Try Again escrita por Deh


Capítulo 11
Same Mistake


Notas iniciais do capítulo

POV Jenny
Um capítulo bem curtinho para sabermos o que a Jenny está aprontando em Paris, espero que gostem *-*


OBS: capítulo editado em 25/06/2020!



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“I'm not calling for a second chance
I'm screaming at the top of my voice
Give me reason, but don't give me choice
Cause I'll just make the same mistake again”
Same Mistake - James Blunt

Paris ainda possui a torre Eiffel, o arco do triunfo e o Louvre, mas Paris sem ele não é a Paris que amo. O voo foi calmo, o trajeto até o hotel monótono, me peguei pensando no período em que trabalhei e morei aqui.

O primeiro dia de conferência foi entediante. Inúmeras vezes resisti a vontade de pegar o telefone e ligar para ele. No segundo dia, liguei para casa para falar com as crianças. No terceiro dia recebi alguns convites para jantar, aos quais recusei. No quarto liguei para Jethro, mas não tive coragem de mencionar nosso relacionamento, ou a falta dele, então perguntei se a agência ainda estava de pé. No quinto dia, recebi uma visita inesperada, ou nem tanto, de um agente da CIA. No sexto dia despistei meus seguranças por algumas horas.

Enquanto o avião não pousava na maldita Rússia, deixei que lembranças de outros tempos viessem a minha mente.

—Eu não vou casar com você porque eu estou grávida. –Eu disse ainda olhando ele de joelhos em minha frente, desviei então o olhar para a vista da cidade, que a torre Eiffel fornecia.

Eu era obrigada a admitir que ele tinha se superado, me levar para um jantar, em seguida caminhar pelas ruas parisienses, em seguida subirmos até o alto da torre, para ele fazer o pedido, é romântico, mas isso não mudaria minha resposta. Eu não estava disposta a ser mais uma esposa.

Minha resposta se manteve a mesma por mais dois meses, até o dia que ele me levou a um passeio no Arco do Triunfo.

Chegamos ao terraço no momento do pôr do sol e a visão era linda.

Ele então começou, mas dessa vez sem se ajoelhar, ele segurou minha mão e começou a falar enquanto observávamos o sol se pôr:

—Jen, pode não parecer, mas sou tradicional. Não é só por causa da gravidez que eu quero me casar com você. –Ele fez uma pausa e a essa altura eu já o encarava. –Quero me casar com você, porque eu te amo. Quero que você seja a última pessoa que eu veja antes de dormir e a primeira quando acordar. Pode ser egoísta, mas quero ver uma aliança no seu dedo, para mostrar a todos os homens que sou eu o sortudo.

Quando ele terminou, eu estava com lagrimas nos olhos. Sorri para ele e o beijei, após nos afastarmos ele perguntou:

—Isso é um sim?

Rolei os olhos antes de dizer:

—O que você acha Jethro?

Ele então retirou do bolso a caixinha com o anel de ouro branco, com uma safira.

—Azul? –Perguntei erguendo a sobrancelha.

—Para você se lembrar de mim. –Ele respondeu e eu me limitei a sorrir.

 

 

Estava com sete meses de gravidez e estava entediada. Ele me surpreendeu, levando-me ao Louvre, afinal Jethro não é o tipo de cara que curte arte.

Estávamos, ou melhor eu estava, olhando algumas pinturas, quando ele começou a falar sobre nomes para o bebê, claro que do jeito dele:

—Se for menina, podemos colocar Monalisa.

Lhe lancei um olhar repreendedor de imediato.

—Lisa até pode ser. –Me manifestei.

Andamos por mais um tempo até que eu comecei um tanto quanto incerta:

—Jethro, se for menino... –Fiz uma pausa, não sabia exatamente o que falar, nós nunca falamos sobre nossas família, eu nunca mencionei meu pai.

—Não me diga que você quer Leroy. –Ele disse me distraindo, pergunto-me se ele havia percebido minha postura vacilar.

Eu ri, mas logo assumi uma postura mais serena.

—Jasper, esse era o nome do meu pai. –Eu disse o encarando nos olhos e secretamente desejando que meu bebê herdasse os olhos do pai.

Ele assentiu.

—Jasper Gibbs? -Perguntei a ele, testando o nome em voz alta pela primeira vez.

—É um bom nome. –Ele disse.

Pensei por mais um tempo, ele nunca havia falado sobre o pai, mas...

—Qual é o nome do seu pai? –Perguntei.

Ele me olhou por alguns segundos, como se esperasse que eu estivesse brincando.

—Jackson. –Ele finalmente disse.

Pensei por alguns segundos, até chegar a um nome, sorri e ele franziu o cenho, até que eu finalmente anunciei:

—Jasper Jackson Gibbs.

Ele pareceu sério, arrisco-me a dizer que ele não parecia estar gostando tanto.

—Iremos chama-lo de JJ? Ou você vai chama-lo de Jack? –Ele questionou.

Dei de ombros, não entendendo muito bem sua pergunta.

—O que você acha? –Perguntei.

—Bem eu gostei. –Ele disse e por fim resmungou algo como -Certamente o velho Gibbs vai ficar nas nuvens.      

Quando finalmente cheguei na Rússia, fui até o hospital, onde supostamente havia um velho conhecido do meu pai. Era um senhor com câncer de pulmão terminal, talvez se ele não fumasse tanto poderia ter vivido mais.

Seu quarto fedia a fumaça e embora eu deteste cigarro e fumaça, isso não me impediu de pressiona-lo até que ele dissesse o que eu queria e quando ele finalmente disse, embora eu não tenha deixado transparecer, isso abalou minhas convicções.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram da historinha de como Jasper foi nomeado?