Entre Pincelada e Ajustes se Encontra a Liberdade escrita por MadameFu


Capítulo 1
Um início sem um meio, mas com um fim


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic que eu posto! Espero que gostem.



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Pouco se sabe sobre o sentido da vida e ninguém sabe se ela tem um sentido. De todas as maravilhas do mundo, o artista chamado Levi Ackerman escolheu reproduzir a imagem do garoto que sempre admirava o pôr do sol da janela de seu quarto.
Mais um dia se ia e mais um dia Levi montou o seu cavalete e se assentou na muretinha que dava de frente para a janela do quarto do garoto, cujo era a sua maior inspiração para a sua última obra.
Aquele menino de olhos tão verdes e de sorriso tão meigo, fora privado dos passos em decorrência de um grave acidente que o prendera para sempre em uma cadeira de rodas. Levi, escondido atrás dos arbustos, misturava agilmente as tintas formando novas cores para colorir o semblante tão apagado do jovem.
Quando já escurecia por completo, o artista pegava as suas coisas e partia de volta para a sua casa.
Ao chegar, o clima denso da solidão nítida e familiar que pairava no ar de seu apartamento era sentido por aquele que nunca conhecera o sentimento de ter alguém ao seu lado.
Pegou o quadro e lá ele percebeu que só faltavam poucos retoques para a arte ser finalizada. Fechou os olhos e viu a imagem do rosto sereno do garoto se formando em sua mente, seguindo os instintos, Levi deu as últimas pinceladas. Ao abrir os olhos, sua expressão se tornou leve ao perceber que sua obra estava acabada. A sensação do serviço bem feito lhe tomara e então ele pôde finalmente descansar.
Se deitou na cama e sorriu para a silhueta que se aproximava cada vez dele. Percebeu que aquele rosto lhe era familiar e sorriu para a mulher. Sentindo as pontas dos dedos finos e gélidos da dama passearem pelo seu rosto contraído em dor, Levi fechou os olhos vagarosamente sentindo a dor causada pelo tumor em seu último estágio se esvaindo. E então com um sorriso sereno, a última coisa que ele contemplou foi o olhos verdes que ele amara desde o primeiro dia que vira em sua mente, antes de fechar os olhos para nunca mais abrir.

Em seu quarto, Eren conduzia a sua cadeira de rodas até a janela, na esperança de ver o artista que sempre se escondia atrás dos arbustos para pintar alguma coisa que ele não era capaz de ver.
Havia uma semana que o homem não aparecia, e essa semana fora a mais torturante para o garoto. Desde o primeiro dia que vira o artista, ele sentia novamente a sensação de alegria, cuja lhe fora arrancada juntamente com os movimentos de suas pernas.
Eren sentia inveja da liberdade que o artista tinha em andar sobre as duas pernas. Mas curiosamente, ele se sentia feliz em ver que uma pessoa tão linda não vivia preso como ele.
Ouviu a mãe batendo na porta, e suspirou desolado ao perceber que o artista não apareceria mais uma vez. Ao abrir a porta, viu que a mãe segurava um quadro em uma mão e um papel na outra.
Curioso, pegou primeiro o papel, e seus olhos se enxeram de lágrimas ao ler aquelas linhas tortas escritar por alguém que parecia sentir dor:

"A vida lhe tirou a liberdade de caminhar sobre duas pernas e eu lhe devolvo os movimentos em uma tela em branco. Sorria, chore, grite; sobretudo, não desista da vida.
L. A."

Ao pegar o quadro, as lágrimas caíram em maior quantidade. Na tela ele sorria feliz enquanto desfrutava da liberdade de poder correr sem as suas cadeiras de rodas.

E neste momento, Eren percebeu que o seu artista não retornaria. E entre os dois, ele fora privado de correr enquanto o outro fora privado de viver.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Sua opinião é muito importante!



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