Zootopia 2 - As regras de Nick Wilde escrita por Untitled blender


Capítulo 15
Zpd


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse, voltamos aos capítulos mais curtos. e reveladores.



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Judy parecia nunca tirar o pé do acelerador. Quando o carro passou por um buraco, Nick foi jogado no painel. Só aí lembrou de pôr o cinto de segurança.

— Escute, Cenourinha, por que os nossos casos sempre envolvem grandes explosões e direção suicida?

— Ah, nem todos, teve aquele... - Judy  fez uma careta, tentando se lembrar de algum - Ah, nada a ver!

— E aquele bonde no caso das uivantes?

— foi o meu primeiro caso! E você nem era policial, então não conta.

— Tá, então o daquela hiena duas semanas atrás?

— Não é minha culpa se ela fugiu de moto!

— E o daquele par de zebras em agosto?

— Como é que eu ia saber que a sala tava cheia de galões de gasolina?

Nick riu, enquanto a viatura entrava na cidade com as sirenes ligadas.

— Acho que ele vai notar a gente desse jeito, não é?

— Quem ligou as sirenes foi você.

Nick as desligou, enquanto Judy diminuía a velocidade para entrar no ritmo do tráfego urbano. Eles deram uma enorme volta em torno da savana central para entrar no DPZ pela garagem interna. Nick saiu do carro, ainda carregando uma arma feita para alguém maior que ele. O prédio estava totalmente vazio.

Mesmo durante os dias mais vazios, sempre tinha alguém caminhando por ali. Geralmente um leão ou um urso polar (é incrível como o ZPD nunca ficava sem um leão ou um urso polar). Para Judy e Nick, os enormes corredores da delegacia nunca haviam parecido tão frios.

Eles rapidamente decidiram passar primeiro pela prisão. Foi uma decisão incrivelmente acertada. A prisão de Zootopia era, na verdade, um pedaço do subsolo do ZPD. Apenas em horário de visitas o lado de trás do edifício ficava aberto. Judy desceu a rampa antes de Nick – ela sempre ia primeiro pra tudo – e eles chegaram até a porta que separava a delegacia em si do edifício prisional. Geralmente, próximo essa porta ficava um guarda sentado atrás do painel de vidro temperado, mas não havia ninguém.

E a porta estava aberta.

Eles entraram, Judy confiante e Nick preparado para correr a qualquer momento. E, assim que puseram suas patas para dentro do corredor com celas dos dois lados, se depararam com uma das cenas mais tristes que já haviam visto.

Na primeira cela, um guepardo com um macacão laranja os encarou de volta.

— Garramansa! –os dois esqueceram a discrição. – Garramansa, o quê você...

— Ah, não acredito que são vocês! – Garramansa parecia um pouco mais triste que o habitual, mas levando se em conta que ele estava preso a horas sem seus aplicativos da Gazelle, isso não foi muito estranho. – o Highhorn enlouqueceu! Vocês não fazem ideia. Ele chegou e... espere aí, Hopps, você está aqui! O que aconteceu? O que...

— Garramansa! – Nick e Judy gritaram em coro. Depois Judy disse: – não é hora pra isso. Nós vamos te soltar e aí vamos pegar o Highhorn.

— E só depois vamos explicar tudo. – Nick completou.

Uma voz profunda e conhecida soou na cela ao lado.

— Parece um excelente plano. Eu estou dentro. – Disse Doug.

Nick e Judy se entreolharam.

— Fala sério, a gente está tentando te prender desde que o mundo é mudo e você quer que a gente te solte? – Nick perguntou. – você enlouqueceu?

Doug nem pestanejou antes de responder.

— Vocês vão precisar da minha ajuda.

— Ah, claro, por quê não? Vamos pedir a ajuda do Doug! Me dê um motivo para fazermos isso.

Doug verificou o modo como Nick segurava a arma de cano longo.

— Você não sabe atirar, e a coelha nem conseguiria levantar essa arma. Estou errado?

— Muito! – Judy exclamou, tentando pegar o rifle da mão de Nick e imediatamente o derrubando no chão.

Nick tinha sido vencido outra vez, mas não daria o braço a torcer. Afinal, ele ainda estava do lado de fora da cela. Ele pensou por um instante.

— Preciso de uma prova de que você não vai simplesmente atirar em nós e fugir.

— O que eu posso fazer pra provar algo daqui de dentro? – Doug parecia realmente incomodado com a possibilidade de poder provar que estava do lado da raposa.

— É isso aí, você não pode fazer nada. – Nick teve um pensamento repentino – A não ser...

A raposa imediatamente se empertigou.

— Judy, abra a sala de interrogatório. Doug vai nos contar exatamente o que aconteceu na noite em que Clara morreu.

***

Judy não podia deixar de se sentir um pouco agoniada. Eles haviam retirado Doug da cela e deixado Garramansa de guarda na sua cela, devolvendo seu celular a ele. Espero que ele preste atenção em algo além da Gazelle, Judy pensou. A sala de interrogatório era fria e objetiva, e Judy nunca gostara de usar essa sala. Preferia (assim como Nick) intimidar o interrogado com uma boa e velha cafeteria.

É absurdo o número de animais que começam a falar imediatamente após entrarem numa cafeteria. Sem contar que sempre há algo pra petiscar enquanto se ouve a informação, e nunca é preciso se preocupar com o súbito aparecimento de um rinoceronte psicopata.

Doug, por outro lado, não parecia compartilhar o nervosismo dos dois.

— Naquela noite, eu estava sentado no banco da praça, nosso ponto de encontro...

— Como assim, “ponto de encontro”?

— Highhorn não te contou? – Doug fez uma expressão confusa enquanto afastava os tufos de lã que tinha dos dois lados do rosto – Ah, é claro que não. Ele me conhecia de nome a alguns anos. eu tinha feito um serviço uma vez com ele, e ele tinha meu número. Me ligou  e combinou o encontro. Ele tinha um plano pra soltar Bellwether, já naquela época. Conversamos sobre sistemas de segurança e pagamento por bastante tempo.

Era um local bem reservado, aquela parte de praça, por isso eu não tive medo de conversar abertamente. Quanto ao fato de ele ser um tira... bem, eu sabia disso, mas não estava nem aí. Eu sabia das atividades dele, e ele não tinha cara de infiltrado. Não pediu dinheiro em troca da ajuda na libertação. A única coisa que ele queria era fazer parte do plano da Bellwether e dominar a cidade.

E então aconteceu. Aquela rinoceronte saiu do meio das árvores, gritando com ele. Depois eu descobri que aquele lugar era o lugar onde eles costumavam se encontrar. Ela havia vindo até ali procurando por Highhorn, e ouvira toda a conversa, escondida. Ela deveria ter ido direto á polícia, mas quis tirar satisfação com ele primeiro.

Eu sabia que não podia deixar uma testemunha escapar assim, sem mais nem menos, mas eu não tinha levado armas além da minha pistola de cápsulas de uivantes. E eu não queria deixar aquela rinoceronte mais selvagem. Em dado momento da briga, ela simplesmente empurrou nós dois para fora do caminho e saiu correndo.

— E então... – Nick disse, pressentindo o que viria a seguir.

 

E então, Highhorn atirou nela com um dardo, e ela deu dez passos antes de morrer.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí, comentem o que acharam do capítulo!
— e principalmente suas teorias a respeito do que vai acontecer agora, eu amo imaginar vocês quebrando a cabeça com isso -
Voltamos ao clima de zootopia, sempre humor e ação, ao mais animal estilo RED
(com os papéis invertidos, e Judy no lugar de Frank Moses)
Assim que me sentir emocionalmente pronto, posto próximo capítulo. mas já posso avisar vocês de esperarem muita música, e tratando-se de Garramansa, é óbvio que estamos falando da Gazelle.
Acabei de assistir o filme pela décima vintequinzétima vez, e tenho um desabafo.
ESSA. É. A. FRASE. MAIS. INCRÍVEL. DE. TODA. A HISTÓRIA. DA. HUMANIDADE:
" Everyone comes to Zootopia thinking that can be anything, but you can't. you just can be what you is:
—Sly fox, Dumb bunny.
— I am not a dumb bunny!
— Sure. And this on your feet is not cement"

(Quem concorda, dá uma favoritada aí)

— que vergonha, mendigando like, tsc, tsc!-