Where is my Mind? escrita por Rock and Perfect


Capítulo 1
The Beginning


Notas iniciais do capítulo

Heeey, primeira fic de FTWD. Espero que gostem!
Qualquer duvida apenas pergunte nos comentários e POR FAVOR, comente viu?
Vou dar meu melhor para não abandonar essa fic, mas se não tiver tendo motivação o mais provável é que eu abandone.
Tenho já uns três caps escritos, prontinhos só para postar!



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A garrafa de bebida cai no chão ao ver a coisa pela primeira vez.

Estava lá. Bem a sua frente. Nunca pensou que os rumores eram verdadeiros. Talvez apenas estivesse muito bêbada. Efeito do álcool. Já tinha visto coisas. Não, não. O sangue, os olhos esbranquiçados, a pele pálida. Era real. Real demais.

A coisa se joga em sua direção, Lynn protege seu rosto o máximo que conseguia da moça. Seus dentes tentavam morde-la, gritava como um animal. O que fosse, era forte. Então, pega os restos da garrafa e enfia na cabeça da coisa. O sangue escorre em seu corpo, tingindo de vermelho sua roupa e o rosto.

A cidade estava cada vez mais vazia, com medo da epidemia. Estava bêbada demais para perceber isso ou eles apenas sumiram de uma vez?

Precisava ir para a casa. Sua mãe estava lá. Precisava dela.

Por onde esteve esse tempo todo? A cidade estava deserta, cheia de corpos. Havia acordado no canto de um quarto escuro ao lado de uma garrafa de bebida. Lembra de ter saído com seus amigos, após...após ter conseguido vender um carro por dois mil dólares. Ainda estava com mil e oitocentos na sua bolsa, lembrava de ter guardado para pagar as contas. O resto, devia ter gastado na noite.

Evitava o máximo possível andar por vias principais, já que não queria encontrar nenhuma daquelas coisas. Enquanto caminhava até sua casa não conseguia para de pensar, o que seria aquelas coisas? Tinham a fisionomia de qualquer outro humano, porém apresentavam machucados abertos, uma pele branca.

Pareciam mortos.

Estavam mortos.

Ninguém vivo poderia agir de tal forma, como animais. Comendo os outros.

Lynn andava pela cidade vazia, o barulho do seu salto ecoava enquanto caminhava pelas ruas. Não estava preparada para o fim do mundo, usava saltos pretos, uma calça skinny e um crop top marrom. Seu cabelo preto comprido agora jazia preso num coque, sua pele morena estava suada. Sua mochila de viajem junto com seus sapatos a faziam cansar rápido demais. Então, ela retira seus saltos e joga na sua bolsa.

Sua cabeça doía muito, latejava, sentia um liquido escorrer. Ao colocar sua mão, vê sangue escorrendo de um grande hematoma. Não tinha nada para fazer, não tinha nada para tampar, limpar. Apenas podia continuar seu caminho e esperar encontrar algo

Suas boas vindas ao bairro era nada menos que sua vizinha comendo no corpo de um de seus filhos, arrancando a carne com as próprias mãos e a colocando na boca. O menino estava de olhos abertos, com sua boca querendo dizer alguma coisa. Lynn apenas vira o rosto e caminha para longe dali.

Sua casa não era grande, apenas dois quartos. Seu pai dormia em um e sua mãe jazia em outro, ela dormia no sofá. Desde do acidente sua mão ficará em coma, todo mês era uma luta para conseguir o dinheiro do tratamento. Pensar em desligar as maquinas era algo proibido em sua mente.

Nunca pensou em roubar, mas precisava arranjar dinheiro fácil e rápido para salvar sua mãe, já que seu pai nunca iria ajuda-la. Então, roubar carros pareceu ser a única solução na época.

Lynn para na frente da porta, não queria ver o que encontraria lá dentro. Porém, era necessário. Lentamente a porta se abre, cada passo ia em direção ao quarto de sua mãe. Não havia nenhuma luz acessa, a única claridade vinha da janela aberta do quarto de sua mãe, e os únicos sons também vinham de lá. A máquina que monitorava os batimentos cardíacos fazia um barulho continuo e agudo. Lágrimas começam a escorrer de seus olhos, já sabia o que iria encontrar. Grunhidos também vinham de lá, vários sem nenhuma ordem.

Ao entrar, Lynn apenas via sua mãe deitada na cama como sempre esteve por três anos. Entretanto, seus olhos estavam abertos e todo seu estomago jazia para fora. Ela se debate ao vê-la entrando no quarto, querendo ir até sua filha. Seus dentes mordiam o vazio, mostrando o cano que uma vez a ajudou a respirar. Lynn solta um pequeno grito, misturado com tristeza, choro.

Suas mãos tremiam. Sua mente não parava, não conseguia parar de encarar o torso aberto de sua mãe. O sangue pingando da cama e caindo na poça que se formara com o tempo. Suas mãos esticavam na sua direção, a querendo. Lynn dava passos para trás, sem nem ver o que estava lá.

Seu pai estava lá. O que uma vez fora seu pai. A coisa se joga por cima de Lynn, quase a fazendo cair. Agora sua mente estava indo rápido demais, como se um jato de adrenalina a atingisse. Ela corre para fora da casa, ouvindo vários grunhidos atrás dela. Ao olhar para lá, vê quatro coisas, incluindo seu pai, com seus braços querendo alcança-la e indo atrás dela.

Um carro, com portas abertas bem na sua frente. Lynn entra e fecha a porta com tudo, joga sua mochila no banco do passageiro e abaixa seu corpo para baixo do volante. Tira o painel para ver os fios. Haviam tantos, suas mãos tremiam. Um branco total, não sabia o que fazer. Não conseguia pensar. As coisas batiam na janela, grunhindo.

Tiros, vários tiros. Lynn cobre sua cabeça de sustos e ouve as coisas caindo no chão como um saco de batatas. Num segundo uma calmaria, no outro a porta do carro se abre violentamente e duas mãos puxavam suas pernas para fora do veículo. Lynn segura sua bolsa, a arrastando junto consigo.

Um carro militar com três soldados, um a arrastava para dentro dele enquanto se debatia e o outro fuçava nas suas coisas. Lynn gritava com todos os seus pulmões, levando os três tendo que segura-la para colocar algemas.

― CALE SUA BOCA! VAI ATRAIR MAIS MORTOS! ― Um deles grita, mas Lynn continuava a gritar para largarem-na. ― Will, apague-a.

Um coice em sua cabeça e um boa noite. Lynn não sentira nem a dor no momento, apenas cai apagada no chão.

Grades a circundavam. Estava jogada no chão no que uma vez parecia ter sido algum tipo de armazém ou ginásio, pessoas conversavam ao seu redor, também dentro de pequenos cubículos. Lynn se levanta com ajuda das cordas de metal, sua cabeça doía ainda mais junto com seu corpo. Tudo parecia estar girando, seu corpo fica mole e ela se joga contra as grandes tentando se manter em pé.

― Acho melhor manter-se sentada, seu ferimento na cabeça não para de sangrar ― Um homem com pele escura a observava de dentro da sua cela. Possuía uma voz série, cativante e um sorriso misterioso.

― Quem é você? ― Lynn pergunta se voltando a sentar contra as grades.

― Victor Strand, e você?

― Lyanna Hiera. Pode me chamar de Lynn, todos me chamam de Lynn― Ela novamente tenta se levantar, finalmente conseguindo e observando seu redor. Havia soldados em toda parte, apenas os vigiando. ― Onde estamos?

― Em algum tipo de hospital ou prisão, você escolhe.

― Se é um hospital porque ainda não cuidaram do meu machucado.

― Então é uma prisão que as vezes resolvem cuidar de alguns coitados.

― Bem melhor ― Lynn ri enquanto Strand se mantia sentado.

― Por que foi pega?

― Acho que eles não gostaram de me ver roubando um carro ― Ela se vira contra as grandes e novamente solta uma pequena risada ― Sempre pensei que não haveria leis no apocalipse.

― Lyanna...acho que te deixaram na cela ideal. ― Strand suspira exibindo um pequeno sorriso.

― Por que diz isso?

― Não se preocupe, irei nos tirar daqui.


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Notas finais do capítulo

Beijoos!



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