You Changed My life escrita por Valy Redfield Grayson


Capítulo 19
Hmmm Gale !


Notas iniciais do capítulo

Pois bem...um ano depois e meu Hiatus continua. Mas por algum motivo aparente...não, não tenho motivos kkkk resolvi trazer esse capítulo pro Nyah pois abri minha história e tive uma grande decepção ao perceber que ela estava com apenas 18 capítulos.
O máximo que consegui escrever até hoje é 22 capítulos e ela está longe de seu final, nem sei se vai ter um mas a esperança é a última que morre.

Então espero que me perdoem e aproveitem esse capítulo novo.



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 POV.GRAY

 

 

 

 

Os dias vem passando rápidos ultimamente, a galera toda esteve estudando pra valer nos últimos dias já que as provas bimestrais estavam mais próximas. Também estivemos nos esforçando mais nos clubes, principalmente o Natsu que é o líder do clube de basquete e teve que treinar novos integrantes que entraram pra equipe. Jellal entrou para o clube de esgrima a pedido da Erza " tá mais pra ordem" e como nesses últimos dias ele vem babando nela o tempo todo e fazendo todas suas vontades aceitou de primeira mesmo sabendo que iria apanhar feio da Erza nos treinos.

Juvia passou a dedicar mais do seu tempo nas lutas e não anda tão grudada em mim como antes o que me deixou aliviado. Estou fazendo as aulas juntos com ela e a primeira semana já foi pesado, Yumik não pega nada leve nem com os novatos.

Minha mãe quase surtou quando eu falei que estava fazendo aulas de karatê e artes marciais. Ela não surtou no mau sentido mais sim falando que eu era o orgulho dela, que tínhamos um lutador na família e blá blá blá, sinceramente isso não me importa nem um pouco e orgulho ? eu apanhei de dois garotos e de uma garota de 13 ANOS !!! nas três primeiras aulas. Acho que alguém irá morrer ! quem será né ?

Continuei a observar Yumik e ver se eu descubro alguma coisa da sua vida, e as aulas serviram muito para me mater próximo a ela. Teve vários fatos que apontavam que ela ERA a Ultear, mas outros bem diferentes. Ela é muito gentil e prestativa pra ser a Ultear, além que a Ul não sabia lutar karatê dessa forma, não profissionalmente. Yumik pareceu gostar muito da Juvia por algum motivo que eu não sei, até tava puxando mais saco para ela nas horas dos treinos e com isso eu me lasquei geral já que ela obrigou-me praticamente a lutar com a Juvia, e na hora ela dizia " Gray não seja covarde, não se bate em uma garota tão doce como a Juvia "

Resultado ? apanhei da própria Juvia, fala sério eu pensei que a Juvia gostasse de mim.

 

Assim passou-se um mês e aqui estamos na Fairy tail totalmente sem animo nem um largados nas cadeiras como se não dormíssemos a dias. Sério, se respirar não fosse uma ação involuntária nois já estaríamos mortos.

Acontece que a noite passada fiquei praticamente a madrugada inteira assistindo Criminal minds e Dexter junto com a Erza. Isso mesmo, Erza de vez em quando dá um surto e passa a madrugada inteira assistindo séries, mas o problema é que ela não quer fazer isso sozinha e eu fui o felicitado dessa vez. Fui para a casa da Erza as 16:00 horas da tarde, exatamente o horário em que eu estaria dormindo, e fui dormi exatamente as 04:00 da madrugada para acorda as 06:30 e ir a maldita escola. Erza me paga !

Eu tava tão cansado que nem vi que dormi na cama da Erza junto com ela, mas dane-se, fazíamos isso quando crianças.

Quando eu chegar vou dormi até o mundo acabar com certeza.

 

Lucy - Psiu ! ei Gray, agora é aula de música _ a loira fala debruçada sobre a mesa.

 

— Porcaria !

 

As aulas de música até seriam melhores se não fossem totalmente chatas e entediantes. Acontece que a professora Hilda transforma toda a aula em um concerto chato de música clássica. Posso até ouvir ela falar.

"As regras são claras "

Nada de Rock

Nada de eletrónica

Nada de k-pop

Nada de Funk

Ou seja, uma merda.

 

Fui arrastando-me até a sala de música junto aos outros, parecíamos aqueles zumbis dos filmes andando pelo corredor da escola heheh. A sala era repleta de estrumentos musicais dentre eles violões, guitarras, teclado, bateria, violino e flauta que foram doados para a escola de uma loja.

Mas infelizmente não podemos tocá-los, qual é a graça de ter estrumentos musicais na academia se não podemos usar ?

Chegamos e sentamos sobre os pequenos puff's da sala e esperamos a dita curja falar o que que queria de nois. 

A veia tinha no máximo 1,54 de altura, com seus cabelos em uma tonalidade rosa escuro e alguns fios brancos, olhos fundos e cheios de pés de galinha, óculos no nariz e uma pasta entre os braços. Ela parecia um cosplay daquelas monitoras de orfanatos que existem nos filmes. A carranca em sua cara deixava claro que o seu humor não estava os dos melhores.

 

Jet - E ae ve...querida sensei. Não está bem alimentada hoje heuheuhe! _ esse cara tá querendo morrer.

 

Hilda - Poupe-me de seu comentário fútil, já aviso que não temos tempo para brincadeiras. Como final de semestre hoje irei avaliá-los e lançar suas notas.

 

Jellal - Ótimo _ disse irônico revirando seus olhos nas órbitas, logo ele recebe um olhar significativo de Erza ao seu lado.

 

Natsu - E como pretende fazer isso, fazendo com que cantemos Chico Buarque ou Maria Mendonça _ Natsu começou a fazer uma voz afeminada fazendo todos rirem.

 

Hilda - Vai rindo garoto, vai rindo.

 

— Affs, e qual será seu método dessa vez, como pretende nos avaliar obrigando a ouvimos músicas do tempo do meu bisavô _ falo já morrendo de tédio.

 

Hilda - O que está ensinuando Sr. Fullbuster ? _ a velha abaixa os óculos e me fuzila com os olhos.

 

— Eu ? nada, se você entendeu alguma coisa errada, o problema é seu _  vejo uma veia saltar de sua testa e sorrio sacana.

 

Hilda - Menos dois pontos na média !

 

— Vai tirar que pontos que eu não tenho ?

 

Hilda - Aaaah já chega ! _ disse irritada _ estou farta disso, se não fizerem dois grupos e cada um apresentar uma música agora mesmo não haverá nota que salve ninguém.

 

Apressadamente separamos e organizamos os grupos. Temos que cantar alguma coisa e a bruaca quem vai decidir quem fará melhor. Não estou com animo nenhum pra cantar e nem pra pensar.

 

Erza - Qual o seu problema Gray, perdeu o juízo ? _ a ruiva me lança um olhar sombrio que me fez tremer por um segundo mas logo a respondo.

 

— Meu problema é que eu não dormi nada essa noite, porque será né ! _ minha voz era completamente sarcástica.

 

Formamos o grupo e ficamos lá na frente, então a Cana pegou um aparelho de som e preparou para colocar música.

 

— Podem começar _ a bruxilda começou a anotar alguma coisa em um bloco de papel _ vamos, comecem _ falou abaixando os óculos.

 

Ficamos parados que nem idiotas olhando um pra cara do outro. Lucy olhou pra mim com cara " vai começa " e eu a olhei tipo " não vou cantar nem fudendo" Erza revirou os olhos e Natsu riu em silêncio recebendo um tapa de leve no braço.

 

Hilda - Não é aula de mímica, e sim de música !

 

Cana - Tá _ Cana se prestou a começar primeiro, cantando I'm an albatraoz do Aronchupa _

" Let me tell you all a story about a mouse named Dilory Yeah, Dilory was a mouse in a big brown house She called herself the hoe, with the money money flow ... "

 

Aí no refrão todo mundo começou a cantar junto.

 

— But fuck that little mouse 'cause

I'm an Albatraoz

I'm an Albatraoz

I'm an Albatraoz !!!

 

Começamos a fazer uma dança super ridícula, parecíamos um bando de retardados tentando montar uma coreografia.

O Natsu parecia tá tendo um derrame, a Lucy dançava parecendo que tava levando choque e eu com certeza não era exceção, os outros devem tá pensando que eu tô dando Pit hehehe.

 

—- But fuck that little mouse 'cause

I'm an Albatraoz

I'm an Albatraoz

I'm an Albatraoz !!!

 

 

Hilda - Tá tá ok _ parou a musica _ Que porcaria é essa ?

 

Natsu - Se chama música eletrónica heuheuhe.

 

 

Hilda - Ok alunos, chega, vou da um sete pra vocês mas não porque cantaram bem mais sim pra vocês PARAREM de cantar !

 

Natsu - Olha ! nos pintamos o sete heuheuhe.

 

Saímos sorrindo e fomos sentar nos nossos lugares. Logo Jellal, Gajeel, Juvia e Mira foram pra frente e antes mesmo da professora mandar eles já começaram a cantar Despacito.

 

"Comin' over in my direction

So thankful for that

It's such a blessin', yeah

Turn every situation into Heaven, yeah

 

Oh, you are

My sunrise on the darkest day

Got me feelin' some kind of way

Make me wanna savor every moment slowly, slowly

 

You fit me, tailor-made love, how you put it on

Got the only key, know how to turn it on

The way you nibble on my ear, the only words I wanna hear

Baby, take it slow so we can last long

 

Oh, tú, tú eres el imán y yo soy el metal

Me voy acercando y voy armando el plan

Solo con pensarlo se acelera el pulso

 

Oh, yeah

Ya, ya me está gustando más de lo normal

Todos mis sentidos van pidiendo más

Esto hay que tomarlo sin ningún apuro

 

 

Despacito

Quiero respirar tu cuello despacito

Deja que te diga cosas al oido

Para que te acuerdes si no estás conmigo

 

Despacito

Quiero desnudarte a besos despacito

Firmo en las paredes de tu laberinto

Y hacer don't e tu cuerpo todo un manuscrito "

 

 

Eles até que cantaram bem e a professora gostou da apresentação deles, Velha nojenta !

 

 

—___________________

 

 

O resto das aulas não teve nada de interessante, e por algum milagre divino saímos mais cedo, coisa que eu nem gosto sabe !

Estava seguindo o meu trajeto de sempre de volta pra casa, quando

Vi a Juvia voltar sozinha, ela ia por algumas ruas acima das que eu ia, pensando agora ninguém sabe onde ela mora e muito menos sabemos com quem ela mora, só sabemos que ela tem um tio mais ninguém nunca o viu. Isso é estranho ! me faz imaginar que talvez ele seja um traficante e que Juvia só finja ser uma adolescente normal de dia e de noite é uma assassina de aluguel.

Balanço a cabeça com tais pensamentos, que besteira !

 

Chego em casa me arrastando, e com maior dificuldade abro a porta e cruzo a sala em passos lentos. A casa tava vazia, ótimo ! Lyon deve está na faculdade e dona Ur trabalhando. Chego no meu quarto e sem tirar a mochila mesmo caiu direto na cama onde pretendo passar as minhas preciosas horas a dormir.

 

 

 

 

~~quebra-de-tempo~~

 

 

 

 

POV.LEVY

 

 

 

 

— não não, você tá fazendo tudo errado de novo !

 

— como que errado, eu fiz exatamente o que você me falou para eu fazer.

 

— Mas eu não falei que X era igual a Y, onde já se viu _ pela milésima vez eu repetia todo o processo de explicar a matéria de matemática ao meu parceiro de atividades, mas explicar pra gente burra é foda.

 

— Ah desisto ! essas coisas de números e letras só me bugam mais ainda. O que diabos essas letras tem haver com matemática _ o moreno aponta para o caderno alterado.

 

 

— Tudo haver Gajeel, Tudo haver.

 

Levanto de minha cama onde estava sentada e vou até a escrivaninha sentando de frente ao meu notebook.

Vocês devem está se perguntando porque Gajeel, logo Gajeel está na minha casa dentro do meu quarto. Vocês devem pensarem que sou louca por trazê-lo para dentro do meu quarto, mas tenho um bom motivo.

Decidi ajudar Gajeel com algumas matérias que ele tem dificuldade, ele quase emplorou pra mim na frente de todo mundo da biblioteca, no começo eu não quis se quer cogitar a ideia de ajudá-lo com algo, mas não custa nada já que apesar de todas as provocações somos amigos.

Então decidi fazer essa obra de bondade ao moreno e duas vezes por semana passamos a tarde estudando, ou pelo menos tentando. Já que meus pais passam o dia todo no trabalho, Gajeel vem pra minha casa, além disso não ia ser nada agradável ir na casa do Gajeel já que como um quarto de rockeiro deve ser uma bagunça, além de que o irmão dele Midnight poderia pensar merda.

 

Eu rodava na cadeira de um lado para o outro com a ponta da caneta na boca enquanto Gajeel me fitava sentado na cama.

 

Gajeel - Para de ficar rodando, isso irrita _ falou revirando os olhos e o olhei com cara de poucos amigos.

 

— Se eu fosse falar cada coisa que me irrita em você...

 

Gajeel - Tipo meus músculos ge-hee _ disse fazendo pose e dando sua típica risada escrota, virei o rosto.

 

— Tipo sua idiotice, não sabe fazer nada a não ser tocar guitarra _ comecei a rodar novamente com a cabeça erguida olhando para o teto do quarto.

 

Gajeel - E quem disse que não sei fazer mais nada além disso !

 

Me levantei da cadeira e fiquei a sua frente encarando-o enquanto o mesmo sentava em posição de índio.

 

— Ah é _ sorri divertida _ então prove !

 

Gejeel - Que tal um trato _ lá vem merda _ se eu conseguir responder todos os exercícios você vai ter que me deixar fazer o que eu quero. Mas se eu erra, você poderá fazer o que quiser, e eu servirei suas ordens _ disse fazendo uma reverencia com as mãos.

 

— Ah mais isso você mesmo já sabe que vai perder _ sorrio.

 

Gajeel - Não cante vitória antes da hora baixinha.

 

Ele pegou o caderno e um lápis e pôs-se a responder rapidamente. Não acredito que ele vai levar isso a sério ? O Gajeel as vezes age como uma criança, me sento novamente e espero o moreno terminar para esfrega na sua cara que ele errou tudo e eu venci, Yes !

 

Passou-se um tempo e eu esperava sentada na cadeira o garoto-metal terminar, quando eu já estava quase pegando no sono sinto um objeto duro bater em minha cabeça.

Ergo a cabeça olhando para o infeliz que estava em pé na minha frente com a cara fechada de sempre.

 

— Ei ! Ficou maluco idiota _ reclamei massageando o local da batida em minha cabeça.

 

Logo fui surpreendida com ele que jogou o caderno em meu colo com tudo respondido. Olhei de canto para ele com somente um dos olhos e ele esbolsou um pequeno sorriso sacana.

Peguei o caderno e fui conferir as repostas se estavam certas. Mas quase caiu para trás quando acabo de ler, conferir pelo menos umas três vezes para ter certeza que Gajeel Redfox não havia me impnotizado. Todas as respostas estavam corretas ! TODAS !

como esse filho da mãe conseguiu em menos de vinte minutos responder todas corretamente.

 

— Mas...como _ fiquei embabacada

 

Gajeel - Força de vontade baixinha _ disse com a cabeça erguida e fingindo limpa as pontas das unhas na camisa, levantei indignada.

 

— Isso é impossível !

 

Gajeel - Nanana ! O que foi, achava que você era a única sabe tudo aqui e que os outros não tem direto de tirar uma boa nota.

 

— Se você sabe, porque pediu minha ajuda pra estudar Gajeel !!! _ perguntei já ficando vermelha de tão irritada.

 

Gajeel - Você explica bem _ piscou o olho sorrindo o que me fez sentir um calafrio percorrer minha espinha _ agora...o combinado !

 

Eu sabia Gajeel Redfox, sabia ! Agora eu vou ter que aturar as ordens desse brutamontes calada sem poder fazer nada por culpa desse maldito trato que a idiota aqui concordou.

 

— gggh ! _ estapeio minha própria testa descendo a mão pelo rosto observando Gajeel sorrir de minha desgraça.

 

— O que vai ser ? _ pergunto entre dentes.

 

Gajeel solta uma risada nasal e estrala o pescoço esticando as mãos. Pobre eu !

 

Gajeel - Quero que me deixe usar sua cozinha.

 

Já estava preparada mentalmente por um "se ajoelhe perante a mim" ou um "faça meus deveres por um mês " Mas ao ouvir aquilo engasgo com a própria saliva. Olho incrédula para o mesmo me perguntando se esse cara tinha algum problema.

 

— Ehhh...o que ?

 

Gajeel - Quero que me deixe usar sua cozinha _ diz tranquilamente.

 

— Olha...Gajeel. Você tem eu na palma de sua mão, a menos que queira explodir com a minha cozinha eu diria que você está ficando maluco ! _ ele me olha com cara de tédio.

 

Gajeel - Apenas me deixe usar a porcaria da cozinha.

 

— Tá né....beleza ! melhor do que lavar ou beijar seus pés.

 

Eu comemorava mentalmente por hoje Gajeel está totalmente estranho e não querer ferrar com minha vida. Mas não posso baixar a guarda, aliás, o que diabos ele vai querer fazer na cozinha. E se ele colocar veneno na água do bebedouro !

 

— Eh não queria ser chata mas...o que você quer fazer na cozinha ? _ perguntei enquanto descíamos as escadas da casa.

 

Ele apenas virou um pouco o corpo ainda mantendo as mãos nos bolsos da calça e me olha pelo canto do olho.

 

Gajeel - Hmm você não disse que eu não sabia fazer nada.

 

— E o que isso tem haver ?

 

Gajeel - Apenas observe _ deu de ombros entrando na cozinha.

 

Minha cozinha era do estilo americano contendo um balcão como divisão, uma geladeira em um canto, o armário de parede que ficava em cima da pedra de mármore onde estava o fogão embutido e o microondas que ficava do outro lado da pedra. Havia uma pequena mesa que cabia apenas duas pessoas, e fora ao pequeno bebedouro e pia essas eram as coisas que haviam no cômodo.

 

— O que pretende fazer ? _ pergunto sentando no balcão e balançando as pernas.

 

Gajeel - colocar as mãos na massa _ ele se vira para mim e sorrir divertido e começa a caminhar até a dispensa.

 

Meu raciocínio lógico apitou.

 

— Não me diga que pretende cozinhar ?

 

Arqueio a sobrancelha vendo-o sair da dispensa com alguns pacotes, verduras e alimentos nas mãos.

Ele me olha como se fosse óbvio e eu não aguento, começo a gargalhar alto, mas o mesmo me mostra uma carranca e paro de rir pouco a pouco.

 

— Não me diga que está falando sério ?

 

Gajeel - E porque acha que não estaria ? Qual o problema nisso garota.

 

— O problema é que sabe _ olho ele dos pés a cabeça _ você não tem muito o jeito de quem sabe cozinhar.

 

Ele suspira e coloca as coisas em cima da mesa se virando para mim.

 

Gajeel - As aparências enganam baixinha. Só porque você um homem bombado não quer dizer que ele não curta filmes ou livros de romance, ou uma garota de berço não goste de jogar bola.

 

— Hmmm _ tomei bem na minha cara, porque diabos você tem que abrir a boca Levy ! _ E você não tem medo de que eu queime seu filme para os outros ?

 

Gajeel - Não me importo com isso.

 

— E porque vai cozinhar pra mim ? _ pergunto eufórica

 

Gajeel - Você fala demais baixinha, apenas cale a boca e observe.

 

Cruzo os braços e mostro-lhe a língua em um ato nada infantil. Fico olhando pro nada por alguns instantes e depois me pronuncio novamente.

 

— O que vai cozinhar ?

 

Gajeel - Lasanha _ meus olhos brilharam com a palavra "lasanha"

— Lasanha !!! eu adoro, posso ajudar !

 

Desço do balcão e vou dá a volta no mesmo mas paro quando ouço a voz grave do mesmo falar "Não".

Olho irritada para o mesmo, ou pelo menos tento, como eu estava atrás do balcão que era do tamanho da Nárnia só dava para ele ver meus olhos semicerrados por cima do balcão, a porra do meu tamanho também não ajuda !

O desgraçado ainda dá aquela risada escrota dele me olhando por cima dos ombros. Não sei porque mas achei agora o sorriso dele sexy...pera o que ?

 

 

Bem, Gajeel estava certo 'pela primeira vez' eu devia ter ficado calada. O cara é rápido e ao mesmo tempo prático, depois dele preparar a lasanha e colocar no forno, ele decidiu fazer mousse de chocolate também e depois de eu tanto insistir, ele me deixou ajudar.

Depois de um tempo retiramos a lasanha e o mousse que deixamos esfriar na geladeira.

Eu tenho que admitir, Gajeel cozinha super bem.

 

— Deus, isso aqui tá ótimo Gajeel _ disse suspirando enquanto me deliciava com a massa.

 

Gajeel - Sabia que você ainda ia admitir isso _ disse sorrindo convencido.

 

— Ainda não entendi o porque de você fazer isso pra mim _ ele deu de ombros pegando o mousse.

 

Gajeel - Só queria ver sua cara de derrotada depois que soubesse que eu sei fazer muitas outras coisas perfeitamente _ sorriu malicioso _ muitas outras coisas.

 

— Puff ! Como é convencido _ sorri sem olhá-lo percebendo que em determinados momentos conseguimos ficar no mesmo lugar sem nos matarmos.

 

— Onde aprendeu a cozinhar _ pergunto por curiosidade.

 

Gajeel - Meu Avô era um chefe culinário, eu quando criança admirava muito o trabalho dele, sempre ia pra sua casa somente para provar dos seus pratos _ ele sorriu abaixando o olhar _ eu falei pra ele que um dia eu seria tão bom quanto ele, e que iria aprender a preparar suas receitas. Bom...isso foi antes dele morrer.

 

 

Fiquei surpresa e ao mesmo tempo culpada por fazê-lo tocar nesse assunto, afinal quando o assunto é morte não é muito agradável de se comentar.

 

— Er...sinto muito _ digo baixo olhando para qualquer outro ponto da cozinha.

 

Gajeel - Não precisa disso, já faz tempo _ diz simplista _ Eu queria cumprir o que eu disse a ele, mas não faço isso somente por obrigação, faço porque é um dos meus hobbys favoritos " além " _ disse dando ênfase na palavra _ de tocar guitarra.

 

 

Sorri verdadeiramente olhando o moreno. Gajeel poderia ser um babaca na maior parte do tempo, mas bem no fundo ele é uma pessoa divertida, gentil e que não se deixa abater tão fácil, sempre disposto a ajudar os amigos, com um sorriso no rosto.

 

 

— Já pode trabalhar no master chef  _ digo pegando o mousse com uma colher e depois passando um pouco em seu nariz, em seguida comecei a gargalhar.

 

Gajeel - Ora sua baixinha atrevida _ também entrou na onda sujando minha bochecha com o doce.

 

 

Ficamos mais um pouco ali conversando e nos provocando kkk. Até que não foi tão má ideia assim passar a tarde com o Gajeel.

Depois de alguns minutos ele disse que precisava ir, no fundo, bem no fundo um sentimento desconhecido por todos os deuses não queria que ele fosse embora. Acompanhei ele até a porta e entreguei a mochila que o mesmo trouxe quando veio.

Ele parou na porta e ficou me olhando por um tempo. Tentei decifrar o seu olhar mas não consegui já que não sou muito boa em desvendar das várias faces que o marteleiro tinha.

 

— Bom...até mais Gajeel _ disse desfazendo o silêncio entre nois lhe lançando um sorriso.

 

Gajeel - Até mais baixinha _ disse segurando a alça da mochila em seu ombro, quando eu já ia fechar a porta ele colocou uma das mãos me impedindo de prosseguir o ato.

 

— O que foi Gajeel, algum problema _ perguntei.

 

Gajeel - Sim, você não me agradeceu corretamente por ter cozinhado pra você _ quando eu penso que poderíamos nos dá bem ele acaba com todas as minhas esperanças.

 

— Fala sério Gajeel, não acredito nisso ! como eu deveria lhe agradecer então _ reviro os olhos.

 

Gajeel - Assim...

 

Não consegui processar o que aconteceu em seguida. Gajeel aproximou-se mais de mim se curvando até ficar da minha altura, em seguida colocou uma das mãos na minha nuca e outra na minha cintura e colou nossos lábios.

Não sábia se isso era mais umas das brincadeiras do meu subconsciente comigo mesma, mas fui pega de surpresa que só fui perceber o que estava acontecendo ali quando senti os lábios gélidos de Gajeel se movendo contra os meus. Eu estava de olhos abertos e não sabia como reagir aquilo, eu poderia simplesmente empurrá-lo, mas não queria, não conseguia, nem eu mesma sábia o que eu queria. Por uma força maior ou talvez por maldição de Hades, me deixei levar naquele momento fechando os olhos e me permitindo sentir aquele beijo que fazia meu corpo todo tremer em resposta. Senti-o sorrir em meio ao beijo e aprofundá-lo sugando meu lábio inferior para depois separá-los em um estalo molhado. Não demorou muito para voltar a unir nossas bocas e me surpreendi comigo mesma ao perceber que eu comecei a mover minha boca também ritmando o beijo causando uma boa conexão entre nois. Não sei se passou-se muito tempo ou não, só sei que queria que àquilo tivesse durado um pouco mais antes do moreno se separar de mim.

Abri os olhos lentamente vendo a face sorridente de Gajeel perto da minha, senti seu hálito frio perto do meu rosto me fazendo arrepiar. Ele lentamente soltou minha cintura fazendo eu encostar meus pés totalmente ao chão, em seguida recuou mais alguns passos para trás antes de dá um dos seus típicos sorrisos e dizer.

 

Gajeel - Ge-hee ! Agora sim foi um agradecimento apropriado.

 

 

Eu, paralisada, abobalhada e anexa de tudo, simplesmente fiquei ali parada abrindo e fechando a boca sem saber o que falar, vendo ele lentamente dá as costas para mim e seguir com um sorriso convencido no rosto.

Eu levei mais de minutos para processar o que havia acabado de acontecer ali, hoje meu loading está lento ou esse babaca me fez ficar assim, e no final não conseguir achar uma resposta correta.

Na tentativa de convencer meu subconsciente teimoso optei pela opção de simplesmente concluir que Gajeel era totalmente louco.

 

 

 

— Ele é louco ! esse cara é louco !!!

 

Disse repetindo isso em voz alta entrando para dentro de casa tropeçando nos meus próprios pés.

 

 

— Esse cara só pode tá drogado....ele é louco !

 

 

 

 

Finalmente fechei a porta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONTINUA.......

 


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