The Last Light escrita por Luna, Lilith


Capítulo 2
Listen To Your Fells


Notas iniciais do capítulo

Capitulo curto porque precisamos conversar sobre a história, são tantas coisas pra pouco tempo... Mas um pequeno capitulo é melhor que nada!

Boa leitura!

Informações importantes lá embaixo...



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 Ellene

 Essa noite quase não dormi... Sabe quando seu estômago te acorda? Mas não era fome noturna de assalto a geladeira. Era uma ânsia misturada com angustia que me fazia querer vomitar...  Era o primeiro dia depois das férias de inverno, o que não mudava nada pois devido aos ataques do semestre passado, onde até restos mortais de professores foram encontrados, a diretoria e o sistema de seguranças do Clã Eclipse decidiram que era mais seguro ficarmos na escola em tempo integral durante... Bem, durante sempre! Eu estava no alojamento junto com mais umas seis meninas do Clã Solar, eu as conhecia de convivência, mas não as considerava amigas. A propósito, acho que nos últimos tempos não se pode dizer que tem amigos... Você tem colegas e conhecidos. Que na primeira oportunidade te deixam de lado. Eu não deveria ligar pra isso... Sou podre de rica, sou linda e popular... Ah! Sim... Existe um mundo fora disso aqui. Eu o conhecia como Terra, agora vivo socada nessa cápsula no meio do nada. O motivo? Na minha nuca, desde que nasci, tem uma marca cintilante em formato de Sol... A marca do meu Clã. Não escolhi isso, vim pra cá aos doze anos e não vejo minha avó desde então. Meus pais? Não vejo desde que foram mortos pelos Filhos do Caos. Eu costumava ter pesadelos com as quatro criaturas deformadas e demoníacas, sonhava com a imagem deles rasgando a pele dos meus pais. Mas isso foi passando com o tempo, não encaro isso como mais um medo... Isso se tornou uma possibilidade. Posso eu ou a qualquer um que eu conheço ser a próxima vítima. Mas eu, ao contrario das demais pessoas Solares e Lunares, não aceito essa história de deixar toda a barra de matar e proteger somente nas mãos dos Eclipses, nossos consortes... Eu quero ser importante!  Quero salvar vidas, nem que seja a minha...

— É a minha calcinha Heather! - As piranhas já estavam gritando no quarto, não havia percebido que já havia amanhecido. Levanta Ellene, você tem um dia a mais pra ser fabulosa!

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Crystal

As vezes os músculos doem, eles parecem estar em chamas... Eu estava sentindo cada nervo do meu corpo assim, e o impacto do meu corpo suado com o solo emborrachado do ginásio era como uma anestesia. Eu estava treinando, afinal era isso que eu sempre fazia, havia prendido meu cabelo loiro em uma trança firme, o cabelo poderia e quase sempre, atrapalhava em combate. Nós fazíamos treinamento misto, afinal não era nada justo uma menina treinar com outra, levando em consideração que a força de um Filho do Caos era sobre humana, era meio que estranho esperar que um cara te batesse, mas fazia parte do que éramos.

Eu estava em combate com Richard, um garoto loiro e uns cinquenta centímetros mais alto do que eu. Ele sempre pedia pra treinar comigo nos combates mistos, sempre dizia que lutar comigo era como lutar com um Caos... Como se ele já tivesse lutado com um... Entre nós só haviam duas pessoas que realmente haviam lutado com Filhos do Caos, em combate real. Bernardet Hiddelson, uma garota mais velha, ela era formada na verdade, ela havia tentado proteger a irmã mais nova, que acabou morrendo... Bernardet perdeu parcialmente a visão e parte da perna direita. Ela adorava a escola e preferiu ficar conosco do que ser excluída pela sociedade.

A outra pessoa era meu pai. Ele não tinha tido nenhuma sequela tão grave, mas tinha uma cicatriz enorme que começava em seu peito e terminava nas curvas de suas costas, ele adquiriu essa “bela” cicatriz salvando a minha vida. Mas isso faz parte, como dizia minha mãe, eu não teria esse rosto bonito pra sempre. Mal sabia ela que minha cota de olhos roxos estava estourada.

— Atenção pessoal! – A voz de meu pai invadiu o salão de treino, dando um grande eco, fazendo com que Richard saísse de cima de mim em um pulo.

Mas mesmo ele tendo sido rápido consegui ver um sorrisinho convencido em seus lábios rosados.

— Como todos aqui sabem...- Ele prosseguiu enquanto todos se recompunham – No primeiro dia letivo aqui na Academia, todos os eclipses do ultimo ano recebem seu mérito. – Houve um grande alvoroço, mérito era o nome formal que davam aos soberanos que cada um iria proteger, era pra isso que éramos treinados, o grande dia havia chegado.

E eu não podia negar a empolgação que pulsava forte em meu peito. Eu já sabia que seria destinada a Meredith Roy, minha amiga desde a primeira série... Seria perfeito, pois tínhamos uma ótima afinidade e ela era uma Solar muito humilde. Coisa raríssima. Meu pai estava fazendo o seu discurso de treinador, uns meninos da segurança entraram com uma urna marrom e eu fiquei me perguntando se o ritual seria realizado por ordem de sorteio...

Não foi isso que ocorreu.

Meu pai mandou que nos organizássemos em fila indiana, e vi de canto de olho que muitos alunos dos clãs soberanos se amontoavam curiosos nas arquibancadas. Seria um showzinho pra eles...

Richard era o primeiro da fila, ele andou até meu pai que mandou ele tirar um papel da urna... já não estávamos entendendo mais nada. De longe vi o rosto rosado de Meredith, que estava com seus cabelos ruivos completamente deslumbrantes. Isso me fazia ter vergonha da palha amarela que estava sobre a minha cabeça. Ela sorriu pra mim e eu retribui meio desanimada. Richard pegou um papel meio desajeitado, se virou de frente pra nós e encarou meu pai.

— Leia! – Richard somente obedeceu as ordens do meu pai.

Ele abriu a boca e quase desmaiei ao ouvir ele recitando o nome de Meredith... tenho certeza que minha cara de bosta era gritante pois todo mundo me encarou. Ela levantou constrangida e andou até ele, eles se cumprimentaram e saíram...

Meu querido papai explicou que esse ano a distribuição de Méritos seria feita por sorteio. O que gerou uma serie de burburinhos esbravejando. Na realidade todo mundo meio que já tinha em mente quem queria proteger. Eu fiquei abalada... só me faltava agora ter que proteger uma Lunar metida ou um solar que desse em cima de mim.

Eu era a próxima, cada passo que eu dava em direção a urna era como uma eternidade, meu corpo gritava de dor e de medo. Estiquei a mão que deslizou para dentro da madeira fria da urna, meu pai me olhava todo orgulhoso.  Queria jogar uma cadeira nele e dizer que sorteio era uma péssima ideia... mas seria expulsa e isso era ainda pior que ser condenada aos soberanos insuportáveis...

Meu sangue pulsava como acido em minhas veias, aquele papel que puxei da urna era como veneno em mão de criança, era tóxico e me fazia ter náuseas. Aquele pequeno papel me diria quem eu seria pro resto da vida, qual seria a vida que eu viveria. Eu abri o papel e juro que senti o suor frio escorrer nas minhas costas, minha boca estava seca... eu estava seca...

— Leia! – Disse meu pai.

Minha voz não saia, parecia que estava sendo sufocada. Na parte superior do papel tinha o desenho de uma lua prateada. E abaixo do desenho um nome escrito em letras floreadas...

— Lu... Luna Lancaster! – Falei com uma voz gutural.

Ouvi alguns aplausos na arquibancada a minha direita. E uma menina muito bonita e sorridente saiu dessa arquibancada se deslocando em minha direção...

Eu estava prestes a conhecer o meu “mérito”.

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Notas finais do capítulo

Quero esclarecer algumas coisas pra vocês que depois vou postar la no grupo do Face...
*Pessoas do clã Lunar não podem se relacionar com com pessoas do mesmo clã ( é um tipo de incesto )
*Existem quatro tipo de Lunares, pois existem quatro fazes lunares...
*Surprise Bitch, mas os signos vão trazer surpresinhas pra todos.

Tenho muita coisa pra explicar e to desesperada... mas por enquanto é isso que vocês precisam saber!

Bjus!