Amor à segunda vista! escrita por Yasmin, Yasmin


Capítulo 7
Capitulo 07 — Irresponsavelmente, responsável.


Notas iniciais do capítulo

Oi, lindas voltei...
Eletrykaaaaaaaaaaa......capitulo é todo seu..
Obrigada de coração..
Ficou lindaaa a capa...
bjs.
Curtam o capitulo...
Estou nas notas finais.. Recadinho importante.



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Deitada sobre uma superfície macia, Katniss percebeu, um pouco entorpecida, que havia uma luz brilhante demais sobre sua face. Por um momento, ela se perguntou por que não conseguia tomar fôlego, e depois, rapidamente, ficou preocupada lembrando da última peripécia que Gale a obrigara a passar na frente de tanta gente.  

Em algum lugar bem longe, mas não tão longe, ouviu uma balbúrdia de sons, e o mundo lentamente voltou a entrar em foco. Ela tentou se concentrar e percebeu que não era realmente uma balbúrdia; estava ouvindo vozes. Abriu os olhos e viu uma imensidão azul olhando para ela. O aroma que vinha dele era amadeirado e, em sua memória mais recente, somente uma pessoa era detentora desses atributos tão familiares.

— Onde estou? — sibilou com a voz fraca, finalmente conseguindo se levantar até estar sentada. Respirou fundo duas vezes, ainda se sentindo um pouco tonta.

 — Eii, vai com calma!! — Peeta, disse com um tímido sorriso no canto dos lábios. Olhou em volta com a intenção de mostra-la que estava na enfermaria do quartel. — Você precisou de cuidados médicos... — pigarreou sem saber   o que  falar.

— Depois que desmaiei? — Perguntou envergonhada.

Ele fez que sim com a cabeça, deixando Katniss ainda pior do que estava. — Por quarenta minutos.— disse, ele.

Ela tapou os olhos com as mãos quando as memorias frescas de “Gale pedindo ela em casamento e logo em seguida ela desmaiando, inundaram sua mente.  "Que mal ela tinha feito a Deus?" Se perguntou.

 — Todo mundo viu? — Ela o olhou pelas frestas dos dedos. Peeta deu um riso nervoso. Não, porque foi engraçado. Mas, pela sensação de torpor que sentiu ao vê-la ser pedida em casamento. E se ela aceitasse? O que ele faria? Essas perguntas tomaram conta de sua mente, até que de repente viu o corpo de Katniss se estirar pelo chão. E com destreza ele atravessou por todos que estavam em seu caminho, até mesmo Gale,  e chegar nela com um certo afobamento. Ele não se preocupou com a ira do ex-namorado da noiva quando  o viu tocando nela. Se não fosse Johanna e Haymitch intervir os dois ainda estariam em cima do palco, encarando um ao outro como dois caboclos do faroeste prontos para engatilhar, mirar e apontar suas Glock`s.

— E a cerimonia? — Ela tirou a mão dos olhos para enfim olha-lo. Há...  como ele estava lindo, observou.

— Deve estar acontecendo... — Respondeu calmo com as mãos no bolso.  Ansiava por toca-la. — Como está se sentindo? — Comedido, enlaçou sua mão com a dela, que sentiu ondas de choque, calor, e umidade tomar conta do seu ser. Sorriu antes de responder.

— Acho que foi a emoção de enfim, receber esse distintivo.

         Ela tinha certeza que não era isso. Imaginou  ter pego algum doença de verão. Só poderia ser isso.

— Tem certeza? — Peeta arqueou as sobrancelhas e depois sorriu. — Acho que essa é a técnica que você utiliza para sair de situações embaraçosas ou pra fugir de um pedido de casamento.

— O quê? — disse, ela — Está querendo dizer que foi atuação? Que cai feito um saco de batata na frente de todos porque não queria me casar com Gale? — Fingiu-se de ofendida.

— Eu acho. — Respondeu convicto.

— Saiba que não... — Ela hesitou — Foi porque não estava me sentindo bem...aliás, acho que posso voltar para a festa. — Esticou o corpo querendo se levantar, mas logo imaginou que Gale estaria lá. Deitou-se novamente.

— Então, quer dizer, que se não tivesse desmaiado, teria aceitado? — Havia uma faísca de irritação na voz de Peeta. Katniss riu. — Teria aceitado? — Perguntou de novo e ela o analisou antes de responder. Lembrou de como ele havia sido indelicado na noite anterior. “Não me envolvo com mulheres comprometidas”. Se vingaria.

Katniss massageou as têmporas, fingindo ter dor de cabeça.— São, muitas perguntas, Peeta.

— Perguntas, fáceis e obvias de responder. — disse, ríspido.

"Ui,  ele estava bravinho" Ela gargalhou.

— O que deu em você?— Agora sim ele estava irritado.

— Eu não sei. Deve ter sido o remédio que vocês me deram.  

Peeta estreitou os olhos e antes que se afastasse, Katniss sentou na beirada da cama, ficando de frente para ele.

  — Você está brincando comigo, não está?— Falou parecendo aturdido. Enlaçou os braços em torno do pescoço de dele.

— Não, não estou brincando com você — disse ela.

— Então, o que seu namorado faz aqui?

— Ele não é meu namorado, então não sei o que faz aqui.

Peeta levantou as sobrancelhas.

— Ele sabe disso?

— Haram!!— concordou com a cabeça— Como eu disse ontem: Estou de volta ao mercado.

— De volta ao mercado?

— Livre para ser cortejada. — disse, ela dando-lhe um leve selar nos lábios e antes de Peeta dizer ou fazer qualquer coisa, uma Johanna irritada entrou pela porta.

— Bela adormecida acordou? — Cruzou os braços sem se preocupar em ser sarcástica.

— Ela está melhor, Johanna. — Peeta se pronunciou. — Aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu... — vociferou— ...aconteceu que o Gale está maluco e está a caminho. Já me ameaçou, disse que vou perder o cargo, que por minha culpa você terminou com ele e outras coisas que eu não me lembro, depois que joguei o champanhe na cara dele.

— Você jogou?

Katniss riu.

— Eu não resisti.

— Por que vocês não saem daqui antes que ele apareça. Haymich não vai conseguir mantê-lo longe por muito tempo.

Peeta ficou pensativo e se voltou para Katniss.

— Tinha planos de permanecer na cidade? Ou voltaria para Chicago logo pela manhã?

— Não sei. — Katniss disse, mordendo os lábios. — Dependeria de você.

Com o coração aos pulos, Peeta sentiu vontade de gritar, de cantar vitória. Em vez de fazer isso, contudo, colocou o braço atrás dos joelhos dela e a levantou no colo, apertando-a contra seu peito. De imediato Katniss enlaçou-lhe o pescoço com os braços e se deixou levar, silenciosa e alegremente. E a  mesma alegria que Peeta sentia, estava estampada nos olhos dela. Não era preciso dizer nada. Eles  estavam perdidamente apaixonados.

Com Katniss em seus braços, Peeta atravessou silenciosamente os corredores que dado momento estavam vazios. Ela ainda estava vidrada na musculatura do rosto dele que se contraia a cada passo que seguia, nem percebeu quando ele chegou na pista de pouso. Só se tocou disso quando ele a colocou no solo, pediu um minuto e logo em seguida conversou com o piloto de um helicóptero que  diferente dos outros, não tinha o brasão da agencia.

— Acha que consegue voar?

— Voar? — Ela arregalou os olhos de nervoso.

— Sim. — disse ele, puxando –a pelas mãos. Abriu a porta do helicóptero esperando ela entrar.

— Não, eu não vou voar. — disse se afastando.

— Por que?

— Oras, porque, por que eu nem sei pra onde irá me levar.

— Baltimore. — respondeu ele. — Fica a algumas milhas daqui.

— O que vamos fazer lá?

— Ficar a sós.

— Mas, e meus pertences...

— Já falei com Johanna. — Ele aproximou seu rosto do dela. — Quero ficar a sós, vou ficar duas semanas fora. Quero passar o meu tempo livre com você.

         — Você quer me sequestrar só com a roupa do corpo?

Ele riu.

— Minha intenção era sem nada, mas acredito que posso resolver isso.

Ela meneou a cabeça e sem pensar duas vezes, entrou na aeronave de asas diagonais.

 

***

 

Duas semanas se passaram depois do maravilhoso final de semana que Katniss e Peeta desfrutaram em Baltimore. Ela ainda tinha as memórias dos momentos que passou ao lado dele. E mesmo ela se sentindo indisposta em excesso para poder perambular pela cidade, Katniss não deixou de aproveitar os cuidados que Peeta dedicou a ela. Algo que Peeta nunca tinha feito por nenhuma outra mulher. Jamais tinha dormido, duas noites seguidas se dando por satisfeito, apenas por vê-la, deitada serena em seus braços.  Era prazeroso, ter somente isso.

E mesmo Katniss o provocando por algumas vezes, Peeta se controlou, evitando levar as caricias para um nível incontrolável. Mas, ela não poderia culpa-lo, quem em sã consciência, iria querer algo com uma mulher enferma? E mesmo ela suplicando para que ele a levasse de volta para casa, porque não queria passar mais nenhum minuto vomitando perto dele, Peeta se negou, dizendo que não se importava, porque os próximos dias ele ficaria longe, insuportavelmente longe de sua Katniss. Então, não queria ficar nenhum minuto longe dela.

Na ausência dele, ela se mantinha ocupada organizando sua mudança, procurando um apartamento e pesquisando sobre o novo lugar que chamaria de lar. Já estava com praticamente tudo encaixotado. Só estava de fato aguardando sua resignação definitiva para Washington.


      — Você já tirou a foto e pegou os exames? — Perguntou Johanna, enquanto embrulhada em um jornal velho o jogo de porcelana que Katniss havia comprado no Natal.


        — Estou esperando a ligação e você? — Com apenas um pijama, ela fazia o mesmo.


        — Semana, passada. O encaminhamento para Washington também.


        Katniss estranhou, sua nota havia sido a melhor, então ela deveria ter sido a primeira da lista, mas até o momento o setor responsável ainda não tinha lhe encaminhado os documentos. Então procurou pelo telefone. Sem hesitar ligou no setor de recursos humanos, buscando esclarecimentos.

        —  O que eles disseram?

       — Que não sabiam responder, mas que eu poderia verificar com Boogs.— Colocou o telefone sem fio no suporte e pensou por um instante — Eu vou lá.

Johanna assentiu. — Eu vou com você.

 Depois de colocar o novo jeans desbotado, uma camiseta branca baby look. Katniss encontrou dificuldades em manter sua Glock presa a cintura. Demoraria a se acostumar, então colocou um terninho por cima ao menos para disfarçar.

Olhando seu reflexo no espelho se sentiu diferente, mas sem conseguir identificar a verdadeira mudança. Saiu satisfeita com seu novo look. Com sua nova vida.

Durante o percurso até o departamento de justiça onde a sede do FBI em Chicago ficava concentrada junto a todos os outros órgãos relacionado a segurança pública da cidade. Katniss torceu para não cruzar com Gale em seu caminho. Ao adentrar no prédio antigo, mas que é altamente equipado ela deixou suas coisas no vasilhame que rolou para dentro do detector de metais e mostrou suas credenciais ao guarda em exercício, que logo que seguida autorizou sua entrada, indicando o caminho que ela precisava prosseguir.

— Eu vou dar uma volta. — Johanna disse, olhando para todos os lados. Era a segunda vez que pisava ali. Katniss assentiu e diferente da amiga, para ela o local não era novo, num passado não tão distante, sempre que necessário ela fazia algumas diligencias no prédio público.

Ao encontrar a sala do diretor esperou alguns minutos para enfim ser atendida. Sem muitas formalidades e bem recebida. Boggs foi direto ao assunto:

— Sente-se. — ele indicou uma das cadeiras que ficava em volta da mesa redonda de vidro. Haviam lápis, canetas, folhas com alguns rabiscos, provavelmente alguma estratégia que estava sendo montada para alguma operação em andamento ou que ainda iria acontecer. Boggs se levantou, abriu a gaveta da escrivania que ficava ao canto, tirando de lá uma pasta amarelada. Sentou-se com um ar cansado. Parecia exausto, mas começou:

 — Nós tínhamos seis vagas no escritório da capital, certo?  — ela fez que sim. Sabia muito bem a quem pertencia essas vagas.  Ele se endireitou na cadeira. —E você sabe que inicialmente o trabalho exigiria um certo esforço físico...

Ela assentiu novamente sem entender o que ele queria dizer.

—...corridas, enfrentamentos, plantões de sete dias por semana. Exigiria muito...

— Estou ciente. — interrompeu, ela. — Não vejo problema algum nisso.

Boggs limpou a garganta, sem saber como ir direto ao ponto. Dando voltas ele falou um pouco sobre o escritório de Chicago que só não era mais requisitado que Washington, porque qualquer assunto relacionado a terrorismo eram tratados lá. Mas, todavia, eles tinham a melhor equipe atuando para abolir cartéis, tráficos de drogas e de até mesmo tráfico humano. Algo instigante e qual ela adoraria participar. Katniss se sentiu tentada, principalmente quando ele disse que ficou impressionado com seu curriculum e gostaria muito de tê-la em sua equipe.

Seria mais fácil para ele, se ela aceitasse. Não queria fazer parte daquilo.

— É Tentador. — disse ela, tamborilando os dedos na mesa. — Mas eu...ainda opto pela capital.

Boggs abriu a pasta, folheando os papeis que tinham dentro dela. — Há certo, entendo a preferência, eu mesmo optaria por isso. Que americano não gostaria de se vingar do 11 de setembro, não é? Terrorismo é um mal que nos aflige. — pegou alguns papeis e se endireitou na cadeira. Antes de iniciar, limpou a garganta.— Everdeen, o que eu quis dizer... — Agora ele passou a ter uma postura séria parecida com a de alguém que não daria boas notícias. — ... é que sua resignação pra Washington fora negada.

 Ela estreitou os olhos. — Como assim negada? — questionou com um certo pingo de irritação.

— Eles precisam de alguém sem restrições.

— Sem restrições?

— Seus exames... — dessa vez ele não hesitou em falar. Mesmo sendo constrangedor, ele não ponderou. — Houveram algumas alterações com o primeiro e por este motivo, não podemos coloca-la em campo. Não posso te mandar para Washington.

A cabeça de Katniss, dava voltas, que diabos  esse homem estava falando.

— Pode ser mais claro, senhor?

Boggs, imediatamente empurrou o papel sobre a mesa deixando visível aos olhos dela. Era o resultado de um exame clinico completo que ela havia feito há dois dias. Era um exame admissional que a academia solicitava, querendo medir o uso de drogas, álcool e até mesmo uma possível gravidez entre as mulheres. Ao passar os olhos na segunda linha onde dizia sobre o determinado assunto gravidez. Ela quase teve uma síncope. Abriu a boca para ler em voz alta, mas de repente sua garganta secou.

 

***

Apesar do alvoroço, o mundo de Peeta parecia desolado e vazio sem a presença de Katniss. Nem mesmo as constantes horas no trabalho conseguiam desbravar o silêncio arrasador que invadia sua alma. Seus ouvidos procuravam em vão, no meio daquele burburinho, a única voz que gostaria de poder escutar. Durante esses dias ele só havia conseguido fazer contato durante a noite. Momento em que ficava livre da vigília sobre a mesquita em uma das partes mais remotas da terra. E mesmo assim, eram poucos os minutos que ele conseguia essa folga. Queria tanto voltar para casa e poder ver aquele sorriso novamente ou cuidar dela caso estivesse doente.

No final da tarde, angustiados, ele o esquadrão que o jovem agente liderava, estavam prontos para partir. A missão havia sido um fracasso, não foi dessa vez que ele conseguiu desalinhar um grupo de terrorista que ameaçava aterrorizar  solo americano. E ele deveria estar triste. Triste por ter falhado em sua primeira missão. Mas, nada conseguia sobrepujar a saudade que sentia de Katniss em sua vida, porque diferente dos primeiros dias. Na última ligação de quinze segundos que ele lhe fizera, katniss não parecia bem. O timbre da sua voz não era o mesmo. Algo afligia. E como se o sofrimento fosse dele. Peeta pode sentir.

— Você está bem? — Joe o cutucou, enquanto se ajeitavam em suas poltronas. Fazia duas semanas que não se deitava em algo tão macio.

— Vou ficar assim que chegar em casa. E você está bem?

Joe assentiu, mas Peeta sabia que o amigo não estava nos seus melhores dias. Mas naquela circunstâncias, quem poderia ficar, quando se é impossível dormir com zumbidos de misseis passando ao lado. Sem ter certeza que ao fechar os olhos, poderá abri-los novamente. Até  mesmo ele que pensava  mais em katniss do que em si próprio, estava devastado. 

— Eu vou ficar e você também. Principalmente quando você ver sua tigresa adormecida. Vocês estão namorando?

Joe era mais um dos motivos, que não deixavam ele esquecer Katniss. O amigo sempre o fazia lembrar da morena e até mesmo em um dos únicos momentos divertidos que tiveram essa semana, foram porque Joe encenou para o resto da equipe todo o galanteio que Peeta havia usado para roubar a namorada do procurador.

— Não é da sua conta.

— Não é da minha conta? Que me lembro foi graças a mim, que você a conheceu. Então, me atualize...anda temos tempo até chegar em casa.

— Não.

Peeta o ignorou novamente e encostou a cabeça na poltrona do avião que a agencia enviou para buscá-los. E após dose horas ininterruptas de voo, eles pousaram no aeroporto internacional de Chicago. Teria dois dias de folga e mesmo seu corpo clamando por descanso ele não hesitou de passar o endereço de Katniss para o taxista. Precisava vê-la, com urgência.

— Dá pra ir mais rápido. — pediu ao motorista, que atendeu parcialmente ao seu pedido, colocando o pé na tábua.

Durante o percurso ele dormiu por quinze minutos. Só foi acordado quando o motorista avisou que eles já tinham chegado no endereço que nunca havia ido antes. Só sabia porque Katniss tinha lhe passado em um dos e-mails que trocaram, quando não foi possível fazer uma ligação telefônica.

Ele pagou ao motorista e com sua mochila nas costas, caminhou até o hall de entrada do prédio de arquitetura rústica e que não havia porteiro, e sim um interfone com o respectivo número de cada apartamento.

Apertou o  número que pertencia a  Katniss por umas três vezes, mas nem sinal dela responder. Se arrependeu por não ter ligado antes, talvez ela esteja na casa dos pais. Era sexta feira e o dia já estava se findando.

Já ia dar as costas quando escutou a grade destravar e uma senhora com sua Border Collie lhe dar passagem.

— Vai subir meu jovem?

Ele fez que sim, e agradeceu pela bondade. Agradeceu por Katniss ter bons vizinhos que acreditavam que o mundo não era perigoso e que ele não era um psicopata prestes a invadir o prédio atrás de sua presa.

Segundos depois ele subiu pelas escadas do pequeno prédio que não tinha elevador. Agradeceu por ser somente quatro andares e katniss morar no segundo. E mesmo sem esperanças dela estar em casa, sentou –se escorando o corpo na porta. Ao menos se tivesse bateria para poder lhe telefonar Ou.. o que ele estava fazendo ali? Por que não se levantou e foi descansar, ligar para ela e combinar de se encontrar em outro momento. Por que diabos ainda estava ali? Que urgência era essa? Que paixão era essa que o deixava inatingível, para qualquer que fosse outro assunto? Sinceramente estava cansado disso. Se levantou, com certa dificuldade, sentindo o corpo exausto.

— Oi...

Ele virou o rosto ao escutar aquela voz macia, que  o fez mudar de ideia imediatamente. Ele não se cansaria “disso”. Disso que sente por ela. Que homem em sã consciência poderia se cansar de Katniss. Da sua bela Katniss que estava parada na entrada do corredor usando um vestidinho branco e o cabelo preso em um rabo de cavalo.

— Está a muito tempo ai? — Perguntou ela caminhando até ele. — Estava no terraço. — gesticulou— Por que não me ligou?

— Fiquei sem bateria — disse, ele e completou. — Vim direto para cá.

Ela sorriu e segurou a maçaneta.

— Então, devia ter me avisado que estava a caminho. Eu teria ido lhe buscar. — Impulsionada, pelo desejo, saudade, qualquer que fosse a emoção que estava sentindo, Katniss passou a mão nos rosto dele, notando o quanto estava abatido. Seus lindos olhos azuis estavam opacos e suas escleróticas avermelhadas. — Há quantos dias você não dorme?

— Três, quatro, mas se você me oferecer uma xícara de café, com certeza ficarei acordado.

Ele queria ficar acordado. Ela negou com a cabeça e girou a maçaneta da porta.

— Não vou lhe oferecer café. — Entrou na sala conjugada com a cozinha  e o puxou pela mão. — Mas, posso lhe oferecer um banho, uma boa refeição e uma cama macia.

— Eu aceito a cama macia... — De forma animalesca, Peeta deixou a bolsa se pender ao chão e a abraçou por traz, espalhando beijos pelo pescoço dela. —... e depois o banho... — Katniss jogou a cabeça para traz se entregando aquele momento. Esperou tanto por isso. Pelo beijos dele. Por sentir o quanto ele a prioriza, e como mesmo distante ele não media esforços para falar com ela. Era a primeira vez que sentiu ser a prioridade alguém, que não fosse os pais dela. Tinha medo de perder isso. Tinha medo que o encanto se quebrasse depois que revelasse a ele que  estava gravida. E  ele era o pai. Estava abalada. Desesperada. Como ela faria...Era uma vida que crescia dentro dela. Não era uma doença de verão.  E sim um fruto de uma noite de verão que ela   irresponsavelmente responsável, e consciente deixou acontecer. E agora... ela estava gravida de alguém cujo ela só sabia o primeiro e segundo nome. Que estava na casa dos vinte e nove anos e tinha um melhor amigo chamado Joe.

Isso era o suficiente para ela ter um filho? Com o coração acelerado ela não hesitou em se afastar. Com a voz embargada ela disse:

— Peeta, precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Gente.... agendem - 01/09 - minha pagina oficial estará de volta...Então me aguardem. Terei surpresas.

Bjs



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