Too Close escrita por Mandy


Capítulo 12
My Happy Ending


Notas iniciais do capítulo

Amores, é com lágrimas no rosto e um aperto no coração que eu anuncio o último capítulo de Too Close. Essa foi uma fanfic MUITO especial pra mim, porque é a primeira de anos que eu concluo. Obrigada, Eliza e Luiza, por fazerem parte disso! ♥

Aproveitem o capítulo!

P.S: Eu sei que era pra ser dividido em duas partes, mas a parte II seria um epílogo e epílogos geralmente são pequenos e eu detesto escrever tudo pequeno demais, então... aproveitem esse capítulo grandão! ❣



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POV – Scorpius Malfoy

— Ela te envenenou? – Albus questionou, incrédulo. Eu assenti positivamente com a cabeça. – Não sabia que ela podia chegar a esse ponto.

— Nem eu. Albus, preste atenção. – eu disse. Ele apenas assentiu positivamente com a cabeça. – A droga que Catarina usou é estritamente ilícita. Se McGonagall ficar sabendo disso ela vai ser expulsa imediatamente. Precisamos apenas de um plano elaborado para entregá-la.

— Que plano, exatamente? – Peter se pronunciou pela primeira vez ali. – Qualquer brecha que deixarmos pode ser descoberta pela Catarina. Ela é esperta, você sabe.

— Sei. Mas nós iremos dar um jeito nisso. – eu comentei, sorrindo ironicamente. – A gente vai desmascarar a Brown. De hoje não passa, Peter.

************

POV – Olívia Wood

Abri a porta do dormitório com cuidado, procurando com o olhar Catarina. Ouvi um gemido baixo de dor vindo do banheiro e entrei ali. A Brown estava tendo mais uma das suas crises de enjôo. Olhei desconfiada para a morena a minha frente.

— A quanto tempo tem esses enjôos, Catarina? – eu questionei, a morena olhou-me, furiosa.

— Wood, eu não confio em você. – ela retrucou, eu sorri irônica.

— Deveria. Ou, pelo menos, deveria me obedecer. – eu disse. – Esqueceu que te tenho nas mãos? Posso dizer pra quem eu quiser o que você tem feito nas últimas semanas.

A Brown revirou os olhos, conformando-se com a situação. Respirou fundo antes de falar e sentiu medo de o simples fato de respirar lhe causar mais um enjôo.

— Na noite que eu envenenei Scorpius, nós fomos para o dormitório e ele... bem, nós transamos. O problema é que eu me descuidei. Acabei esquecendo de tomar a poção anticoncepcional. – ela falou, aparentemente decepcionada.

— Aqui. – eu a entreguei um frasco. Era uma poção para se descobrir se a mulher estava grávida. Como aqueles testes de gravidez trouxa. – Tome essa poção. Assim que tomar, uma luz vai reluzir de dentro de você. Se for verde, você está grávida. Se estiver vermelho, você não está.

A vi engolir o líquido transparente do frasquinho de uma vez, nervosa. Ao mesmo tempo que uma pequena luz verde reluzia dentro desta. Ela arregalou os olhos pra mim, e pela primeira vez em anos, vi desespero nos olhos de Catarina Brown.

— Wood... – ela começou, olhando pra mim e logo depois acariciando a barriga ainda inexistente. – Eu vou ser mãe. Mãe de um bebê de Scorpius.

*************

POV – Rose Weasley

— E então... – eu comecei, mas nada que eu tentasse dizer saía. Scorpius continuava a me olhar, ansioso. – Catarina envenenou você.

— Rose. – ele pediu, segurando minhas mãos. Senti que ele me olhava, então levantei a cabeça para olhá-lo em seus olhos. – Eu estava na festa, você havia saído para dançar com Lily e Dominique. E então um barman veio até mim, me oferecendo uma bebida. Perguntei quem havia enviado, mas ele disse que a pessoa não quis se identificar. Deveria ter sacado na hora. Mas eu jamais imaginaria que Catarina estivesse naquela festa, eu...

Puxei seu rosto com minhas mãos, num impulso, e o beijei. Sentia falta dos seus lábios gelados contra os meus, quentes. Como um choque térmico que provocava em todo o meu corpo desde o nosso primeiro beijo. Colei nossas testas enquanto ele ainda abria os olhos, como se estivesse com medo de nada daquilo ser real. Sorri para ele, garantindo que era.

— Não foi culpa sua, meu amor. – eu disse, ainda acariciando seu rosto lentamente. Scorpius sorriu. – Catarina fez isso. É culpa dela.

— Scorpius? Rose? – ouvi uma voz chamar por nós, nos deparamos com uma Olívia meio desnorteada. – Céus, Scorpius... tenho uma notícia pra você. Nada boa, aliás.

— O que foi, Olívia? – o loiro perguntou, já angustiado pela expressão pela castanha presente. – Está me deixando preocupado.

— Quando você e Catarina ficaram juntos na noite da festa... – ela começou e eu desejei que ela não tocasse mais no assunto daquela noite. – Vocês... ela não tomou a poção anticoncepcional do dia seguinte.

Arregalei os olhos e pude ver a expressão assustada de Scorpius. Olívia assentiu positivamente com a cabeça.

— Catarina está grávida, Scorpius. – Olívia declarou. O Malfoy ao meu lado continuou olhando a ex amiga de Catarina, estático.

— Grávida? – ele questionou, surpreso. – Tem certeza, Olívia?

— Absoluta. Já fazia dias que notava os enjôos e outros sintomas. A fiz tomar uma poção para saber se estava grávida hoje. – ela disse, dando uma pequena pausa. – E bem, deu positivo.

— O que faremos, Liv? – eu disse, sentindo liberdade o suficiente para chamá-la pelo apelido. Sem Olívia, não teríamos chegado as conclusões de semanas atrás. Eu e Scorpius ainda estaríamos separados. E Catarina, de um jeito ou de outro, ia virar mamãe de um bebê do meu namorado. – Não poderemos seguir com o plano. Catarina está grávida! Tem uma criança no meio disso.

— Ela está grávida, Rosie. – ela disse. – Não doente. Pode perfeitamente arcar com as consequências do que fez.

— Concordo. – Scorpius se pronunciou novamente. – Eu vou assumir essa criança, Olívia. Apesar de eu ter sido drogado quando fiz esse bebê, ainda sou o pai. Mas ela merece ser punida. Não vou ficar junto dela, mas sim de Rose. É isso ou nada.

*************

POV – Catarina Brown

Desde que nasci e me entendo por gente, minha mãe e eu nos dávamos muito mal. Sempre estávamos brigando por qualquer motivo. Lilá dizia que eu era a criança que ela menos desejou na vida. Que eu fui um erro. Por isso eu sentia tanta inveja da Weasley. Eu queria uma vida como a dela. O namorado, as amigas, os primos, a família.

Rose Weasley, filha de Ronald e Hermione Weasley. Os melhores amigos de Harry Potter. Ela era tão famosa quanto seus pais. Prestigiada, sempre seria reconhecida pelos traços. Os cabelos ruivos e sardas do pai, a inteligência da mãe. Mamãe me dizia isso. Se afaste dessa gentinha, Catarina, eles não prestam.

Embora eu soubesse bem porque minha mãe teimava em dizer que os Weasley não prestavam, claro. Como eu já disse, mamãe teve um curto relacionamento com Ronald Weasley no sexto ano. Porém tava na cara que o traidor de sangue preferia a sangue ruim da Granger. Mamãe sempre guardou rancor disso.

Assim que saiu de Hogwarts, acabou ficando com um homem sem ter medo das consequências disso. Acabou engravidando, e, quando ela contou ao pai, ele fugiu, dizendo que ainda era muito novo pra cuidar de um bebê.

E eu? Bom, eu tenho 17 anos e me encontro grávida do meu ex-namorado. Eu também sou muito nova para ter um bebê, afinal.

— Catarina? – ouvi uma voz adentrar o dormitório, vendo Luke a minha frente. Este arregalou os olhos ao me ver sentada, acariciando a barriga ainda inexistente. – Você... tá grávida mesmo?

— É... eu estou. – eu disse. Luke pareceu não gostar tanto da notícia. – O que foi, Smith? Foi um erro, sim. Mas agora é tarde demais pra chorar.

— Achei que nós fôssemos amantes. Cúmplices. – ele olhou-me. Vi desespero em seu olhar. Possessão. – Você me traiu, Brown!

Droga. Luke Smith tinha sérios problemas de obsessão com suas cúmplices/namoradas.

Primeiro: quarto ano. Brittany Jones. Ele e a grifinória namoraram por seis meses. Quando a garota terminou com ele por motivos óbvios de um ciúme exagerado do namorado, ele só piorou. Passou os últimos três meses perseguindo-a e impedindo a menina de ter outro relacionamento.

Segundo: Kimberly Houston. Tiveram um curto relacionamento no terceiro ano. Não durou dois meses direito. Mais uma vez, a garota se recusou a namorá-lo por mais tempo por saber que ele era obsessivo. Dizem as más línguas que Kimberly ficou bastante tempo solteira por medo do ex-namorado.

Terceiro: Anna Lewis. Essa foi a pior. No quinto ano, eles começaram a namorar. Foi até o começo do sexto ano. Apesar do relacionamento ter sido o mais duradouro, a menina não aguento a pressão e acabou traindo Luke com outro. Ele descobriu. Tadinha.

Quarto: Rose Weasley. Melhor amiga (e agora namorada) de Scorpius. Os dois começaram a namorar depois do baile de inverno, quando ela e Scorpius não estavam se falando. A Weasley não suportou quando Luke desconfiava de suas saídas para estudar até tarde da noite. O término foi um show para todos os alunos, de graça, em plena manhã no salão principal.

Quinto: Eu mesma, Catarina Brown. Nós começamos a ficar no quarto ano, quando nos esbarramos nos corredores de Hogwarts, desapontados por não termos ido ao baile do dia dos namorados. Daí até agora nós tivemos um caso e fomos responsáveis por todas as vezes que Rose e Scorpius se separaram. Porém, era de se esperar que a obsessão de Luke fosse automaticamente transferida a mim.

— Amantes. Cúmplices. – eu repeti as mesmas palavras que Luke proferiu. – Não casados, Smith.

— Poderíamos ser... felizes, Catarina. Esse filho poderia ser meu. – ele disse, os olhos brilhando enquanto se aproximava de mim. – Esqueça o Malfoy, Catarina. Posso te fazer tão feliz quanto ele.

Arregalei os olhos. Não era possível que ele estivesse mesmo me pedindo aquilo. Levantei-me da cama, onde até então eu estava, olhando para Smith.

— Eu não cheguei até aqui pra desistir, Smith. Eu vou até o fim com isso, você sabe mais do que qualquer pessoa que eu não desisto. – eu disse. Luke se aproximou, sua expressão rapidamente mudou de súplica para raiva.

— Vadia! – senti seus dedos em meu rosto. Levei as mãos na região onde ele havia batido. Sem dar tempo para que eu sequer revidasse, Luke pôs uma das mãos sobre meu pescoço, na pretensão de me enforcar. Tive tempo de olhar em seus olhos, e pela primeira vez em anos, senti medo. – Eu vou matar você!

— Mate, Smith. Vamos, me mate. – eu debochei, sorrindo enquanto suas mãos continuavam no mesmo lugar. Ele me encara furioso; eu sorria debochadamente. – Você não é capaz, não é?

Vi suas mãos fraquejarem contra meu pescoço. Eu estava encostada na porta, então aproveitei para sair dali, sem ver qual seria o próximo passo de Luke. Esse foi o meu erro. Antes mesmo de descer o primeiro degrau em direção a sala comunal, senti duas mãos fortes me empurrarem. E então tudo ficou escuro.

************

POV – Rose Weasley

— Lilá? – eu perguntei. Eu, Olívia e Scorpius ainda conversamos na biblioteca. – Mãe de Brown?

— A própria. Ela e a mãe se odeiam, mas seria uma cena digna de se ver. – Olívia confirmou, sorrindo. – E também porque não sabemos do que Catarina é capaz de fazer quanto for expulsa daqui. É importante que a mãe esteja aqui, afinal por incrível que pareça, só ela pode domar aquela fera.

— Tudo bem, então. – eu concordei, quando nós três fizemos menção de sair dali e irmos em direção a sala de McGonagall. Porém, uma figura de cabelos loiros fora se formando aos poucos enquanto entrava na biblioteca. Dominique.

— Aonde vocês vão? – a Weasley perguntou, parecia ter corrido pra chegar até aqui.

— Até a sala da McGonagall. – Scorpius se pronunciou. – Onde está Catarina?

— É sobre ela que vim falar. – a loira respirou fundo antes de continuar. – Madame Pomfrey veio atrás de mim. Disse que Catarina estava na ala hospitalar, e que ela precisava de você. Disse que não queria perder o filho dela.

Merda.

Scorpius não pensou duas vezes antes de correr até a ala hospitalar, comigo, Olívia e Dominique em seu encalço. Catarina podia ser uma vadia, mas um bebê não tinha culpa disso.

***************

POV – Catarina Brown

Senti as pálpebras pesadas por conta do desmaio. Madame Pomfrey disse que ao chegar aqui, tive um leve sangramento, mas ainda não saberia dizer se perdi a criança. Meu olhar se voltou para a porta da ala hospitalar, revelando quatro pessoas que entravam ali.

— Scorpius? – eu pedi, olhando para o loiro que se pôs ao meu lado. – Scorpius, nosso bebê... eu não posso perder nosso bebê.

— Madame Pomfrey. – o Malfoy virou-se para a mulher ao lado, que voltava a me examinar. – Como está a criança?

— A Srta. Brown estava grávida de poucas semanas. A queda foi um impacto forte, a criança não resistiu. Sinto muito. – ela disse. Scorpius respirou aliviado.

— Meu filho! Não! – eu disse, sentindo lágrimas invadirem meu rosto. Scorpius riu, debochado.

— Pelo visto não preciso mais me preocupar com você, Brown.

— É uma criança, Scorpius. – eu pedi, a voz embargada pelo choro. – Não seja insensível.

— Você quase acabou com a minha vida, Brown. O mínimo que você merece é desprezo. – ele disse, e virando-se para Madame Pomfrey, perguntou. – Quando ela vai poder ser liberada?

************

POV – Lily Potter

— Você tem certeza disso, Srta. Potter? – McGonagall questionou, enquanto eu e Albus assentimos positivamente com a cabeça. – É uma acusação muito séria.

— Diretora, veja bem. – Albus se pronunciou. – Catarina Brown envenenou Scorpius. Usou substâncias ilícitas dentro dessa escola. É necessário que seja feito algo.

— Vocês não tem prova, Sr. Potter. – a diretora disse novamente, irredutível.

— Ah, nós temos provas. – ouvimos uma voz adentrar os aposentos da diretora, vendo Olívia, Dominique, Rose e Scorpius, que trazia Catarina pelo braço, confusa. – Temos provas o suficiente pra confirmar que Catarina Brown é uma descarada.

— Mostre-me então, Srta. Wood. – concluiu McGonagall.

— Aqui. – Olívia ergueu um frasquinho em direção a diretora, que olhou o conteúdo liquido que havia ali, confusa. – GHB, “gama-hidroxiburetano”, ou “gotas de amor”, é uma espécie de poção do amor trouxa. Vendida por um preço caro no mercado negro, é muito restrita por conta do preço e ilícita. Catarina usou isso na bebida de Scorpius para ficar com ele.

— Isso é verdade, Srta? – questionou McGonagall. Catarina soltou-se bruscamente de Scorpius.

— Claro que não, diretora! Isso é uma armação deles pra mim!

— Ah, cala a boca, vadia! – Dominique gritou, fazendo com que a diretora a olhasse, reprovando sua atitude.

— Contenha-se, Srta. Weasley. – a mulher repreendeu. E então outra voz se fez presente ali.

— O que tá acontecendo aqui? – uma mulher questionou. Os cabelos castanhos e encaracolados, na altura do colo. Os olhos castanhos e a fisionomia extremamente parecida com de Catarina.

— Srta. Brown. – McGonagall cumprimentou. – Sua filha está sendo acusada de coisas absurdas.

— Uso de drogas ilícitas na escola. – Olívia acrescentou. Lilá sorriu, debochada.

— E vocês estão surpresos? – a mulher puxou a filha pelo braço. Olhei a cena assustada. Lilá Brown era pior do que a filha. – Catarina seria capaz de qualquer coisa pra ter o que ela quer.

— Igual a você, eu suponho. – Rose se pronunciou. Lilá fincou seu olhar raivoso na ruiva. – Você nunca largou do pé do meu pai.

— E ele preferiu a sangue ruim da sua mãe. Uma pena mesmo. – ela prosseguiu. Rose teria avançado nela, porém Catarina impediu.

— PARA! PARA COM ISSO! – ela berrou, fazendo com que todos se assustassem. E então voltou a fincar seu olhar em Rose. – Isso tudo é culpa sua, Weasley. Tava tudo perfeito até você estragar isso!

Num impulso, Catarina soltou-se da mãe, pondo sua varinha nas mãos. E proferiu as palavras com raiva em direção a Rose:

— AVADA KEDAVRA! – gritou, fazendo com que Rose se abaixasse rapidamente e o feitiço pegasse em uma prateleira que havia ali. Lilá olhou a filha, que começara a gritar palavras inaudíveis como “eu vou matar você, Weasley”.

— CATARINA! – a mulher vociferou, pegando Catarina pelos braços, que tentava se soltar. Do nada, a menina parou de se debater, escondendo seu rosto sobre o corpo da mãe ainda assustada. Sua respiração parecia estar entrecortada.

— Srta. Brown, sinto muito, mas terei que expulsá-la. Devido a cena vista aqui não tenho mais dúvidas de que você realmente fez tudo isso.

— Diretora, vou levá-la para casa. Lhe garanto que Catarina não vai mais incomodar. Vou interná-la numa clínica psiquiátrica o mais rápido possível. – e então aparatou, com a filha agarrada a si.

— Vocês... podem ir. – McGonagall, ainda desnorteada. Scorpius virou-se para ela para dizer algo.

— Diretora, um conselho: converse com Luke Smith. Ele também tem grande parcela de culpa sobre tudo isso.

Saímos dali, aliviados. Estávamos desnorteados e estáticos, sem saber muito bem pra onde ir ou como. Mas estávamos livres.

Seria o começo de um final feliz?

*************

7 anos depois.

POV – Rose Weasley.

— Câncer? – eu perguntei, horrorizada. Catarina sempre foi uma pessoa ruim, mas nem por isso merecia aquele fim.

Eu, Olívia e Scorpius conversamos naquele momento. Fazia sete anos que tudo aconteceu. Havia me casado com Scorpius, e estava grávida de oito meses. Depois daquele dia, nunca mais havia tido notícias de Catarina. Até agora.

— Sim. Descobriram muito tarde, então Catarina pode morrer a qualquer momento. As chances dela sobreviver são mínimas, Rose. – Olívia comentou. Eu pus as mãos na boca, chocada.

— Scorpius, eu quero vê-la. – eu segurei as mãos do loiro ao meu lado, ele me encarou, confuso.

— Não, Rose, você tá grávida e...

— Scorpius, eu não estou doente. – eu pedi mais uma vez. Scorp me encarou, rendendo-se.

— Tudo bem. – ele finalmente concordou, vendo que seria inútil me contrariar. – Você pode ir conosco, Olívia?

*****

Estávamos na porta onde Catarina ficava. Scorpius me olhou novamente, pesaroso. Olívia abriu a porta com cuidado, deixando que eu entrasse. Pus a mão na maçaneta, quando Scorpius me impediu.

— Você não vai entrar aí sozinha, vai? – ele pediu. – Rose, não...

— Scorpius. O problema de Catarina não é com você, nem com Olívia. É comigo. Deixe-me falar com ela. – pedi. Scorpius tirou as mãos da maçaneta, deixando-me entrar.

Fechei a porta atrás de mim deparando-me com uma imagem triste. Catarina estava deitada, os olhos abertos, porém inexpressivos. Respirava através de aparelhos. Os fios que cobriam e a mantinham viva eram muitos. Catarina pareceu perceber a presença de alguém e curvou levemente a cabeça para me encontrar com o olhar. Arregalou os olhos, assustada.

— Catarina? Calma. – eu pedi, chegando mais perto. Catarina se debatia levemente na cama, até conseguir levar as mãos até o aparelho que a ajudava na respiração afim de tirá-lo. – Catarina, não. – pedi, segurando sua mão, porém a morena fora mais rápida e pressionou minha mão novamente, tirando o aparelho.

— Rose... eu estou morrendo. – ela falava pausadamente, a respiração ia e vinha. – E eu... queria pedir desculpas... eu tinha inveja da sua família, minha mãe.... me largou numa maldita clínica psiquiátrica e nem sequer deu notícias.

— Catarina, você não precisa se explicar... – ela pressionou minhas mãos novamente, como num pedido de que a deixasse falar.

— Rose... eu só quero que saiba que sinto muito... por tudo. – ela falou, após uma longa pausa. – Quero que seja feliz e... você tá grávida...

Ela disse, olhando para a minha barriga de oito meses. Sorriu, mesmo sem conseguir respirar direito.

— Eu sinto muito por tudo, Rose... eu... – ela tentou falar mais, mas o ar lhe faltou. Tombou a cabeça para o outro lado, fechando os olhos. E então seus batimentos cardíacos pararam.

Catarina fez muitas escolhas erradas na vida, mas merecia uma segunda chance. Senti uma lágrima escorrer sobre o corpo sem vida de Brown. A única coisa que eu desejava agora a ela era que descansasse em paz.

***********

1 mês depois.

— Lily, você tá linda! – eu disse, observando minha prima. Havia se passado um mês desde a morte de Catarina. Era o casamento de Lily e Peter. A ruiva Potter usava um vestido tomara que caia, branco. Bordado com flores no decote, e rendado embaixo. O vestido era comprido e se arrastava pelo chão. Seus cabelos estavam soltos, encaracolados e continha uma tiara de flores. Obra prima de Dominique.

— Obrigada, Rosie. Se me permite dizer, essa barriga de nove meses realça sua beleza. – ela disse, me fazendo rir. Eu usava um vestido igualmente comprido, cor de rosa.

— Estão prontas, meninas? – ouvimos uma voz na porta. Dominique gritou de volta.

— Estamos! – e então dirigindo-se a nós, completou. – Vamos, meninas?

— Vamos. – eu disse, mas antes que Dominique abrisse a porta, senti um líquido escorrer entre as pernas. – Droga. Droga!

— O que foi, Rosie? – Dominique perguntou, preocupada.

— Minha bolsa estourou. – eu disse. Lily arregalou os olhos.

— Dominique, chame o Scorpius. – Lily comunicou. – Vamos ao hospital imediatamente!

********

As contrações iam e vinham, cada vez mais fortes. Estávamos no carro a caminho do hospital. Eu, Scorpius, Peter, Lily, James e Dominique.

— Aguenta firme, Rosie. – pediu Scorpius, acelerando. Ao chegar no hospital, precisei de uma ajuda para ser levada para dentro. Não demorou muito para um médico nos atender.

Fui levada a uma sala na maca, enquanto Scorpius segurava minha mão.

— Força, Rose! Força! – o médico pedia, enquanto eu empurrava mais e mais. Nada. – Tem algo errado.

— O quê, doutor? – Scorpius pediu, preocupado.

— Sua esposa apresenta dilatação 8cm, mas a criança não quer sair. – ele concluiu. – Vamos ter que realizar a cesárea.

************

POV – Scorpius Malfoy

Estávamos numa sala de cirurgia. Rose estava desacordada por conta da anestesia. Cada movimento feito pelos médicos me deixava nervoso e aquela cirurgia parecia uma eternidade. Foi um alívio quando ouvi o choro de duas crianças invadirem o local.

Depois disso, tudo se passou normalmente. Eram duas meninas, gêmeas. Rose havia passado um dia todo dormindo. Acordou ainda sentindo dor por conta da anestesia, mas ansiosa pra ver as crianças.

— Gêmeas? – ela perguntou, um sorriso brincava em seus lábios. – Onde estão elas, Scorp?

A porta foi aberta, revelando uma enfermeira que carregava dois pequenos pacotinhos cor de rosa nos braços. Rose estendeu os dois braços para a mulher, que pôs com cuidado as duas meninas sobre o colo de Rose. A ruiva sorriu ao olhar as duas meninas dormindo profundamente.

— São lindas, Scorp. – ela disse. – Nossas filhas.

— Nossas filhas. – eu repeti, admirando o rostinho delicado das meninas, que se parecia muito com Rose.

— Escolheu o nome delas?

— Acredito que você seja melhor nisso, Rosie.

— Eliza... e Luiza Malfoy. – ela disse, sorrindo. – Nossas meninas.

Continuei observando a cena, sorrindo abertamente. De fato, era o nosso final feliz.

Fim.


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Notas finais do capítulo

EU TÔ BEM TRISTE, NÃO VOU NEGAR. Essa fanfic SEMPRE vai ser meu amor. Mais uma vez agradeço à Eliza e Luiza, por terem feito isso capaz. Sem vocês eu teria parado no segundo capítulo. Agora, digam o que acharam do final. Quis deixar o final da Catarina nada feliz, até eu senti pena dela, gente. Sem que nem dei muita atenção pro Luke, mas só pra saberem, ele se torna alguém melhor e tem uma segunda chance de se redimir. É isso aí. Até a próxima fanfic, quem sabe! ❤

P.S: Recomendações são bem-vindas viu rs

Músicas de TODOS os capítulos:

1. Too Close - Melanie Martinez
2. Pity Party - Melanie Martinez
3. Leave Me Lonely - Ariana Grande
4. Hit the road Jack - Melanie Martinez
5. Bruno Mars - When I Was Your Man
6. Treat You Better - Shawn Mendes
7. Kill Em With Kindness - Selena Gomez
8. Want U Back - Cher Lloyd
9. Rise - Katy Perry
10. Birthday - Katy Perry
11. Give Your Heart A Break - Demi Lovato
12. My Happy Ending - Avril Lavigne

É isso aí. Até a próxima, bebês! ♥



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