Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr
Nebraska
Dean não estava nada tranquilo em ter saído do casarão sem ter tido notícias de Prue e seu irmão. Então decidiu que só iria escutar o que o Ash tinha a dizer, e voltaria para São Francisco. Mas ao chegar ao Road House, não encontrou nada a não ser um monte de escombros.
— Mas que diabos...? – Bobby disse olhando para os destroços do que um dia foi um bar.
— Merda! – Dean bufou. – Tem como isso piorar?!
***
São Francisco – Califórnia
— Isso foi fácil – a Sacerdotisa disse ao pegar o Livro das Sombras.
— Fácil demais. – Piper disse ao sair de trás da porta do sótão.
Phoebe aproveitou e deu um golpe de artes maciais na Sacerdotisa. Ela caiu contra uma mesa próximo o aparador onde ficava o Livro das Sombras.
— Onde está minha irmã? – Piper perguntou.
— Eu posso ajudar vocês! – a Sacerdotisa sorriu. – Sua irmã vai muito bem no mal, vocês poderiam se juntar a ela. Eu posso ensinar tudo que precisam saber, seriam muito mais poderosas se juntando a Prue.
— Obrigada, mas gostamos do lado bom. E a nossa irmã também. – Phoebe disse apontando uma adaga para a Sacerdotisa. – Onde está a Prue?!
— Mate-me e nunca mais verá sua irmã. – dizendo isso, a Sacerdotisa sumiu.
Phoebe e Piper procuram o Livro das Sombras por todos os lugares do sótão, e nada. Então se deram conta de que a Sacerdotisa tinha conseguido levar o livro das sombras. Com o livro das sombras longe das Halliwell, elas estavam praticamente de pés e mão atadas. E não tinham ideia do que poderiam fazer para trazer a irmã delas de volta.
***
Sioux Falls - Dakota do Sul
Dean não gostou nada de saber que a Sacerdotisa tinha conseguido levar o Livro das Sombras. Bobby percebeu o estado em que Dean se encontrava, e praticamente o obrigou ir para sua casa. Eles teriam que traçar um plano se quisessem descobrir onde Sam estava, e como trazer a Prue de volta.
— Eu não sei como vir pra sua casa, vai ajudar em alguma coisa. – Dean soltou irritado.
— Vai ajudar a gente a pensar. Phoebe e Piper estão pensando em um feitiço. – Bobby disse pegado alguns livros. – Temos que nos manter de cabeça fria.
Foi então que eles escutaram a porta se abrindo e ao chegarem a sala, olharam surpresos para Prue. Ela não estava vestida como a antiga Prue. Agora ela vestia um vestido preto justo que acentuava perfeitamente suas curvas, e seu olhar estava bem diferente.
— Vejo que estão procurando pelo Sam. – ela disse passando por eles.
— Como sabe? – Bobby perguntou.
— Notícias correm por aí. – ela riu. – Há! Qual é, o Sam é entediante. – deu de ombros. – Enfim, vim dar a notícia de que uma coisa maravilhosa, vai acontecer e ninguém vai poder impedir. Minhas irmãs não chegam aos pés do que eu sou agora. E posso dizer que estou muito feliz.
— Mentira!
— Dean, Dean, Dean... – ela riu se aproximando. – Eu prefiro mil vezes o que sou agora. É muito mais divertido. Sabe a gente poderia se divertir. – fez biquinho.
Dean riu irônico e pegou uma faca que estava na mesa ao se lado, empurrando Prue contra a parede.
— Você sabe que eu odeio esse tipo de bruxa. – ele disse a ameaçando com uma faca.
— Vai me matar? Você teria coragem, Dean?! – Prue o desafiou. – Vai ter coragem de me matar? - ele continuou parado, não queria acreditar que ela tinha se tornado realmente má. – Foi o que eu pensei. – riu.
— Dean! – Bobby o puxou pela camisa. – Essa não é minha sobrinha, ela está sobre um feitiço. Não é ela quem está falando.
— Awnn que fofo, vocês realmente acreditam nisso! – a ruiva riu. – Bem, eu tenho que ir, tenho que me preparar. Vejo vocês depois. – sumiu no ar.
Dean e Bobby ficaram mais surpresos ainda. Mas Dean jurou que ia conseguir trazer seu irmão e a verdadeira Prue de volta, mesmo que tivesse medo de que a bruxinha que ele tanto gostava nunca mais voltasse a ser o que ela era.
— Nós vamos conseguir. – Bobby disse ao ver a expressão de preocupado de Dean.
— Espero. – ele foi pra cozinha.
Dean estava tomando cerveja, tentando para de pensar na cena que tinha acabado de acontecer, quando sentiu uma intensa dor de cabeça. A dor foi tão forte, que ele deixou a garrafa de cerveja cair no chão, e teve que se apoiar na mesa da cozinha.
— Você está bem? – Bobby entrou na cozinha, quando escutou o barulho.
— Não sei, tive uma fincada muito forte na cabeça e...
— E??
— E que eu podia jurar que vi algo.
— Como assim? Tipo uma visão? Como as que Sam tem? – Bobby perguntou confuso.
— O quê?! Não! Qual é? Não sou sensitivo
Então Dean sentiu outra fincada forte em sua cabeça, e começaram a aparecer imagens confusas em sua cabeça. Como a de um sino muito antigo, uma cidade, de Sam e Prue.
— Está consciente? – Bobby perguntou o ajudando a se levantar.
— Acho que sim. Só que eu vi o Sam e a Prue.
— Isso foi uma visão?
— Sim. Não sei como, mas foi. – Dean respirou fundo. – E foi tão divertido quanto levar um chute no saco.
— Viu mais alguma coisa?
— Sim, eu posso jurar que vi um sino grande com algum tipo de gravura nele.
— Era uma árvore... Tipo um carvalho?
— É! Mas como sabia? – agora foi Dean que perguntou confuso.
— Sei onde Sam está. – Bobby disse pegando seu casaco.
Cidade abandonada de Cold Oak
Dean e Bobby tinha acabado de entrar na cidade abandona, quando viram Sam mancando tentando chegar a saída da cidade. Mas ele acabou caindo de joelhos próximo a saída, quando foi atingido pelas costas.
— Sam, cuidado! – Dean gritou, mas foi tarde demais. – Não! – se aproximou correndo de seu irmão. Ele se ajoelhou na frente de Sam, segurando todo o peso do corpo de seu irmão. – Vamos remendar isso, está bem? Vai ficar novinho em folha. Vou cuidar de você, cuidar do meu irmãozinho pé no saco. Sam? – mas seu irmão não se mexia, estava morto. – Sammy! – gritou.
***
Dean levou seu irmão para uma cabana abandona próxima a cidade. Ele não tinha coragem de enterrar seu irmão. Na verdade, ele não aceitava o fato que seu irmão estava morto. Bobby tinha levado comida e tentado convencer a Dean a cremar o corpo como faziam com todos os caçadores que morriam. Mas Dean simplesmente não deu ouvidos...
— Dean... Odeio e, muito, tocar nesse assunto. Mas não acham que é hora de enterrarmos o Sam?
— NÃO!
— Dean, eu entendo você. Juro. Mas não acha que está...
— O quê? Cremar o cadáver? – Dean perguntou finalmente o olhando. – Ainda não.
— Quero que venham comigo.
— Não vou a lugar algum.
— Dean, por favor.
— Não está a fim de me dar um descanso?
— Não vai procurar pela Prue? Você gosta da minha sobrinha não gosta?
— Ela se casou com um bruxo maligno.
— Ela foi enfeitiçada. – Bobby o corrigiu. – Dean, você se isolou com sua dor. E tenho que admitir, a sua ajuda vai ser muito boa. A versão má da minha sobrinha estava certa! Algo grande está por vir...
— Como o quê? O fim do mundo? Então, que acabe! – gritou.
— Não falou isso sério.
Ao perceber que Dean ficou calado, Bobby saiu da cabana e o deixou sozinho. Dean olhava para seu irmão, se perguntando o que deveria fazer. O que ele teria que fazer pra voltar as coisas como eram antes. Ele, seu irmão e Prue.
***
— Mostre a cara, sua vadia! – Dean gritou olhando em sua volta.
— Calma docinho. Vai acordar os vizinhos. – uma mulher disse atrás dele. – Dean é tão, mas tão bom vê-lo! Olhe só pra você, toda sua família morta, e Vanessa transformada naquilo que você caça. Deve doer muito. – ela riu.
— Deveria te mandar direto pro Inferno.
— Ah, você deveria. Mas não vai. E sei o motivo.
— Sabe? — Sei. Você está seguindo os passos do papai. Quer fazer um pacto.
— Há centenas de outros demônios que adorariam se apossar dela.
— Deixa-me adivinhar, o pequeno Sammy de volta dos mortos e sua preciosa bruxinha de volta?!
— Mais dez anos. – Dean a olhou.
— O que te faz pensar que vou aceitar?
— Bom, é o mesmo pacto que fez com os outros.
— Mas você não é qualquer um, docinho. – se aproximou de Dean. – Fique com sua alma imunda, ela está encardida demais mesmo.
— Nove anos.
— Não.
— Oito.
— Continue dando lances e, eu direi não.
— Tudo bem, cinco anos e, meu pacto vence. Essa é a minha última oferta! Cinco anos ou nada feito.
— Nada feito. – ela o olhou. – É bom enterrar rapidamente o Sam, antes que comece a feder. E se preparar para tentar matar sua bruxinha. – riu. – Vai ter coragem de matá-la?
Dean estava ficando nervoso e desesperado, ele tinha que conseguir resolver aquela situação. Foi assim com seu pai, então porque seria diferente com ele.
— Espera! O que tenho que fazer?
— Primeiro: pare de se rastejar. Homens carentes são tão broxantes. – ela o olhou. – Nem deveria estar fazendo isso. Mas o que posso dizer? Tenho um ponto fraco por você, Dean.
— Vai fazer o que pedi?
— Sim. Vou trazer seu irmão. – ela se virou de costas. – Mas a sua preciosa bruxinha não vou conseguir trazer para seu lado. Ela foi casada com um bruxo, você sabe, e eu não tenho poder pra desfazer o feitiço que foi jogado nela. Sinto muito, mas ter que arrumar outro jeito pra salvar a alma daquela vadia. Quando aos dez anos... – tornou a encará-lo. – Vou lhe dar um ano, um lindo e inteiro ano. Mas vou lhe dar um conselho, se tentar sair dessa na trapaça ou fugir como verme, o pacto não terá mais validade. O Sam cai duro feito pedra, voltando a ser carne podre. E então, o que me diz? É melhor que o pacto do seu pai. – sorriu cinicamente. – Pense que em um ano, você pode ficar ao lado daquela coisa com poderes, se você não conseguir tirá-la do mal. – riu.
Pela primeira vez, Dean realmente não sabia o que fazer. Ele queria seu irmão de volta, mas também queria a Prue. Ele não tinha muito o que fazer, não podia demorar em sua decisão, ele só esperava que todos entendessem os seus motivos.
***
Sioux Falls - Dakota do Sul
Piper, Phoebe e Bobby olhavam surpresos para Sam parado bem na porta da pequena casa do antigo ferro velho.
— Ei, gente! – Sam sorriu. – Que caras são essas? Parece que estão vendo um fantasma. – riu.
— De certa maneira, sim. – Phoebe cochichou.
— O que disse? – Sam a olhou.
— Nada! – ela esforçou um sorriso. – Só disse que é bom te ver. – o abraçou.
— Quando nosso tio disse que tinham te encontrado, viemos logo pra cá. – Piper sorriu fraco.
— Bom, agora que ele está melhor. Voltamos ao jogo. Então, o que você sabe? – Dean sorriu. – O que descobriam sobre o feitiço jogando na Prue?
— Descobrimos duas coisas na verdade. – Phoebe disse. – A primeira é que o feitiço da minha irmã não tem como se desfeito.
— O que?! – Dean gritou. – Como não?! Todos os feitiços têm, como esse não?
— Porque foi feito um ritual, como se tivessem apagado tudo que ela fez de bom até agora.
— O único jeito é tentar lembra-la das coisas boas que já fez e de quem realmente ela é. – Piper completou sua irmã.
Dean ficou calado, ele não queria acreditar naquele demônio. Ele pensou que o demônio estava apenas mexendo com sua cabeça, mas agora que ele sabia que seria difícil trazer Prue de volta, começou a ficar mais preocupado ainda. E uma pergunta veio a sua cabeça “Será que vou te coragem de...” Interrompeu esse pensamento. Não! Ele tentaria de tudo pra trazer a Prue de volta. Então se concentrou em que Bobby estava falando.
— Tudo por aqui. Mas, por incrível que possa parecer apenas um único lugar não foi afetado. Wyoming do Sul.
— Porque só lá? – Piper perguntou.
— Não faço ideia. Mas àquela área está completamente limpa, imaculada! É quase como se os demônios a tivessem cercando
— E tem ideia do porquê? – Sam perguntou.
— Ainda não. – Bobby deu de ombros. – Hey Sam, sei que acabou de chegar, mas poderia buscar um lanche pra gente?
— Foi assim que eu sumi. – ele brincou. – Esquece. Claro.
Logo que Sam saiu da casa, Bobby se virou furioso para Dean e gritou...
— Seu estúpido do cacete! O que você fez? Você fez o pacto!
— Pacto? – Phoebe perguntou surpresa. – Você não?! – levou as mãos na boca, surpresa com o que estava escutando.
— Você perdeu completamente a cabeça? – Piper gritou. — Quanto tempo te deram? – Bobby perguntou ríspido.
— Um ano. – Dean respondeu baixo.
— Um ano?! – Piper soltou completamente surpresa.
— Mas que droga, Dean! – Phoebe sentou-se no sofá, ainda em choque.
— Seu estupido do cacete! – Bobby gritou. – Poderia estrangulá-lo!
— E me mandar pra lá antes da hora? – Dean tentou brincar.
— Qual é o problema com vocês, Winchesters? Você, seu pai, ambos se coçando para ir pra cova! – Piper soltou ainda indignada, pensando no que sua irmã sentiria quando voltasse e descobrisse a burrada que o Dean tinha feito.
— Essa é a questão. Meu pai me trouxe de volta, não era pra eu estar aqui, Pelo menos, algo bom pode sair disso, sabe?
— Algo bom? – Bobby gritou. – Me explica aonde nessa sua maldita cabeça suicida, isso foi algo bom?
— Eu não tenho nada a perder, Bobby. Por isso vou matar aquele maldito demônio dos olhos amarelos.
— Como acha que Sam vai se sentir, quando descobrir que você vai pro Inferno? Como eu e você nos sentimos quando John foi pro inferno pra nos salvar? – Piper o olhou. – Como você acha que a minha irmã vai se sentir ao saber que você fez isso?
— Ela não vai voltar, você mesmo disse que...
— Ela vai, eu tenho certeza, e quando ela voltar vai sofrer e ficar furiosa com você. – Phoebe disse o olhando. – E Sam vai se sentir da mesma forma e vai se sentir culpado também.
— Não podem contar pra eles. Espanquem-me, façam o que quiserem, mas não contem ao Sam. E se conseguirmos trazer a Prue de volta, não quero que ela saiba também.
Todos estavam calados, tentando assimilar o que o Dean tinha feito, quando Sam chegou com Helen ao seu lado.
— Helen? – todos soltaram surpresos.
— Tem mais alguém pra chegar? Tipo o John ou a mamãe?! – Piper riu de nervoso.
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