospital caminhando devagar, sob os flashes de dezenas de fotógrafos. Aparentemente o caso havia ganhado uma grande repercussão, e todos estavam ali para torcer por Judy. A coelha conseguiu manter uma postura altiva, apesar do extremo cansaço. Aquela era Judy Hopps. É engraçado como os repórteres tem uma maneira diferente de enxergar as coisas. A primeira coisa que notaram foram as alianças de compromisso nas mãos de Judy e Nick.

Quando perguntaram a eles sobre isso, Nick apenas sorriu e acenou, antes de dar os fatos do caso de forma estritamente profissional. Algo que apenas deixou os animais ainda mais curiosos. Mas Nick e Judy não precisavam falar nada sobre isso. Qualquer um que olhasse podia enxergar: às vezes, provocando-se como amigos de infância, às vezes, de patas dadas como um par de namorados.

Os minutos passavam até virarem horas. As horas passavam até virarem dias. Os dias passaram até virarem meses. Porém nem tudo era um mar de rosas.

Não pensem que por estarem namorando, Nick e Judy pararam de brigar, se perdoar, trocar gracejos, piadas e xingamentos. Na verdade, isso apenas pareceu ficar mais intenso. Nem pensem que, por estarem namorando, eles deixaram de ser os dois melhores policiais do DPZ. A excelência deles em resolver casos impossíveis era o único motivo para o chefe Bogo não tê-los separado.

Sim, eles recebiam muitos olhares tortos de animais mais conservadores. Eles mesmos se surpreendiam, de vez em quando, pensando sobre o futuro de forma incerta. Haviam outros casais entre animais de diferentes espécies que eles conheciam, alguns até entre presas e predadores. Mas nenhum entre um raposo e uma coelha.

Apesar dos já citados olhares por um tempo, logo eles eram aceitos (na medida do possível) como um casal comum. Com o tempo, as alianças de compromisso se tornaram alianças de noivado. Sempre que tinham uma folga do árduo serviço de salvar a cidade vez após vez, Nick e Judy podiam ser encontrados em Bunnyborrow, no cinema, ou em algum lugar simples e bonito.

Não tinham muitas exigências. Quase um ano depois do ocorrido no hospital, Nick e Judy trocaram seus respectivos apartamentos por um levemente maior. Era o apartamento perfeito: tudo o que ela conseguia por em ordem, ele bagunçava. Sempre tinha algo diferente, e era colorido.

Como eles ainda trabalhavam a maior parte do tempo, os momentos em que havia mais barulho, geralmente risadas ou exclamações de surpresa, eram à noite. Os vizinhos de Nick e Judy logo se acostumaram a sair do caminho depressa quando um deles (ou os dois) saía correndo porta afora e gritando “entendi!” ou “era isso que estava faltando!”.

Pouco depois de começarem a morar juntos, Nick ensinou Judy a cozinhar. Um ou outro visitante sempre se surpreendia com o fato da raposa ser um ótimo cozinheiro, e a coelha um desastre na cozinha. Até que Judy fez o seu primeiro bolo de cenoura.

— Humm... – Nick disse, no primeiro pedaço que provou – olha que eu não sou muito de cenoura, mas esse bolo...

— Ah, para com isso. – Judy disse – não precisa ser cruel.

— Não, é sério! – Nick tentou convencê-la de que falava a verdade – e esse chocolate dentro... Eu não sabia que cenouras podiam ser tão gostosas.

Judy apenas deu um soco no braço dele. Não, ela nunca iria parar de fazer isso. Algumas coisas nunca mudariam, como o fato de que sempre haveria alguém para dizer que um raposo e uma coelha não combinavam. Mas como Nick disse em uma entrevista, uma vez, sobre um caso particularmente difícil:

— O que eu acho que os mamíferos em geral precisam entender é que ninguém é obrigado a concordar com tudo. Eu não sou obrigado a gostar de ameixas, por exemplo. Quer outro? Judy e eu estamos noivos. Ninguém precisa concordar com isso, além dela e de mim. O mundo só será um lugar melhor quando entendermos a diferença entre concordar e respeitar.

Nick sorriu ao relembrar mais um momento do seu primeiro caso.

— Eu posso achar estranho que os lobos tenham sempre que uivar, mas eu não posso sair por aí discriminado eles por que eles uivam. Você não tem o poder de mudar o fato de que diferenças sempre vão existir, nem o direito de opinar se alas são boas ou ruins. Elas existem, sempre ali:

As diferenças entre uma preguiça e uma chita, entre um raposo e uma coelha, entre um elefante e um leão, entre um rato e uma girafa.

Se você quiser viver em paz nesse mundo, terá que aceitar e respeitar cada uma dessas diferenças, ou, como diria uma antiga colega de trabalho que eu tive, “tentar fazer do mundo um lugar melhor”.

Nick havia saído dessa entrevista conversando alegremente com Judy.

— É sério, a cara dela quando eu disse que não era obrigado a gostar de lobos... – Nick disse, depois de parar para comprar um par de sorvetes para os dois.

— E olha que você “nem entrou pra polícia pra fazer do mundo um lugar melhor”.

— Eu tinha que falar alguma coisa, não tinha?

— Só espero não receber um monte de telefonemas com rugidos, que nem da última vez que você fez um discurso como esse.

Nick sorriu.

— Não se preocupe, dessa vez vão ser uivos.

— Raposa boba.

— Coelha ainda mais boba.

Eles pareciam se conhecer desde sempre. Tanto que ele soube exatamente quando desviar do soco que lhe era destinado.

— Vai ter que ser mais rápida da próxima vez, cenouri... – Judy acertou o segundo soco, o fazendo se calar.

Sim, haveriam muitos problemas no futuro. Haveriam grandes reviravoltas, grandes casos. E haveriam muitos momentos simples como aquele. Nick sorriu ao terminar o sorvete e ver que Judy havia lambuzado todo o rosto.

— Eis as vantagens de se ter um focinho comprido. – ele disse. Se ela entendeu, não falou nem uma palavra em resposta.

 

Eles caminharam até o DPZ, prontos pra qualquer caso que Bogo tivesse a ousadia de entregar a eles.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Eu estava indeciso quanto à postar esse capítulo ou pular direto para o próximo, então acabei postando os dois no mesmo dia, algo que não faço há exatamente uma semana.
(considerem como um cap bônus pros meus novos Bffs que recomendaram a fic)
sei que tá com cara de fim de história, mas ainda tem dois caps pra vocês lerem!
digam aí o que vocês acharam do romance, se ele tá muito meloso ou nem parece romance...

E VÁ DIRETO PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO, O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO?!?