Entre Intrigas e Famílias escrita por Ceci


Capítulo 4
IV - 2013


Notas iniciais do capítulo

Ciao pessoas!

Olha eu por aqui novamente.

É a partir desse ano que Anthony e Jane começam a conviver com as diferenças um do outro. Nessa cena eles já se aturam a um tempinho mas é só a partir desta que eles começam uma amizade. É uma das cenas mais longas desses verões, espero que vocês gostem tanto quanto eu.

Boa leitura.

Arrivederci :)



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Ilha Bela, Itália - 20 de Janeiro de 2013

No Centro de Atividades Esportivas de Ilha Bela - Colônia de férias para crianças carentes.

 

Imagine qual grande foi a surpresa de Jane McArthur quando, no primeiro dia de seu trabalho voluntário pela Escola para Crianças Carentes de Ilha Bela, ela descobre que seu parceiro - durante todo o verão  - será nada mais, nada menos que Anthony Bridgeston.

Não bastasse o herdeiro dos orgulhos e arrogantes Bridgestons tê-la irritando durante toda a infância, agora, ele buscava irritar Jane também na juventude. É certo que, -e a garota tinha que admitir a si mesma - seu inimigo de infância a irritava de uma forma que deixava Jane muito preocupada. Não importa quanto eles brigassem durante o tempo que ficavam juntos na Colônia de férias, toda vez o Bridgeston abria um sorriso, Jane se via tentada a não parar para observar a beleza do seu inimigo.

Sim, parece impossível, mas é verdade. É  tão real quanto o sol.

Jane McArthur estava começando a se apaixonar pelo sorriso do moreno e também pelo jeito que seus olhos azuis ficam ao pôr do sol. Estava começando a achar graça nas piadas ridículas que o Bridgeston dizia todas as tardes. Estava começando a gostar quando eles se esqueciam que eram inimigos de infância e eram gentis um com outro pelo menos uma vez no dia.

E essa, meus queridos, foi a razão pela qual a herdeira da importantíssima família McArthur pediu para trocar de parceiro. Felizmente, seu pedido foi recusado por sua chefe, a Sra.Lancaster, que afirmou ser idiotice trocar o parceiro de Jane agora que só faltava uma semana para o fim da Colônia.

O que restou a confusa Jane McArthur foi voltar a fazer seu trabalho voluntário todas as tardes, tendo como parceiro Anthony Bridgeston.

Na hora do intervalo ela e Anthony estavam em uma das mesas do pátio da escola. Eles comiam em silêncio enquanto observavam as crianças brincando. Só depois de terminar seu sanduíche, ela percebeu que seu “parceiro” estava a observando.

“ O que foi, Bridgeston?” Jane perguntou enquanto pegava um guardanapo. “Nunca viu uma garota comendo antes?”

E então Anthony sorriu.

Jane odiou aquele sorriso pois a fez sentir coisas que não queria - e não podia— estar sentindo por um Bridgeston. Por isso o encarou tentando parecer zangada.

“Nenhuma garota come como você, querida”  Respondeu ele dando um sorriso zombeteiro. “As pessoas costumam ter mais modos a mesa”.

“Ora, seu…”

Sua frase foi interrompida ao ouvir as crianças gritanto “Briga! Briga!”.

Mais rápido do que previu, Jane e Anthony se encontraram separando dois garotos um do outro. Os ‘pestinhas’ eram Jake Sullivan, de 10 anos, e Simon Watson, de 8. A luta era injusta, vista  que Watson era bem maior que Sullivan. Depois de tê-los separado e afastado as outras crianças de perto, os dois monitores foram para um canto reservado para conversar.

“Quer fazer as honras?” Perguntou Jane a Anthony que estava de frente para os dois garotos.

“Com prazer” Ele respondeu.

Anthony então cruzou os braços e começou a andar - da direita, para esquerda - e olhar fixamente para Watson e Sullivan que demonstravam já estar com medo de seu monitor mesmo sem ele ter dito uma palavra. Até Jane se assustaria se não já tivesse visto esse olhar do Bridgeston dois anos antes, quando ela salvou o irmão mais novo dele.

Anthony parou de andar. As duas crianças engoliram seco.

“E então?” Anthony falou severamente “Não vão me explicar por que estavam brigando?”

Nenhuma resposta vinda dos garotos.

“Ou ao menos um pedido de desculpas um para o outro?” Jane perguntou decidida a não deixar Anthony sozinho cuidar de tudo.

Watson, que parecia o mais nervoso dos dois, olhou rapidamente para Sullivan e disse um ‘desculpa’ quase inaudível.

“Mais alto, Watson” Ordenou Anthony.

“Desculpe” repetiu o garoto mais alto dessa vez.

“Não” Respondeu o pequeno Sullivan.

“O que disse, Sullivan?” Perguntou Jane com as mãos na cintura.

Só ali ela entendeu porque Watson, dois anos mais velho que o outro, tinha iniciado a briga. O garoto Sullivan era muito insolente.

“Vocês dois vivem brigando” Explicou Sullivan cruzando os braços. “Por que nós não podemos brigar de vez em quando, também?”

Isso deixou tanto Bridgeston quando McArthur de olhos arregalados. O garoto tinha razão. Eles não podiam cobrar algo, se não davam o exemplo correto. Foi por isso que Jane foi para o lado de seu inimigo e sussurrou em seu ouvido “entra na onda’.

“Acontece, Sr.Desinformado Sullivan, que eu e o Bridgeston não brigamos o tempo todo” Jane falou chegando mais perto do garotos e depois lançando um olhar a Anthony. “ Não é, mesmo?”

Anthony a olhava de um jeito estranho. Ele pareci confuso - tanto quanto os outros dois garotos.

“Er...É” O Bridgeston falou passando as mãos no cabelo. “Ela tem…razão. Somos amigos, hã...Nos tempo livres.”

“São é?” Perguntou Watson desconfiado.

“Claro que somos!” Respondeu Jane indo ao encontro de seu rival e enlaçando seu braço ao dele. “ Por que a dúvida?”

Jane estava se correndo por dentro. Ela não esperara ter aquela sensação ao enlaçar seus braços com o dele.Ela sentiu suas bochechas corarem ao fazer aquilo e Anthony a olhava de forma muito suspeita. Ela imaginou que o Bridgeston não estava acreditando no que ela fizera, mas agora era muito tarde para reclamar. Ela tinha que ensinar aquelas crianças que brigar na escola é feio - mesmo que ela mesma já tivesse feito isso várias vezes.

“Bem, se vocês são amigos mesmo… Provem!” Disse o pestinha Sullivan.

Jane iria ter uma conversa séria com os pais daquela criança. Oque eles ensinavam para o garoto em casa? Como ser um mafioso? Ou será que era Como colocar seus monitores em situações vergonhosas?

“Não temos que provar nada a você” Respondeu rudemente Anthony “ E está de castigo”

“Tudo bem” Sullivan deu ombros “Só falta uma semana pra essa Colônia acabar mesmo” Meu Deus! Estamos cuidando de um monstro/ chefe da máfia italiana. “Mas nunca vão me convencer que são amigos mesmo. Eu sempre estou certo e vocês não são amigos.”

Jane cerrou os olhos. Quem aquele pestinha pensou que era?

“Como quer que provemos que somos amigos?” Jane perguntou cruzando os braços e, finalmente, se afastando de Anthony.

A crianças da máfia olhou para os dois de uma forma muito maliciosa para uma criança.

“Se eu tivesse uma amiga tão bonita como você” Sullivan falou olhando para seus monitores “Pularia na cama elástica de mãos dadas com ela”.

Ele com certeza é filho de alguém da máfia italiana.

Jane não se preocupou em ver a reação de Anthony. Apenas falou:

“Certo, mas... se fizermos isso, você terá que ser ajudante pessoal de Watson até o fim da colonia de férias e irá se desculpar por ter brigado com ele na frente de todos” Jane agora queria infernizar a vida dessa criança petulante até o ultimo dia dessas férias.

Ninguém fala daquele jeito com um McArthur. Nem mesmo uma criança da máfia italiana - ou não.

Não esperou Sullivan responder, só pegou na mão de Anthony e o guiou para cama elástica que estava a poucos metros deles.

Só quando estava na frente cama elástica e entrou por ela que a garota largou a mão do herdeiro Bridgeston. Este a olhava de uma forma extremamente confusa e parou na sua frente na cama elástica e se segurou na rede de proteção antes de perguntar:

“ O que pensa que está fazendo, McArthur?!?” Anthony parecia muito zangado.

Para deixá-lo irritado, faça contato físico. Jane anotou mentalmente mais um dos truques que poderia usar quando quisesse infernizar ainda mais a vida do Bridgeston.

“Ninguém fala com um McArthur daquele jeito” Respondeu ela dando de ombros e olhando nos olhos do outro monitor. “Nem mesmo uma criança. Estou dando-lhe uma lição”.

Anthony suspirou e passou as mãos pelo cabelo. Jane não gostava de gostar quando ele fazia esse gesto simples. Então o garoto a encarou e balançou a cabeça negativamente.

“Na, na, na… Os McArthurs agora se trocam com crianças”’ Ele deu um sorriso forçado “Que feio, Jane. Até mesmo pra você! Não consegue nem defender o orgulho se sua família com uma criança.”

Anthony gargalhou e Jane rolou os olhos. Naquele momento ela se lembrava da razão por sempre tê-lo odiado tanto. Depois de um longo suspiro ela foi até ele e pegou suas mãos.

As mãos dele eram maiores que as suas. Jane gostaria de não ter sentido aquelas malditas borboletas em seu estômago. Ela gostaria de não estar corando violentamente só porque o Bridgeston estava muito próximo a ela agora. Ele a encarava de uma jeito que  a garota nunca tinha visto antes.

“Temos que ensinar uma lição aos dois pestinhas de qualquer jeito” Ao dizer isso, Jane desviou seus olhos de Anthony e olhou para os garotos que os observavam fora da cama elástica. “ Eu sei que não praticamos isso durante nossa vida mas… Não precisamos que eles também se odeiem desde crianças por terem dois péssimos monitores que só faziam brigar”.

Quando voltou a olhar nos alhos azuis de Anthony este estava muito sério e franzia a testa.

“Pensei que você me odiasse, McArthur” Ele afirmou receoso.

Isso surpreendeu tanto Jane que ela se afastou dele - antes eles estavam a um braço de distância -, por que ele fez aquela afirmação agora? A garota McArthur estava muito curiosa, mas não tinha todo tempo do mundo e precisava ensinar algo de bom para os dois pestinhas.

“Eu não te odeio, Bridgeston’’ Ela disse enquanto voltava a pegar nas mãos de seu inimigo. “Só te acho a pessoa mais mais irritante do universo.”

E Anthony sorriu, Jane achou que aquele sorriso era o mais bonito que ela já viu. Depois, se repreendeu mentalmente por tal pensamento.

“Pare de sorrir e comece a pular, seu Bridgeston nojento”.

Essa foi a última frase dela antes dos dois começarem a pular e se esquecerem que eram inimigos de infância. Enquanto pulavam pareciam apenas duas crianças extremamente felizes.


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Notas finais do capítulo

Então foi isso.

Espero que tenham gostado. Deixem suas opiniões aqui. Quero saber o que estão achando.



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