W's escrita por Luana Almeida


Capítulo 26
Meu fim


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, quanto tempo né?
Primeiramente desculpas, mas todos sabem e também acontece com vocês, problemas junto de responsabilidades não é? Vim com um último capítulo dessa temporada pra vocês, pretendo iniciar outra talvez amanhã, ou talvez eu não sei, ta escrito só quero revisar.
Como sempre, estou aberta as críticas e comentários e juro por tudo que estou tentando escrever esse final desde o último cap que postei! Desculpa se ficou curto e '""incompleto"""", mas a próxima temp vai vir com suas explicações!
Obrigada gente por tudo, e espero vocês nos comentários ♥



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A experiência dos mais velhos até que serviu de ajuda. Claro, Rufus me olhava de tempos em tempos como se eu fosse uma aberração e eu não sabia se era por eu ser uma profeta ou por ter más lembranças de seu carro.

 

—Tudo bem? - Cas se aproximou me tirando do transe intenso.

—Já sentiu como se fosse morrer? - perguntei fitando o chão – Odeio essa sensação.

 

Ele riu baixo.

 

—Qual o motivo desse pensamento? - senti seus olhos em mim.

—Sempre convivi com ele – ri lembrando coisas ruins. Um riso nervoso que fez um arrepio percorrer meu corpo.

—Quer saber uma coisa ruim? - Cas balançava de um lado para o outro na velha van – Ser um anjo e depois do nada ser humano – seus olhos se apertaram quando ele riu – Eu tenho toda hora que comer, dormir e ir no banheiro, é muito mais interessante assistir séries sem precisar parar para alguma coisa – seu jeito exaltado com uma mistura de revolta me fez rir – E você não sabe o pior – ele respirou fundo – Ganhei o que vocês chamam de pneuzinhos, olha isso – Cas puxou o sobretudo para o lado e apertou a pele da barriga fazendo ficar saliente.

 

Nós rimos alto e os pensamentos ruins foram embora. Dean me notou rindo e sorriu de volta, estava sentado ao lado de Sam e notei que ele me olhava, meus olhos foram aos dele que respirou fundo desviando.

 

Depois de muito pensar havia sido decidido que invadir o lugar onde o Danjo se encontrava era a única chance que tínhamos de fazer aquilo parar. A ideia inicial era de Sam, e Dean relutara um pouco, mas fora vencido quando Rufus e Bobby disseram parecer ser a única saída. Eu e Cas ficamos de fora da decisão, aparentemente não tínhamos cacique para a votação e alguns goles de cerveja na cozinha foram o suficiente para deixar o aborrecimento de sermos excluídos de lado.

 

A van balançava de um lado para o outro e os únicos barulhos que ouvíamos era do motor roncando alto e das conversas de Rufus, Bobby e Alanny que estavam sentados a frente falando sobre o caminho.

 

Rufus lutara, e muito, contra a ideia de levarmos um demônio para a viagem, e quando pedira minha opinião junto com a de Cas nós demos de ombro relembrando que não podíamos palpitar e aquilo para nós dois, foi até que gratificante. Eu também não concordava muito com a ideia, mas Dean estava convencido que sim, deveriam.

 

Deixei a cabeça cair sobre o ombro de Castiel, sentia cada vez mais um cansaço e um aperto no coração em relação a aquela caçada. Eu estava ciente, que aparentemente nenhuma criatura poderia me matar, mas não estava segura disso, tinha medo pelos meninos, pelos velhotes e até mesmo por Alanny, afinal, ela estava nos ajudando. Sentia a respiração de Cas em meu rosto, era leve e com intervalos grandes, era como eu ficava quando estava tensa.

 

—Chegamos – Bobby anunciou desligando de uma vez o motor e fazendo a van parar vagarosamente sem fazer barulho – Está a mais ou menos cento e cinquenta metros, está bom aqui? - ele se virou no banco do motorista passando os olhos por mim e parando em Sam.

—Acho que sim, corremos à qualquer imprevisto – ele sorriu forçado.

—Eu vou com Alanny – Dean levantando tendo que ficar curvado para não bater a cabeça no teto, estávamos sentados no chão por ser uma van de carga.

—A Aurie pode ir comigo – Sam me olhou – E Castiel e Rufus juntos – ele assentiu para mim.

—Sem problemas – sorri como resposta.

—Tchau querida – Bobby olhava para o volante enquanto falava – Amo você.

 

Eu era a última e talvez só eu tivesse escutado.

 

—Também amo você tio – ri fechando a porta.

 

Nós caminhamos o mais silenciosamente o possível em duplas com distâncias e lugares diferentes na rua. Sam estava a minha frente e eu ouvia sua respiração por conta do silêncio do lugar. Dean e Alanny entraram em um prédio mal iluminado, logo Rufus e Castiel entraram e depois foi nossa vez.

 

O corredor branco me fazia lembrar corredores de hospital. Minha arma estava carregada com balas de prata com ciladas para demônios e a única pessoa que tinha a arma que mataria o Danjo era Dean. A ideia conjunta tinha sido de fundir a faca que matava demônios com a que matava anjos. Cas conseguiu fogo sagrado diretamente do céu por um portal no qual Hannah o ajudara.

 

A loucura disso tudo era que não sabíamos se ia dar certo, mas a insistência de Sam de ir foi alta, ele dizia querer acabar com tudo aquilo e eu achava que era a única forma também.

 

Sam parou do nada no caminho e meu corpo bateu no dele com força. Ele atirou algumas vezes e então os barulhos começaram. Tiros, gritos e correria. Nós nos separamos e eu entrei em um corredor que não fazia ideia de onde levava.

 

Os barulhos de tiros ecoavam pelos andares e eu tentava ouvir se algo ou alguém estava chegando perto. Sentia medo e meu corpo gelar cada segundo mais. Não estava tão preparada quando, acho que, um anjo se aproximou. O soco que me dera no rosto me fez cair no chão enquanto minha arma escorregava pra longe ele subia em cima de mim.

 

—Não querida, escolha errada de lugar – ele agarrou as laterais da minha cabeça segurando em meus cabelos e eu fechei os olhos com a dor. Vi seus olhos brilharem e seu corpo caiu em cima de mim fazendo eu bater a cabeça com força no chão e ficar um pouco tonta

—Esqueceram de te dar isso – era Alanny com uma espada dos anjos – Está bem?

—Estou – joguei o corpo para o lado e saí do chão – Para onde estão indo?

—Último andar – ela me ajudava a levantar.

 

Nós começamos a subir as escadas devagar. Ela ia na frente e eu cuidava da retaguarda. Pareceu eterno e no meio do caminho haviam anjos e demônios apagados no chão indicando que alguém já passara por ali. Eu quase atirara em Dean quando ele apareceu em minha frente em um dos andares, a sorte dele e claro, minha, foi que o tiro ricocheteara em um extintor que vazou nos fazendo ficar brancos.

 

Ouvi Dean me xingar e sua irritação fez com que agarrasse meu braço forte demais me fazendo andar mais rápido, protestei tentando me soltar e ele se desculpou.

 

No fim da escada tinha um salão enorme, e bem no fundo havia alguém sentado em uma poltrona confortável. Fomos surpreendidos quando pessoas pularam do teto em cima de nós. Antes disso tinha notado que Cas, Sam e Rufus já estavam lá parados a pouca distância. Alanny foi empurrada escada abaixo e antes que eu pudesse ir socorrê-la, Dean me puxou fazendo meu corpo desviar de um golpe de um anjo. Eu caí no chão e escorreguei por ele por uma distância grande. O momento pareceu passar devagar, eu vi Rufus cortando a cabeça de um demônio enquanto Dean esfaqueava outro e Alanny surgia na escada. Olhei para cima e vi Sam na minha frente abri a boca para pedir que me ajudasse, mas a única coisa que recebi foi a espada do anjo que ele usava entrando em minha barriga.

 

—Não! – foi o que consegui dizer. Sua mão estava firme na espada e o sangue subia em minha boca fazendo eu me afogar.

 

Ouvi um grito ao fundo, e com ele um clarão me fez fechar os olhos. Senti a pressão na barriga diminuir enquanto Dean gritava ao meu lado e meus pensamentos ficavam confusos.

 

A mamãe cantava pra mim enquanto pessoas gritavam ao fundo coisas que eu não conseguia entender.


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