The Game of Life escrita por anabfernandes8


Capítulo 22
Capítulo 21 - Uma nova pista leva a um desconhecido familiar


Notas iniciais do capítulo

Oi amorecos, como vão? Estou atrasada quatro dias, desde que mudei o lançamento dos capítulos para todo dia 15 do mês, mas, cá estou eu, diante de vocês com mais um novo capítulo. A partir desse capítulo, eu não tenho mais nada planejado, um planejamento estruturado, eu digo, mas vou trabalhar nele durante esse um mês entre um capítulo e outro pra continuar trazendo coisas incríveis pra vocês.
Segundamente queria pedir desculpas a todos pelo capítulo sem nexo que postei como 21. Eu não tinha me ligado que já tinha comentado sobre o acontecimento e meio que postei a mesma coisa duas vezes. Acabei excluindo o capítulo 21 anterior e estou postando um novo agora, o de verdade, continuação da história. Sem mais delongas, vamos ao capítulo. Nos vemos nas notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702446/chapter/22

 

— Já se sente melhor? - Shizune pergunta, assim que termino de tomar a água que ela me ofereceu. Aceno afirmativamente, ainda com muitas coisas na cabeça. Acabo de sair de uma luta, que o resultado não foi nada positivo, e ser bombardeada com tantas informações de uma só vez... eu estava preparada para aquilo. Estava preparada para ouvir tudo sobre a minha vida, ter todas as peças do quebra cabeça montadas. Mas o que acabei de ouvir fazem mais perguntas surgirem, ao invés de respostas. Por que apagaram a minha memória? Por que eu? O que estou fazendo aqui? E, principalmente, quem eu sou?
Quem eu sou e o que eu fiz de tão importante que eles me acharam no Mercado Inferior e me arrastaram para toda essa confusão novamente? Não posso começar a compreender o que está acontecendo aqui.
— Provavelmente é a pior hora para dizer isso e eu sei que vou me arrepender amargamente do que estou prestes a fazer, mas... eu quero te ajudar. E só há uma forma de se fazer isso.
— Uma nova lembrança. - Suponho e, pela expressão que vejo, estou completamente certa. E bastante animada, por sinal.
— Uma nova lembrança. - Ela respira fundo antes de continuar. - Vá até o frente do The Game e olhe para sua logo. Não deve demorar muito até que você comece a sentir alguma coisa. - Tento ficar em pé, disposta a seguir sua dica o mais rápido possível, mas sou impedida por dois braços médicos que, podem não parecer, mas são muito fortes.
—Qual é o problema?
— Não vá agora, é perigoso. Além do mais, você deve ir ao almoço, a próxima luta será anunciada, assim como o próximo bônus. Você pode ser uma das escolhidas. Não só isso. Seu sumiço pode começar a gerar suspeitas. Pode parecer que as pessoas aqui são completamente estúpidas, mas não se engane. Há olhos por todos os lados. Uma atitude suspeita e não demorará muito para descobrirem o que fazemos aqui.
— Eu já fui escolhida para ir atrás de um bônus, se esqueceu?
— Esteja sempre atenta, Ino, você está no The Game. Ter sido escolhida não significa absolutamente nada. Aqui jogamos com a sorte e ela pode não estar exatamente ao lado de algumas pessoas. - Tentei seguir seu conselho, apesar da minha mente estar gritando que eu deveria sair daqui e ir direto para lá. Puxei o ar e o soltei lentamente. Eu precisava me acalmar. Tudo tinha seu tempo. E não seria eu a pessoa a estragar tudo quando estávamos começando a descobrir algumas coisas. - É sua hora de ir. Não pense muito sobre isso, vamos com calma. Temos tempo. Se formos precipitadas, deixaremos coisas passarem. E não é isso que queremos, certo?
— Tudo bem. Você está certa. Qual o melhor horário para ir então? - Ela coçou o queixo, uma expressão pensativa em seu rosto.
— Espere um tempo depois do almoço. Não há muitas pessoas por lá nesse horário, todos devem estar em seu descanso. Não estarão muito alertas, porque nada acontece geralmente nesse horário. Desejo-lhe uma boa sorte. Tome cuidado.
Levantei-me e, dessa vez, ela permitiu que eu o fizesse. Minha barriga doía de uma forma assustadora, quase me deixando sem ar. Realmente, eu estava tão tomada pela adrenalina que não pareceu tão ruim. No entanto, agora... é como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão. Não, pior do que isso. A dor era pior.
— Já estou indo. Até mais. - Até dizer algo era difícil. Shizune me olhou com uma expressão de pena, como se quisesse ajudar, mas dispensei com uma das mãos, alegando estar tudo bem. Bom, as coisas estavam tudo menos bem.
Consegui andar, a passos lentos, até o refeitório. Não foi fácil, cada passo uma região do meu corpo diferente doía, no entanto, eu precisava continuar, certo? Por que cada dia era uma luta diária. Provavelmente não era tão ruim assim, apesar de parecer. E esperançosamente, espero que seja a última vez em que eu perca uma luta. Nunca quero experimentar essa sensação novamente. Não só o físico, mas o emocional. Também dói.
Assim que passo pela porta, a maioria das pessoas já está lá. Felizmente, o Hyuuga e seu grupinho maldoso não está, aqueles que provavelmente me fariam sentir pior do que eu já estava, então isso me deixou aliviada. Continuei andando, mancando, uma mão na barriga como se isso, de alguma forma, fosse melhorar em alguma coisa. Como se fosse curar. Não curou, claro, mas facilitava minha locomoção.
Temari fez menção de levantar-se para me ajudar a caminhar, mas balanço a cabeça para ela, recusando a oferta. Posso continuar sozinha. É com esse resto de esperança, e determinação, que consigo me acomodar ao lado de TenTen, que olha para mim como se estivesse sofrendo. Solto um bufo, por que as pessoas continuam me olhando dessa forma?
— Está tudo bem, TenTen. Não dói tanto. - Assim que começo a dizer, ela faz uma pausa em sua refeição para virar-se em minha direção.
— Você tem certeza? Foi... foi horrível. Eu não posso imaginar como você ainda consegue andar. Juro... eu não consegui assistir até o final. Eu só abri os olhos quando o sinal tocou. Eu não poderia...
Tento dar uma risada, que soa mais como se eu estivesse engasgando, o que faz com que ela rapidamente estenda um copo de suco em minha direção, que recuso educadamente.
— Os médicos cuidaram de mim o suficiente.
— Você deveria ter ficado na enfermaria. Está claro que não está 100% curada.
— Não diga besteiras. Estou ótima! - Era uma total mentira. Eu estava tudo menos ótima, mas não queria passar uma impressão de fraca para os outros. Quero dizer, essa impressão eu passei para eles durante todos os dias em que estive aqui. Estava na hora de começar a mostrar outra coisa.
Um movimento ao meu lado me pegou de surpresa e a próxima coisa que percebi foi que o Hyuuga estava se sentando ao meu lado, e que havia colocado um prato e um copo de suco à minha frente.
— Trouxe para você. Coma, assim poderá recuperar suas energias mais rápido. Não foi uma luta fácil.
Como ele tinha a ousadia de simplesmente aparecer ao meu lado como se nada tivesse acontecido e como se, de repente, fôssemos melhores amigos? Impossível! Alguém precisava parar esse cara.
— Vá embora. - Praticamente rosnei, virando minha face, a fim de não encará-lo.
— Você disse que se eu ganhasse, falaria comigo. - Não pude continuar ouvindo aquilo calada e, por mais doloroso que tenha sido, levantei-me, irritada.
— Eu não disse nada sobre isso, foi você quem falou sozinho. Eu não lhe devo nada, pois não lhe prometi nada. Se você quer realmente conversar de forma agradável, pare de ser tão arrogante e comece a ser um ser humano decente. Não se fala com as pessoas a base de ameaças e, principalmente, não é o tipo de coisa que se coloca a prova em uma luta.
Ele pareceu querer falar alguma coisa, mas o Hio-Sama apareceu bem na hora. E isso significava que era a hora de nos calarmos e seguir em frente. As lutas não iriam parar.
Já mais calma, sentei-me, infelizmente com ele ainda ao meu lado, já que todas as cadeiras haviam sido ocupadas. O líder lançou um olhar breve para mim, como se avaliando meus ferimentos aparentes e se perguntando quão grave haviam sido. Como se ele se importasse. Não durou um minuto, seus olhos já estavam nas cartas em suas mãos.
— Uma boa tarde. Que bela luta a que presenciamos hoje entre Hyuuga Neji e Yamanaka Ino. - Ele acabou de dizer a palavra bela? Esse homem com toda certeza não conhecia a palavra limites e, se o fazia, passava por cima sem nenhum pudor. Fechei minha cara, colocando a pior expressão que eu podia fazer no rosto. - O jovem Hyuuga foi o vencedor, meus parabéns. Mas não vamos nos prender ao passado. A próxima luta, por eliminação, é entre Sabaku no Gaara e Uchiha Sasuke. E os bônus serão responsabilidade de Haruno Sakura e Hyuuga Hinata, respectivamente.
Gaara bufou, os cabelos ruivos sendo balançados enquanto ele ria de forma descontrolada.
— Algum problema, senhor Sabaku? - Questionou o que foi interrompido, sem entender o motivo pelo qual o outro estava rindo.
— Acho que devo me considerar sem bônus algum, se essas são as circuntâncias. Diga-me logo qual será a minha punição.
— Não estou muito certo de que você está sem bônus, de onde tirou isso?
— Apenas me deixe saber o que perderei, para que eu comece a me preparar desde agora. Não tenho nenhuma chance de sair vencedor desse bônus com a Haruno ao meu lado. Você diz isso porque não está aqui dentro, Hio-Sama, confie em mim. Sei do que estou falando.
A mulher Haruno nem ao menos se deu o trabalho de negar a acusação. Ela apenas continuou observando a cena, sem nenhuma expressão.
— Vá em frente, Hio-Sama, não há preparo no mundo que vá fazer esse perdedor ganhar de mim. - O Uchiha cruzou os braços, abrindo um sorriso presunçoso. Gaara deu de ombros, como sem se importar com a provocação. Olha só quem evoluiu para o nível 2 e aprendeu a ignorar aquilo que em nada acrescenta.
— Se estão todos tão ansiosos para saber... Sabaku, se você realmente não conseguir o bônus, ficará sem sua cabaça por um minuto inteiro. Como sabe, a Arena é feita de cimento, eu não posso deixar de destacar. - Por mais improvável que fosse, o ruivo pôs se a rir novamente.
— Não quero ofender-lhe, Hio-Sama, mas acho que você subestima um pouco o meu talento. Tudo bem, mostrarei a você que posso ganhar esse luta, independente do que me seja tirado. Não irei perder de forma alguma.
Estou surpresa em ver tanta determinação. Por que ele não parece ser o tipo de pessoa que se esforça muito para algo, mas, talvez, seja eu quem não o conheça direito.
— Palavras inspiradoras, eu diria. Bom, vou deixá-los a seus afazeres, que não são poucos, acredito. Uma boa tarde a todos, nos vemos pela manhã. - Então, o homem deixou o recinto, seus seguranças atrás dele de uma forma quase invasiva. Bem, eles deveriam estar perto mesmo. Com a personalidade deste ser, não era muito difícil odiá-lo. E, com certeza, não era muito difícil tornar-se inimigo dele e querer atentar contra sua vida. Nenhuma segurança era demais nestes casos.
O Hyuuga não pronunciou mais nenhuma palavra. Ele continuou ao meu lado, já que não tinha escolha a não ser permanecer ali, no entanto não insistiu mais. Graças ao bom Kami, porque eu já estava cansada o suficiente para ter que lidar com algo assim, desnecessário. Comi o mais decentemente que pude, visto que até mesmo minha boca e estômago pareciam não estar funcionando bem.
Passando por cima de todo o orgulho, aceitei a comida que foi posta à minha frente. De toda forma, eu não queria levantar-me para buscar algo e, também, não achei que fosse me comprometer tanto aceitando uma simples oferta. Era um tratado de paz, da parte dele. Que não aceitei, queria apenas a comida mesmo, faminta que estava. Assim que terminei, agradeci, sussurando o mais baixo que pude ao seu lado e, mesmo assim, o bastardo sorriu, confirmando que havia ouvido meu "obrigada".
Despedi-me de TenTen, alegando que iria para o quarto descansar um pouco. Ela tentou comer o mais rápido possível a fim de me acompanhar, alegando que poderia me ajudar com o banho. Sem graça, recusei e disse que ela poderia continuar comendo com calma e que não se preocupasse comigo, pois eu estava bem. Temari, do outro lado, fez um gesto parecido, mas apenas acenei e saí o mais rápido possível, o mais rápido que eu poderia naquele estado, impedindo que qualquer atitude pudesse ser tomada. Bom, eu esperava que ela entendesse o recado e não me seguisse.
Por incrível que pareça, não disse estar indo pro quarto para enganar as pessoas. Eu realmente tinha a intenção de fazer isso. Pensei que poderia descansar um pouco, antes de ir desbravar mais do meu passado, afinal ninguém é de ferro. Seria apenas um leve cochilo, para que eu pudesse acordar com mais energia e mais bem disposta. Mas nada foi uma tarefa fácil pra, finalmente, chegar ao meu objetivo.
Foi o banho mais difícil de toda a minha vida. Mover cada músculo doía como o inferno. Um pouco de sangue escorreu da minha boca quando tentei lavar os meus pés, mas, fora isso, nada de muito grave havia acontecido. Também foi difícil me secar e enrolar-me na toalha e quando essa tarefa havia sido concluída, eu não tinha mais forças para poder vestir alguma roupa, então apenas joguei-me na cama, o mais delicadamente que consegui, para não me machucar, apenas de toalha. O sono me pegou tão rapidamente que nem o vi chegando.
***
Abro meus olhos lentamente, esperando pela claridade. Que não vem. E isso faz com que eu me sente com rapidez, mesmo que isso me cause uma dor física intensa. Estou no escuro. Amaldiçoo baixinho, movendo-me para vestir uma coisa qualquer. Não quero estar certa em minhas conclusões, mas é o que parece. Que dormi demais, na ilusão de tirar apenas um cochilo, e já está de noite.
Apesar disso, não desisto do meu objetivo. Minha mente não deixa de me lembrar das palavras de Shizune, de que é perigoso, mas não posso estar fazendo nada de errado, certo? Apenas estarei indo para a entrada, conhecer um pouco mais sobre as dependências do jogo. Quem, em sã consciência, seria capaz de me acusar de alguma coisa apenas com esse fato? Assim, sigo em frente. Visto-me com uma roupa qualquer e caminho lentamente até meu destino.
É algo totalmente estranho estar de volta aqui na recepção. Nunca estive aqui. Não que eu me lembre. A possibilidade de poder me recordar de algo me deixa ansiosa. O que será dessa vez? Mal posso me conter para começar a ligar os pontos e desvendar, finalmente, todo o mistério. Olho ao redor, percebendo que há muitos guardas. Mesmo assim, isso não me para. Com a maior cara de pau do mundo, continuo andando.
A logo da qual Shizune estava falando se encontra do lado de fora do The Game, na fachada do complexo. Não estou fazendo nada de errado vindo até aqui, certo? Estou do lado de fora, mas, tecnicamente, estou dentro. Estar ali onde estou não significa exatamente que estou prestes a fugir (e isso nem seria capaz com a quantidade da segurança). Olho para cima, meus olhos focados no símbolo.
Uma engrenagem grande vermelha é a única coisa que consigo decifrar do que vejo. Dentro dela, haviam dois emblemas, totalmente desconhecidos por mim. De um lado, algo parecido com um Yin Yang e do outro algo entre uma árvore e uma ponte. Eu não sabia dizer ao certo. Provavelmente era algo que deveria fazer algum sentido ou ter alguma significado, mas nada me veio.
Devagar, como se escalando por dentro do meu ser, veio uma sensação. Dolorosamente, como se me arranhasse por dentro para conseguir chegar ao seu objetivo, o foco da realidade sumiu. Eu já sabia o que viria, mas não poderia dizer que estava sempre preparada para aquilo. Era sempre um momento difícil.
— Com licença. - Uma voz surgiu ao meu lado, trazendo-me de volta para o mundo. Tomei novamente o controle do meu corpo, piscando com força apenas para perceber que eu estava vendo tudo de novo. Me sentindo de novo. Olhei ao redor, reparando em um homem de cabelos loiros presos em um rabo de cavalo. Mesmo com um óculos escuro cobrindo seus olhos, sua face me era extremamente familiar. Mas com o bloqueio da minha mente, duvidava que conseguisse me recordar de onde eu o conhecia.
— Desculpe-me? - Sussurrei, ainda sem compreender o que acontecia. Além da familiriaridade, era a primeira vez que uma lembrança era interrompida apenas pelo som de uma voz. Sem nenhum contato. - Quem é você?
— Sou Denki. Eu trabalho na recepção. Vi você sozinha aqui fora, pareceu estar precisando de ajuda.
Den-ki? Ele sorriu de forma cordial para mim, agravando a minha confusão. A lembrança havia parado... isso era possível? Quem era esse homem, afinal de contas? Ele também fazia parte do meu passado? As perguntas só aumentavam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso galera, espero que tenham gostado e me desculpe novamente por todas as falhas. Grande beijo, até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Game of Life" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.