Uma Flecha No Escuro escrita por Madame Baggio


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
A essa altura eu acho que vocês ja desistiram da minha pessoa né? u.u

Desculpa mesmo a demora, mas eu estou de volta com uma reviravolta...

Espero que vocês gostem!



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Esvaziar uma cidade inteira em tão pouco tempo era impossível. Todos eles sabiam disso. A verdade era que eles tinham que diminuir as baixas civis o máximo possível.

E mesmo assim todos sabiam como aquilo tudo ia terminar.

As pessoas ainda estavam correndo para sair da cidade, ainda assustadas e preocupadas, quando os primeiros robôs apareceram. Eles estavam saindo do chão, do rio que corria ali perto, como que se estivessem brotando da terra.

A luta tinha começado.

—Majestade. –Clint chamou –Se é para ter alguém do meu lado, eu prefiro que seja você.

Ela sorriu para o arqueiro.

Foi quando a terra toda começou a tremer. Eles assistiram enquanto o chão partia-se e prédios desabavam.

Eles assistiam sem poder fazer absolutamente nada.

—Vocês veem a beleza disso? A inevitabilidade? –a voz de Ultron surgiu pelo ar, como uma profecia de morta, de destruição. -Vocês se levantam, apenas para cair. Vocês, Vingadores, vocês são meu meteoro. Minha espada e a Terra será esmagada pelo peso do seu fracasso. Expulsem-me de seus computadores, ponha minha própria criação contra mim, não significa nada. Quando a poeira assentar as únicas coisas nesse mundo serão de metal.

—Droga. –Susan murmurou.

—Stark, você dá um jeito de trazer a cidade para baixo de forma segura. –a voz de Steve soou nos comunicadores—O resto de vocês têm um trabalho: destruir essas coisas. Se você se machucar, machuque eles também. Se você morrer... Continue.

 

A luta só ficou mais intensa depois disso. Era como se não houvesse fim para os robôs, aquelas partes de Ultron, que continuavam se levantando e aparecendo, atacando.

Mesmo quando Fury apareceu com um Helicarrier para ajudar a tirar os civis dali, era como ainda não houvesse um jeito daquilo terminar.

Eles tinham que explodir a cidade.

Steve mandou todos se encontrarem na igreja, onde o núcleo de vibranium estava. Ultron iria tentar derrubar a cidade o mais rápido possível e matar bilhões de pessoas no processo. A única missão restante era proteger aquilo.

—ISSO É O MELHOR QUE VOCÊ PODE FAZER? –Thor gritou para Ultron.

O que pareceram centenas de robôs surgiram atrás do inimigo.

—Você tinha que perguntar. –Steve falou seco.

—Esse é o melhor que eu posso fazer. –Ultron vangloriou-se –Isso é exatamente o que eu queria. Todos vocês, contra tudo de mim. Como vocês podem achar que vão me parar?

Tony suspirou.

—Como o velhinho disse... –ele olhou para Steve –Juntos.

Os esforços deles para evitar que Ultron chegasse ao núcleo foram sofridos. Tudo só terminaria quando os civis estivessem fora dali e a cidade destruída.

Thor e Tony fariam isso. Provavelmente arriscando a própria vida. Era para o que estavam ali, era pra isso que lutavam, para que as demais pessoas pudessem seguir em frente.

Steve ordenou que Susan, Clint e Nat fossem se certificar que todos os civis tinham sido realmente evacuados.

—Vá pro bote. –Susan falou para Clint, quando Nat foi atrás de Banner –Eu dou uma olhada.

—Meu filho! –uma mulher gritou –Nós estávamos no mercado.

Clint olhou para Susan.

—Fique aqui. –ela falou de forma firme –Eu vou.

—Susan... –Clint deu um passo para frente.

—Fique aqui. –ela ordenou, correndo na direção do mercado.

O menino estava escondido perto de uma escada.

—Ei, boneco. –ela sorriu para ele –Está tudo bem. Vem comigo.

O garoto abraçou Susan, segurando-a firmemente. O corpo dele tremia inteiro e havia lágrimas em seus olhos.

—Nós vamos sair daqui. –ela prometeu.

Ela deu um passo para frente, mas parou com o som de tiros. Havia um quinjet disparando contra eles, vindo na direção dela.

—Ultron. –ela murmurou.

Algo estranho aconteceu na cabeça de Susan, porque de repente o tempo pareceu desacelerar. Ela podia ver tudo acontecendo quase em slow motion. O quinjet vindo na direção dela com a criança, nenhum lugar para se esconder.

 

Abraçou mais o menino contra seu corpo e deu as costas ao quinjet, esperando que seu corpo fosse o bastante para impedir que ele se machucasse.

Mas assim que virou-se deparou-se com um par de botas. Olhando para cima viu...

—Loki. –ela murmurou surpresa.

O deus ignorou-a totalmente e levantou os braços, fazendo o que parecia ser uma barreira envolve-los. Ela podia sentir o ar carregado de algo que lembrava muito eletricidade, como se correntes de energia estivessem percorrendo a superfície de sua pele. Ela sabia que Loki tinha poder, mas não imaginava que era tanto.

Então tudo pareceu acabar e o silêncio reinou.

Loki não estava mais ali.

—Quem era aquele?

Susan virou-se e deparou-se com Pietro.

—Pietro. Você ia morrer, seu louco! –ela bradou –O que você achou que estava fazendo?

—Salvando a donzela. –ele falou com um sorriso de canto de lábio -Eu ia resgatar vocês até o outro cara aparecer. Quem era ele?

—Você não viu o rosto dele? –ela quis saber.

—Não. Era como se estivesse... –ele pareceu tentar lembrar a palavra –Embaçado. Ou algo do tipo. Não estava claro.

Droga.

—Susan! –Steve aproximou-se correndo –Quem estava aqui?

—Era Loki, não era? –Thor exigiu.

—Loki? –a voz de Tony urgiu nos comunicadores.

—Eu não sei do que você está falando. –Susan falou, apertando o menino contra si –Eu não vi o rosto da pessoa.

—Pietro. –Steve virou-se para o rapaz –Quem era?

Susan sentiu a dúvida de Steve no coração. Ele não acreditou nela.

Mas era merecido, não era? Ela estava mentindo.

—Nós temos que ir. –ela falou urgente.

Thor pareceu lembrar-se que tinha algo a fazer e saiu dali.

—Eu vou buscar Wanda. –Pietro decidiu-se.

Pietro partiu deixando Steve e Susan sozinhos com o menino.

—Minha mãe... –ele murmurou.

Susan respirou fundo.

—Vamos. –ela sorriu o máximo que pôde e pegou a mão dele –Vamos achar sua mãe.

—Susan... –Steve chamou quando ela começou a andar –Aquele era Loki?

—Eu não sei. –ela respondeu sem olhar para ele.

Steve não falou mais nada, mas a seguiu Susan.

Ela viu a mãe tomar o filho em seus braços, lágrimas em seus olhos. Pietro apareceu logo em seguida com Wanda.

Então Sokovia caiu do céu.

XxX

Havia médicos atendendo as pessoas. O helicarrier estava carregado de pessoas e eles nem queriam pensar nos que não puderam ser salvos.

A culpa disso viria mais tarde.

Susan olhou para a parede da cela onde estava e suspirou.

Nick Fury tinha exigido que colocassem ela em uma. Clint foi o único que protestou antes de ela se deixar ser levada.

Maria estava do outro lado do vidro, olhando-a com desconfiança. Steve nem olhara para ela quando a levaram.

Então era assim que tudo ia terminar?

Ela queria saber se Thor e Tony estavam bem. Queria saber se o plano tinha dado certo, mas ninguém ia dizer, então ela ficou em silêncio.

Os olhos dela se fecharam sozinhos e ela viu uma praia de areia branca, com o mar brilhando como uma joia e pegadas no chão.

Pegadas de pessoas... E pegadas de leão.

—Nós estamos te esperando em casa. –uma voz familiar e reconfortante disse a ela –Seja forte e nós ainda vamos nos encontrar lá.

—Susan!

Ela abriu os olhos e percebeu que eles estavam molhados por lágrimas. Não havia mais som de motores, o helicarrier devia ter pousado. E ela ainda estava na cela.

Porém agora todos estavam ali, olhando para ela, como um animal preso no zoologico.

Steve. Tony. Natasha. Thor. Clint. Visão. Wanda. Pietro. Fury. Maria. Rhodes.

E ela era o inimigo.

—Onde está Bruce? –ela quis saber.

—Ele... Não vai voltar. –Natasha falou com simplicidade.

Susan não soube o que dizer, então escolheu ficar quieta.

—Ok, essa palhaçada ja foi longe demais. –Clint falou de repente –Por que ela está presa?

—Porque a Princesa andou mentindo. –Nick falou com simplicidade –Não foi, princesa?

—É Majestade. –ela informou.

Nick estreitou o seu olho visível.

—Susan, por favor. –Steve pediu num suspiro –Nós queremos te ajudar, mas só podemos fazer isso se você for sincera. De onde veio o bracelete?

—Eu não vejo como isso é da conta de vocês. –ela falou cruzando os braços.

—Thor disse que essa magia pertence a Loki. –Tony acusou.

—Como eu saberia disso? –ela arqueou a sobrancelha –Caso você nunca tenha percebido, eu não uso magia.

—Susan... –Steve começou de novo.

—Então vai ser assim? –ela quis saber –Depois de todo esse tempo, vocês vão desconfiar de mim? Vocês vão decidir que eu estou trabalhando com Loki, contra vocês e o que? Vão me deixar trancada aqui?

Steve abriu a boca, mas então fechou-a imediatamente.

—Você pode nos culpar? –Natasha falou.

Clint parecia chocado com a atitude de Natasha, mas era o coração de Susan que estava despedaçado. Eles não confiavam nela. Nenhum deles.

Nem Steve.

Apenas Clint ainda estava do lado dela.

—A aprendiz de feiticeira pode ler mentes, não é? –Tony falou de repente –Por que ela não checa?

—Tony, ja chega! –Steve explodiu de repente –Isso foi longe demais. Susan não merece isso.

—Não é hora para sentimentos adolescentes, Rogers. –Nick rebateu.

—Eu não vou ler a mente dela. –Wanda declarou –Não é certo.

—Mas brincar com as nossas cabeças era? –Natasha arqueou a sobrancelha.

—Deixa ela em paz. –Pietro rosnou para a ruiva.

—É isso que vai ser necessário pra você confiar em mim, Natasha? –Susan exigiu –Você quer que ela leia minha mente também?

—É a única forma de termos certeza. –foi a resposta da Viúva Negra.

—Entendo.

E ela entendia. As mentiras acumularam, haviam muitas perguntas sem respostas. Eles não conseguiam mais acreditar nela.

E daí? Mesmo que Wanda olhasse na mente dela e visse toda a verdade, que Loki colocou um feitiço para mante-la calada, do que adiantaria? Eles nunca mais iam confiar nela.

E ela sempre se lembraria de que um dia eles a trancaram numa cela.

Susan levou a mão a pedra do seu bracelete, ela parecia estar quente.

—Susan. –Steve chamou, atraindo o olhar dela para ele –Eu estou do seu lado. Acredite nisso.

—Eu acredito, Steve. –ela falou sincera, porque sabia que era verdade.

Ela sentia pena de Steve e de Clint, porque sabia que isso ia quebrar o coração deles. Porém não podia ficar presa la. Aslan estava esperando por ela em algum lugar e ela precisava descobrir o que tinha que fazer para chegar la.

Presa numa cela nunca saberia as respostas.

Susan tocou a pedra do bracelete mais uma vez.

—Você venceu. –ela falou por fim –Eu vou ficar te devendo um favor.

Todos ficaram olhando para ela em confusão.

Sentiu a corrente de energia passando por sua pele, levantou os olhos, apenas para olhar para Clint.

—Desculpa e obrigada. –sorriu triste para ela.

Viu o choque nos olhos dela quando o corpo dela começou a desaparecer no ar.

—Susan! –Steve bateu contra o vidro.

Ela fechou os olhos e suspirou. Quando os abriu de novo estava diante de Loki, no meio de uma floresta.

—Isso foi dramático. –ele comentou, como se nada daquilo fosse interessante.

Susan respirou fundo. Seu coração doía de uma forma que ela só sentira uma vez, quando perdera toda sua família. Sua garganta parecia fechada e seus olhos queimavam.

—Nada de lágrimas, minha Rainha. –Loki tocou o queixo dela gentilmente –Eles não eram dignos da sua presença.

Susan bateu na mão de Loki, seus olhos fuzilando-o.

—É fácil para você falar, quando foi você quem destruiu a confiança que eles tinham em mim. –ela indicou, sua voz rouca com algo entre pesar e ressentimento.

—Se eles realmente confiassem em você teriam te dado o beneficio da dúvida. –ele indicou.

Susan recusou-se a responder, então ele suspirou. Loki esticou a mão e secou a lágrima que escapara do olho dela.

—Eu sinto muito. –ele falou, e realmente parecia sincero –Eu não devia ter te arrastado para isso. Devia ter te deixado em paz quando você pediu.

Susan soltou um riso que era quase histérico.

—O pior é que eu sinto que você se importa. –ela falou, olhos fixos nele, cheios de revolta –Você só tem um jeito distorcido de demonstrar.

Loki comprimiu os lábios, mas nem ele podia responder a isso.

—Para onde você quer ir agora? –ele perguntou no lugar.

Susan arqueou a sobrancelha, como se não pudesse acreditar na cara de pau dele.

—Nós? Eu achei que você tinha um povo para reinar. –ela indicou.

—Eu acho que mereço um descanso por ser um rei benevolente e paciente. –ele falou de forma afetada.

Ele queria enterrar o assunto, porque não era do tipo que ia pedir desculpas. Obviamente desculpas não iam adiantar, não depois de tudo que acontecera, porém...

Aslan estava em algum lugar, junto com a família dela, esperando por ela. Susan só tinha que descobrir o que fazer para chegar la.

Ela precisava saber mais, ela precisava de mais informação e só sabia de um lugar onde poderia ter tudo isso.

—Alguma possibilidade de eu poder conhecer Asgard? –ela quis saber, porque não havia mais nenhum lugar para ela nesse mundo. Tinha que reencontrar Nárnia.

—Agora isso... –Loki falou, um sorriso maquiavélico abrindo-se em seu rosto –É uma ideia fantástica.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo é o último dessa fase.
Sexta-feira estarei aqui postando pra vocês de novo.

Não esqueçam de dizer o que acharam!

B-jão



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