Uma época em que a chegada do frio em Magnólia é intensa, poucas pessoas se encontravam no Centro da cidade, o vento gélido Varria as calçadas das ruas e as primeiras estrelas apontavam no céu.

Em meio das ruas desertas e das poucas lojas abertas, uma cena em que chamava atenção. Um certo pontinho no meio do enorme vasto da cidade. Um garotinho tentava dificilmente olhar por cima da vitrine de uma padaria, as enormes bandejas com diferenciados tipos de doces e pães.
Ouviu-se o ronco de seu estômago, o menino colocou as mãos nos bolsos e retirou vinte e cinco centavos, bufou ao ver o estado em que se encontrava.

Logo a porta da padaria foi aberta apresentando um homem de estatura baixa e de bigodes. Logo o garotinho se pronunciou.

— Mosso, será que você pode porfavor dar me um pão ou algo de comer, estou com fome mas...não tenho nada_ falou ao revirar os bolsos.

— Ora moleque, vai dando o fora daqui espertinho, já ouvi essa desculpa antes _ ' Mas você tem tantos, não iria custar nada ' pensou contigo.

Logo o homem entrou na loja e sem pensar muito, o menino olhou para os lados e pegou um dos pães.

" Me desculpe"

— Ei ! Seu muleque, volte aqui !!!!!

O garoto seguiu as ruas com dificuldade correndo e com um certo padeiro muito irritado seguindo-o para varia.
Logo sentiu algo contra sí e com o impacto foi de encontro ao chão.

"Ai droga! Mas o que... "

Logo olhou para cima observando uma mulher jovem e muito bela segurar algumas sacolas.

— Arah seu pestinha ! Ladrãozinho de meio tigela você agora me paga _ o homem agarrou-o erguendo contra sua vontade.

— Me solta !!! Solta !!! Eu não queria... eu pedi para o senhor.

— Você agora vai para o reformatório onde deveria ser o seu lugar...

— Ei ! Posso saber o que se passa ? _ a mulher a frente se pronunciou.

— Peguei esse ladãozinho roubando em minha loja !

— Mas eu não tenho culpa, estava com fome e só pedi um pouco, o senhor que foi o egoísta da jogada _ respondeu-o ainda com com o homem o segurando.

— O QUE !!!!

— Espera um pouco senhor, você ouviu o garoto, segundo ele, ele pediu e o que custava dar-lhe alguma coisa heim _ o homem abriu a boca mas foi interrompido _ Com tanta comida em sua volta e ainda pode ser egoísta dessa maneira, por isso que tá gordo desse jeito _ nessa hora o garoto riu despercebido.

— Ah que saber, esquece ! _ disse o homem soltando o menino e saindo na maior carranca.

O garoto ficou imóvel no chão, observando a mulher a sua frente. Tinha cabelos negros e curtos na altura do ombro, olhos exuberantes azuis safiras. Ela abaixou-se até o garoto para depois esticar-lhe a mão.

— Está tudo bem, não se preocupe, o povo da Magnólia é assim mesmo _ com um sorriso gentil ajudou o garoto _ qual o seu nome ?

— G-Gray _ respondeu- a um pouco relutante.

— Muito bem Gray, meu nome é Ur, você está com fome certo _ disse retirando de uma das sacolas um pedaço de bolo de chocolate _ Tome, pode pegar.

— Mas é da senhora.

— E se eu quiser dá, qual o problema ! Não sou egoísta como os outros assim pode se dizer.

Gray pega o pedaço e direciona um sorriso a morena.

—________________________________

A lua cheia dava um brilho magnífico a várias flores dos canteiros da cidade. A lua era a única coisa a eluminar naquela hora.

— Então ! O que um garotinho como você faz essa hora da noite aqui heim, é muito perigoso sabia _ a morena perguntava caminhando com algumas sacolas enquanto via Gray deliciasse do doce.

— Não tenho medo.

— Pois deveria ! Quantos anos tem ?

— Sete

— Qual seu sobrenome ?

— Por que tantas perguntas, por acaso quer me sequestrar ou algo assim ? _ perguntou com ironia.

— c-claro que não muleque, não seja tolo, não é pra isso que eu trabalho, só quero te ajuda, não é toda hora que se ver um menino desse tamanho sozinho por aí....EM MAGNÓLIA !!!! _ a mulher se exaltou assustando até o garoto.

— .....

— Aaaah tudo bem, onde estão seus pais.

Gray parou dando inicio ao um grande silêncio no local.

— Se existe algo chamado céu, é lá que eles devem está _ começou a caminha novamente enquanto Ur não pode evitar sentir um sentimento de tristeza ao vê-lo.

— Olha ! Quantas estrelas temos hoje _ a morena iniciou uma conversa enquanto olhava para o céu infinito de estrelas, sentou-se em um dos bancos da praça _ uma constelação inteira, elas não estão lá só por acaso _ pronunciou-se ganhando a atenção do garoto _ alguns dizem que estrelas são como uma infinidade de luzes a nós guiarmos para um novo futuro, outros dizem que as pessoas são como estrelas, até a menor delas tem o seu brilho, sozinha pode ser falha, mas quando se une as outras, nem toda a escuridão do mundo pode apagar seu brilho. Nenhuma estrela nunca estará sozinha Gray, até mesmo você.

Gray olhou para a mulher e viu em sí um brilho incomum em seus olhos. Ele soube então que sempre haverá uma luz para nos guiar, sempre !!!!

— Até aquela estrela que perdeu sua casa e não tem para onde ir e nem sabe o que irá fazer _ Gray fixou seu olhar para o chão enquanto sentia uma fina lágrima escorre pelo seu rosto. O rosto que logo foi erguido.

— Aí caberá a ele escolher um novo caminho para seguir, e esquecesse das coisas ruim e dá espaço para que entre em seu coração coisas novas e boas. Sabe, a escolha certa muitas vezes fazerá o futuro de quem a escolher.

Ur deu seu sorriso meigo de sempre enquanto levantava-se.

— Sabe, minha casa não fica muito longe daqui, e lá tem bastante agasalhos _ deu uma pausa antes de olhar o garoto com um sorriso divertido _ e bolo de chocolate.

— Quer me compra com um bolo de chocolates ? _ respondeu-lhe divertido.

— Ei !!!!

— Hehehe tudo bem Ur _ disse se levantando e voltando a caminhar.

— Você não sente frio ! _ perguntou vendo suas vestes um tanto impressionada.

— De onde eu venho fazia bastante frio e acabei me acostumando _ disse com as mãos apoiadas atrás da cabeça.

— Hm ! Interessante, mas você não me disse, qual seu sobrenome ?

— Fullbuster ! Gray Fullbuster.

— Legal ! Vai gosta de minha casa, tem até outro menino da sua idade, o Lyon.

— Seu filho ?

— Bom, não de sangue mas...isso não importa certo.

— hehe gosta de fazer caridades, adotar e incentivar crianças?

— Claro que não oras, com meu salário estaria fudida! _ Gray se pois a pensar.

— Fudida? O que é isso !

— Hmm ! Já falei o que não devia né dona Ur !!!

CONTINUA.....