Entre Intrigas e Famílias escrita por Ceci


Capítulo 7
VII - 2016 (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

Ciao gente!

Passando aqui rapidinho para deixar isso com vocês. O ano de 2016 será o último da nossa história e por isso será mostrado duas cenas deste. Yay!

Não me matem e

Boa leitura!



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Ilha Bella, Itália - 14 de Janeiro de 2016

10:00 a.m.

Porta da mansão dos Bridgestons



"Ele me odeia. Ele me odeia mais do que tudo. Ele nunca vai me perdoar."

 

Era isso que Jane McArthur pensava naquele momento, em frente à mansão Bridgeston. Ela pensava sobre isso desde o verão do ano passado. Estava angustiada e isso a consumia. Ela buscaria por seu perdão mas não sabia se o acharia. Nem mesmo ela conseguia se perdoar as vezes.

 

Jane passou a maior parte do ano passado se perguntando como ele deveria estar se sentindo. As respostas nunca eram boas. Ela sempre acabava se sentindo triste e culpada no fim do dia.

 

Seu ano não foi dos melhores. Ela ainda não conseguira ser perdoada por parte de sua família. Suas tias e primas lhe diziam que não se manda no coração, ele segue seu próprio caminho sem pedir autorização. Já seus primos e pai não pensavam do mesmo jeito. Para eles, ela seria a vergonha da família. Isso doía muto nela, era quase insurportável. Quase como a dor que sentia por ter abandonado Anthony verão passado.

 

Mesmo que não pudessem ser um casal, Jane ainda tinha a esperança de ser sua amiga. Mas as coisas não seriam tão simples, não depois de tudo. Não, tudo ia ser mais dificil e complicado do que já era.

 

Tudo era culpa de seus pais. Eles a proibiram de ir à Ilha Bella no ano passado e de tentar fazer algum contato com Anthony. Como era dependente de seus pais e ainda não digeria a ideia de não lhes dar orgulho ela fez aquilo que pediram. Jane fora covarde, algo que não queria mais ser.

 

Por isso, em seu aniversário no ano passado, quando completou 21, ela saiu de casa e arrumou um apartamento pequeno mas aconchegante para morar.. Conseguiu um emprego numa editora - Jane estudava Produção Literária - e ganhou um filhote de cachorro. No incio, sua família a descriminou muito mas agora todos se acostumaram com a ideia de uma McArthur se virando sozinha.

 

Jane já tinha sido corajosa em um ponto de sua vida. Agora, tentava ser em outro. Um ponto da vida dela que ocupava muito espeço, seu coração todo. Um ponto que fazia seu coração acelerar e sua respiração ficar inquieta. Um ponto chamado Anthony Bridgeston, seu inimigo de infância, sua paixão de verão.

 

Era por ele que ela estava ali. Em frente a porta de uma mansão que nunca pensou - nm desejou - entrar. Jane contemplava a companhia a alguns minutos. Ela olhava para a porta pensando em vária coisas ao mesmo tempo.

 

E se ele não me perdoar? Se ele não me amar? Ele nunca disse que me amava. Se ele tiver mudado.

 

Jane só pensava no pior. E cada coisa que pensava parecia tirar sua vontade de vê-lo novamente. A McArthur acordou do transe quando sua prima Rose gritou de algum lugar atrás dela:

 

“Acaba logo com isso, eu quero ir pra praia!”

 

Tomando toda a coragem que construiu durante os últimos meses, Jane toca a companhia. Não demora muito até uma senhora, que aparentava ser a governanta da casa, abre a porta. Ao reconhecer Jane, ela arregala os olhos demonstrando surpresa.Todavia, a boa educação a fez limitar-se a dizer:

 

“Bom dia senhorita, o que deseja?”

Jane ficou alguns segundos encarando a governanta. Pensou em dizer que foi um engano e voltar para casa. Pensou em simplesmente entrar sem permissão a procura dele. Pensou em vários momentos que passaram juntos em outros verões e respondeu:

 

“O Sr. Anthony Bridgeston está?”

 

A senhora, que não poderia parecer mais surpresa, olhou para Jane como se estivesse no Apocalipse.

 

Uma McArthur entrando na Mansão Bridgeston e pedindo para encontrar seu herdeiro… só pode ser mesmo o fim dos tempos, pensou ela.

 

A governanta, depois de lhe avisar que não sabia ao certo se Anthony estava acordado, a levou para a sala de visitas. Depois, a senhora saiu em busca do herdeiro da casa.

 

A sala em que estava era bela. Tinha algumas réplicas de pinturas clássicas na parede e no teto. Todos os seus móveis eram meio rústicos e belos, alguns tinham até detalhes a ouro. Na verdade, a decoração da Casa Bridgeston era um pouco parecida com a de Jane. Com certeza, se não fossem rivais, a mãe de Jane e a de Anthony seriam boas amigas. Contudo, mesmo com uma decoração bela, a parte favorita da McArthur era que a sala era meio distante das partes mais movimentadas da casa. Com sorte, nenhum Bridgeston que não fosse o Anthony a reconheceria. A garota não sabia se conseguiria lidar com o ódio letal de sua família rival.

 

Os minutos se passavam muito devagar. Jane começava a ficar preocupada. Será que a governanta pretendia deixa-la mofando lá? Quando estava prestes a se levantar e ir em bora, uma voz familiar a prendeu no canto onde estava. Era ele.

 

“Não é hora de visitar ninguém” Era o que Anthony dizia segundo antes de entrar na sala. Jane deduziu que este falava com a empregada.

 

Ao entrar na sala de espera e ver Jane, ele parou hesitante. Para ela, parecia que ele tinha se perdido em seus pensamentos por alguns segundos. Ele só ficou ali, parado, olhando para ela como se procurasse entender alguma coisa. Seus olhos iam de melancólicos a embriagados. Jane não sabia oque esperar dele, afinal, passara um ano aparentemente ignorando sua existência.

 

Vendo que ele não falaria nada, Jane encarou seus pés, respirou fundo e, ao voltar o olhar para o Bridgeston, disse:

 

“Oi..”

 

“O que faz aqui?” Ele perguntou de forma brusca quase no mesmo momento que ela falara.

 

“Eu vim para conversar com…”

 

“Conversar? Eu não tenho nada para falar com você.” Ele falou com uma voz embriagada.

 

Jane se assustou com o modo que Anthony falava com ela, mas o entendeu. Ela o abandonara ano passado, merecia um pouco disso. Não sabia oque ele tinha pssado depois de ser visto beijando uma McArthur.

 

“Entendo que você esteja com raiva de mim” Começou Jane a encarar sus olhos “Eu também estaria se fosse você mas, eu tenho uma explicação.”

 

“Não quero ouvir sua explicação.” Ele retrucou “Não quero ouvir nem sequer sua voz. Você está um pouco atrasada para isso, não acha? Vá embora.”

 

“Anthony, sei que esta me odiando agora mas precisa me escutar. Eu não abandonaria você sem explicação. Eu me importo com você, sempre me importei. Mesmo antes do beijo, eu não deixaria você passar por um momento ruim sem te ajudar.”

 

Anthony a olhava com uma aparencia furiosa. Todos os medos de Jane estavam se concretizando. Ele mudara e ela foi a causa daquilo. Ele fechou os olhos e respirou fundo antes de dizer:

 

“Se importava comigo? Eu estava apaixonado por você. Sempre fui apaixonado por você desde os 15 e o que aconteceu quando eu mais precisava de você?” Anthony a parguntou chegando cada vez mais perto.

 

Jane não sabia oque responder. Ficou calada enquanto sentia um nó na sua garganta a se formar.

 

“Exato” Anthony agora estava bem próximo a ela “Você não estava lá quando eu  precisei.”

 

“Eu sei” Jane respondeu “ Mas podemos começar de novo. Se você me ouvisse iria entender porquê eu fiz aquilo”

 

Numa tentativa frustava, Jane tenta segurar a mão do Bridgeston mas ele a ignora.

 

“Eu não quero entender você, McArthur” Ele disse indo em direção a porta “Eu quero esquecer você”

 

Ele disse isso olhando nos olhos de Jane e, antes de sair da sala, acrescentou:

 

“Eu quero odiar você, Jane”


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Notas finais do capítulo

Arrivederci :)



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