Eu não ajudei Sam com a garota quando ele a levou pro quarto. Ele era o cara bonzinho, não eu.

Entrei no quarto sem acender a luz e sentei na cama deixando toda aquela tremedeira de um certo, ataque nervoso, controlar meu corpo fazendo-o tremer sem que eu conseguisse controlá-lo. Meus músculos começaram a doer e foi aí que percebi meus dentes cerrados e meu cérebro trabalhando no que meu pai fazia com aquela garota.

Ele amava a minha mãe, eu sabia disso, porém o meu medo dela ser uma parte Winchester estava pairando sobre tudo o que eu pensava. Ele não podia ter feito aquilo, ela era com certeza mais nova que Sam, o que me fazia tremer ainda mais em pensar que ele não respeitara minha mãe depois de sua morte.

Pareceu egoísmo quando conclui o pensamento, mas era ciúmes. Um ciúmes idiota que eu não sentia a muito tempo. Eu fazia tudo que o papai pedia e ás vezes não parecia o suficiente, tentava provar pra ele e a mim mesmo o quanto eu era capaz quando era mais jovem e pensando hoje em dia, foi uma babaquice.

Ás vezes eu sentia inveja, não uma ruim, mas de Sam, por ele sempre ter sido tão independente, apesar de, no começo, eu não odiar essa vida de caçador, eu sabia que poderia ser alguém, não um cara que mata coisas sobrenaturais por aí. Claro que eu não entraria na faculdade, mas eu podia ser o que? Um grande astro do rock.

Saindo dos meus devaneios de astro do rock, aqueles pensamentos sobre meu pai e a garota me deixaram novamente tenso. Queria encará-la e perguntar ''Qual é a sua?", mas ao mesmo tempo a via como algo frágil, que devia ser cuidado.