No ritmo escrita por Jamile Santos
Carta de aceitação
Prezada Isabella Swan,
´´A faculdade de Columbia tem o prazer de informar sua aceitação para participar do corpo estudantil da nossa universidade, ...) ”
Já perdi a conta de quantas vezes eu tinha relido aquela carta, era finalmente a realização do meu sonho, que foi tantas vezes adiado pelas minhas limitações, até que finalmente eu tomei coragem e tentei uma vaga no curso de gastronomia em Columbia, mesmo já tendo concluído o ensino médio há algum tempo.
Eu fiz tudo às escondidas dos meus pais eu não queria ouvir mais uma vez o sermão sobre segurança e de como eu não tinha condições de ir morar sozinha, poxa eu já tinha 23 anos e eles ainda me tratavam como criança, pois eu tinha um problema raro de memória, era parecido com o daquela garota do filme ´´Como se fosse à primeira vez``, mas eram mais como um problema de memória seletiva, mas não dava para saber o que eu iria ou não lembrar no dia seguinte. Então eles resolveram ser super protetores. Não, eles não simplesmente resolveram, eles não desgrudam de mim desde que eu fui diagnosticada com síndrome de Selectivay, com cinco anos, eles não me deixaram viver como uma criança normal.
Fiz minha inscrição e no dia marcado fui com Alice para Nova York, com a desculpa que iríamos fazer compras, confesso que foi meio assustador ter que revelar para os selecionadores meus problemas de memória, mais isso era algo que tinha que ficar bem claro antes mesmo de entrar para a universidade, pois eu sabia que era algo que podia me causar problemas no futuro, se eu passasse.
Então imagina a minha surpresa ao receber aquela carta de aceitação foi o dia mais feliz da minha vida. Isso até a minha mãe dizer que eu não ia. Lógico que eu fiz um escândalo, aquela era finalmente a chance de realizar meu sonho e ela não podia fazer isso. Papai até que conseguiu fazer com que ela me deixasse ir, mas ela não abriu não de que eu tivesse supervisão. Eles tinham me contratado uma acompanhante, uma senhora que parecia ter mais ou menos a idade da minha mãe e que iria comigo para todos os lugares. Qual era a lógica de ir para a faculdade, para finalmente me conseguiu me sentir adulta, se eu teria uma babá.
Eu me recuso a ir para a faculdade com uma babá, porém essa era a condição para sair de casa, às vezes eu pensava em largar tudo, mas depois pensava no sofrimento dos meus pais e no meu próprio, afinal eles só queriam o meu bem.
Estava tão perdida nos meus pensamentos que nem reparei em Alice chegando e olha que era não era nem um pouco silenciosa.
— Meu Deus Bella, como você ainda não arrumou as malas? Ai Bells eu estou tão feliz, arrumei um emprego, é tão ótimo.
— Parabéns Ali, fico feliz por você.
— Mas e as malas cadê?
— Ainda não arrumei nada Alice, eu não sei se vou.
— Como assim não vai? Não Bella você tem que ir, ou eu perco meu emprego e vou ter que ir morar com o Eddie, eu não quero ter que dividir apartamento com o Eddie, você sabe o quanto ele é galinha, lá deve ser o abatedouro e. - ela ficava falando sem parar eu não estava entendendo nada, e ainda tinha o choro que deixava sua voz ainda mais fininha e anasalada.
— Calma Lice, senta aqui. - Pedi batendo na cama ao meu lado - Você, mais do que ninguém, sabe o quanto é importante para eu ir para a faculdade, mas isso também é sobre o meu amadurecimento. Eu não posso ir para a Faculdade com uma babá.
— E se invés de uma velhinha, sua acompanhante fosse uma garota jovem simpática descolada e bem vestida? - Perguntou num sorriso tão típico da Alice.
— Hãã? - Eu não estava entendendo nada.
— Tabom deixa eu explicar, era para ser surpresa mais eu não consigo guarda segredo, eu vim aqui hoje a pedido dos seus pais, eles fizeram uma proposta irrecusável, acho que finalmente entenderam o valor da faculdade para você.
— Desembuchada logo Alice.
— Então, eles me fizeram uma proposta, eu vou ser a sua acompanhante no lugar da velhinha.
Três Dias depois
Depois de descobri que meus pais tinham contratado Alice para ser minha acompanhante eu fiquei bem mais feliz, agora eu estava no portão de embarque me despedindo da minha família, já tinham anunciado a última chamada do voo para New York, estava tudo perfeito, eu iria fazer a faculdade que eu sempre quis, com a companhia da minha melhor amiga e com um apartamento só nosso. Era a realização de um sonho.
Tivemos um voo tranquilo, e estava tudo certo para Emmett nos pegar no aeroporto, iríamos morar no mesmo condomínio, não era consciência, era coisa dos meus pais eu tinha certeza. Mas não me importei, o Emmett trabalhava para uma das filias do Google e ainda tinha uma banda então o tempo que ele teria para me vigiar seria quase nulo.
Encontramos com eles assim que saímos do desembarque, Emmett continuava o mesmo já a Rosalie estava ainda mais linda, já que a última vez que a vi foi há uns sete meses logo depois do parto de Patrick, meu sobrinho. Pegamos nossas malas e fomos todos para casa.
Fiquei meio deslumbrada com o condomínio, estava ainda mais sofisticado do que na última vez que vi, meus pais devem ter pagado uma pequena fortuna por ele. Entramos e eu fiquei ainda mais de boca aberta, o lugar era lindo e imenso eu poderia me perder ali dentro.
Emmett morava na cobertura, trabalhando para a Google, ele conseguiu fazer uma imensa fortuna em poucos anos, graças ao software de rastreamento que ele criou, quando eu era pequena, devido ao meu problema eu costumava me perder com facilidade, o que era uma grande problema, então o Emm criou um app que buscava pelo meu rosto em todas as câmeras de vigilância da cidade, ele meio que rackeou algumas para poder ter acesso, mas depois disso ele conseguiu um estágio no google e transformou o pequeno app em uma plataforma mundial e hoje ganhava muito dinheiro com isso
Eu iria morar alguns andares a baixo. Fomos primeiro deixar as malas em casa e depois iríamos ver Patrick. Quando entrei no apartamento eu só consegui dizer uma coisa. Uau.
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Tenho uma passagem só de ida
Na mochila...
Sonhos de ainda ser feliz ...
Um adeus para os mais velhos
Muito medo e...
E a vontade de ser quem eu quis
Abrir as asas para poder voar em fim
Então ser livre e viver
Longe daqui... longe daqui
Uma guitarra eu vou ter
A escola da minha primeira vez
Amigos que não volto a ver
Eu vou deixando atrás de mim
Na primavera, uma canção
As fotos de um primeiro amor
Lembranças do último verão
Eu vou deixando atrás de mim
Tenho um nó pela garganta
Tenho um mapa
Que me leva a outro país
Pouca coisa, quase nada
Uma história e...
A vontade de ser quem eu quis
Abrir as asas para poder voar em fim
Então ser livre de vez
Longe daqui... longe daqui
Uma guitarra eu vou ter
A escola da primeira vez
Amigos que não volto a ver
Eu vou deixando atrás de mim
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musica do capitulo: https://www.youtube.com/watch?v=MZG2IJaA5X0&list=RDMZG2IJaA5X0#t=4