A Uchiha-Hyuuga escrita por Aninha B


Capítulo 11
O festival pt.1


Notas iniciais do capítulo

dei uma bela sumida, mas estou de volta



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1 SEMANA DEPOIS

—Mal posso acreditar que estou finalmente saindo daqui!- Aninha comemorou feliz enquanto se arrumava para sair do hospital.

—Mal posso acreditar que você se recuperou em 1 semana, isso é bem surreal- comentou Sasuke sentado na cama da garota.

Ela de ombros não dando muita importância.

—Foi minha força de vontade em não faltar 1 semana na aula- riu animada sentando ao seu lado por um instante.

Ela suspira aliviada em finalmente sair dali, odiava dormir em hospitais e odiava quartos de hospitais.

—Bem, você não vai perder a primeira, mas acho que você devia considerar perder a segunda- comento pretencioso.

Ela arqueia a sobrancelha e se virando de frente para o irmão, incentivando-o a continuar.

—Vai ser “A semana do festival Suna e Konoha”- falou com a voz falsamente animada a fazendo gargalhar.

—E o que é isso?- perguntou curiosa.

Ele se aproxima um pouco mais da garota para poder falar mais baixo. A verdadeira historia sobre o porquê do festival ainda incomodava muitos na vila, se escutassem Sasuke espalhando o que alguns consideram boatos e outros consideram verdade, ele estaria com problemas.

—Bem, há alguns anos alguns ninjas de konoha invadiram Suna e ninguém nunca soube a razão. Como não houve um grande impacto na entrada e na saída deles eles não foram capturados e ninguém soube a razão ou quem eles eram porque o Hokage os encobriu. As coisas ficaram muito estranhas entre Konoha e Suna, ainda mais estranhas do que já eram, para tentar aliviar o clima os dois decidiram criar uma espécie de festiva-acampamento-festa-seja lá o que aquilo for, para interagir os ninjas das duas aldeias, os ninjas mais novos na verdade. Os que não estiverem em missão na semana, claro- explicou baixinho.

Ela arregala os olhos interessada no que acabara de ouvir.

—Mas os ninjas de Konoha fizeram alguma coisa por lá? Por que o Hokage os encobriu? Onde é o festival? Quantos dias duram?- ela pergunta rapidamente sem nem respirar.

Ele a olha atordoado tentando absorver todas as perguntas sem esquecê-las.

—Ninguém sabe o que eles fizeram por lá, quero dizer, eles não causaram nenhum dano, mas essa é a parte estranha eles não entrariam lá por nada, alguns dizem que o Hokage sabia o motivo e provavelmente explicou para Suna esse motivo, mas ele sempre negou e nunca falou sobre isso com ninguém daqui.

—Nossa, que bizarro- comentou curiosa- o que aconteceu com esse Hokage antigo?

Sasuke ri de leve balançando a cabeça.

—Se a cada resposta que eu der, você perguntar mais 3 ficaremos aqui até amanha- reclamou brincando- Ele morreu em uma batalha há uns dois anos. Mas sobre o festival...- mudou de assunto querendo evitar falar do Hokage- o festival dura uma semana certinho, começa em um sábado e termina no outro. É em uma cidade há umas 4 horas daqui, você deu sorte a cada ano eles mudam o local para que fique um ano mais perto de konoha e outro ano mais perto de Suna, esse ano é mais perto de konoha.

—Perto? Se 4 horas é perto quanto tempo você demorou para chegar lá ano passado?- perguntou incrédula.

Ele para pra pensar um pouco calculando o tempo da viagem.

—Umas 13 horas- deu de ombro indiferente- enfim, a gente dorme lá mesmo e lá tem o melhor waffle que você vai comer na sua vida- tentou convence-la risonho- todos os ninjas da nossa idade estarão lá, ai ser legal.

Todos. Pensou nostálgica, sua mente voou para suas lembranças da infância e sobre 3 ninjas de Suna que ela morreria para ver de novo. Se todos os ninjas que não estivessem em missão estariam lá, tem uma grande chance de ela poder reencontra-los por lá. Ela sorri sozinha com a possibilidade convencida de que iria naquele festival com a maior certeza.

—Parece bem legal, estarei lá- sorri simpática voltando a se arrumar.

 

 

—Vai passar a manhã toda ai em cima?- gritou Sasuke para Ana.

Sasuke, Ana e alguns ninjas de konoha tinham chegado no local há algumas horas, pela empolgação incomum de Ana Sasuke aceitou ir um pouco mais cedo chegando lá e encontrando o lugar quase deserto. Desde então, Aninha não saia de cima da árvore querendo ver o rosto de cada pessoa que cruzava o portão e principalmente, queria ver se uma certa pessoa viria também.

—Desce dai, você vai ver todo mundo depois- reclamou chamando-a.

Ela bufa se dando por vencida e descendo da arvore com cuidado.

—O pessoal de Suna ainda vai demorar provavelmente, vem eu vou te mostrar o resto do lugar.

O local do festival era incrível, tudo estava decorado com cores fortes e cheio de ninjas e crianças de konoha. Os acampamentos das duas cidades eram em lados diferentes e separados por gênero. Havia lojinhas, restaurantes, barracas de comida, barraca de jogos e uma roda gigante bem no centro de tudo. Não havia nada relacionado a ninjas, tudo parecia alegre, pelo menos superficialmente.

Depois de mostrar cada detalhe do local Sasuke sugeriu que os dois fossem comer alguma coisa no restaurante mexicano de lá. O lugar estava totalmente decorado com referencias do Mexico e os garçons mais animados do que nunca.

—Uau, eles realmente fazem um esforço para parecer que esta tudo bem, olha só esse festival parece vomito de unicórnio de tão colorido- ela comenta admirada com o clima do local.

—Comparação nojenta- ele diz largando o garfo com comida.

Ela ri baixinho se desculpando, ela vê dois homens entrando no restaurante e repara que eram ninjas de Suna pelas vestimentas. Ela engole sua comida o mais rápido possível e se despede de Sasuke dando uma desculpa qualquer. O garoto assente confuso enquanto assiste a irmã sair correndo do restaurante o largando com seu prato de chili.

Realmente Suna havia chegado, o lugar estava bem mais cheio e barulhento, ela olha por cima das cabeças tentando acha-los, mas não tinha ideia de como os três estariam depois de tanto tempo, não sabia nem se tinham vindo. Subiu em um banco ao seu lado já que sua altura a deixava em desvantagem para achar qualquer um em uma multidão. Desiste depois de alguns minutos e sai em direção as barracas torcendo para encontra-los lá.

As barracas roxas ficavam mais pro fundo e eram de brincadeiras, as verdes eram de lembrancinhas e as vermelhas tinham comida e ficavam no começo. Ana saiu atenta procurando-os primeiro nas de comida. Avistou uma cabeça loira com um penteado conhecido e alguém coberto com um pano preto na barraca de algodão doce. Aninha corre para lá sem pensar duas vezes esbarrando em todos no seu caminho. Parou logo atrás deles sem saber o que dizer.

—Temari é só uma cor, escolha logo!- reclamou Kankuro cruzando os braços.

—Não é só uma cor, você reclama demais!- bufou irritada- eu quero azul, por favor- pediu simpática ao vendedor.

—É o mesmo sabor qual a importância da cor do algodão doce?- questionou inconformado.

Ana sorri lembrando-se de como eles sempre tinham essas discussões bobas desde crianças.

—Bem, Temari sempre foi indecisa com tudo- falou alto para eles escutarem.

Os dois pulam de susto se virando imediatamente não podendo acreditar na voz que ouviam, o queixo de Kankuro foi para o chão e os olhos de Temari brilharam de alegria. Ela puxa a garota para um abraço apertado  não acreditando ainda.

—Aninha? Não é possível! Quando você voltou? O que aconteceu com você?- perguntou Kankuro quando ela se soltou de Temari.

—Bem, faz algumas semanas, eu sei que fui embora repentinamente naquela noite e tenho muito para explicar, mas... Sei lá, estou muito feliz em ver vocês- diz nostálgica.

Kankuro não aguenta e puxa a garota para um abraço também. Ela ri surpresa sentindo-se pela primeira vez desde que voltou como se aquela fosse sua casa novamente, como se naquele mundo pudesse reconstruir os laços do passado.

Ela se desvencilha do abraço se dando conta de que faltava alguém, a pessoa mais importante. Vasculhou um pouco ao redor e rapidamente achou o ruivo do lado da barraca de braços cruzados e cara fechada distraído olhando para o outo lado.

—Ai meu deus. Gaara!- ela fala animada correndo para abraça-lo, mas Kankuro a segura pelo braço encarando o caçula cauteloso.

Ela encara Kankuro sem entender o que estava acontecendo, Gaara se vira reconhecendo a voz, mas perplexo ao pensar que fosse realmente dela.

—Mas o que?- ele diz surpreso- pensei que estivesse morta- ele diz indiferente recuperando a postura.

—Ele não é o mesmo de antes Ana- sussurrou antes de solta-la- muita coisa mudou depois que você sumiu, cuidado com ele. Fique longe- recomendou cauteloso.

A garota o encara como se aquilo fosse uma grande piada. Era Gaara. Seu melhor amigo de infância. Uma das pessoas mais carinhosas que ela já tinha conhecido. Ela ignora os avisos de Kankuro e se aproxima de Gaara um pouco menos confiante. Ele a olha indiferente esperando ela se afastar como todos, mas ela continua o encarando encantada.

—Se quer falar alguma coisa diga logo, se não, vá embora- cruzou os braços entediado.

—Eu só... Eu estou muito feliz de te ver aqui, pensei que nunca mais ia ver vocês três- ela diz sincera sorrindo, mas ele não retribui.

Ele não responde e não muda a expressão facial, apenas continua a encarando esperando ela ir embora e deixa-lo em paz.

—Acho que muito aconteceu nesses 5 anos, não é mesmo?- diz nostálgica percebendo o quão frio Gaara estava a tratando.

—Não espere que as coisas voltem a ser como antes. Eu estou longe de ser semelhante ao o que eu era, o garoto que você conheceu esta morto. Agora a minha motivação é minha sede por sangue e se você ficar no caminho, acabo com você igual acabo com os outros- ele lança um olhar psicopata e a garota abre e fecha a boca diversas vezes não sabendo se devia levar a serio tudo aquilo.

Parecia hilário pensar que o garoto que tinha conhecido havia se tornado uma pessoa sem coração e indiferente a tudo e todos, tudo parecia uma grande piada, mas Ana sabia que não era. Sabia que tinha ficado fora por muito tempo, e não tinha ideia do que havia acontecido nesse meio tempo.

Ela solta uma leve risada seca não demonstrando nem um pouco de medo em relação as ameaças de Gaara.

—Eu te conheço, você não machuca nem uma mosca de propósito- diz calma.

—Fique no meu caminho pra ver o que acontece- ameaçou antes de ir embora emburrado a deixando com um sorriso descrente, mas um pouco preocupada com o que teria acontecido nesses últimos anos.


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